RIO - O mundo está embarcando em sua sexta extinção em massa com animais desaparecendo cerca de 100 vezes mais rápido do que costumavam, advertiram os cientistas nesta sexta-feira em um estudo publicado na revista Science Advances. De acordo com o a pesquisa, os seres humanos poderiam estar entre as primeiras vítimas.
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O estudo “mostra sem sombra de dúvida que estamos agora entrando no sexto grande evento de extinção em massa”, disse o coautor Paul Ehrlich, professor de biologia da Universidade Stanford.
A análise é baseada em extinções documentadas de vertebrados, ou animais com esqueletos internos, tais como rãs, répteis e tigres, a partir de registros fósseis e outros dados históricos.
A taxa moderna de perda de espécies foi comparada com as “taxas naturais de desaparecimento de espécies antes de a atividade humana dominar”. Pode ser difícil de estimar esta taxa, uma vez que os humanos não sabem exatamente o que aconteceu durante todo o curso da história de 4,5 bilhões anos da Terra. Para o estudo, os pesquisadores utilizaram uma taxa de extinção que era duas vezes maior que as estimativas amplamente utilizadas.
Se a taxa do passado era de duas extinções de mamíferos por 10 mil espécies a cada 100 anos, então a “taxa média de perda de espécies de vertebrados no último século é até 114 vezes maior do que seria sem a atividade humana, mesmo levando em conta as estimativas mais conservadoras de extinção de espécies”, disse o estudo. “Ressaltamos que nossos cálculos muito provavelmente subestimam a gravidade da crise de extinção porque nosso objetivo era colocar um limite inferior realista sobre o impacto da humanidade sobre a biodiversidade.”
As causas de perda de espécies englobam da mudança climática para a poluição, até o desmatamento, e muito mais. De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza, cerca de 41% de todas as espécies de anfíbios e 26% de todos os mamíferos estão ameaçadas de extinção.
O estudo pediu “esforços rápidos, muito intensificados para conservar as espécies já ameaçadas, e para aliviar as pressões sobre as suas populações - notavelmente a perda de habitat, a sobreexploração para ganho econômico e a mudança climática.”
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