sábado, 19 de julho de 2025

Soberania de Quem? O Direito dos EUA de Barrar Brasileiros — e a Hipocrisia dos que Gritam “Ingerência”




by Deise Brandão 

Nas últimas semanas, setores da imprensa e figuras políticas brasileiras — especialmente ligadas à esquerda e ao campo institucional — têm gritado em uníssono: “Trump está violando a soberania do Brasil ao cancelar vistos de autoridades brasileiras!”
A acusação é teatral, infundada e politicamente conveniente. O que está em jogo não é soberania, mas a verdade. E a verdade é simples: os Estados Unidos têm o direito pleno de decidir quem entra ou não em seu território. Chama-se soberania nacional — a deles, não a nossa.

Os EUA podem negar vistos? Podem, sim.
O governo americano, seja sob Trump, Biden ou qualquer outro presidente, tem autonomia para barrar a entrada de qualquer cidadão estrangeiro em seu território — por razões diplomáticas, morais, judiciais ou até por mera conveniência política.
E mais: não precisa justificar. Pode simplesmente dizer “não queremos”.
Isso está previsto nas leis internas e é prática comum da diplomacia internacional.
Não há nenhuma violação da soberania brasileira quando os EUA decidem restringir o acesso de brasileiros indesejáveis por corrupção, perseguição política, violações institucionais ou qualquer outro motivo.
 
O Brasil já fez o mesmo. E com orgulho.
Em março de 2020, o governo brasileiro determinou a retirada imediata dos diplomatas venezuelanos. Alegou que o regime de Nicolás Maduro era ilegítimo e que sua presença era inaceitável no Brasil.
A justificativa? Soberania nacional.
Mais de uma vez, jornalistas estrangeiros foram barrados em eventos do governo federal, ou até ameaçados de expulsão por críticas públicas. Um dos casos mais notórios foi o do jornalista Glenn Greenwald, acusado por ministros bolsonaristas de “interferir nos assuntos internos do Brasil”.
Ninguém gritou “ingerência internacional” nesses momentos. Dois pesos, duas medidas.
 
🤡 O truque da vez: fingir que Trump está defendendo Bolsonaro

A mídia aliada ao sistema tenta colar uma falsa narrativa: de que Trump quer negar vistos a ministros do STF, congressistas e membros do atual governo “para proteger Bolsonaro, que está de tornozeleira”.

Ora, sejamos sérios.

Se Trump quiser proteger Bolsonaro, ele faz isso com um aceno direto — não precisaria barrar ministros ou criar uma “lista negra” pública. A negativa de vistos a certas autoridades não favorece Bolsonaro, mas aponta o dedo para o sistema judicial brasileiro que, há anos, se protege sob o disfarce de impunidade seletiva.
E mais: Trump não precisa justificar a negativa de visto. Ele pode dizer simplesmente: “Não quero. Não confio. Não gosto.” E pronto.
É isso que se chama soberania americana. Não é ataque. É direito.

O que dói mesmo? O constrangimento.
O grito contra “a violação da soberania brasileira” é só encenação. O que está doendo é outra coisa: o constrangimento público que essas negativas representam. Afinal, quando os EUA publicamente dizem que determinadas autoridades brasileiras não são bem-vindas, a vergonha se instala.
E aí o discurso muda: o que antes era “livre soberania do Brasil de barrar venezuelanos e estrangeiros”, vira agora “ataque à nossa honra nacional”.

Não é honra. É cinismo.
Os EUA podem barrar quem quiser. É direito soberano.O Brasil já fez o mesmo. E com orgulho. Quem está reclamando agora, é porque está sendo exposto.
Trump não precisa proteger ninguém — muito menos justificar. E se o Estado brasileiro quiser encarar isso como “ingerência”, é porque prefere o escândalo à humildade.

quarta-feira, 9 de julho de 2025

Vampiros do Estado: quem merece a guilhotina simbólica?



                                 Foto: Criação da IA “IAOpen”, conforme solicitada.

 
by Deise Brandão

Nos últimos dias, o Brasil assistiu a mais um linchamento moral seletivo nas redes sociais:
uma criança de 5 anos, filha do empresário Roberto Justus, foi ameaçada de guilhotina por ter ido à escola carregando uma bolsa de 15 mil reais.

Escandaloso? Pode ser.
Mas não pela bolsa — pela ameaça.
Não é o que se diz — é quem diz

O homem que desejou ver uma criança degolada não é um anônimo.
É ex-assessor de Luiz Inácio Lula da Silva, ligado a gabinetes de poder.
Gosta de posar de “justiceiro de Twitter”, mas silencia quando o luxo é bancado por dinheiro público — o meu, o teu, o nosso.

Dinheiro privado não drena SUS

A bolsa da menina foi paga pelo pai — com dinheiro privado.
Não saiu do cartão corporativo do governo, não tirou merenda da escola, nem remédio do hospital.

Agora, pergunta se a mesma turma que incita guilhotina tem coragem de gritar quando a mordomia sai do nosso bolso:
  • Primeira-dama voando com equipe de styling, camarins e seguranças pagos por verba pública.
  • Ministros hospedados em hotéis cinco estrelas.
  • Deputados e senadores desfilando com diárias, passagens, cotas de gasolina, verbas secretas.
  • STF e Judiciário recebendo acima do teto, com auxílio-moradia, férias de 60 dias e cursos em Lisboa que viram turismo de luxo.
Tudo isso é drenagem de SUS, INSS e escola pública, sim.

Brasília: o castelo dos privilégios
Enquanto isso, quem banca?
Você. Brasileiro que paga imposto até no pão.
Enquanto a fila do INSS atrasa aposentadoria, o SUS falta soro e a perícia empurra laudos pra daqui a um ano, Brasília segue com:
Janja, a grife ambulante do Alvorada.
Deputados que engordam reeleição na base do fundão.
Senadores que se aposentam com salário integral.
Ministros que acumulam mordomias e decidem que você deve pagar sem questionar.

E se alguém reclama?
É rotulado de “golpista”, “coxinha”, “vagabundo”.
Rotulam o povo — mas não tocam na casta vampira.
Então, quem merece a guilhotina simbólica?
Uma criança de 5 anos, que nem entende o valor do que carrega?
Ou o sistema que mama há décadas, enquanto finge ser “guardião da democracia” — mas devora cada centavo que podia virar escola, hospital, estrada?
A régua moral está torta.
É fácil bater em quem gasta o que é seu.
Difícil é ter coragem de apontar pra quem ostenta com o dinheiro que não é dele — é teu.

Vítima é vítima. Parasita é parasita.
Ostentar com dinheiro próprio pode ser fútil.
Ostentar com dinheiro do povo, enquanto o povo morre na fila do hospital, é crime moral.
Quem ameaça criança de guilhotina é covarde.
Mas quem suga o Brasil com sigilos, penduricalhos e privilégio vitalício é o verdadeiro vampiro do Estado.
Se é pra cortar cabeças — que seja na fonte da mordomia.
Não na infância de quem não tem culpa do sobrenome.

domingo, 6 de julho de 2025

DISSONÂNCIA VIBRATÓRIA

 


by Deise Brandão

Sabe quando a gente entra num lugar e sente uma coisa estranha no ar? Ou quando estamos com uma pessoa e, por fora, está tudo certo, mas por dentro algo incomoda, como se o corpo quisesse ir embora? Isso, pra mim, é dissonância vibratória.

A gente vive num mundo que vibra. Tudo vibra. A matéria, os pensamentos, as emoções... tudo tem frequência. Quando estamos em paz, sentindo amor, tranquilidade ou clareza, vibramos de um jeito mais leve, mais fluido. Mas, quando nos cercamos de ambientes, pessoas ou situações que não estão na mesma frequência que a gente — e, principalmente, quando tentamos nos adaptar a isso por obrigação, medo ou costume — é aí que sentimos o tal desconforto. A dissonância.

É como ouvir uma música onde cada instrumento está tocando num ritmo diferente. A melodia não flui. Algo não encaixa. Às vezes a gente insiste. Fica tentando "afinar" a gente mesmo pra caber naquela situação, naquele grupo, naquele trabalho... Mas o corpo sente. O espírito também.

Eu já tentei muitas vezes “me ajustar” em ambientes que não combinavam comigo. No começo, achava que o problema era meu: “Será que estou sendo sensível demais? Difícil demais? Crítica demais?” Mas com o tempo fui percebendo: não é drama, é percepção. E tudo bem reconhecer que tem coisas que não vibram na mesma frequência que a gente. Isso não torna ninguém melhor ou pior. Apenas diferente.

A dissonância vibratória é um aviso sutil (ou nem tanto) de que algo precisa ser revisto. Às vezes é hora de sair. Outras vezes é só uma chamada pra olhar mais fundo: “o que aqui não está alinhado comigo?”

Aprender a perceber isso — e respeitar — é um baita ato de autocuidado.

Nem sempre é fácil sair de onde há dissonância. Mas também não é saudável fingir que está tudo bem onde não está. A nossa energia fala antes da nossa boca. E o universo ouve.

quinta-feira, 3 de julho de 2025

A China afirma que seu experimento com drones para “fazer chover”


"Imagem: South China Morning Post")


by DEise Brandão

Em junho, chamou atenção um experimento climático realizado na China, onde drones foram usados para “fazer chover”. A técnica, conhecida como semeadura de nuvens, consistiu em liberar iodeto de prata na atmosfera para estimular a formação de chuva. O resultado? Um aumento de quase 4% na precipitação em uma área de mais de 7.700 km² — o suficiente para encher cerca de 30 piscinas olímpicas.

Segundo os pesquisadores, a intenção seria combater a desertificação e mitigar os efeitos das mudanças climáticas em regiões secas, como Xinjiang. Mas diante de uma tecnologia com tanto potencial de impacto, surge uma pergunta inevitável:

Será que a intenção é só aumentar a chuva?

A China afirma que seu experimento com drones para “fazer chover” visa apenas combater problemas ambientais, como a desertificação e a falta de água. Mas será mesmo só isso?

Por trás da “chuva artificial”, podem existir intenções bem mais amplas — e preocupantes.

Tecnologia climática não é neutra. Ela oferece a possibilidade de controlar não só o tempo, mas também recursos naturais, territórios e até populações inteiras. Quem decide onde chove… também pode decidir onde não chove.

Geoengenharia já foi usada como arma no passado (como na Guerra do Vietnã) — e o avanço atual reacende debates sobre usos militares do clima. Mesmo que proibidos oficialmente, testes como esse abrem brechas perigosas.

E o próprio experimento mostrou o poder da ferramenta: com apenas 1 quilo de iodeto de prata, conseguiram gerar chuva suficiente para 30 piscinas olímpicas. Isso muda tudo.

Também há a questão ética: Quem vai controlar essa tecnologia? Quem lucra? E quem sofre as consequências?

No fundo, a pergunta real é: "Controlar o clima é proteger a natureza — ou começar a controlá-la?"

terça-feira, 1 de julho de 2025

A denúncia que marcou uma era: O Inquérito 4325 e o cerco contra Lula e o PT





by Deise Brandão

Pouca gente lembra em detalhes, mas em setembro de 2017 o Brasil presenciou uma das denúncias mais emblemáticas da chamada Operação Lava Jato. Foi quando o então Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a denúncia do Inquérito nº 4325/DF, apontando LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, DILMA ROUSSEFF e outros expoentes do Partido dos Trabalhadores como supostos líderes de uma organização criminosa que teria atuado durante mais de uma década, desde o início dos anos 2000 até o impeachment de Dilma, em 2016.

Segundo a peça acusatória, que agora você lê transformada em relato histórico, o núcleo político do PT, liderado por Lula, teria sido o cérebro de um esquema amplo e sofisticado de desvio de recursos públicos, usando estatais como a Petrobras para irrigar o financiamento partidário e perpetuar um projeto de poder. A narrativa do Ministério Público descreve o funcionamento de uma máquina dividida em quatro núcleos: o político (onde estavam os principais líderes), o econômico (formado pelas grandes empreiteiras e empresas que pagavam propinas), o administrativo (funcionários de alto escalão das estatais e ministérios) e o financeiro (os operadores, doleiros e laranjas que movimentavam o dinheiro sujo).

De acordo com a denúncia, o núcleo político do PT não agia sozinho. Ele teria articulado uma rede cooperativa com o PMDB e o PP, partidos que dividiam diretorias estratégicas dentro da Petrobras — como as áreas de Abastecimento, Serviços e Internacional — para garantir que os contratos bilionários fossem direcionados às empreiteiras que pagavam propina. Essa engrenagem, segundo o MPF, se retroalimentava: o dinheiro ilícito financiava campanhas eleitorais, mantinha o apoio político no Congresso e comprava silêncio quando necessário.

É importante dizer que o Inquérito 4325 não ficou restrito ao papel. Ele serviu de base para uma série de ações penais que foram remetidas, em parte, para a 13ª Vara Federal de Curitiba, sob a jurisdição de Sergio Moro, enquanto outra parte seguiu no Supremo Tribunal Federal, devido ao foro privilegiado de parlamentares e ministros em exercício à época. Assim, nomes como Antônio Palocci, Guido Mantega, João Vaccari Neto e Paulo Bernardo tornaram-se réus em diversas frentes judiciais, alguns já condenados, outros absolvidos em algumas acusações, mas sempre sob o impacto irreversível de terem sido personagens centrais dessa trama.

No caso de Lula, a denúncia apontava que ele não só tinha conhecimento dos ilícitos, mas era quem dava as diretrizes políticas, cuidava das articulações partidárias e mantinha a engrenagem funcionando por meio de indicações e blindagem institucional. Foi essa acusação, combinada com outros processos, que sustentou ordens de prisão preventiva e depois condenações em primeira instância, num cenário que dividiu o país entre defensores da Lava Jato e críticos de sua condução, que apontavam excessos e perseguição política.

Este documento histórico, assinado digitalmente em 5 de setembro de 2017, foi peça central na narrativa de que o Brasil precisava romper com o “sistema”, custasse o que custasse. Ele alimentou manchetes, capas de jornais, brigas de família, memes na internet e, principalmente, inflamou o ambiente para a eleição de 2018, que viria a consagrar Jair Bolsonaro no discurso de combate à corrupção.

Cinco anos depois, parte dessas acusações acabou sendo anulada pelo Supremo Tribunal Federal por questões processuais — sobretudo competência de foro — e Lula recuperou seus direitos políticos, reassumindo a presidência em 2023. Mas o registro permanece: ali está, carimbado com token digital, o momento em que a mais alta autoridade do Ministério Público do país acusou formalmente um ex-presidente da República de liderar uma organização criminosa, num processo que ajudou a moldar uma das fases mais turbulentas da história republicana recente.

Para além de absolvições ou condenações, esse papel impresso conta uma faceta de nossa história que ninguém deve ignorar. É o retrato de como a justiça, a política e o poder econômico se entrelaçam no Brasil — e de como a memória de um povo não pode se dar ao luxo de esquecer. Hoje, esse documento, que parecia apenas uma pilha de folhas carimbadas, se torna prova viva de um capítulo que ainda reverbera nas ruas, nos tribunais, nas urnas e nos corações de quem acredita, de um lado ou de outro, que o Brasil merece, sempre, transparência, memória e justiça.

Fonte: A denúncia penal oferecida pelo Procurador-Geral da República (Rodrigo Janot) ao Supremo Tribunal Federal (STF)


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