by Deise Brandão
O livro e seu significado
Publicado em 1945, A Revolução dos Bichos (original Animal Farm) é uma fábula política escrita por George Orwell. À primeira vista parece uma história infantil sobre animais que tomam uma fazenda; na verdade, é uma sátira sobre regimes totalitários e sobre como revoluções populares podem ser corrompidas por líderes autoritários.
Na trama, os animais expulsam o fazendeiro humano para criar uma sociedade igualitária. Porém, aos poucos, os porcos — liderados por Napoleão — assumem o poder, distorcem as regras e instauram um regime ainda mais opressivo que o anterior.
O mantra dos animais
A frase “Todos os animais são iguais” vira, com o tempo, “Mas alguns são mais iguais que os outros”. Essa inversão mostra o processo de traição dos ideais iniciais, em que slogans bonitos encobrem novas formas de dominação.
Por que a fábula continua atual
Mais de 70 anos depois, A Revolução dos Bichos ainda serve de alerta. Em democracias frágeis, redes sociais, grandes corporações ou movimentos sociais, vemos repetições desse roteiro:
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Líderes que se apresentam como libertadores, mas acumulam poder. 
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Regras que vão sendo flexibilizadas “temporariamente”, até virarem privilégio permanente. 
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Palavras que mudam de significado para manter o controle (um duplipensar na prática). 
Lições para hoje
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Questionar slogans — Toda promessa política precisa de transparência e vigilância. 
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Olhar para as estruturas — O problema não está apenas em líderes individuais, mas no sistema que permite concentração de poder. 
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Participação cidadã — Democracia precisa de fiscalização constante para não se tornar só um rótulo. 

 
 
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