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No Brasil, há 32 partidos políticos registrados junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Aptos a terem candidatos concorrendo nas eleições do País. Partidos separados e “ajuntados”, numa verdadeira balbúrdia eleitoral. Coligações esdrúxulas e apoios pessoalizados, mediados por interesses de toda ordem. O mais velho tem 34 anos (PMDB) e o caçula com pouco mais de um ano, o SD.
Chega a ser bonito, pra quem gosta de quebra-cabeça!
No RS há oito candidatos ao governo do Estado. Compondo as chapas majoritárias, 29 partidos. São: Ana Amélia (PP/PSDB/PRB/SD), numa coligação de quatro partidos, apoia Aécio para presidente e os partidos da coligação apoiam Dilma e Aécio. Sartori (PMDB/PSD/PPS/PSB/PHS/PT do B/PSL/PSDC), numa coalizão de oito partidos, apoia Marina para presidente, enquanto os partidos da coligação apoiam Dilma, Marina, Aécio e Eymael. Tarso (PT/PTC/ PC do B/PROS/PPL/PTB/PR) tem coligação entre sete partidos, apoia a reeleição de Dilma, enquanto sua coligação se divide entre Dilma, Marina e Aécio. Vieira da Cunha (PDT/DEM/PSC/PV/PEN) conta com uma coligação de cinco partidos, não apoia oficialmente ninguém para presidente, mas sua coligação se divide entre Dilma, Aécio, Pastor Everaldo e Eduardo Jorge. Robaina (PSOL/PSTU), numa coligação de duas legendas, apoia Luciana Genro, tendo companheiros de coligação apoiando Zé Maria para presidente. João Carlos Rodrigues (PMN) apoia Aécio. Edison Estivalete Bilhalva (PRTB) apoia Levy Fidélix e Humberto Carvalho (PCB) está com Mauro Iasi.
Dos 11 presidenciáveis, só quatro têm candidatos a governador de seus partidos: Dilma Rousseff/Tarso Genro (PT), Luciana Genro/Roberto Robaina (PSOL), Levy Fidelix/Estivalete Bilhalva (PRTB) e Mauro Iasi/Humberto Carvalho (PCB). Dos sem candidatos a presidentes de suas legendas, Ana Amélia apoia Aécio, mas o PP está com Dilma. Sartori apoia Marina, mas o PMDB apoia Dilma, indicando inclusive o candidato a vice, Michel Temer. Vieira da Cunha não declarou apoio a presidente, mas o PDT está com Dilma.
Talvez isso ajude a explicar por que cada vez mais os partidos políticos e os próprios estão desacreditados e por que a palavra “política” tenha virado sinônimo de palavrão. Pois como explicar esse mosaico escabroso de acordos, conchavos e negociatas que envolvem a disputa pelo poder? Votemos depois disso...
João Paulo Reis Costa
Professor, mestre em Desenv. Regional
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