Ex-presidente do PT era o mais exaltado entre os petistas que dividem cela na Papuda durante a visita de parlamentares do partido na manhã desta quinta
21 de novembro de 2013 | 19h 22
Ricardo Brito - Agência Estado
Brasília - O deputado federal licenciado e ex-presidente do PT, José Genoino era o mais exaltado entre os colegas de partido que cumprem pena na Penitenciária de Brasília, a Papuda, na manhã desta quinta-feira, 21."Entre a submissão e a humilhação, eu vou para a luta nem que leve a minha vida", disse Genoino em pé, segundo o vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), no encontro que ocorreu na sala do diretor do presídio. Durante o encontro, o ex-presidente do partido teve aferida sua pressão arterial, que chegou a um pico de 18.
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Parlamentares petistas visitaram a Papuda na manhã desta quinta, 21
Nesta manhã, uma comitiva de parlamentares petistas visitou o grupo. Segundo eles, Genoino estava inconformado por não estar recebendo o tratamento médico adequado para se recuperar da cirurgia cardíaca a que foi submetido em julho. Ele também reclamou do fato de não ter garantido, até então, o direito a prisão domiciliar, que havia sido solicitado pela sua defesa ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator do mensalão, Joaquim Barbosa, no domingo.
Na tarde desta quinta, após Genoino ser levado ao hospital por suspeita de início de infarto, Barbosa acatou parcialmente o pedido da defesa e concedeu provisoriamente a prisão domiciliar ou internação médica hospitalar até que o laudo da perícia médica solicitada pelo Supremo fosse entregue a ele.
Na conversa de cerca de 40 minutos, José Dirceu e Delúbio Soares, segundo os presentes, estavam mais calmos do que Genoino. Ambos mostraram-se preocupados também com a situação da saúde e o cumprimento da rigorosa dieta do ex-presidente do PT. Dirceu comentou com os colegas de partido que teve atendido o apelo para que Genoino tivesse direito à marmita servida sem sal. O ex-presidente do PT foi o único que já teve autorizado o direito de beber água filtrada. Na segunda-feira, segundo uma pessoa que o visitou, José Dirceu havia comentado que estava bebendo água da torneira.
Na visita da manhã, todos se vestiam com camisa, bermuda até abaixo do joelho e chinelos brancos, uniforme da penitenciária. Atualmente, eles dormem em triliches, mas têm direito a chuveiro quente, televisão, uma mesa na cela, além poderem tomar banho de sol das 9 horas às 16 horas e receber R$ 125 dos advogados por semana para comprar lanches na cantina do presídio. Bem melhor do que as condições da cela que ficaram no final de semana.
Dirceu e Delúbio disseram aos colegas de partido que querem cumprir a pena em Brasília, cidade onde estão próximos a parentes e poderão, em breve, trabalhar. O ex-tesoureiro do PT, aliás, mudou de opinião, já que antes queria voltar para São Paulo. Genoino é o único que pretende voltar para a capital paulista.
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