A suspeita surgiu após o enterro de pessoas identificadas, mas enterradas como indigentes
SÃO PAULO
30/06/2015 -
Se voc é ligado à USP e recebe 14 mil corpos por mês REPRODUÇÃO
O MPE (Ministério Público Estadual) de São Paulo ainda suspeita da possibilidade de que haja tráfico de órgãos para pesquisa e estudo no Svoc (Serviço de Verificação de Óbitos da Capital). O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) apura o caso em inquérito que corre em sigilo desde o ano passado.
A suspeita surgiu de outro inquérito da instituição que investigava o enterro de pessoas identificadas (com RG), mas enterradas como indigentes. Na ocasião, uma das pessoas ouvidas pelo MPE, a doméstica Maria Cecília Leão, relatou ter tentado transferir o corpo do pai do Cemitério de Perus, mas foi desaconselhada por coveiros. De acordo com ela, o corpo chegou "oco por dentro" e estava "só a pele".
Além disso, dois comportamentos do Svoc constatados no relatório do Plid (Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos) do MP serão encaminhados para apuração: foi verificado que há acumulo de partes de corpos no serviço, que ficam quase um ano armazenadas antes de serem encaminhadas para estudo. Outra dúvida é o motivo de diversos cadáveres que passaram pelo SVOC terem os números de registro duplicados, mesmo quando as necropsias foram feitas em um mesmo ano.
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