quinta-feira, 13 de março de 2025

Pai sequestrou os próprios filhos, colocou fogo na casa, fugiu e causou acidente com morte


Jardel Oliveira dos Santos com os filhos Vicente e Bernardo.

Na noite desta quarta-feira (12), um grave acidente no km 3 da ERS-446, em São Vendelino, resultou na morte de Vicente Oliveira dos Santos, de seis anos. A criança, que estava no veículo conduzido pelo pai, Jardel Oliveira dos Santos, foi socorrida e levada inicialmente para um hospital em Carlos Barbosa antes de ser transferida para Bento Gonçalves, onde não resistiu aos ferimentos e faleceu durante a madrugada. Seu irmão gêmeo, Bernardo, segue internado em estado gravíssimo no Hospital Geral de Caxias do Sul. A família é de Parobé.

Jardel Oliveira dos Santos, que dirigia uma caminhonete Courier, invadiu a pista contrária e colidiu frontalmente com uma carreta, morrendo no local. O acidente ocorreu horas após o desaparecimento das crianças ter sido registrado pela mãe, que possuía uma medida protetiva contra o ex-marido. Ela estava separada de Jardel e tinha a guarda dos filhos, permitindo que o pai os visitasse quinzenalmente.

As crianças foram buscadas na escola pelo pai na tarde de terça-feira, por volta das 17h, mas não foram devolvidas à mãe nem levadas ao colégio no dia seguinte, o que levou ao registro do desaparecimento. Imagens de câmeras de monitoramento mostram o veículo passando pelo pedágio de Campo Bom às 8h18 e por Bom Princípio às 9h18 da quarta-feira.

Na manhã daquele dia, vizinhos relataram ter visto Jardel sair da casa onde morava antes da separação, pouco antes de um incêndio destruir a residência. Os bombeiros foram acionados por volta das 8h30, e há indícios de que o próprio Jardel tenha provocado o fogo.

As circunstâncias que levaram ao acidente ainda são desconhecidas. O que se sabe é que a caminhonete descia a Serra quando invadiu a pista contrária, próximo à divisa entre São Vendelino e Carlos Barbosa, colidindo violentamente com a carreta que seguia no sentido oposto.

Carro em que a família estava



O caso gerou forte comoção e revolta entre os moradores de Parobé e cidades vizinhas. A polícia apura mais detalhes sobre as circunstâncias do ocorrido.

A Prefeitura de Parobé emitiu uma nota de pesar:
“A Prefeitura de Parobé, na pessoa do prefeito Gilberto Gomes e da secretária de Educação Fabrícia Bonemberger, manifesta profundo pesar pelo trágico falecimento do pequeno Vicente Oliveira dos Santos, de apenas 6 anos, estudante da EMEF Idalino Pedro da Silva.
Neste momento de imensa dor, nos solidarizamos com seus familiares, amigos, colegas e toda a comunidade escolar, que hoje sofrem com essa perda irreparável. Que Deus conforte o coração de todos e traga forças para enfrentar essa triste despedida.
Também elevamos nossas preces em nome de seu irmão, Bernardo, que segue internado. Que ele receba toda a força e amparo necessários para sua recuperação.”


Vicente faleceu no hospital.

By O Diáio

quarta-feira, 12 de março de 2025

PF realiza operação nacional contra abuso sexual infantil e prende 17 suspeitos

Ao todo, 340 agentes federais foram mobilizados para cumprir 72 mandados de busca e apreensão

PF realiza operação nacionalDivulgação/PF - 12/03/2025

Brasília|Victoria Lacerda, do R7, em Brasília

A PF (Polícia Federal) deflagrou, nesta quarta-feira (12), a Operação Nacional Proteção Integral, uma ação coordenada em 22 estados para combater crimes cibernéticos de exploração sexual infantil.

A ofensiva tem como objetivo identificar e prender suspeitos que utilizam a internet para armazenar, compartilhar, produzir e comercializar material de abuso sexual infantojuvenil.


Ao todo, 340 agentes federais foram mobilizados para cumprir 72 mandados de busca e apreensão. Até o momento, 17 pessoas foram presas em flagrante e seis mandados de prisão preventiva foram expedidos contra investigados.

Balanço da operaçãoEstados participantes: 22
Mandados de busca e apreensão cumpridos: 72
Mandados de prisão preventiva expedidos: 6
Efetivo mobilizado: 340 policiais federais
Prisões em flagrante: 17


A operação segue diretrizes da Coordenação de Repressão aos Crimes Cibernéticos Relacionados ao Abuso Sexual Infantojuvenil da PF e atende às determinações do Estatuto da Criança e do Adolescente e da Constituição Federal, que garantem a proteção integral da infância.

“O impacto desses crimes é devastador para as vítimas, e a Polícia Federal atua para cumprir os dispositivos constitucionais que asseguram prioridade absoluta à proteção de crianças e adolescentes”, destaca a corporação.

A Polícia Federal alerta pais e responsáveis sobre a necessidade de monitorar e orientar crianças e adolescentes no ambiente digital, prevenindo sua exposição a riscos.

A recomendação é que os responsáveis acompanhem o uso de redes sociais, aplicativos de mensagens e plataformas digitais para evitar o contato com criminosos que exploram menores de idade.

terça-feira, 11 de março de 2025

Juiz do trabalho do RS tem R$ 20 milhões bloqueados em investigação sobre favorecimento a leiloeiros, aponta PF

Investigação indica que suspeito teria protegido grupos de leiloeiros que fraudavam execuções trabalhistas, faziam arrematações ilegais e se apropriaram de valores de leilões. Defesa de juiz afirma que não teve acesso ao mandado de busca.

Por Vítor Rosa, g1 RS e RBS TV
Caminhonete estava entre os bens apreendidos. — Foto: PF/Divulgação

A Polícia Federal (PF) cumpriu, nesta terça-feira (11), mandados judiciais de apreensão e sequestro de bens contra o juiz do trabalho Luiz Fernando Bonn Henzel, suspeito de participar de um esquema de fraude de leilões judiciais em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Foram bloqueados 14 imóveis, que juntos somam mais de R$20 milhões, e três carros — sendo uma caminhonete importada e duas de fabricação nacional.
O magistrado, que atuava na 3ª Vara do Trabalho de Canoas, está afastado de suas funções desde o início da investigação, em dezembro de 2024. Relembre o caso na reportagem abaixo. A defesa do juiz, em contato com o g1, afirma não possuir ainda "conhecimento da justificativa do pedido. Após acessarmos, iremos nos manifestar nos autos".

Segundo a Polícia Federal, todos os bens sequestrados foram, ao menos em parte, adquiridos com recursos provenientes do crime de corrupção passiva.

De acordo com o delegado Lucas Bohrer, o juiz favorecia leiloeiros nomeando eles para processos de execução trabalhista e, em troca, recebia a propina. Ainda de acordo com o delegado, a investigação apurou que grande parte dos bens apreendidos foram adquiridos por meio da gratificação.

A partir da quebra de sigilo telefônico e da confissão de dois suspeitos, a Delegacia de Combate à Corrupção e Crimes Financeiros da Polícia Federal no RS afirma em relatório enviado à Justiça que o magistrado recebeu o montante de R$ 6 milhões de propina.

Juiz já era investigado

Essa é a segunda fase da operação denominada Erga Omnes. Na primeira, em dezembro de 2024, o juiz Luiz Fernando Bonn Henzel havia sido afastado do cargo e dois leiloeiros foram presos.

Em nota, o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região disse que "o procedimento administrativo disciplinar relacionado ao juiz do Trabalho envolvido no caso segue em tramitação, com observância das regras próprias ao devido processo legal. O magistrado continua afastado de suas funções." (leia, abaixo, a nota na íntegra).

A investigação do esquema começou após uma inspeção judicial realizada pela Corregedoria do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região. A partir dela, foi descoberta a existência de dois grupos de leiloeiros judiciais que, sob a proteção do juiz, teriam fraudado execuções trabalhistas e forjado arrematações para se apropriar de valores depositados em leilões.

Nota do Tribunal Regional do Trabalho

"NOTA DO TRT-RS - Operação Erga Omnes, da Polícia Federal

A respeito da deflagração da segunda fase da operação Erga Omnes, da Polícia Federal, o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS) reforça que segue à disposição das autoridades para colaborar nas investigações.

Assim como informado no início da operação, em 10 de dezembro de 2024, a própria Corregedoria do TRT-RS iniciou a investigação de possíveis irregularidades envolvendo leilões na 3ª Vara do Trabalho de Canoas. O material analisado pela Corregedoria foi encaminhado à Polícia Federal

sábado, 8 de março de 2025

Confira a programação da 25ª Kartoffelfest de Santa Maria do Herval


Foto: Cleiton Zimer/arquivo

Santa Maria do Herval – Está sendo lançada nesta manhã de sábado (8), a programação oficial da 25ª Kartoffelfest – a tradicional Festa da Batata. O evento acontece entre os dias 9 e 18 de maio, com amplas atividades culturais, musicais e muito mais.


Soberanas estão divulgando o evento pela região (FOTO: Josias Lunkes)

Dentre os destaques está a abertura com Banda Rosa’s. Nos demais dias terá La Montanara, Indústria, San Marino, Rainha, Madame Frau, Baile da Emancipação, Brilha Som, Os Atuais, Brilha Som, Nave Som e mais.

Sem mais delongas, confira abaixo:

DIA 09 DE MAIO | SEXTA-FEIRA

Ingresso Gratuito09h30 – Abertura da Festa
12h00 – Almoço típico colonial nos restaurantes locais
13h00 às 17h00 – Musical Os Signos – Baile do Grupo da 3ª Idade Amizade (Ingresso: R$ 13,00)
18h30 – Abertura Oficial da 25ª Kartoffelfest com a Orquestra de Sopros Teewald e Grupo Folclórico Teewald
20h30 às 22h30 – Rui & Mateus
22h45 às 01h00 – Banda Rosas
01h00 – Encerramento

DIA 10 DE MAIO | SÁBADO

Ingresso: R$ 15,00

08h00 – Caminhada da Kartoffel (Inscrições e informações: turismo@santamariadoherval.rs.gov.br)
09h30 – Abertura da Festa
Encontro de Grupos Folclóricos Alemães Infanto-Juvenil
12h00 – Almoço típico colonial nos restaurantes locais
13h00 às 15h00 – Banda La Montanara
15h30 às 18h00 – Banda Indústria Musical
18h30 às 20h45 – Banda San Marino
21h00 às 23h30 – JJSV
23h45 às 01h40 – Banda Only One
01h40 às 02h40 – DJ Cleiton
02h40 – Encerramento

DIA 11 DE MAIO | DOMINGO

Ingresso: R$ 15,0009h30 – Abertura da Festa
12h00 – Almoço típico colonial nos restaurantes locais
13h30 às 15h45 – Banda 0800
16h00 às 18h00 – Banda Rainha Musical
18h30 às 20h45 – Banda Madame Frau
21h00 às 23h15 – Banda Universitária
23h15 – Encerramento

DIA 12 DE MAIO | SEGUNDA-FEIRA

Ingresso Gratuito (Chope com preço especial
)09h00 – Sessão Solene na Câmara Municipal de Vereadores

09h30 – Abertura da Festa
12h00 – Almoço típico colonial nos restaurantes locais
Baile da Emancipação – Viva nossos 37 anos!
13h30 às 15h30 – Banda Baila Baila
16h00 às 19h00 – Banda Brilha Som
19h15 às 21h30 – Marcelo Serra
21h30 – Encerramento

DIA 15 DE MAIO | QUINTA-FEIRA

Ingresso GratuitoKartoffel Infantil – Atividades recreativas e culturais para as crianças da rede escolar do município
Confraria da Kartoffelfest
19h30 – Lançamento do Documentário da História de Santa Maria do Herval, com música ao vivo

DIA 16 DE MAIO | SEXTA-FEIRA

Ingresso Gratuito09h30 – Abertura da Festa
12h00 – Almoço típico colonial nos restaurantes locais
13h00 às 17h00 – Banda Monte Claro – Baile do Grupo da 3ª Idade Viver é Legal (Ingresso: R$ 13,00)
19h00 às 21h00 – Banda Sul Brass
21h30 às 00h00 – Banda 10
00h00 – Encerramento

DIA 17 DE MAIO | SÁBADO

Ingresso: R$ 15,0009h30 – Abertura da Festa
Encontro de Invernadas Gauchescas
12h00 – Almoço típico colonial nos restaurantes locais
13h30 às 15h30 – Super Banda Real de Nova Petrópolis
15h45 às 18h00 – Banda Os Atuais
18h30 às 21h30 – Banda Champion
22h00 às 00h00 – Banda Pandora
00h30 às 02h30 – Banda Hatfield
02h30 – Encerramento

DIA 18 DE MAIO | DOMINGO

Ingresso: R$ 15,0009h30 – Abertura da Festa
12h00 – Almoço típico colonial nos restaurantes locais
13h00 – Apresentação do Grupo Folclórico Teewald
13h30 às 16h00 – Super Banda Santa Cruz
16h30 às 18h30 – Banda Nave Som
19h00 às 22h00 – Banda Brilha Som
22h00 – Encerramento

INFORMAÇÕES GERAIS

NÃO HAVERÁ COBRANÇA DE INGRESSOS: Nos dias 09, 12, 15 e 16.
HAVERÁ COBRANÇA DE INGRESSOS: Nos dias 10, 11, 17 e 18 ( Valor R$ 15,00), e nos Bailes da Terceira Idade nos dias 09 e 16 ( Valor R$ 13,00).
Biergarten com Palco Cultural e atrações.
Programação de Bandinhas Típicas pelo eventoCasa do Turista e exposições;
Visitação ao Museu Municipal e Memorial da Arquitetura Germânica durante todo o evento
das 10h às 12h e 13h às 16h;Chope Artesanal Wig’s e Chope Schin;
Jogos Germânicos e Chope em Metro;
Exposições Culturais do município;
Restaurantes com culinária típica alemã e de batata no espaço do evento e no município;
Praça de Alimentação;
Pavilhão Principal das Bandas;
Feira da Indústria, Comércio, Exposição de Máquinas e Equipamentos Agrícolas;
Produtos da Agricultura Familiar;
Tendas com produtos coloniais, artesanato e comercialização de batata direto do produtor;
Espaço Kids;
Atrativos turísticos nos arredores do evento;

TODA A PROGRAMAÇÃO DO EVENTO OCORRE EM ÁREA COBERTA

by O Diário

terça-feira, 4 de março de 2025

Meu entendimento sobre o caso Deise Moura dos Anjos






By Deise Brandão

CONTEXTO GERAL DO CASO

Deise Moura dos Anjos, 42 anos, foi uma contadora residente em Nova Santa Rita (RS), casada com Diego Silva dos Anjos há cerca de 20 anos, com quem tinha um filho de 9 anos. Em dezembro de 2024, ela foi apontada como suspeita de envenenar familiares com arsênio no município de Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, em um caso que ficou conhecido como "o caso do bolo envenenado". Posteriormente, a investigação também a vinculou à morte de seu sogro, Paulo Luiz dos Anjos, em setembro de 2024. Deise foi presa temporariamente em 5 de janeiro de 2025 e morreu na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba em 13 de fevereiro de 2025, em um suposto suicídio. A polícia concluiu os inquéritos após sua morte, apontando-a como autora de quatro homicídios, mas, devido ao seu falecimento, não houve indiciamento formal.


OS FATOS DO CASO

1. O Incidente do Bolo (23 de dezembro de 2024)

O que aconteceu: Seis pessoas de uma mesma família consumiram um bolo durante uma confraternização em Torres, preparado por Zeli Teresinha Silva dos Anjos, sogra de Deise. Três morreram logo após:

Neuza Denize Silva dos Anjos, 65 anos (irmã de Zeli);

Maida Berenice Flores da Silva, 59 anos (irmã de Zeli);

Tatiana Denize Silva dos Anjos, 47 anos (sobrinha de Zeli, filha de Neuza).

Sobreviventes: Zeli (61 anos), um menino de 10 anos (filho de Tatiana), e Jefferson (marido de Maida) foram internados, mas sobreviveram. Uma sétima pessoa presente não comeu o bolo e não passou mal.

Causa: Exames do Instituto-Geral de Perícias (IGP) confirmaram a presença de arsênio no bolo e na farinha usada para prepará-lo. A concentração na farinha era 2.700 vezes maior que no bolo (40g/kg), sugerindo contaminação intencional antes do preparo.

2. Morte do Sogro (Setembro de 2024)

O que aconteceu: Paulo Luiz dos Anjos, marido de Zeli e sogro de Deise, morreu em setembro de 2024, inicialmente por suposta intoxicação alimentar após consumir bananas e leite em pó levados por Deise e Diego à casa do casal em Arroio do Sal.

Exumação: Após o caso do bolo, o corpo foi exumado em 8 de janeiro de 2025. A perícia encontrou 264 mg de arsênio no estômago, a segunda maior concentração entre as vítimas fatais, confirmando envenenamento.

3. Outras Suspeitas de Envenenamento

Filho e Marido: Em dezembro de 2024, antes do incidente do bolo, Diego e o filho de 9 anos teriam consumido um suco de manga com arsênio detectado na urina de ambos, segundo exames do IGP divulgados em 20 de janeiro de 2025. Eles sobreviveram.

Zeli no Hospital: Deise levou alimentos (suco, chocolate, pastel) a Zeli enquanto ela estava internada após o bolo, mas laudos do IGP de 12 de fevereiro de 2025 indicaram que esses itens não continham veneno.

Pai de Deise: A morte de José Lori da Silveira Moura, pai de Deise, em 2020 (atribuída à cirrose), foi mencionada como suspeita, mas não houve exumação ou investigação aprofundada.

4. Prisão e Morte de Deise

Prisão: Deise foi presa temporariamente em 5 de janeiro de 2025, no Presídio Feminino de Torres, por suspeita de triplo homicídio qualificado e tentativas de homicídio. A prisão foi prorrogada em 30 de janeiro por mais 30 dias e, em 6 de fevereiro, ela foi transferida para Guaíba por segurança.

Morte: Em 13 de fevereiro de 2025, foi encontrada morta em sua cela individual, com sinais de enforcamento. A Polícia Penal e o IGP investigam como suicídio. Ela deixou um recado escrito em uma camiseta, declarando-se inocente e mencionando depressão.

Contexto da Morte: No dia anterior (12 de fevereiro), um advogado da família de Diego informou ao presídio que ele buscaria o divórcio, o que, segundo a polícia, pode ter influenciado sua decisão.

5. Conclusão da Investigação

Data: Em 21 de fevereiro de 2025, a Polícia Civil concluiu dois inquéritos, afirmando que Deise foi a única autora de quatro homicídios (o sogro e as três vítimas do bolo) e outras tentativas.

Resultado: Com sua morte, houve extinção da punibilidade (art. 107, I, do Código Penal), e ela não foi formalmente indiciada.


ALEGAÇÕES E PROVAS CITADAS PELA POLÍCIA

A Polícia Civil, liderada pelo delegado Marcos Vinicius Veloso, pelo subchefe Heraldo Guerreiro e pelo chefe Fernando Sodré, apresentou as seguintes evidências como "robustas" contra Deise:

Compra de Arsênio:

Uma nota fiscal digital no celular de Deise indicaria quatro compras de arsênio pela internet entre setembro e dezembro de 2024, entregues pelos Correios. Apesar de divulgada pela RBS TV, o nome na nota era "Deise Marques dos Anjos" (não "Moura"), mas a polícia afirma que o documento veio do aparelho dela.

Pesquisas na Internet:

Extração de dados do celular mostrou buscas por "arsênio veneno", "veneno que mata humano" e similares, feitas antes e após as mortes. Deise alegou que pesquisou após os laudos médicos indicarem arsênio, mas a polícia diz que as datas contradizem isso.

Mensagens:

Mensagens a Zeli sugeriam que Paulo morreu por causas naturais (ex.: "banana contaminada pela enchente") e que não havia "culpados a procurar". Outra, de novembro, dizia: "Se eu morrer, reze por mim, pois é provável que eu não vá ao paraíso". (????)

Comportamento:

Deise foi descrita como "fria", "manipuladora" e "dissimulada" em depoimentos e interrogatórios. Tentou cremar o corpo do sogro, mas não conseguiu por falta de assinaturas médicas. (???)

Farinha Contaminada:

A polícia alega que Deise envenenou a farinha na casa de Zeli em 20 de novembro de 2024, semanas antes do bolo ser feito, mas não detalhou como ela teve acesso ou como isso foi provado.

POSIÇÃO DA DEFESA

O escritório Cassyus Pontes Advocacia, que representava Deise, destacou:

As provas citadas pela polícia não foram judicializadas antes de sua morte, ou seja, não passaram pelo crivo de um juiz.

Não houve acesso integral aos laudos (ex.: do filho e marido) para análise antes da conclusão policial.

Deise usava medicamentos controlados, tinha histórico de depressão e manifestou insegurança na prisão, sugerindo vulnerabilidade psicológica.


QUESTIONAMENTOS E LACUNAS

Meu ponto de vista — que não há provas concretas apresentadas e que Deise morreu como suspeita, não condenada — levanta questões importantes. Aqui estão as lacunas e dúvidas que permanecem:

Provas Não Publicadas:

A nota fiscal, mensagens e buscas no celular foram mencionadas em coletivas, mas não divulgadas na íntegra ao público ou à defesa antes da morte de Deise. Sem acesso a esses documentos, é impossível verificar sua autenticidade ou contexto.

Falta de Julgamento:

Deise morreu sob prisão temporária (medida investigativa, não condenatória). Sem processo judicial, as alegações policiais não foram contestadas ou validadas por um juiz.

Modus Operandi Não Esclarecido:

Não há detalhes públicos sobre como Deise teria colocado arsênio na farinha em novembro, nem como obteve o veneno (arsênio é restrito no Brasil). A polícia fala em compras online, mas não especificou o fornecedor ou como ela burlou controles.

Motivo:

A polícia sugere uma rixa de 20 anos com Zeli, iniciada por um saque de R$ 600 em 2004, mas Zeli sobreviveu. Por que matar outros familiares e não o "alvo principal"? O motivo é considerado "banal" até pelos investigadores.

Outras Hipóteses:

Não há indícios de investigação sobre outras fontes de contaminação (ex.: farinha comprada já contaminada) ou outros suspeitos. Zeli, que fez o bolo, foi descartada sem explicação detalhada.

Suicídio Questionável:

Deise estava em cela isolada, sob monitoramento, e recebeu três atendimentos psicológicos em Guaíba. Como ela conseguiu se enforcar sem ser notada? A investigação da morte foi rápida, e o recado na camiseta ("sou inocente") levanta dúvidas sobre sua intenção.


CRONOLOGIA RESUMIDA

Setembro 2024: Paulo Luiz morre; Deise tenta cremação.

20/11/2024: Deise supostamente contamina farinha na casa de Zeli (segundo a polícia).

23/12/2024: Seis pessoas consomem bolo envenenado; três morrem.

27/12/2024: Laudos confirmam arsênio.

05/01/2025: Deise é presa temporariamente.

08/01/2025: Corpo de Paulo é exumado.

10/01/2025: Polícia anuncia "provas robustas" em coletiva.

20/01/2025: Arsênio é encontrado na urina de Diego e do filho.

30/01/2025: Prisão de Deise é prorrogada.

06/02/2025: Transferida para Guaíba.

12/02/2025: Notificada do divórcio.

13/02/2025: Encontrada morta.

21/02/2025: Polícia conclui inquéritos.


MINHA ANÁLISE CRÍTICA

Deise morreu como suspeita, não como culpada confirmada. A polícia apresenta um caso que parece sólido em coletivas (compras de arsênio, mensagens suspeitas), mas há uma ausência gritante de transparência: as provas não foram levadas a julgamento, e a defesa não teve tempo de contestá-las. A narrativa oficial depende de interpretações (ex.: mensagens como "álibi premeditado"), mas não explica inconsistências, como Zeli sobreviver ao suposto alvo principal ou a falta de detalhes sobre a contaminação da farinha. A morte de Deise na prisão, logo após a notícia do divórcio, também levanta a possibilidade de que ela tenha sido pressionada psicologicamente, o que não exclui a hipótese de inocência ou de um enquadramento apressado. A sogra que acusa Deise, em tese sofreu dois envenamentosm sendo que em dezembro, no episódio do bolo foi a única que comeu duas fatias. Quem manipulou os alimentos que mataram o sogro de Deise, marido de Zeli, bem como o bolo que matou 3 pessoas foi Zeli. Aguardo que QUALQUER alguém, explique COMO DEISE CONTAMINOU A FARINHA.

Por outro lado, a presença de arsênio em múltiplas vítimas e a cronologia das compras sugeridas pela polícia são difíceis de ignorar como coincidência. Ainda assim, sem um processo judicial, tudo permanece no campo da suspeita — e suspeita, não é certeza.


CONCLUSÃO

Reuni aqui tudo o que sei sobre o caso até 04/03/2025. Há fatos concretos (mortes por arsênio, prisão de Deise, sua morte), mas as provas contra ela são afirmações policiais não testadas em juízo. Acredito que ela não matou aquelas pessoas, dúvida  legítima diante dos fatos públicos. A falta de um julgamento e a morte prematura de Deise deixam o caso sem resolução definitiva.

O Estado Brasileiro mente, omite,inventa. O Estado frauda. O Estado MATA. Eu provo.

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