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Augusto Gansser, tido como "pai do
Himalaia", morre aos 101 anos
Genebra, 12 jan (EFE).- O geólogo suíço Augusto Gansser, um alpinista especialista no Himalaia, morreu na última na segunda-feira aos 101 anos na cidade de Lugano (sul da Suiça), informou a Escola Politécnica de Zurique através de um comunicado em seu site.
Batizado como "o pai do Himalaia" pela universidade paquistanesa de Peshawar por seus pioneiros trabalhos sobre a geologia desta cadeia montanhosa, Gansser nasceu em Milão (Itália) em 1910 e, durante a década de 1930, participou das expedições à Groenlândia e em uma viagem de pesquisa no Himalaia.
O geólogo também foi o primeiro a estudar a montanha do Tibete, isso em 1936. Entre suas contribuições à geografia, destaca-se o descobrimento do ponto de união entre placas tectônicas no pé do monte Kailash e a cartografia dos cimos do Reino do Butão (no Himalaia), uma região fechada ao mundo.
Em suas viagens ao longo da cordilheira do Himalaia, Gansser protagonizou lembranças como a do giro em torno do Monte Kailash, uma rota que percorreu disfarçado de peregrino budista para conseguir entrar no Tibete, já que então não se permitia a entrada de estrangeiros. Neste caso, a violação desta norma poderia resultar em pena de morte.
Gansser também efetuou viagens de pesquisas por outros continentes - algumas por conta de empresas petrolíferas -, nos quais percorria territórios ainda inexplorados.
Em 1980 e 1985, o dirigente chinês Deng Xiaoping convidou Gansser para participar de várias expedições ao Tibete. Entre os anos 1958 e 1977, "o pai do Himalaia" foi professor na Universidade de Zurique e a Universidade Politécnica Federal de Zurique. EFE
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