Já que falou de mim, concursado, sinto-me no
direito de responder: Senhor Ex-presidente, por
mais ladrão que seja, sou concursado, com muito
orgulho! Para chegar lá, estudei, me dediquei, fiz uma
prova tensa no concurso com o maior índice de
candidatos/vaga daquele ano.
Após isso, passei 3 anos por um estágio probatório,
para então, definitivamente, me efetivar no cargo.
Na minha prova não adiantava eu mentir, nem
tentar desqualificar meu concorrente. Tentar
iludir o aplicador da prova com promessas de
políticas sociais de nada adiantariam. Apontar
para o colega do meu lado fazendo prova e
alegar que ele mentia nas respostas e que
ele iria acabar com o bolsa família, caso fosse
aprovado, de nada serviria.
Não usei verba desviada de nenhuma empresa
estatal para financiar a taxa de inscrição do
concurso que fiz. O salário que recebo não me
permite comprar sítios ou triplex. Não disponho
de imunidade parlamentar, não disponho de
auxílio moradia, nem paletó. Não sou financiado
por empresas privadas e bancos.
Ser político é muito fácil. Dispensa estudo
(vide o senhor).
Dispensa atestado de bons antecedentes
(vide o senhor).
Dispensa conduta ilibada no exercício da função
(vide o senhor).
Para eleger-se, bastam mentiras bem contadas,
projetos que iludam o povo, uma barba bem feita
e um marqueteiro de primeira (vide o senhor).
Acusações, falsas ou não, contra o candidato
opositor também são válidas. Aí, de 4 em 4 anos,
vai pra rua pedir voto, equipado de obras
superfaturadas, desvios de verbas e patrocínio
de empresários e banqueiros, que doam dinheiro
sem nenhum interesse.
Pão e circo funcionam desde a Grécia antiga,
não é agora que vai falhar!
E finalizo lançando um desafio para o senhor.
Nada complexo, nada difícil, eu consegui, o senhor
mesmo julga ser fácil: PASSE NUM CONCURSO!
Fonte: Autor desconhecido/web.
Nada complexo, nada difícil, eu consegui, o senhor
mesmo julga ser fácil: PASSE NUM CONCURSO!
Fonte: Autor desconhecido/web.
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