sábado, 19 de maio de 2018

Dilma Roussef, tornou-se um estorvo para o PT


INDESEJÁVEL Nem os próprios petistas querem que Dilma dispute as eleições (Crédito: Mauro Pimentel) Rudolfo Lago e Ary Filgueira

Dilma tentou ser candidata ao Senado por pelo menos sete Estados, mas em nenhum deles conseguiu guarida. Agora é rejeitada em Minas Gerais, onde nasceu e cujo governador é seu amigo de guerrilha. A ex-presidente se tornou um peso para o próprio partido 

Crédito: Mauro Pimentel


Ela virou um estorvo para o PT

O dicionário Aurélio assim define a palavra estorvo: “embaraço, dificuldade, obstáculo, estorvamento”. E, estorvo, foi no que a ex-presidente Dilma Rousseff se transformou dentro do PT e da política brasileira. No início do ano, ela convenceu-se de que precisava de um mandato parlamentar. Inicialmente para obter foro privilegiado, mas também para conseguir um palanque no qual pudesse defender o que fez em seu governo, se é que isso ainda é possível. Desde então, ela fez uma verdadeira via sacra pelo País, tentando viabilizar sua candidatura. Em todos os lugares por onde excursionou, tornou-se um “embaraço”, gerou “dificuldades”, criou “obstáculos”. Enfim, ninguém a deseja no palanque. Nem mesmo em Minas Gerais, o estado onde nasceu e que é governado pelo petista e seu amigo Fernando Pimentel. Até agora, a sua reivindicação de ser a candidata ao Senado por Minas não é exatamente uma solução para o combalido PT, mas novamente um estorvamento.

A mudança de entendimento do STF acerca do foro privilegiado chegou a desanimar Dilma. Pela nova compreensão, não há foro especial para crimes cometidos antes do mandato. Assim, caso ela venha a responder a algum processo, o mandato parlamentar não irá beneficiá-la. Mas ela foi convencida por amigos e assessores próximos a obter um posto no Congresso mesmo assim. Para ter um palanque mais fácil.
Um presente do Senado


Na verdade, trata-se de um inusitado presente que o Senado lhe deu, com a conivência do então presidente do STF, Ricardo Lewandowski. Ao aprovar o impeachment de Dilma, o Senado fez uma interpretação esdrúxula da Constituição que, em seu artigo 52, defende que a punição para crimes de responsabilidade é a “perda do mandato, com inabilitação, por oito anos, do exercício da função pública”. O Senado ignorou o sentido associativo da preposição “com” e resolveu que Dilma poderia ter seu mandato cassado “sem” a perda dos direitos políticos. Daí porque ela pode disputar um mandato parlamentar.

“Agora, precisamos saber o que fazer com Dilma”, diz um deputado do PT mineiro, que prefere não se identificar para não criar mais polêmica. Ao indicar sua disposição de concorrer ao Senado por Minas, Dilma está provocando fortes dores de cabeça ao governador Fernando Pimentel. Amigo da ex-presidente desde os tempos em que os dois militavam na clandestinidade, no combate à ditadura militar, Pimentel viu a entrada de Dilma desmoronar todos os planos de aliança que ele vinha costurando. Por isso, o governador tenta demovê-la para preservar seus aliados.

Pimentel alinhava a manutenção da aliança que o levou a vencer a eleição para governador em 2014, tendo o MDB como parceiro. Na composição que vinha sendo acertada, ele teria como candidato na primeira vaga do Senado seu atual vice, Toninho Andrade, do MDB. Para o lugar de Toninho, negociava-se o empresário Josué Guimarães, filho de José Alencar, ex-vice de Lula, morto em 2011. A outra vaga para o Senado ficaria com o presidente da Assembleia Legislativa de Minas, Adalclever Lopes. A entrada de Dilma atrapalhou os planos de Adalclever. O presidente da Assembleia deu o troco.

Desde o início do seu governo, Pimentel enfrenta acusações, que geraram pedidos de impeachment na Assembléia. Como aliado, Adalclever vinha segurando os processos. Após a entrada de Dilma, ele mudou o rumo. Aceitou um dos pedidos de impeachment, feito pelo advogado Mariel Márley Marra. O pedido acusa Pimentel de crime de responsabilidade por atraso de repasse de recursos aos municípios, para o orçamento do Legislativo e nos salários do funcionalismo. Agora, Adalclever segura a apreciação de recursos, adiando o julgamento. É a forma de pressão para que Pimentel tire Dilma da jogada.

Antes de se tornar um problema para Fernando Pimentel, Dilma foi rechaçada como alternativa pelo PT em diversos estados. ISTOÉ apurou bastidores dessas andanças. Sua opção inicial era o Rio Grande do Sul. Mas ela entendeu que ali teria poucas chances. Dilma perdeu para Aécio Neves, do PSDB, no Rio Grande do Sul em 2014. Além disso, ela poderia atrapalhar as chances do senador Paulo Paim (PT-RS), que tenta a reeleição. Com pequeno sucesso, ela testou suas chances no Tocantins e no Maranhão. No primeiro estado, faria dobradinha com a ruralista Kátia Abreu, do MDB, que, embora extremamente conservadora, tornou-se sua amiga. No Maranhão, poderia entrar na chapa da reeleição do atual governador Flávio Dino, do PCdoB. Tentou também, sem êxito, Pernambuco.

Dois estados nordestinos, porém, animaram Dilma antes dela optar por Minas Gerais: Piauí e Ceará. No Piauí, o próprio governador Wellington Dias, do PT, tratou de demovê-la. Para tentar a reeleição, Wellington aliou-se ao MDB e ao PP. O vice na chapa de Wellington deverá ser o presidente da Assembleia Legislativa, Themístocles Filho. Para o Senado, uma das vagas deverá ser do atual senador e presidente do PP, Ciro Nogueira, candidato à reeleição.


SAI FORA O senador Eunício Oliveira (MDB-CE) não pode nem ouvir falar no nome de Dilma para uma aliança no Ceará (Crédito:Adriano Machado)


A própria Dilma chegou a torcer mais tarde o nariz para a possibilidade. Disse não se sentir à vontade dividindo o palanque com Ciro, um dos que defenderam seu impeachment. Avaliou-se, porém, que Ciro também não aceitaria essa parceria. “Hoje, Wellington depende de Ciro Nogueira e vice-versa. Nem Ciro se elege sem Wellington e nem Wellington se elege sem Ciro”, disse a fonte. Dilma desceu no mapa e foi tentar o Ceará.

“Aqui não”

A reação do presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB), à possibilidade de Dilma ser candidata ao Senado pelo Ceará, foi imediata. “Aqui, não”, disse Eunício. De acordo com um parlamentar próximo a Dilma, a idéia inicial da ex-presidente era fazer uma dobradinha com Cid Gomes, irmão do candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes. Cid e Dilma disputariam as duas vagas ao Senado pelo Estado. O problema é que o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), costura aliança com o MDB, tendo Eunício para uma das vagas de senador. Após as primeiras conversas, o próprio Cid vem demonstrando hesitação em sair candidato ao Senado. Considera concorrer à Câmara e ter mais tempo para ajudar na campanha de Ciro. Mesmo assim, Camilo procura manter a vaga para o PDT.

Dilma tentou engatar aliança com Cid Gomes no Ceará, mas até o ex-presidente Lula foi contra, antes de ser preso. Ele temia que a candidatura dela prejudicasse o PT no Estado

Ao final, a alternativa cearense de Dilma acabou barrada pelo próprio Lula, em decisão tomada antes de virar presidiário em Curitiba. “Lula ficou com medo dessa aproximação de Dilma com Ciro e Cid Gomes”, diz o parlamentar amigo de Dilma. Aos petistas do Ceará, porém, Lula disse temer pelo desmoronamento da aliança feita por Camilo Santana para buscar sua reeleição. “Isso vai dar mais problema que solução”, disse Lula, ao desarticular o movimento. Dois anos depois de deixar o poder, Dilma virou um fardo que ninguém quer carregar.

by VEJA

domingo, 8 de abril de 2018

Lula e o Brasil que virá - Prisão do ex-presidente pode mudar a 'ideia', como ele diz, de um país sem lei


Eram cerca de 18h40 do dia 7 de abril de 2018 quando o ex-presidente Lula passou a ser o cidadão Luiz Inácio da Silva. Conduzido pela Polícia Federal para cumprir pena de mais de doze anos de prisão pelos crimes desvendados pela Operação Lava Jato, o petista vai responder pela condenação — outras ações penais estão em curso — como os milhões de brasileiros que ele afirmou  no seu teatral “showmissa”, ter colocado na universidade, tirado da miséria e que passaram a se deslocar de avião na década passada. Pelo céu, aliás, Lula foi transferido de São Paulo para Curitiba num helicóptero como nenhum dos brasileiros que ele citou jamais teria tamanho translado do chão de fábrica. Os “engravatados”, donos das maiores empreiteiras do país, com quem ele se locupletou, foram alvos das bravatas do “nós contra eles”, assim como — sempre — a “culpada” imprensa.


Sobre a prisão do mais importante mandatário da Nação na história democrática por crime comum, os livros lembrarão. E não se trata de crime político, mas sim por corrupção e lavagem de dinheiro — e vai além de uma foto. É educativa e sistólica. Se o ex-metalúrgico que criou um dos maiores partidos do Brasil, eleito e reeleito com índices de aprovação jamais vistos levou ao poder quem quis e foi capaz de governar com políticos que deveriam estar na cela ante dele está preso… Isso, talvez, seja um alento. Amanhã, o brasileiro vai pensar duas vezes antes de furar a fila do banco e da farmácia, antes de tentar driblar o Imposto de Renda e enganar o vizinho. Seria otimista demais pensar que o país acordou e cresceu. Mas a prisão do homem que diz “não ser mais um ser humano, mas uma ideia”, deixa, de fato, uma ideia: a lei e a ordem no Brasil, pela primeira vez no período democrático, prevaleceram — apesar do deboche de Lula ao atrasar em 26 horas sua prisão.

Será uma noite dura para Lula. Mas também será para Renan, Jucá, Sarney, Eunício, Aécio e quem mais sempre esteve acostumado com a “ideia”. A “ideia”, mudou, tomara e para sempre.

FIM DE UMA ERA? - Lula é preso após 26 horas da decisão de Moro (Veja.com/VEJA.com)

LULA PRESO - Ex-presidente chega à sede Polícia Federal em Curitiba para cumprir sua pena de 12 anos e um mês



Depois de mais de 48 horas da expedição do decreto de prisão pelo juiz Sérgio Moro, o ex-presidente Lula, condenado pela Operação Lava Jato, se entregou à Polícia Federal pouco antes das 19 horas de sábado, 7. Ele deixou o prédio do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e seguiu para a superintendência da PF em Curitiba, onde cumprirá pena de 12 anos e um mês de reclusão por corrupção e lavagem de dinheiro no processo do triplex do Guarujá.
Após chegada na capital paranense, Lula foi conduzido de helicóptero à superintendência da Polícia Federal, onde permanece em uma cela especial na cobertura do prédio. Manifestantes favoráveis ao petista entraram em conflito com policiais. Oito pessoas ficaram feridas, três precisaram ser hospitalizadas. 
Gleisi Hoffmann, presidente do partido, se reuniu com chefe da PF para discutir presença de simpatizantes ao petista no perímetro da sede da superintendência.
Em último discurso, Lula convocou os aliados a se tornarem "milhões de Lulas pelo País". “Não adianta eles tentarem me parar. Eu não vou parar porque não sou ser humano, sou uma ideia e estou com vocês", disse.

O ex-presidente tentou deixar o prédio às 17 horas, mas foi impedido por militantes contrários à rendição. Eles gritavam "cercar, cercar e não prender", enquanto dirigentes do PT pediam que saíssem dos portões do sindicato.
( O Estadão)

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Casos de Família! - O apelido de cada um na lista "Fachin", na Planilha da Odebrecht.


Casos de Família!


A lista abaixo tomou como base os vídeos e documentos das delações premiadas de executivos da Odebrecht. Políticos citados na chamada "lista de Fachin" negam as irregularidades.
Confira os apelidos e a quem se referem:
  • Abelha - Francisco Appio, ex-deputado estadual (PP-RS)
  • Acelerado - Eduardo Siqueira Campos (DEM-TO)
  • Aço - Wellington Magalhães, vereador (PTN-MG)
  • Adoniran - Braz Antunes Mattos Neto, vereador (PSD-SP)
  • Anão - Antonio Carlos Magalhães Neto, prefeito (DEM)
  • Alba - Tiago Correia, vereador (PSD-BA)
  • Alemão - Carlos Todeschini (PT-RS)
  • Alemão - Valdir Raupp (PMDB-RO)
  • Aliado ou Gremista - Marco Maia, deputado federal (PT-RS)
  • Amante ou Coxa - Gleisi Hoffmann, senadora (PT-PR)
  • Amarelou - Durval Amaral, presidente do Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR)
  • Amigo - Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente (PT-SP)
  • Amigo C - Paulo Câmara, vereador (PSDB-BA)
  • Angorá, Bicuíra ou Fodão - Eliseu Padilha, ministro (PMDB-RS)
  • Aquático - João Fischer (Fixinha), deputado estadual (PP-RS)
  • Aracaju - Aloizio Mercadante (PT-SP)
  • Asfalto - Jaime Martins, deputado federal (PSD-MG)
  • Aspirina - Angela Amin, ex-prefeita (PP-SC)
  • Atleta - Renan Calheiros (PMDB-AL)
  • Atravessador - Alcebíades Sabino, ex-deputado estadual (PSC - RJ)
  • Avião - Manuela D'Ávila, deputada federal (Pc do B-RS)
  • Azeitona - José Fernando de Oliveira, ex-deputado (PV-MG)
  • Babão - Iris Rezende, prefeito (PMDB-GO)
  • Babel - Geddel Vieira Lima, ex-ministro (PMDB-BA)
  • Babosa - Paulo Alexandre Barbosa, prefeito (PSDB-SP)
  • Baianinho - Paulo Hartung, governador (PMDB-ES)
  • Baixada - Manoel Neca (PP)
  • Balzac - Yeda Crusius, deputada federal (PSDB-RS)
  • Barão - Carlin Moura, ex-prefeito (PC do B-MG)
  • Barbie ou Belo Horizonte - Marta Suplicy, senadora (PMDB-SP)
  • Barrigudo - Fabio Ramalho, deputado federal (PMDB-MG)
  • Batalha ou Chorão - Sérgio Guerra, ex-presidente do PSDB (PSDB-PE)
  • Bateria - Maria do Carmo Lara Rezende, ex-prefeita (PT-MG)
  • Belém ou M&M - Geraldo Alckmin, governador (PSDB-SP)
  • Benzedor - João Paulo Papa, deputado federal (PSDB-SP)
  • Bico - Geraldo Júnior, secretário municipal (SD-BA)
  • Bitelo - Lúcio Vieira Lima, deputado federal (PMDB-BA)
  • Biscoito - Sandro Mabel, ex-deputado federal (PR-GO)
  • BMW ou Manso - Beto Mansur, deputado federal (PRB-SP)
  • Boa Vista - Paulinho da Força, deputado (SD-SP)
  • Boca mole - Heráclito Fortes, deputado federal (PSB)
  • Bocão - Sandro Boka, ex-deputado (PMDB-RS)
  • Boiadeiro - João Paulo Rillo, deputado estadual (PT-SP)
  • Bolinha ou Pescador - Anthony Garotinho, ex-governador (PR-RJ)
  • Bonitão ou Garanhão - Fabio Faria, deputado (PSD-RN)
  • Bonitão, Pavão, Bonitinho, Velho, Casa de Doido - Julio Lopes, deputado federal (PP-RJ)
  • Bonitinho - Robinson Faria, governador (PSD-RN)
  • Boquinha - Sérgio Borges, ex-deputado (PMDB-ES)
  • Botafogo ou Déspota - César Maia, ex-prefeito do Rio (DEM-RJ)
  • Botafogo - Rodrigo Maia, presidente da Câmara (PMDB-RJ)
  • Buzu - Henrique Carballal, vereador (PV-BA)
  • Brasília - Fernando Capez, deputado estadual (PSDB-SP)
  • Brigão, Piloto - Beto Richa, governador (PSDB-PR)
  • Bronca - Paulo Rubem Santiago, ex-deputado (PSOL-PE)
  • Bruto - Raul Jungmann, ministro (PPS-PE)
  • Caim - Osmar Dias, ex-senador (PDT)
  • Caju - Romero Jucá, senador (PMDB-RR)
  • Candomblé - Edvaldo de Brito, vereador (PSD-BA)
  • Campinas - Francisco Chagas, ex-vereador (PT-SP)
  • Caldo - Blairo Maggi, ministro (PP-MT)
  • Calvo - Pablito, ex-vereador (PSDB-MG)
  • Campari - Gim Argello, ex-senador (PTB-DF)
  • Canário - Esmael de Almeida, deputado estadual (PMDB-ES)
  • Carajás - Arnaldo Jardim, secretário estadual (PPS-SP)
  • Carmem - Fabiano Pereira, ex-deputado (PSB-RS)
  • Caranguejo - Eduardo Cunha, ex-deputado federal (PMDB-RJ)
  • Carrossel - Rosalba Ciarlini, prefeita (PP-RN)
  • Castor - Rodrigo de Castro, deputado federal (PSDB-MG)
  • Cavanhaque - Helder Barbalho, ministro (PMDB-PA)
  • Centroavante - Renato Casagrande, ex-governador (PSB-ES)
  • Cérebro - Mendes Ribeiro Filho, ex-deputado (PMDB-RS)
  • Cerrado - Ciro Nogueira, senador (PP-PI)
  • Chaveiro - José Chaves, ex-deputado (PTB-PE)
  • Chefe Turco, Kibe ou Projeto - Gilberto Kassab, ministro (PSD-SP)
  • Chorão - Pedro Eurico, secretário estadual (PSDB-PE)
  • Cintinho - Mauro Lopes, deputado (PMDB-MG)
  • Cobra - Wilma de Faria, vereadora (PT do B-RN)
  • Colorido - Fábio Branco, secretário estadual (PMDB-RS)
  • Coluna - Ana Amélia Lemos, senadora (PP-RS)
  • Comprido - Agnelo Queiroz, ex-governador (PT-DF)
  • Comuna - Daniel Almeida, deputado federal (PC do B-BA)
  • Conquistador - Dalírio Beber, senador (PSDB-SC), e Napoleão Bernardes, prefeito de Blumenau (PSDB-SC)
  • Contador - Paulo Ferreira, ex-tesoureiro do PT (PT-RS)
  • Contas - Arselino Tatto, vereador (PT-SP)
  • Correios - Alexandre Postal, deputado estadual (PMDB-RS)
  • Crusoé - Robson de Lima Apolinário, ex-deputado suplente (PDT-SP)
  • Cruzeiro do Sul - Barros Munhoz, deputado estadual (PSDB-SP)
  • Curitiba - Roberto Freire, ministro (PPS-SP)
  • Da Casa - Alberto Pinto Coelho, ex-governador (PP-MG)
  • Da hora - Carlos Melles, deputado federal (DEM-PR)
  • Decodificado - Luiz Carlos Hauly, deputado federal (PSDB/PR)
  • Decrépito - Paes Landim, deputado federal (PTB-PI)
  • Dengo - Antonio Anastasia, senador (PMDB-MG)
  • Dentada - Gustavo Correa , deputado estadual (DEM-MG)
  • Dentuço - Gustavo Fruet, ex-prefeito de Curitiba (PDT-PR)
  • Desesperado - Germano Rigotto, ex-governador (PMDB-RS)
  • Diamante - Paulo Abi Ackel, deputado federal (PSDB-MG)
  • Disco - Luiz Paulo Correa da Costa, deputado estadual (PSDB-RJ)
  • Diplomata - Hugo Napoleão, ex-governador (PSD-PI)
  • Do reino - Fernando Pimentel, governador (PT-MG)
  • Doutor - Juarez Amorim (PPS-MG)
  • Drácula - Humberto Costa, senador (PT-PE)
  • Duro - Ricardo Ferraço, senador (PSDB-ES)
  • Educador - Paulo Henrique Lustosa, deputado federal (PP-CE)
  • Ema - Lúdio Cabral, ex-vereador (PT-MT)
  • Enteado - José Otávio Germano, deputado federal (PP-RS)
  • Escuro - Marco Alba, prefeito (PMDB-RS)
  • Escritor - José Sarney (PMDB), ex-presidente
  • Esquálido - Edison Lobão, senador (PMDB-MA)
  • Eva - Adão Vilaverde, deputado estadual (PT-RS)
  • Fantasma - Ideli Salvatti, ex-ministra (PT-SC)
  • Fazendão - Elbe Brandão, deputada estadual (PSDB-MG)
  • Feia - Lídice da Mata, senadora (PSB-BA)
  • Feio ou Lindinho - Lindbergh Farias, senador (PT-RJ)
  • Ferrari ou Grisalhão - Delcídio do Amaral, ex-senador (MS)
  • Filhinho ou Filinho ou Gordo - Dimas Fabiano Jr., deputado federal (PP-MG)
  • Filho - Paulo Bornhausen, ex-deputado (PSB-SC)
  • Filho do reino - Luciano Rezende, prefeito (PPS-ES)
  • Filhote - Luiz Paulo Vellozo, ex-prefeito (PSDB-ES)
  • Filósofo - Paulo Bernardo, ex-ministro
  • Fino - Bruno Siqueira, prefeito (PMDB-MG)
  • Flamengo - Adrian Mussi, ex-deputado federal (PMDB-RJ)
  • Fodinha - Frederico Antunes, deputado estadual (PP-RS)
  • Fósforo - Tarcísio Caixeta, vereador (PC do B-MG)
  • Fragmentada - Weliton Prado, deputado federal (PMB-MG)
  • Frances - Célio Moreira, deputado estadual (PSDB-MG)
  • Garoto - Otávio Leite, deputado federal (PSDB-RJ)
  • Goleiro - Paulo Magalhães Júnior (PV-BA)
  • Gordo - Pimenta da Veiga (PSDB-MG) e Antonio Anastasia, senador (PSDB-MG)
  • Grego - Jorge Piciani, deputado estadual (PMDB-RJ)
  • Grenal - Valdir Andres, ex-prefeito (PP-RS)
  • Gripe - Cesar Colnago, vice-governador (PSDB-ES)
  • Gripado ou Pino - José Agripino, senador (DEM-RN)
  • Grisalho - Arlindo Chinaglia, deputado (PT-SP)
  • Grosseiro - Plauto Miró, deputado estadual (DEM-PR)
  • Guarulhos - Carlos Zarattini, deputado federal (PT-SP)
  • Guerrilheiro - José Dirceu, ex-ministro (PT), ou João Vaccari, ex-tesoureiro do PT
  • Igreja - Bernardo Santana, deputado (PR-MG)
  • Inca - Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados (DEM-RJ)
  • Índio - Eunício de Oliveira, presidente do Senado (PMDB-CE)
  • Inferno - Ronaldo Santini, deputado estadual (PTB-RS)
  • Itabuna - Campos Machado, deputado estadual (PTB-SP)
  • Itacaré - Celso Russomanno, deputado federal (PRB-SP)
  • Italiano - Audifax Barcelos, prefeito (Rede-ES)
  • Italiano - Antonio Palocci, ex-ministro (PT-SP)
  • Itambé - Edinho Silva, prefeito (PT-SP)
  • Itatiaia - José Maria Eymael (PSDC-SP)
  • Itumbiara - Edson Aparecido dos Santos (PSDB-SP)
  • Jacaré - Jader Barbalho, senador (PMDB-PA)
  • Jangada - Luiz Carlos Busato, deputado federal (PTB-RS)
  • João Pessoa - Vicentinho, deputado federal (PT-SP)
  • Jogador - Márcio Reinaldo, prefeito (PP-MG)
  • Jornalista - Elismar Prado, deputado estadual (PDT-MG)
  • Jovem - Adolfo Viana, deputado estadual (PSDB-BA)
  • Jujuba - Bruno Araújo, ministro (PSDB-PE)
  • Justiça - Renan Calheiros, senador (PMDB-AL)
  • Kimono - Artur Virgílio, prefeito (PSDB-AM)
  • Lagarto ou Largato - Gil Pereira, deputado estadual (PP-MG)
  • Lamborghini - Luiz Fernando T. Ferreira, deputado estadual (PT-SP)
  • Lento - Garibaldi Alves, senador (PMDB-RN)
  • Lima - Luiz Fernando Faria, deputado federal (PP-MG)
  • Louro - João Alves Filho, ex-prefeito (DEM-SE)
  • Macapá - Ricardo Montoro, ex-deputado estadual (PSDB-SP)
  • Machado - Kátia Abreu, senadora (PMDB-TO)
  • Maçaranduba - Ivo Cassol, senador (PP-RO)
  • Magma - Guilherme Lacerda (PT-ES)
  • Manaus - Aloysio Nunes, ministro (PSDB-SP)
  • Masculina - Iriny Lopes, ex-deputada federal (PT-ES)
  • Médico - Colbert Martins Filho, vice-prefeito (PMDB-BA)
  • Menino da floresta - Tião Viana, senador (PT-AC)
  • Mercedes - Edinho Bez, ex-deputado federal (PMDB-SC)
  • Metalúrgico - Nilmário Miranda, secretário estadual (PT-MG)
  • Mineirinho - Aécio Neves, senador (PSDB-MG)
  • Misericórdia - Antônio de Brito, deputado federal (PSD-BA)
  • Missa - José Carlos Aleluia, deputado federal (DEM-BA)
  • Moleza - Jutahy Magalhães, deputado federal (PSDB-BA)
  • Montanha - Marcos Montes, deputado federal (PSD-MG)
  • Montanha - Paulo Pimenta, deputado federal (PT-RS)
  • Musa - Ana Paula Lima, deputada estadual (PT-SC)
  • Navalha - Arlete Magalhães, deputada estadual (PV-MG)
  • Navalha - Wellington Magalhães, vereador (PTN-MG)
  • Navegante - José Anibal, ex-senador (PSDB-SP)
  • Natal - José Genoíno, ex-presidente do PT (PT-SP)
  • Nervosinho - Eduardo Paes, ex-prefeito do Rio (PMDB-RJ)
  • Neto - Eduardo Campos, ex-governador (PSB-PE)
  • Novilho ou Charada - Fernando Bezerra, senador (PSB-PE)
  • Novo - Max Filho, prefeito de Vila Velha (PSDB-ES)
  • Nulo ou Duro - Ricardo Ferraço, senador (PSDB-ES)
  • Oxigênio - Hudson Braga, secretário de obras do RJ
  • Padre - Josenildo Sinésio, ex-vereador de Recife (SD-PE)
  • Padrinho - Eduardo Azeredo, ex-governador de MG (PSDB-MG)
  • Palmas - Vicente Candido, deputado (PT-SP)
  • Parente - André Vargas, ex-deputado federal por SC (sem partido)
  • Paris - Márcio França, vice-governador de SP (PSB-SP)
  • Parreira - José Roberto Arruda, ex-governador (ex-DEM)
  • Passadão ou Triângulo - Jorge Bittar, ex-deputado federal (PT-RJ)
  • Patati ou Padeiro - Marconi Perillo, governador (PSDB-GO)
  • Pavão ou Velhos - Julio Lopes, secretário de transportes (PP-RJ)
  • Pavão - Ivar Pavan, ex-deputado estadual (PT-RS)
  • Pelé - Nelson Pellegrino, deputado federal (PT-BA)
  • Pequeno - Sérgio Aquino, candidato a prefeito de Santos (PMDB-SP)
  • Persa - Ayrton Xerez, ex-deputado federal (DEM-RJ)
  • Pescador - Zeca do PT, deputado federal (PT-MS)
  • Polo - Jaques Wagner, ex-governador (PT-BA)
  • Ponta Porã ou Corredor - Duarte Nogueira, prefeito (PSDB-SP)
  • Pós-italiano ou Pós-itália - Guido Mantega, ex-ministro
  • Poste - Marcio Lacerda, ex-prefeito (PSB-MG)
  • Praia - Ademar Traiano, deputado estadual (PSDB-PR)
  • Primo - Moreira Franco, ministro da secretaria geral da presidência (PMDB-RJ)
  • Princesa - Cida Borghetti, vice-governadora do PR (PP-PR)
  • Prosador - Cássio Cunha Lima, senador (PSDB-PB)
  • Protegida - Lorena de Fátima Arrué Dias, candidata (PSDB-RS)
  • Proximus - Sérgio Cabral, ex-governador do RJ (PMDB-RJ)
  • Proximus - Luiz Fernando Pezão, governador do RJ (PMDB-RJ)
  • Rasputinzinho - Bernardo Ariston, ex-deputado federal (PMDB-RJ)
  • Ribeirão Preto - Roberto Massafera, deputado estadual (PSDB-SP)
  • Rio - Marcelo Nilo, deputado estadual (PSL-BA)
  • Roberval Taylor - Mário Kertesz, ex-prefeito (PMDB)
  • Roxinho - Fernando Collor, senador (PTC-AL)
  • Sábado - Domingos Sávio, deputado estadual (PSDB-MG)
  • Santo André - João Paulo Cunha, ex-deputado (PT-SP)
  • Sapato - Alexandre Passos, ex-presidente da Câmara de Vitória (PT-ES)
  • Segundo - Juarez Amorim (PPS-MG)
  • Silo - Alexandre Silveira, secretário estadual de saúde (PSD-MG)
  • Solução - Maria do Rosário, deputada federal (PT-RS)
  • Soneca - Waldir Pires, (PT-BA)
  • Suíça - Rodrigo Garcia (DEM-SP)
  • Teco - Tico Lacerda (PDT-SC)
  • Timão - Andrés Sanchez, deputado federal (PT-SP)
  • Tio - Gustavo Valadares, deputado estadual (PSDB-MG)
  • Todo Feio e Cunhado - Inaldo Leitão (sem partido)
  • Trincaferro - Beto Albuquerque, deputado federal (PSB-RS)
  • Tuca - Arthur Maia, deputado federal (PPS-BA)
  • Vaqueiro - Ronaldo Caiado, senador (DEM-GO)
  • Verdinho - André Correa, deputado estadual (PSD/RJ)
  • Viagra - Jarbas Vasconcelos, deputado federal (PMDB-PE)
  • Vizinho - José Serra, senador (PSDB-SP)
  • Wanda - Antonio Andrade, vice-governador (PMDB-MG)
  • Zagueiro - Júlio Delgado, deputado federal (PSB-MG)
by medidaprovisoria.com

domingo, 9 de julho de 2017

O INTERESSANTE ESTADO DE DIREITO


Fernando Gabeira

Há coisas que não entendo no Brasil. Ou melhor, coisas que me esforço para entender. O STF, por exemplo, negou a liberdade a uma prisioneira que roubou xampu e chicletes. Mas decidiu soltar Rodrigo Rocha Loures, que recebeu a mala preta com R$ 500 mil numa pizzaria. Sou leigo e fiquei sabendo que a mulher foi mantida na prisão porque era reincidente. Provavelmente roubou um tubo de creme dental no passado e, como essas pessoas são insaciáveis, deve ter levado também a escova de dentes.
Leio no belo livro “Triste visionário”, de Lilia Moritz Schwarcz, sobre o escritor Lima Barreto, que o médico Nina Rodrigues, expoente da Escola Tropicalista Baiana, defendia no fim do século XIX que negros e brancos eram diferentes biologicamente e o Brasil precisava ter dois códigos penais. Felizmente, as ideias racistas de Nina, que conheci pelo seu trabalho pioneiro sobre a maconha, foram sepultadas. Existe apenas um código penal.
Suspeito, no entanto, que existam diferentes estados de direito. A mais generosa versão desse conceito surgiu no país quando começou a ser desmontado o gigantesco esquema de corrupção.
A Lava-Jato é responsável apenas por um terço das conduções coercitivas no país. Nunca houve problemas até que, depois da centésima experiência, a operação trouxe Lula para depor. Resultado: um grande debate nacional sobre condução coercitiva. Em 2013, o Congresso aprovou o instrumento da delação premiada. Era destinado a desarticular o crime organizado. Ninguém protestou. Ao ressurgir na Lava-Jato, a delação premiada precisou se revalidar no contexto do novo e delicado estado de direito.
Marcelo Odebrecht disse que ensinava aos seus filhos que era feio delatar. No Congresso, a delação premiada foi definida como a tortura do século XXI. E Dilma Rousseff comparou os delatores a Joaquim Silvério dos Reis, nivelando a Inconfidência Mineira ao assalto à Petrobras.
Mostrei num curto documentário como as famílias dos presos sofrem para visitar os parentes no Complexo de Bangu, às vezes, passando a noite ao relento, à espera de uma senha.
A televisão revela agora como Sérgio Cabral recebe visitas à vontade, inclusive como chegam encomendas da rua no setor onde está preso agora. Sua mulher, Adriana Ancelmo, está solta para cuidar dos filhos, e a polícia encontrou nas casas da irmã e da governanta joias escondidas por ela. Leio nos jornais que numa excursão da Escola Britânica ao exterior, o filho de Cabral foi o único a viajar na classe executiva.
Se a mulher de Cabral ajudá-lo, de novo, a roubar R$ 1 bilhão do povo do Rio, inclusive com prêmios por conceder aumento da passagem de ônibus, creio que, pela leitura da lógica do STF, irá para a cadeia. Dura lex sed lex, no cabelo só Gumex, dizia o velho anúncio. A mulher que roubou o xampu deve ser jovem, desconhece slogans publicitários do passado.
Há algum tempo, desisti de esperar uma reação previsível do Supremo. Carmem Lúcia, de vez em quando, me consola prometendo que o clamor das ruas será ouvido.
De vez em quando, sim, o clamor das ruas será ouvido. Mas o sistema politico partidário brasileiro envolve com seus tentáculos os próprios ministros do Supremo. O ubíquo Gilmar Mendes articula leis no Congresso, encontra-se com investigados, discute o preço do boi com Joesley Batista e foi padrinho da casamento de Dona Baratinha, herdeira do clã que enriqueceu cobrando caro para que o povo do Rio viaje nos seus ônibus vagabundos.
A Lava-Jato lançou a ideia de que a lei vale igualmente para todos. É uma ideia tão antiga que pronunciá-la parece apenas repetir um lugar comum. Vencemos a etapa em que o racismo teorizava um código penal para brancos e outro para negros.
Mas a realidade mostra como existe ainda um grande caminho a trilhar. A lei não é igual para todos. Ela afirma que os portadores de diploma universitário têm direito à prisão especial.
E cria uma dessas situações que talvez só possa se resolver numa peça de ficção. Nas cadeias do Rio, em condições tão distintas, os cariocas que Sérgio Cabral arruinou e o novo rico que a corrupção alimentou.
Na realidade concreta do cotidiano, é um conflito insolúvel. A lei vale para todos, contudo, entretanto,você sabe como é, estamos no Brasil, um país que, definitivamente, não tolera roubo de chicletes. Como dizem os defensores do estado de direito, vivemos o perigo de um estado policial. Hoje o chiclete, amanhã um quilo de açúcar, daqui a pouco os homens podem nos levar pelo simples desvio de um milhão de dólares.
No tempo da corrupção, éramos felizes e não sabíamos. Ninguém tinha feito delação premiada. Era possível comprar eleições em nove países do continente e, sobretudo, comprar uma Olimpíada. O complexo de vira-lata foi jogado no lixo; do pingue-pongue ao polo aquático, gritávamos: Brasil, com muito orgulho e muito amor.
Aí, chegou a polícia.

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