JULHO 31, 2019
O seu Ivo tem 58 anos e foi diagnosticado com Alzheimer há seis anos. Há pouco tempo, a família, que vive em Goiás (GO), sofria diariamente com as suas mudanças de humor e comportamento por conta do avanço da doença: ele tinha se tornado uma pessoa agressiva e infeliz. Não sabia nem mais o que era mastigar uma refeição, muito menos quem eram as pessoas ao seu redor.
“O Alzheimer destruiu a vida do meu marido, com 58 anos ele é uma pessoa totalmente dependente, fica agressivo, não aceita, ele era uma pessoa doce, hoje tem momentos que ele está feliz e do nada ele se transforma, fica violento, ele perdeu totalmente a identidade dele, o corpo está aqui, mas a mente foi embora”, relatou a esposa do seu Ivo, Solange Barsan Suzin, 56 anos.
[Aos 23 anos, o Julio, que tem autismo severo, precisa ser amarrado em momentos de crise. Também por falta de tratamento ele parou de falar há muitos anos e precisa de um acompanhamento em clínicas e psicoterapeutas. Queremos custear um tratamento pra ele e comprar moveis para a família em Fortaleza (CE) viver um pouco melhor. Contribua aqui.]
Situação muito triste que fez a família buscar tratamentos alternativos, encontrando no uso do óleo de cannabis a melhor solução. No caso do seu Ivo, ele usa o óleo de de uma extração full spectrum da planta, ou seja, a planta inteira.
“Tinha chegado num nível que a gente teria que interná-lo, estava muito agressivo”, disse o filho Filipe Barsan Suzin, 28 anos, que também faz tratamento com o óleo para uma leucemia mieloide crônica.
Em menos de três meses de uso, seu Ivo já era outra pessoa! Sorria, conversava com a esposa e com o filho e até dançava! Conversamos com a família e com a ONG Ágape Medicinal, que fornece o óleo para as famílias da região, para mais informações sobre os benefícios e pesquisas do uso da cannabis para tratamentos dos sintomas de diversas doenças como Alzheimer, autismo, esclerose múltipla, entre outras.
No vídeo abaixo, a família registrou todo o progresso do seu Ivo. É emocionante!
Tabu em casa
Filipe relatou que desde 2013 já estudava sobre o uso da cannabis medicinal. Mas, foi através da Associação Goiânia de Apoio e Pesquisa à Cannabis Medicinal, a Agape Medicinal, que Filipe conseguiu convencer a família. Ele conheceu a associação através de uma viagem.
“Faz sete meses que o meu pai faz uso do óleo, em uma semana já teve uma mudança inexplicável! Sendo que ele ficou mais de seis anos sendo dopado, tomando remédios fortes. Meu pai teve melhoras sensacionais!”, afirmou.
O humor do seu Ivo melhorou drasticamente!
Ele também “reaprendeu” a comer sozinho
Seu Ivo e a esposa ❤
Cannabis medicinal no Brasil
A Agape nasceu da experiência de seus membros fundadores diante da negligência vivida por pacientes que necessitam da medicina canábica, que, em muitos casos, é a única esperança para quem sofre com alguma patologia. Hoje, a associação atende 100 pacientes, grande parte idosos com Alzheimer e também crianças e adultos autistas, entre outras patologias.
“No Brasil, nós não temos uma regulamentação que seja o suficiente, a pouca regulamentação envolve a importação do cannabidiol (CBD), e ele é um composto da planta cannabis, então, a única coisa que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) viabiliza é uma via extremamente onerosa e burocrática no âmbito administrativo para você ter um remédio incompleto. É um óleo, só de CBD, e vem de fora do país. É uma política pública ineficaz, porque a gente não pode cultivar aqui no país? É uma via extremamente burocrática para conseguir um remédio incompleto, não tem ele da planta inteira, e o que resta é acolhermos as famílias”, afirmou o fundador e presidente da Ágape, e graduado em Cannabusiness e Cultivo Indoor e Outdoor pela Universidade de Oaksterdam, Califórnia, Yuri Ben-Hur da Rocha Tejota.
Além de fundador e presidente da Ágape, Yuri é graduado em Cannabusiness e Cultivo Indoor e Outdoor pela Universidade de Oaksterdam, CalifórniaResultado de uma parceria entre grupos de pesquisa de Israel (liderado por Elisaldo Carlini) e no Brasil (liderado por Elisaldo Carlini), entre os anos 1975 e 1982, a medicina canábica foi apresentada para o mundo através de cinco artigos que revelaram as poderosas propriedades antiepilépticas do CBD.
“É preciso deixar claro que autismo e Alzheimer são patologias que a gente trata os sintomas, não têm formas eficazes de tratar a raiz do problema. A cannabis ativa o cérebro do indivíduo, ela age literalmente no cérebro, diferente do CBD, então, no caso do seu Ivo, foi usado o óleo da planta inteira, em baixas quantidades, é uma fitoterapia, você não tem letalidade e nem toxicidade”, explicou.
Ele ainda relatou que o desconhecimento das pessoas sobre o assunto é o principal motivo de conclusões erradas sobre a cannabis medicinal.
“Tem uma política proibicionista em cima da cannabis, que faz as pessoas a enxergarem como uma droga, mas tem vários estudos que comprovam que ela não é porta de entrada para nada, não aumenta a violência. É uma planta, e que se bem feito o uso dela, de forma rastreável e com acompanhamento de profissionais da área, é algo seguro”, conclui.
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