Aos 31 anos, Taíza Thomsen afirmou que fugiu com medo do ex-namorado.
Ela voltou ao Brasil em novembro e não pretende retornar à Inglaterra.
“Eu fui pública, eu fui uma miss e tenho que dar satisfação agora”. Essa é a justificativa para acabar com o silêncio sobre o passado. Desde o dia 2 de novembro, quando desembarcou novamente no Brasil, esta foi a primeira entrevista da ex-miss.
Filha mais nova de uma família de dois irmãos, Taíza é natural de Joinville, no Norte catarinense. Aos 14 anos, começou a perseguir a carreira de modelo. Após ser coroada Miss Brasil, morou um tempo no Rio de Janeiro, voltou para a cidade natal e mudou-se para São Paulo em 2005. Alguns meses depois, viajou para Londres, quando tinha 23 anos de idade.
A ex-miss chegou a ser procurada pela Polícia Federal e Interpol, após a família denunciar seu desaparecimento em 2006, depois de um longo período sem dar notícias. Quando descobriu, ela entrou em contato com os investigadores e pediu para não ser incomodada. “Eu falei aquilo porque queria proteger a minha família”, comenta. Notícia que iniciou uma verdadeira caçada. Ela conta que sua foto foi estampada em jornais e revistas de todo o mundo. Em Londres, um tablóide de distribuição gratuita ofereceu recompensa de 50 mil libras na época, para quem encontrasse Taíza.
Fuga do Brasil
Com sotaque carregado depois de tanto tempo fora do Brasil, Taíza recorda o que a fez deixar o país de origem. Era abril de 2006. Depois de terminar um relacionamento tumultuado, Taíza diz que passou a ser ameaçada de morte pelo ex-namorado. Ela conta que uma amiga, que se dizia vidente, sugeriu que a jovem, com então 23 anos, deixasse o Brasil por cerca de dois meses, para que as coisas se acalmassem. “Ela pagou minha passagem e disse que um amigo me receberia. Ela dizia que se eu ficasse, iria morrer”, conta a modelo que garante ter deixado o país por temer por sua vida e da família.
A ex-miss chegou a ser procurada pela Polícia Federal e Interpol, após a família denunciar seu desaparecimento em 2006, depois de um longo período sem dar notícias. Quando descobriu, ela entrou em contato com os investigadores e pediu para não ser incomodada. “Eu falei aquilo porque queria proteger a minha família”, comenta. Notícia que iniciou uma verdadeira caçada. Ela conta que sua foto foi estampada em jornais e revistas de todo o mundo. Em Londres, um tablóide de distribuição gratuita ofereceu recompensa de 50 mil libras na época, para quem encontrasse Taíza.
Fuga do Brasil
Com sotaque carregado depois de tanto tempo fora do Brasil, Taíza recorda o que a fez deixar o país de origem. Era abril de 2006. Depois de terminar um relacionamento tumultuado, Taíza diz que passou a ser ameaçada de morte pelo ex-namorado. Ela conta que uma amiga, que se dizia vidente, sugeriu que a jovem, com então 23 anos, deixasse o Brasil por cerca de dois meses, para que as coisas se acalmassem. “Ela pagou minha passagem e disse que um amigo me receberia. Ela dizia que se eu ficasse, iria morrer”, conta a modelo que garante ter deixado o país por temer por sua vida e da família.
Ao chegar em Londres, a garota foi recepcionada por um belga que se disse amigo da mulher brasileira. “No começo, ele me tratou bem. Foi um verdadeiro cavalheiro. Eu me envolvi, era jovem e inocente”. Após desembarcar na capital inglesa, a ex-miss conta que foi levada para a Bélgica, onde passou a morar na mesma casa do homem. “Ele não me dava comida, nem água. Eu precisava catar comida no lixo, para matar a fome. Depois, ele começou a me deixar trancada e espancar”, afirma. “Eu descobri a senha do computador dele e vi que ele estava envolvido com prostituição e percebi o rolo em que eu estava. Foi aí que decidi fugir”.
Cerca de dois meses depois, ele a levou de volta a Londres. “Pelo o que eu ouvi ele falar ao telefone, iria me entregar para outra pessoa. Ele me deu cem libras para passar a imigração e eu não devolvi”, relata. Na estação de trem, Taíza conta que conseguiu escapar.
Ela também ressalta que, toda vez que buscava retornar ou buscar ajuda, esta pessoa a aconselhava a desistir. “Ela perguntava se eu preferia ficar ou morrer”.
Cerca de dois meses depois, ele a levou de volta a Londres. “Pelo o que eu ouvi ele falar ao telefone, iria me entregar para outra pessoa. Ele me deu cem libras para passar a imigração e eu não devolvi”, relata. Na estação de trem, Taíza conta que conseguiu escapar.
Ela também ressalta que, toda vez que buscava retornar ou buscar ajuda, esta pessoa a aconselhava a desistir. “Ela perguntava se eu preferia ficar ou morrer”.
Isolamento
Nos sete anos e meio em que morou na Inglaterra, a joinvillense diz ter trabalhado como faxineira, babá, garçonete e lavadeira de pratos em restaurantes. Chegou a ficar escondida sem ver a cor da rua por um ano, depois que passou a ser procurada pelo mundo todo, pela notícia do desaparecimento. Viveu ilegalmente sem quase nenhum contato com a família. Foi ameaçada e agredida, diz ela.
Conta ter sido alvo de boatos e afirmações caluniosas a seu respeito aqui no Brasil. Declarações de que estaria envolvida com prostituição, uso de drogas e em relacionamentos amorosos com políticos da região onde é natural foram veiculadas pela mídia nacional e internacional. Um dos veículos de comunicação que noticiou as primeiras informações a respeito foi processado. O advogado da denunciante pede a retirada da matéria veiculada na internet e a reparação dos danos morais causados a Taíza e à família dela. A audiência de instrução está marcada para o dia 26 de novembro, em Joinville. “Nosso objetivo é garantir à Taíza que ela tenha um respaldo e que possa resgatar a dignidade dela”, comenta o advogado Carlos Adauto Virmond Vieira.
Nos sete anos e meio em que morou na Inglaterra, a joinvillense diz ter trabalhado como faxineira, babá, garçonete e lavadeira de pratos em restaurantes. Chegou a ficar escondida sem ver a cor da rua por um ano, depois que passou a ser procurada pelo mundo todo, pela notícia do desaparecimento. Viveu ilegalmente sem quase nenhum contato com a família. Foi ameaçada e agredida, diz ela.
Conta ter sido alvo de boatos e afirmações caluniosas a seu respeito aqui no Brasil. Declarações de que estaria envolvida com prostituição, uso de drogas e em relacionamentos amorosos com políticos da região onde é natural foram veiculadas pela mídia nacional e internacional. Um dos veículos de comunicação que noticiou as primeiras informações a respeito foi processado. O advogado da denunciante pede a retirada da matéria veiculada na internet e a reparação dos danos morais causados a Taíza e à família dela. A audiência de instrução está marcada para o dia 26 de novembro, em Joinville. “Nosso objetivo é garantir à Taíza que ela tenha um respaldo e que possa resgatar a dignidade dela”, comenta o advogado Carlos Adauto Virmond Vieira.
Por causa dessas denúncias, ela afirma ter sido agredida por um namorado italiano, ao longo de quase cinco anos. Segunda Taíza, ele viu uma reportagem com a repercussão das notícias divulgadas no Brasil e, a partir de então, passou a ameaçá-la. Em um episódio, ela diz que levou uma martelada na cabeça. “Eu não tive um dia que tive felicidade. Eu olhava no espelho e me perguntava: ‘qual é o motivo para viver?’ Eu me envolvi em uma cilada após a outra e só estou aqui porque meu pai me buscou na Inglaterra”, desabafa a joinvillense que inventou uma nova identidade, para se esconder da imigração, dos boatos e das ameaças. “Eu tinha vários nomes. Fazia anos que não ouvia o meu verdadeiro”.
Entre 14 de abril de 2006 e novembro de 2013, Taíza viveu como imigrante ilegal na capital inglesa. Ela afirma que tinha medo de pedir ajuda às representações brasileiras no Brasil, por causa dos boatos envolvendo seu nome aqui. Falar com a família era raridade, especialmente, porque ela tinha medo de represálias do ex-namorado.
Entre 14 de abril de 2006 e novembro de 2013, Taíza viveu como imigrante ilegal na capital inglesa. Ela afirma que tinha medo de pedir ajuda às representações brasileiras no Brasil, por causa dos boatos envolvendo seu nome aqui. Falar com a família era raridade, especialmente, porque ela tinha medo de represálias do ex-namorado.
Em meados de 2008, ela conheceu uma família que começou a ajudá-la. Foi então que a jovem retomou o contato com a família e começou a ser encorajada a contar sua história. O reencontro com os pais foi apenas em setembro de 2012, quando eles e um casal de tios foram encontrá-la. “Faz um ano que a gente foi pra lá e marcamos a data para ela voltar”, comenta o pai, Antônio Severina. Ele afirma que o prazo estabelecido foi para a filha se adaptar com a ideia e ganhar forças.
Agora, de volta ao Brasil, ela espera recomeçar a vida. “Eu não pude me defender pelas coisas que aconteceram comigo aqui. Agora quero buscar justiça e recomeçar minha vida”, concluiu a ex- miss Brasil
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Agora, de volta ao Brasil, ela espera recomeçar a vida. “Eu não pude me defender pelas coisas que aconteceram comigo aqui. Agora quero buscar justiça e recomeçar minha vida”, concluiu a ex- miss Brasil
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by G1
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