quinta-feira, 5 de junho de 2025

Nem todo mundo que sorri é bom

 Às vezes a maldade não chega gritando. Ela se aproxima com gentileza, elogios e com promessas. Perversidade não está só em atos extremos, mas também em pequenos Atitudes diárias ocultadas de normalidade. E o mais assustador é que essas pessoas muitas vezes estão bem próximo. Podem ser colegas, amigos, até familiares. os sinais de alerta que revelamos uma pessoa verdadeira perversa.


by Deise Brandão

• Manipulam para controlar suas decisões

A manipulação é o jogo favorito dessas pessoas. Elas não mandam diretamente: fazem com que você tome a decisão que elas querem, distorcendo fatos, apelando para a culpa, dramatizando emoções ou usando memórias antigas como armas. Ao final, você nem percebe que foi manipulado — e ainda se sente culpado por reagir.

Sentem prazer com o sofrimento alheio

Não é apenas indiferença: é prazer. Elas se alimentam da dor do outro, saboreando quedas, fracassos e humilhações alheias como se fossem vitórias pessoais. Às vezes disfarçam com frases como "que pena", mas por dentro, vibram com o sofrimento.

• Exercem controle excessivo sobre tudo

Essas pessoas precisam dominar: o que você veste, com quem fala, o que sente. Às vezes, disfarçam como "preocupação", mas no fundo, é sede de posse. O controle não é amor — é medo de perder o poder. Isso destrói sua autoestima.

• Mentem com naturalidade

Mentir é automático para elas. Contam histórias falsas, omitem detalhes, distorcem verdades — tudo para manipular a percepção dos outros e manter uma imagem positiva. Quando confrontadas, se fazem de vítimas, invertem os papéis, e você começa a duvidar de si mesmo.

• Ignoram e desrespeitam seus limites

Se você diz que algo te machuca, elas repetem. Se pede espaço, invadem ainda mais. Não é falta de compreensão — é desinteresse. Sua dor não importa. Limites são vistos como obstáculos a serem destruídos.

• Alimentam o drama para chamar atenção

Transformam pequenos problemas em grandes tragédias. Um mal-entendido vira ofensa, um atraso se torna descaso. Criam caos para manipular. E, depois, se colocam como vítimas ou salvadoras da situação.

• Vivem de vingança e retaliação

Errar com elas é como receber uma sentença invisível. Talvez não reajam na hora, mas guardam rancor e esperam o momento certo para punir. Se alguém nunca esquece nada e usa erros antigos como munição, fique alerta.

• Sentem inveja, mas não admitem

A inveja é disfarçada com elogios vazios, sarcasmo ou críticas veladas. Nunca comemoram sua vitória de verdade. Preferem diminuir você do que crescer por si mesmas.

• Fazem qualquer coisa para conseguir o que querem

Mentem, traem, manipulam e destroem reputações com naturalidade. O fim justifica os meios. Pessoas são vistas como peças de um jogo, e elas querem sempre vencer.

• Agem com total indiferença emocional

Não demonstram empatia, não se comovem. Sua dor é irrelevante. O vazio emocional é profundo — e perigosamente camuflado por sorrisos e palavras bonitas.

• Fogem de qualquer responsabilidade

Nunca são o problema. Sempre culpam alguém: o chefe, a família, o governo. Nunca pedem desculpas sinceras, porque não acreditam que erraram. Deixam um rastro de dor e seguem como se nada tivesse acontecido.

• Não demonstram sinceridade

Até podem pedir desculpas — mas é fachada. Não há culpa real, nem intenção de mudar. O arrependimento exige consciência e empatia — algo que elas não têm.

• São frias em momentos de calor humano

Diante de dor ou alegria, reagem com frieza. Não acolhem, não celebram, não confortam. Parecem desconectadas da humanidade. Por fora podem parecer simpáticas; por dentro, são um poço de gelo.

• Têm duas caras — e nenhuma é verdadeira

Mostram o que você quer ver, escondem quem realmente são. Vivem relacionamentos inteiros baseados em mentiras, fofocas e julgamentos. E sempre têm uma desculpa pronta quando são desmascaradas.

• Adoram ser ajudadas, mas nunca retribuem

Se fazem de necessitadas o tempo todo. Adoram receber ajuda, atenção e apoio. Mas, quando é a sua vez de precisar, somem. São expertas em sugar — mas incapazes de doar. Alguns usam uma religião como escudo, pregador, compaixão e fé, mas suas atitudes revelam intolerância, julgamento e crueldade. Outras fingem amar os animais, postar fotos com pets ou juntas causas, mas nos bastidores maltratam, ignoram ou exploram os bichos. Tudo é aparente. Eles sabem o que pega bem e usa isso para manipular a imagem que os outros têm delas. Mas quem realmente tem coração não precisa fingir, vive isso em silêncio verdade.

• Se fazem de vítimas o tempo todo. 

Tudo é culpa dos outros. Sempre existe alguém que maltratou, que não entendeu, que foi injusto. Pessoas perversas usam o papel de vítima para manipular a empatia dos outros. Querem piedade não porque estão feridas, mas porque isso atrai atenção, proteção e desculpas pelos seus próprios erros. E mais cruel, elas causam o caos e depois se colocam como as mais machucadas da história. É uma tática que inverte tudo e confunde quem está de fora.

• São traiçoeiras mesmo com quem confia nelas. 

Elas quebram promessas, expõem segredos, falam mal de quem está por perto e fazem isso com naturalidade total. Não valorizam confiança, nem se sentem mal por traí-la. Pessoas perversas veem confiança como fraqueza alheia, uma vantagem para ser usada. Por isso, é comum ver essas pessoas pisarem em quem mais estende a mão, porque para elas lealdade não tem valor, tem rótulo.

Podem estar bem próximas — e isso dói.

Às vezes são amigos, colegas, parceiros, até familiares, como mães, pais, filhos, avós (os demais são acidentes). Pessoas que deveriam proteger, apoiar, amar, mas que causam dor silenciosa. E isso confunde porque a mente demora a aceitar que alguém tão próximo pode ser tão nocivo, mas reconhecer é o primeiro passo para se proteger. Não importa o laço, ninguém merece viver preso a uma presença que agride sua paz, energia, autoestima.

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quarta-feira, 4 de junho de 2025

Caso Edna Oliveira Silva – Silêncio Mortal ou Queima de Arquivo?

No mesmo 26 de fevereiro de 2025 em que Vitória Regina de Sousa desapareceu após sair do trabalho em um shopping de Cajamar (SP), outra mulher também sumia: Edna Oliveira Silva, de 63 anos. Quase ninguém falou sobre isso. Mas, para quem observa os sinais que a investigação evita, os paralelos entre os dois casos — em tempo, espaço e conexões — são perturbadores demais para serem ignorados.


by Deise Brandão

Edna era moradora de Cajamar, cuidadora de idosos e possuía um histórico criminal que remontava a 1984: tráfico, furto, falsidade ideológica e uso de documentos falsos. Passou por vários presídios paulistas e estava em liberdade desde 2000. Seus últimos trabalhos incluíam atendimento a idosos em bairros vizinhos — entre eles, a mãe do padrasto de Maicol dos Santos, principal suspeito no caso Vitória.

Sua condição social e seu passado fizeram com que sua morte recebesse atenção inferior à de Vitória. Mas o que mais chama atenção é a coincidência do dia de desaparecimento com o de Vitória, e o fato de seu corpo ter sido encontrado antes mesmo do corpo da jovem, em uma cachoeira entre Cajamar e Jundiaí, a apenas 2,5 km da própria casa.
 
As Semelhanças com o Caso Vitória

Data: Ambas desapareceram em 26 de fevereiro de 2025.
Local: Ambas sumiram em Cajamar, com áreas de buscas se cruzando.
Perfil vulnerável: Edna por histórico criminal e idade; Vitória por ser menor, jovem, sozinha na madrugada.

Conexão com Maicol: Edna prestou serviços na casa de parentes diretos do acusado.

Desfecho estranho: Edna é encontrada morta dias depois, sem sinais de violência — mas sem qualquer testemunha, mesmo em área urbana.
A Versão Oficial: Morte Natural

Segundo o laudo necroscópico divulgado em 19 de março de 2025, Edna morreu por falência múltipla dos órgãos, sem sinais externos de violência. A Polícia Civil de Cajamar rapidamente descartou qualquer relação com o caso Vitória, encerrando o inquérito sem aprofundar investigações alternativas.

Mas por que uma mulher relativamente ativa, que estava a caminho de resolver uma pendência relacionada a aposentadoria, morreria de forma tão abrupta e silenciosa?
Queima de Arquivo? Um Silêncio Oportuno Demais

Diversas hipóteses surgiram nas redes sociais e entre jornalistas independentes:

Edna sabia algo sobre Maicol?

Estava presente na casa de familiares em datas críticas?

Poderia ser testemunha de uma movimentação incomum ou de conversas comprometedoras?

Se tivesse ouvido ou visto algo comprometedor, a eliminação precoce de Edna poderia ter sido estratégica — e sua morte, maquiada como natural. Nesse cenário, o rápido encerramento do inquérito seria não solução, mas sintoma.

Conexão com o Caso Vitória Regina: O Elo que a Polícia Não Quis Ver

A proximidade entre os desaparecimentos, a ligação indireta com Maicol, e a escolha dos alvos — duas mulheres socialmente vulneráveis, ambas invisibilizadas em vida — indicam que os casos talvez compartilhem autores, ou ao menos um mesmo contexto de controle e silêncio.

É impossível ignorar a hipótese de que Edna possa ter sido usada como "despiste", ou morta para impedir revelações sobre Vitória. Ou, ainda, que sua morte tenha sido incorporada a uma narrativa de "casualidade", quando poderia ser o início de algo ainda maior.

Por que Ninguém Fala Sobre Edna?

A resposta pode estar no mesmo silêncio que abafa perguntas sobre Kauã Berto, Luuly Lima e outros possíveis envolvidos no caso Vitória: não interessa às autoridades ou à grande mídia que se investigue para além de Maicol.

Além disso, o perfil de Edna — mulher idosa, pobre, ex-presidiária — torna-a um alvo fácil de invisibilização social. E, como acontece frequentemente no Brasil, quando a vítima não tem prestígio, sua morte sequer é considerada relevante.
Conclusão: Justiça Parcial É Injustiça Completa

O caso Edna Oliveira Silva não pode ser desconsiderado como “morte natural” sem uma revisão técnica e independente. O mínimo que se exige, diante da coincidência temporal e das conexões estruturais com o caso Vitória, é a reabertura do inquérito sob nova supervisão.

Negar a interligação dos casos é ignorar a lógica dos bastidores: poder, influência e silenciamento. Edna não deve ser lembrada apenas como “a cuidadora que morreu por acaso”. Ela pode ter sido a primeira testemunha de um crime brutal — e a primeira a ser silenciada.


O caso Deise dos Anjos e a Justiça na contramão da verdade


      Espelho de um Estado negligente e uma sociedade que julgam 
     antes de esclarecer 


   
     by Deise Brandão

    Em dezembro de 2024, um caso trágico e de forte apelo emocional tomou conta do noticiário gaúcho e nacional. Três pessoas mortas e outras três internadas após consumirem um bolo supostamente envenenado com arsênio, servido durante um encontro familiar no litoral do Rio Grande do Sul. A tragédia gerou uma comoção instantânea. No centro da acusação, sem qualquer denúncia formal, foi colocada Deise Moura dos Anjos — a nora.



    A mídia não hesitou: estampou seu rosto, especulou suas motivações e a julgou como culpada antes que qualquer processo fosse instaurado. Em fevereiro de 2025, Deise foi encontrada morta na prisão. O Estado, sem autocrítica, fechou o caso com a mesma agilidade com que o abriu: sem ouvir outras versões, sem considerar hipóteses alternativas, sem responder pelas falhas de um sistema que age mais para confirmar certezas do que para buscar a verdade.

    Mas Deise não era ré. Não havia denúncia. Não houve defesa. Sua prisão foi preventiva, decretada com base em laudos e suposições — como as buscas em seu celular por “arsênio” e “cremação”. Ora, quem nunca pesquisou algo mórbido, um caso criminal famoso, ou uma teoria conspiratória? Em um Estado Democrático de Direito, ninguém pode ser considerado culpado por pesquisar.

    Mais grave ainda: há indícios fortes de que a sogra, sobrevivente de dois episódios de envenenamento, tenha sido quem preparou os alimentos, e ainda assim foi tratada apenas como vítima. Ela serviu o bolo; ela sobreviveu; ela se beneficiou patrimonialmente das mortes. Ainda assim, não foi investigada como autora potencial. Um erro? Um viés? Ou a simples conveniência de ter já uma “culpada ideal”?


    Este artigo busca resgatar não só os questionamentos ignorados pela investigação e pela imprensa, mas também lançar luz sobre as falhas jurídicas cometidas neste processo. Porque quando se prende sem denúncia, se investiga com foco único, e se fecha um caso com a morte da suspeita, não houve justiça. Houve silenciamento.

    Visa analisar, sob perspectiva jurídica crítica, os vícios processuais e constitucionais presentes na investigação que resultou na prisão e morte de Deise Moura dos Anjos, sem que houvesse qualquer acusação formal contra ela. A análise parte dos princípios constitucionais da presunção de inocência, devido processo legal, contraditório e ampla defesa.

    PONTOS CRÍTICOS E IRREGULARIDADES IDENTIFICADAS

- Deise morreu como suspeita, não ré
Não havia denúncia ou processo instaurado. A mídia e a polícia violaram o art. 5º, LVII da CF/88, que garante que ninguém será considerado culpado antes do trânsito em
julgado de sentença penal condenatória.

- Prisão preventiva desproporcional
A custódia foi decretada sem base concreta nos critérios do art. 312 do CPP. Não houve demonstração de risco real à ordem pública ou à instrução processual.

- Falecimento sob custódia do Estado
A morte de Deise impõe responsabilidade civil objetiva ao Estado, nos termos do art. 37, §6º da CF/88. Houve negligência evidente na preservação da integridade física e psíquica da custodiada.


- Investigação parcial
Houve negligência da polícia civil ao não aprofundar a possibilidade de que a sogra, Zeli dos Anjos — sobrevivente de dois episódios de envenenamento, beneficiária direta da
morte do marido e da nora, e responsável pela preparação dos alimentos — pudesse figurar como investigada.

- Tratamento condenatório da mídia
A exposição pública de Deise, com julgamento moral antes da formalização de qualquer processo, constitui violação ao direito à imagem e à presunção de inocência.

- Ausência de contraditório
A morte de Deise impediu qualquer resposta técnica por parte da defesa. A investigação foi unilateral, desprovida de contraditório e sem possibilidade de contraprova.

- Fragilidade pericial e ausência de cadeia de custódia clara
A associação entre o envenenamento e alimentos levados por Deise carece de robustez
técnica, sem a exclusão de outras ontes de contaminação.

Conclusão parcial da autoridade policial
O relatório final da polícia, divulgado amplamente após a morte de Deise, apresenta conclusões definitivas sem o devido processo legal. Isso caracteriza um abuso investigativo e viola os princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório. A custódia foi decretada sem base concreta nos critérios do art. 312 do CPP. Não houve demonstração de risco real à ordem pública ou à instrução processual.

    CONCLUSÃO
    A tragédia que envolveu a família dos Anjos não deveria ter sido acompanhada de outra: a supressão do direito fundamental de defesa de Deise Moura dos Anjos. O Estado falhou em sua função essencial de investigar com isenção, e a Justiça não foi prestada. A morte da suspeita encerrou o caso formalmente, mas não apagou os vícios, nem redimiu o sistema que a abandonou.



    Fontes Consultadas 
    • CNN Brasil - https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/sul/rs/
    • GZH - https://gauchazh.clicrbs.com.br/seguranca/
    •Wikipédia- https://pt.wikipedia.org/wiki/Envenenamento_da_fam%C3%A
    Dlia_dos_Anjos
    • CartaCapital - https://www.cartacapital.com.br/  
    • Correio do Povo -  https://www.correiodopovo.com.br/
   • STJ - http://www.stj.jus.br/
   • CNMP - https://www.cnmp.mp.br/
   • Constituição Federal - http://www.planalto.gov.br/
   • Código de Processo Penal - http://www.planalto.gov.br/

terça-feira, 3 de junho de 2025

RS - Polícia Federal deflagra operação contra lavagem de dinheiro

As empresas identificadas foram responsáveis por movimentações superiores a R$ 10 bilhões no período analisado



Porto Alegre/RS - A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (3/6), a Operação Countless, com o objetivo de combater a prática de lavagem de capitais adquiridos, principalmente, por meio de tráfico drogas.

Policiais federais cumprem 39 mandados de busca e apreensão, 7 mandados de prisão preventiva, além de ordens de indisponibilidade de bens e de valores que podem atingir R$ 82 milhões.

A ação, que conta com o apoio da Brigada Militar, ocorre em diversas cidades gaúchas e nos Estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Goiás.

A investigação tem como foco um mecanismo de lavagem de dinheiro utilizado por diversas organizações criminosas gaúchas, pautado no uso de operadores financeiros locais e de empresas de fachada. Pessoas vinculadas a membros de organizações criminosas são cooptadas para operar o recolhimento do dinheiro angariado por esses grupos, que advém, proeminentemente, do tráfico de drogas.

As medidas deflagradas na data de hoje têm como objetivo neutralizar o crescimento das atividades investigadas e viabilizar a identificação dos responsáveis pelas etapas posteriores da lavagem de dinheiro.

sábado, 31 de maio de 2025

Prefeito de Palmas é Alvo de Operação da PF por Suspeita de Vazamento e Venda de Sentenças

Eduardo Siqueira Campos, prefeito de Palmas (TO), eleito em 27 de outubro de 2024 com 53,03% dos votos válidos pelo partido Podemos, tornou-se alvo da 9ª fase da Operação Sisamnes, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em 30 de maio de 2025. A operação investiga um suposto esquema de venda de sentenças judiciais e vazamento de informações sigilosas em tribunais estaduais e no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

by Deise Brandão




Contexto da Investigação
A Operação Sisamnes teve início a partir da investigação do assassinato de um advogado no Mato Grosso, quando a PF encontrou, no celular da vítima, evidências de um esquema de comercialização de decisões judiciais. As apurações revelaram um grupo que, além de negociar sentenças, teria praticado vazamentos de informações sigilosas de operações policiais, comprometendo ações judiciais.
Na fase mais recente, a PF cumpriu três mandados de busca e apreensão em Palmas, incluindo a casa de Eduardo Siqueira Campos, a sede da prefeitura e o presídio onde está detido Thiago Barbosa de Carvalho, sobrinho do governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), que não é alvo da operação. Interceptações telefônicas indicam que Siqueira Campos teria alertado Thiago Barbosa sobre informações confidenciais do STJ, levantando suspeitas sobre sua atuação.

Ações Judiciais
A PF solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão e o afastamento de Siqueira Campos do cargo, mas o ministro Cristiano Zanin, relator do inquérito, autorizou apenas as buscas e apreensões. A operação também apura a existência de um grupo chamado “Comando C4”, que teria uma tabela de preços para serviços como monitoramento e até intimidação de autoridades, com valores que variavam de R$ 50 mil a R$ 250 mil.
Histórico Político

Eduardo Siqueira Campos, de 65 anos, é uma figura conhecida na política tocantinense. Foi prefeito de Palmas até 1999, quando deixou o cargo para concorrer ao Senado, sem sucesso em 2006. Retornou à prefeitura em 2024, após vencer o segundo turno contra a deputada estadual Janad Valcari (PL), em uma eleição histórica com segundo turno inédito na capital. Após a posse em 1º de janeiro de 2025, Siqueira Campos anunciou prioridades como saúde e transporte coletivo, mas logo enfrentou desafios pessoais, como a internação de seu filho de 10 anos por miocardite viral, o que o levou a se afastar temporariamente do cargo.

Repercussão
O prefeito confirmou nas redes sociais que a PF esteve em sua residência, mas não se pronunciou detalhadamente sobre as acusações. A operação gerou grande repercussão, com veículos como Globo News, CNN Brasil e Folha de S.Paulo destacando a gravidade das suspeitas. A investigação continua, e novos desdobramentos podem surgir à medida que a PF analisa os materiais apreendidos.

Grupo de Extermínio “Comando C4” na Operação Sisamnes:
 O que se sabe
A Operação Sisamnes, conduzida pela Polícia Federal (PF), revelou a existência de um grupo de extermínio autodenominado “Comando C4” (Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos), investigado por práticas de espionagem, homicídios sob encomenda e ameaças a autoridades no Brasil. A seguir, um resumo sobre o grupo, com base nas informações disponíveis até 31 de maio de 2025:

Origem e Descoberta
O grupo foi identificado durante a 7ª fase da Operação Sisamnes, deflagrada em 28 de maio de 2025, que inicialmente apurava a venda de sentenças judiciais a partir do assassinato do advogado Roberto Zampieri, em dezembro de 2023, em Cuiabá (MT). Zampieri, conhecido como “lobista dos tribunais”, foi morto em uma disputa fundiária, e mensagens em seu celular revelaram negociações de decisões judiciais, levando a PF a descobrir o Comando C4.

Composição e Atuação

O Comando C4 é formado por militares da ativa e da reserva, além de civis, com alta capacidade operacional e treinamento especializado, o que aumenta sua periculosidade. O grupo operava com uma estrutura empresarial, coordenando ações em estados como Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais. Suas atividades incluíam: Espionagem: Monitoramento de autoridades, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin, e parlamentares, como o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Homicídios sob encomenda: O assassinato de Zampieri, por exemplo, envolveu um pistoleiro contratado por R$ 40 mil, com um sinal de R$ 20 mil pago por um suposto mandante, o coronel reformado Etevaldo Caçadini de Vargas, que nega envolvimento.
Tabela de preços: O grupo cobrava valores específicos para monitoramento: R$ 50 mil para “figuras normais”, R$ 100 mil para deputados, R$ 150 mil para senadores e R$ 250 mil para ministros do STF.

Ações da PF

Na 7ª fase, a PF cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, seis de busca e apreensão e quatro de monitoramento eletrônico, autorizados pelo ministro Cristiano Zanin. Foram apreendidos fuzis, pistolas com silenciador, munição, explosivos com detonação remota, carros e placas frias. Entre os presos estão: Etevaldo Caçadini de Vargas, coronel reformado do Exército, dono do canal “Frente Ampla Patriótica”, que defende ideias golpistas.
Gilberto Louzada da Silva, sargento reformado e instrutor de tiro.
Aníbal Manoel Laurindo, fazendeiro apontado como possível mandante do assassinato de Zampieri.Antônio Gomes da Silva, pedreiro que confessou o homicídio, usando disfarces como boina e bengala.

Conexão com o Caso de Palmas
Na 9ª fase da Operação Sisamnes (30 de maio de 2025), o prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos, foi alvo de buscas por suposto vazamento de informações sigilosas a Thiago Barbosa de Carvalho, preso e ligado ao esquema. Embora não haja menção direta de Siqueira Campos como integrante do C4, as investigações sugerem que o grupo se beneficiava de uma rede de contatos para acessar informações sigilosas, comprometendo operações policiais.

Impacto e Repercussão

O senador Rodrigo Pacheco classificou o caso como “estarrecedor”, destacando o risco à democracia. O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, afirmou que é cedo para conclusões, mas a gravidade do caso é evidente. A PF continua investigando para mapear a extensão da rede criminosa e suas conexões, que envolvem corrupção judicial, lavagem de dinheiro e até possíveis ramificações em outros crimes, como o uso de garotas de programa para chantagem, conforme sugerido em postagens no X.

Conclusão
O Comando C4 representa uma ameaça significativa devido à sua organização, armamento e alvos de alto perfil. A Operação Sisamnes, que começou com a investigação de corrupção judicial, revelou um esquema muito mais amplo e perigoso, com implicações para a segurança de autoridades e a integridade das instituições. As investigações seguem em andamento, e novos desdobramentos podem surgir.

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