Na Expo Dubai, Mourão estima US$ 10 bilhões ao ano para proteger Amazônia
Vice-presidente discursou no pavilhão da sustentabilidade e pediu ajuda do setor privado e governos estrangeiros para preservação da floresta
Em São Paulo
02/10/2021 às 11:23 | Atualizado 02/10/2021 às 11:27
O vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, realizou uma palestra, neste sábado (2), no pavilhão de sustentabilidade da Expo Dubai 2020. Mourão discursou em defesa da proteção ambiental, falou sobre o papel do Conselho da Amazônia e na importância da implementação do desenvolvimento sustentável na região.
Segundo o vice-presidente, para que este tipo de desenvolvimento seja viável, o governo brasileiro necessita de engajamento do setor privado e de países aliados.
Se os governos estrangeiros pediram ao Brasil para manter a área intocada, o mercado calcula uma compensação monetária para o país de cerca de US$ 10 bilhões (cerca de R$ 53,6 bilhões na cotação atual) ao ano, disse Mourão em sua palestra.
“Acho que é um bom pagamento para o que vamos fazer na Amazônia e por nossa responsabilidade com a Amazônia. Porque o que precisa ficar claro é que, se temos que preservar quase 50% do nosso território, temos que receber apoio para isso. É uma questão moral”, disse o vice-presidente brasileiro.
Os outros países já exploraram tudo que podiam em seus territórios e nós ainda temos esses amplos espaços, um dos maiores espaços ainda abertos na Terra, e claro que sabemos que é nossa responsabilidade preservarHamilton Mourão, vice-presidente do Brasil
Ainda em sua fala, Mourão afirmou que este será um dos principais pontos levados pelo Brasil à COP-26.
“As estimativas, o número que o setor privado me fala, é destes US$ 10 bilhões ao ano. Mas é uma coisa que tem que ser discutida e na nossa opinião, na opinião do governo brasileiro, na COP-26 esse será um dos principais pontos que o governo brasileiro levará para as discussões.”
Mourão falou ainda da necessidade que novos projetos de iniciativa privada sejam apresentados em prol da região, e reforçou que a entrada de dinheiro externo no Brasil é essencial para que a preservação aconteça concomitante ao desenvolvimento da região amazônica.
(Publicado por Daniel Fernandes)
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