segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Manipular o clima? Conheça o programa norte-americano da Guerra do Vietnã

 


06/03/2015 

Controlar a condição climática parece algo exclusivo do cinema, um roteiro de ficção científica. Mas a verdade é que a manipulação das nuvens tem uma história surpreendente no mundo real. Trata-se de um projeto militar ultrassecreto norte-americano (e pouco lembrado) que ocorreu durante a Guerra do Vietnã.

De março de 1967 até julho de 1972, o panteão militar dos EUA gastou mais de US$ 3 milhões por ano conduzindo uma operação secreta no sudeste da Ásia. O objetivo era estender as nuvens de monção para atrapalhar o sistema de rotas de suprimento utilizado por inimigos no Vietnã. Os americanos alimentaram a esperança de provocar deslizes e, com isso, retardar a rota da tropas vietnamitas. Até hoje não está claro se o método funcionou ou não.

O programa teve diversos nomes: "Operação Popeye", "Operação Motorpool" e outros. Independentemente disso, os objetivos eram ambiciosos. “Faça lama, não guerra”, teria sido o lema de alguns norte-americanos para a guerra.
E como controlar as nuvens?

O projeto funcionou ao “plantarem” nuvens em países como Laos e Vietnã através de iodeto de prata. Cerca de 2.000 aplicações foram conduzidas ao longo dos cinco anos do programa.

Experimentos assim foram comuns após o fim da Segunda Guerra Mundial. A ARPA trabalhou com computadores avançados na década de 1960 para ver como a climatização poderia ser utilizada em combate. A Operação Popeye foi a primeira a ser bem-sucedida no uso da tecnologia de controle de clima.

No entanto, após o período da Guerra Fria (década de 1990), o mundo havia concordado que controlar o clima poderia ser uma arma perigosa para a guerra. O assunto permanece em debate em agências de inteligência norte-americanas.

sábado, 9 de novembro de 2024

Entendendo a Nova Ordem Mundial: o que é e como está configurada


Hexag Educacional@hexagmedicina

Nova Ordem Mundial é o nome atribuído à nova estrutura geopolítica da economia mundial, que começou a ser delineada a partir dos anos 1990. Com a dissolução da União Soviética, a bipolaridade que dividia o mundo em dois grandes blocos chegou ao fim. Continue lendo para entender melhor esse cenário.
 
O que é a Nova Ordem Mundial?

O termo Nova Ordem Mundial é utilizado para se referir à nova estrutura econômica, política e de poder surgida na metade do século passado. Em linhas gerais, consiste na nova ordem da geopolítica global iniciada com a queda do Muro de Berlim, na Alemanha, em 1989.

Em 1991, com o fim da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), essa nova ordem se consolidou. A bipolaridade (bloco comunista x bloco capitalista) deu lugar à multipolaridade.
Como a Nova Ordem Mundial está configurada?

A principal característica da Nova Ordem Mundial é a multipolaridade. Trata-se de uma consequência da nova configuração geopolítica surgida a partir da queda do Muro de Berlim, na Alemanha, em 1989.

Com a dissolução da União Soviética o mundo deixou de ter uma configuração bipolar. O capitalismo se consolidou como sistema econômico vigente. A globalização, que avançou consideravelmente a partir dos anos 1970, levou a uma maior integração entre empresas, territórios e pessoas.

As relações entre os Estados e os agentes de poder de forma geral foram transformadas. Nesse cenário, o arsenal bélico e militar deixou de ser o único sinônimo de poder de uma nação. O desenvolvimento tecnológico e econômico passou a ter papel decisivo na posição de um território na geopolítica global.

Mudanças geradas pela Nova Ordem Mundial
Multipolaridade – mais do que apenas duas nações ascenderam ao poder. Antes, apenas Estados Unidos e União Soviética ocupavam essa posição.
Outras nações passaram a exercer influência econômica e política em escala regional e global. Porém, os Estados Unidos se mantêm como potência global. 
As principais economias mundiais atuais são Estados Unidos, União Europeia, China e Japão.
A China ascendeu gradualmente a essa posição, processo que começou no final dos anos 1970.
O desenvolvimento econômico se tornou o novo critério de divisão global.
As nações desenvolvidas e com industrialização avançada pertencem ao Norte Global.
As nações emergentes e subdesenvolvidas pertencem ao Sul Global.
Contudo, essa divisão entre Sul e Norte Global não necessariamente está de acordo com a posição da nação em relação ao Equador.
A Austrália integra o Norte Global, mas está no Hemisfério Sul.
O México e a Índia fazem parte do Sul Global, mas estão no Hemisfério Norte.

Nova Ordem Mundial e os blocos econômicos
Os blocos econômicos surgiram devido a intensificação dos fluxos de mercadorias, capitais e informações entre os territórios. Também são um reflexo do aumento do número de empresas transnacionais. Esses blocos têm papel essencial para a articulação em diferentes escalas territoriais globais.

Na Nova Ordem Mundial, a organização das economias nacionais em blocos é importante para:O fechamento de acordos bilaterais ou multilaterais que atendam os interesses em comum;
Também para a mediação do comércio internacional;
Adoção de políticas conjuntas;
Promoção do desenvolvimento de economias nacionais e regionais.

Principais blocos econômicos atuantes na Nova Ordem Mundial:
União Europeia;
Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte);
Mercosul (Mercado Comum do Sul);
Apec (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico);
SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral);
Asean (Associação das Nações do Sudeste Asiático).
Como nasceu a Nova Ordem Mundial

Quando a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) chegou ao fim, teve início um período histórico que se tornou conhecido como Guerra Fria. Esse período se caracterizou pela divisão global em dois blocos: capitalista (liderado pelos Estados Unidos) e socialista (liderado pela União Soviética).

As duas grandes potências disputavam entre si a hegemonia política e ideológica. O conflito se desenrolava através da demonstração de poderio bélico (corrida armamentista) e de avanços tecnológicos (corrida espacial).

Em 1989, a queda do Muro de Berlim, na Alemanha, deu início a destruição dessa divisão geopolítica. A consolidação da Nova Ordem Mundial se deu com a dissolução da União Soviética, em 1991.

A observação de que uma “nova ordem mundial” havia se iniciado foi feita em um discurso do então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush. O discurso foi feito, em 1991, após o término da Guerra do Golfo (1990-1991).

Ao longo do século passado, o capitalismo se fortaleceu como sistema financeiro vigente, assim como o maior fluxo de pessoas e informações. A Nova Ordem Mundial foi consolidada e se manteve até a atualidade.
 
Teorias da conspiração
Provavelmente, você já ouviu alguma teoria da conspiração envolvendo a Nova Ordem Mundial. Geralmente, essas teorias apontam a existência de acordos secretos para instaurar um governo único com poder global. Por trás, desse governo estariam organismos internacionais com interesses de dominação mundial.

Tais grupos seriam formados por pessoas integrantes da elite econômica ou membros de sociedades secretas. A análise dessas teorias deixa evidente que elas nada se assemelham com o que realmente significa viver em uma Nova Ordem Mundial. Essas teorias não possuem confirmação e nem respaldo.

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Morre Dom Antônio de Orleans e Bragança, o 'príncipe imperial do Brasil'


O velório será na igreja da Imperial Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro



Dom Antônio de Orleans e Bragança /CredoInDeum/wikimedia commons

Morreu, aos 74 anos, nesta sexta-feira (8), Dom Antônio de Orleans e Bragança, membro da Casa Imperial e da família imperial brasileira. Autointitulado príncipe imperial do Brasil, Dom Antônio estava internado desde agosto na Casa de Saúde São José.

O velório será na igreja da Imperial Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, na Glória, Rio de Janeiro. Os detalhes da cerimônia ainda serão divulgados.

Nascido no Rio de Janeiro, Dom Antônio estava internado com problemas respiratórios desde agosto na Casa de Saúde São José, no Humaitá, Zona Sul da capital fluminense.

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Divulgador científico afirma que anúncio de vida extraterrestre é "iminente"

 Simon Holland disse que, em breve, poderá ser confirmada a primeira evidência de atividade biológica não humana fora da Terra

POR HISTORY CHANNEL BRASIL
29 DE OUTUBRO DE 2024 


O divulgador científico Simon Holland, conhecido por seus documentários apoiados pela NASA, fez recentemente uma declaração que chamou a atenção da comunidade astronômica e do público em geral: segundo ele, estamos prestes a descobrir a primeira prova de vida extraterrestre. Holland afirma que a descoberta já foi feita e que, atualmente, dois grupos de astrônomos — um ocidental e outro chinês — competem para fazer essa revelação histórica. Enquanto o Breakthrough Listen, um projeto financiado por magnatas como Mark Zuckerberg, lidera a pesquisa no Ocidente, o telescópio FAST da China, o maior do mundo, acelera a análise de sinais potencialmente não humanos.

"Assinatura tecnológica"

Entre as declarações de Holland, destaca-se uma suposta revelação sobre o sinal BLC-1, captado em 2019 pelo telescópio Parkes, na Austrália, e que não corresponde a nenhum fenômeno natural conhecido. Rumores indicam que astrônomos de Oxford e da equipe do Breakthrough Listen suspeitam que possa se tratar de uma "assinatura tecnológica" de origem não terrestre. Segundo Holland, essa competição pode ser encerrada a qualquer momento, assim que um dos grupos confirme seus dados. No entanto, em entrevista ao site Infobae, o cineasta foi menos categórico, sugerindo que, embora estejamos cada vez mais próximos de encontrar evidências de vida no universo, nenhuma certeza foi alcançada até agora.

O sinal BLC-1 tem sido objeto de intenso escrutínio na comunidade científica. Detectado em 2019 na direção de Próxima Centauri, ele gerou grandes expectativas por suas características incomuns: um espectro eletromagnético estreito e sem modulações, que não se alinha ao "ruído" típico do universo. No entanto, em 2021, análises mais aprofundadas sugeriram que essa e outras detecções anteriores podem ter origem terrestre. Steve Croft, cientista do Breakthrough Listen, afirmou que o BLC-1 possui características semelhantes às de transmissores em movimento, típicos de interferências humanas. Esse resultado destaca a dificuldade de diferenciar uma assinatura tecnológica autêntica de interferências geradas por redes humanas.

Em entrevista ao site IFLScience, o pesquisador Andrew Siemion, que teria sido a fonte de Holland, negou a existência de novas conclusões sobre o sinal BLC-1 que apontariam para a confirmação de vida extraterrestre. "Uma extensa análise subsequente levou à conclusão de que o BLC-1 provavelmente se originou de interferência de radiofrequência terrestre", afirmou.

A busca por vida além da Terra começou na década de 1960 com o Projeto Ozma, de Frank Drake, o primeiro programa a direcionar radiotelescópios para o espaço em busca de transmissões de civilizações avançadas. Desde então, os programas SETI captaram várias transmissões misteriosas, como o famoso sinal “Wow!” de 1977 e outras detecções feitas pelo radiotelescópio Arecibo, em Porto Rico. Embora nenhuma tenha sido confirmada como evidência de vida extraterrestre, cada descoberta incentivou avanços nas tecnologias e nas metodologias de análise.

Radiotelescópio no observatório de Arecibo

Nos últimos anos, essa busca tem sido impulsionada por recursos tecnológicos mais avançados, como demonstram projetos financiados por empresas privadas e apoiados por cientistas renomados. “Estamos melhor preparados do que nunca para responder à pergunta se estamos sozinhos”, declarou Croft, enfatizando também o progresso trazido pelas novas ferramentas de inteligência artificial no processamento de dados de observação espacial.

Atualmente, o Breakthrough Listen e outros programas SETI modernos estão investindo cada vez mais nessa busca. Com o auxílio de uma rede internacional de telescópios e algoritmos de inteligência artificial, estão analisando uma grande quantidade de dados em busca de uma assinatura tecnológica definitiva. O grande desafio, no entanto, é distinguir sinais extraterrestres das transmissões humanas, que se multiplicam no espaço a cada dia. Embora ainda não haja uma confirmação conclusiva, a busca contínua por assinaturas tecnológicas sugere que, talvez em breve, possamos finalmente responder à eterna questão: estamos realmente sozinhos no universo?


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