Brasileiros na lista pública da Interpol (Foto: Editoria de Arte/G1)Por Ana Paula Andreolla*, TV Globo, Brasília
A lista pública da Interpol, que reúne foragidos da Justiça de diversos países, tem 160 brasileiros procurados por autoridades brasileiras e estrangeiras. Ao ter o nome incluído na lista de difusão vermelha, a pessoa pode ser presa por qualquer força policial do país em que esteja.
Na lista pública, há pessoas condenadas ou procuradas por diversos crimes, como uso de documento falso, crimes contra a ordem fiscal, tráfico internacional de drogas, tráfico de pessoas, tortura, homicídio, estupro, entre outros.
A lista de brasileiros procurados, porém, é maior. Isso porque há uma lista fechada, só acessada por membros da Interpol, que reúne outros nomes. É o caso do empresário Eike Batista, que teve o nome incluído na lista de foragidos na quinta-feira (26), dias antes de ser preso ao desembarcar no aeroporto no Rio de Janeiro, vindo de Nova York.
Eike teve a prisão decretada pela Justiça no âmbito da operação Eficiência, que investiga a participação do empresário em um esquema de lavagem de dinheiro desviado de obras públicas e enviado para o exterior. O beneficiário dos recursos enviados para contas em paraísos fiscais seria o ex-governador Sérgio Cabral, segundo as investigações.
A Polícia Federal explicou que o nome do empresário foi incluído na lista privada da difusão vermelha da interpol porque somente foragidos considerados de alta periculosidade são inseridos na lista pública, que todos podem acessar.
A decisão de incluir apenas foragidos considerados de alta periculosidade foi tomada no ano passado pela Polícia Federal. Os nomes de foragidos considerados de baixa periculosidade incluídos antes da decisão continuam aparecendo na lista pública da Interpol.
Outro nome conhecido que está na lista privada é o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP). Em 2016, o nome do parlamentar deixou de aparecer na lista pública, mas ele continua como foragido internacional.
Maluf e seu filho, Flávio, foram indiciados por crimes relacionados com o desvio de mais de US$ 11 milhões em fundos públicos brasileiros supostamente transferidos para uma conta em um banco localizado em Nova York. A defesa de Maluf alega que o ex-prefeito não cometeu crimes nos Estados Unidos.
Lista pública
Levantamento do G1 junto aos dados da lista pública da Interpol mostra que a maioria dos brasileiros procurados (28,5%) são acusados ou já foram condenados por crimes relacionados ao tráfico de drogas, nacional e internacional. Em segundo lugar, está o crime de homicídio, pelo qual respondem 18% dos listados.
São 132 homens e 28 mulheres, com idades entre 24 e 87 anos. O mais velho da lista é Antonio Arrechea Andrade, acusado de homicídio, coação e tortura. O tenente-coronel é procurado desde 2012 pela Interpol e acusado no Brasil por crimes cometidos durante a ditadura na Argentina.
Entre os procurados também há brasileiros que respondem por crimes cometidos em outros países. São 13 requeridos pela Argentina, 10 pelo Paraguai, sete pelos Estados Unidos, quatro pelo Uruguai e os demais por Costa Rica, Itália, Malásia, Panamá e Suriname. Outros 121 são procurados por autoridades brasileiras.
A lista também inclui o empresário Marcos Agopian, apontado como um dos chefes de uma quadrilha acusada de desvio milionário no INSS. O objetivo do grupo seria conceder auxílios-doença pra quem estava bem de saúde. O caso foi noticiado em 2013 pelo Fantástico.
A lista pública da Interpol, que reúne foragidos da Justiça de diversos países, tem 160 brasileiros procurados por autoridades brasileiras e estrangeiras. Ao ter o nome incluído na lista de difusão vermelha, a pessoa pode ser presa por qualquer força policial do país em que esteja.
Na lista pública, há pessoas condenadas ou procuradas por diversos crimes, como uso de documento falso, crimes contra a ordem fiscal, tráfico internacional de drogas, tráfico de pessoas, tortura, homicídio, estupro, entre outros.
A lista de brasileiros procurados, porém, é maior. Isso porque há uma lista fechada, só acessada por membros da Interpol, que reúne outros nomes. É o caso do empresário Eike Batista, que teve o nome incluído na lista de foragidos na quinta-feira (26), dias antes de ser preso ao desembarcar no aeroporto no Rio de Janeiro, vindo de Nova York.
Eike teve a prisão decretada pela Justiça no âmbito da operação Eficiência, que investiga a participação do empresário em um esquema de lavagem de dinheiro desviado de obras públicas e enviado para o exterior. O beneficiário dos recursos enviados para contas em paraísos fiscais seria o ex-governador Sérgio Cabral, segundo as investigações.
A Polícia Federal explicou que o nome do empresário foi incluído na lista privada da difusão vermelha da interpol porque somente foragidos considerados de alta periculosidade são inseridos na lista pública, que todos podem acessar.
A decisão de incluir apenas foragidos considerados de alta periculosidade foi tomada no ano passado pela Polícia Federal. Os nomes de foragidos considerados de baixa periculosidade incluídos antes da decisão continuam aparecendo na lista pública da Interpol.
Outro nome conhecido que está na lista privada é o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP). Em 2016, o nome do parlamentar deixou de aparecer na lista pública, mas ele continua como foragido internacional.
Maluf e seu filho, Flávio, foram indiciados por crimes relacionados com o desvio de mais de US$ 11 milhões em fundos públicos brasileiros supostamente transferidos para uma conta em um banco localizado em Nova York. A defesa de Maluf alega que o ex-prefeito não cometeu crimes nos Estados Unidos.
Lista pública
Levantamento do G1 junto aos dados da lista pública da Interpol mostra que a maioria dos brasileiros procurados (28,5%) são acusados ou já foram condenados por crimes relacionados ao tráfico de drogas, nacional e internacional. Em segundo lugar, está o crime de homicídio, pelo qual respondem 18% dos listados.
São 132 homens e 28 mulheres, com idades entre 24 e 87 anos. O mais velho da lista é Antonio Arrechea Andrade, acusado de homicídio, coação e tortura. O tenente-coronel é procurado desde 2012 pela Interpol e acusado no Brasil por crimes cometidos durante a ditadura na Argentina.
Foragido incluído na lista da Interpol é acusado de crimes durante a ditadura argentina (Foto: Reprodução/Interpol)
Entre os procurados também há brasileiros que respondem por crimes cometidos em outros países. São 13 requeridos pela Argentina, 10 pelo Paraguai, sete pelos Estados Unidos, quatro pelo Uruguai e os demais por Costa Rica, Itália, Malásia, Panamá e Suriname. Outros 121 são procurados por autoridades brasileiras.
A lista também inclui o empresário Marcos Agopian, apontado como um dos chefes de uma quadrilha acusada de desvio milionário no INSS. O objetivo do grupo seria conceder auxílios-doença pra quem estava bem de saúde. O caso foi noticiado em 2013 pelo Fantástico.
Empresário é procurado por suspeita de participar de fraude milionária no INSS (Foto: Reprodução/Interpol)
*Colaboraram Rosanne D'Agostino e Thiago Reis, do G1, em São Paulo
*Colaboraram Rosanne D'Agostino e Thiago Reis, do G1, em São Paulo
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