domingo, 27 de julho de 2014

'Hamas viola seu próprio cessar-fogo', diz Netanyahu

27/07/2014 17:08 | Por Washington (AFP), AFP
O primeiro-ministro israelense disse à CNN que as forças de seu país continuarão com suas operações para tentar desmantelar a rede de túneis que o Hamas construiu na fronteira e destruir seus depósitos de foguetes.
O primeiro-ministro israelense disse à CNN que as forças de seu país continuarão com suas operações para tentar desmantelar a rede de túneis que o Hamas construiu na fronteira e destruir seus depósitos de foguetes.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou neste domingo o movimento islamita palestino Hamas de violar o cessar-fogo que ele mesmo aceitou e afirmou que as operações israelenses em Gaza irão prosseguir, em uma entrevista à rede americana CNN.
"Eles estão violando seu próprio cessar-fogo. Sob estas circunstâncias, Israel vai fazer o que for necessário para defender seu povo", declarou Netanyahu.
Mais cedo, o Hamas havia aceitado um cessar-fogo a partir das 11h00 GMT (08h00 de Brasília) em resposta a uma iniciativa das Nações Unidas. Repórteres da AFP em Gaza, no entanto, disseram que ainda era possível ouvir explosões.
Anteriormente, Israel havia dado sua aprovação a um plano de cessar-fogo promovido pelo Egito que não havia sido aceito pelo Hamas, mas Netanyahu mostrou-se pouco entusiasmado sobre o último chamado a uma trégua proposto pela ONU neste domingo.
O primeiro-ministro israelense disse à CNN que as forças de seu país continuarão com suas operações para tentar desmantelar a rede de túneis que o Hamas construiu na fronteira e destruir seus depósitos de foguetes.
"Não vou falar sobre uma operação militar específica", disse.
"Israel está fazendo o que qualquer outro país faria e o que os Estados Unidos fariam se qualquer parte de seu país estivesse sob fogo e você tivesse 60 ou 90 segundos para chegar a um refúgio", acrescentou.
"Claro que queremos deixar de disparar foguetes. Queremos desmantelar o túnel, a rede de túneis terroristas que descobrimos. Não sei se teremos êxito total", admitiu.
"Nossos soldados estão nisso agora", disse.
Em outra entrevista, desta vez à rede NBC, Netanyahu mencionou os dois objetivos de um eventual acordo: a desmilitarização da Faixa de Gaza, ligada a um mecanismo de supervisão para a entrega de uma ajuda social e econômica aos seus habitantes, a fim de evitar que seja utilizada para construir túneis ou aumentar o arsenal do Hamas.
Já o chefe no exílio do Hamas, Khaled Mechaal, concedeu uma entrevista a partir do Catar ao jornalista Charlie Rose, da televisão pública americana PBS, cujos trechos foram divulgados neste domingo.
"É hora de levantar o bloqueio a Gaza", declarou Mechaal, segundo declarações traduzidas ao inglês por um intérprete. "O bloqueio deve ser levantado e devemos ter um aeroporto", disse.
"Não somos fanáticos, não somos fundamentalistas. Não lutamos contra os judeus porque são judeus", afirmou. "Queremos tolerância e coexistência", ressaltou.
"Não posso coexistir com o ocupante", acrescentou Mechaal, ao ser interrogado sobre uma eventual coexistência de um Estado palestino e um Estado judeu.
Mais de 1.050 palestinos morreram em Gaza, em sua grande maioria civis, desde o lançamento da operação "Barreira Protetora", segundo os serviços de urgência locais. Outros 6.000 ficaram feridos.
Dois civis israelenses e um agricultor tailandês também faleceram pelos foguetes palestinos. Com as últimas baixas chega a 43 o número total de soldados israelenses mortos nos últimos nove dias.

veja mais

Nenhum comentário:

Em Alta

Novo HamburgoRS - Hospital do RS fecha UTI e transfere pacientes após detectar superbactéria considerada uma das mais perigosas do mundo

Acinetobacter baumannii, espécie detectada no hospital do RS, foi listada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2024 como resistente a ...

Mais Lidas