segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Caos e Nirvana

Antes do caos experimentamos o nirvana. A dor, a insegurança, o frio e a invasão de tudo que compõe o mundo externo só apareceria depois, fechando uma forma de núcleo de onde brotaria nossa personalidade. Essa seria então, essencialmente boa. O acesso ou não aos nossos primeiros registros mnêmicos, a época em que estivemos plenamente satisfeitos, definiria nosso modo de perceber, de interpretar e se comportar no mundo.
Dessa forma, teríamos três tipos primordiais de personalidade. Os psicopatas, por terem o núcleo de sua personalidade totalmente fechado, seriam incapazes de acessar o nirvana em qualquer estado de consciência. Seus primeiros registros mnêmicos seriam então os do trauma do nascimento e eles perceberiam então o mundo externo como uma ameaça.
Já os psicóticos teriam o núcleo de sua personalidade insuficientemente fechado, tendo acesso aos primeiros registros mnêmicos inclusive sob estado de vigília. As alucinações e os delírios seriam resultado da confusão mental de acessar o nirvana rodeado de informações do mundo externo.
A grande maioria, os neuróticos, teria acesso a essa fase da vida nos sonhos, em estados de transe hipnótico ou psicotrópico. Os sonhos realmente não teriam muito sentido, eles se resultariam de um estado alternado de consciência contaminado de informações e imagens capturados durante a vigília. Já o déjà vu aconteceria por termos experimentado a mesma situação, só que anteriormente no sonho. A situação não seria totalmente a mesma, mas composta por um numero considerável de coincidências daquilo que se sonhou com aquilo que se estaria vivendo.
Isso é um ensaio sem nenhuma comprovação científica.


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