sexta-feira, 27 de novembro de 2015

O SUL É MEU PAIS!!! :)


Nós vamos prosseguir, companheiro
Medo não há
No rumo certo da estrada
Unidos vamos crescer e andar
Nós vamos repartir, companheiro
O campo e o mar
O pão da vida, meu braço, meu peito
Feito pra amar

Americana Pátria, morena
Quiero tener
Guitarra y canto libre
Em tu amanecer
No pampa meu pala a voar
Esteira de vento e luar
Vento e luar

Nós vamos semear, companheiro
No coração
Manhãs e frutos e sonhos
Prum dia acabar com essa escuridão
Nós vamos preparar, companheiro
Sem ilusão
Um novo tempo, em que a paz e a fartura
Brotem das mãos

Vitor Ramil/Fogaça

A revolução dos bichos e suas semelhanças com o Brasil





O livro "A revolução dos bichos" (para melhor compreensão do texto, recomendo a leitura), de George Orwell, é essencial para o Brasil atual. Trata-se de um livro curto, porém genial. Em menos de 100 páginas, o autor nos apresenta a Granja dos Bichos, onde os animais tomam o poder dos homens, e começam a criar a tal 'sociedade ideal' e 'justa'. Como toda ideologia muito romântica na teoria, o começo da empreitada é bonita e emocionante, mas na prática acaba descambando para o extremo oposto do planejado, fazendo os animais trabalharem mais, e receberem menos. Ou seja, a retirada do 'homem tirano' provou-se um péssimo negócio, porque, como o autor explica genialmente: "todos animais são iguais, mas alguns são mais iguais que os outros". É aí, neste ponto nevrálgico, que podemos ver com clareza a ironia do autor com o totalitarismo do coletivismo, em maior ou menor medida, como o nazismo, fascismo, em especial com o comunismo (os personagens tem seus gêmeos na Revolução Russa de 1917) e, especificamente, com nosso país infestado de socialistas.

Na prática brasileira, alguns grupos e membros da guilda da esquerda são mais iguais que os outros. É o caso do MST, MTST, UJS, UNE, e dos membros do PT, PSOL, PCdoB, etc. Os condenados no mensalão também são mais iguais que outros, e até viraram faixa de torcida da juventude petista, deixando este que vos escreve preocupado, porque não vai haver pano suficiente para tantos criminosos. Ou heróis, dependendo do seu ponto de vista. O filho do Lula é mais igual que os outros, porque enquanto seu pai vociferava contra uma suposta "elite branca de São Paulo", o filho, branco, morava num apartamento de luxo na capital paulista, tendo conquistado um patrimônio digno de um gênio do Vale do Silício. Jean Willys, queridinho da imprensa, é mais igual que seus semelhantes, porque foi racista e preconceituoso em alguns casos e nada aconteceu. Mas ai de quem contestar! Será tachado de homofóbico no ato, mesmo que o acusador seja homossexual também. Maria 'mas o que é isso?' do Rosário é contra as armas para civis, mas recebe doações da fabricante de armas Taurus. E anda com seguranças armados, claro. E não vamos nos esquecer de Eduardo Cunha, Renan Calheiros, Fernando Collor de Melo e seus carros luxuosos. É o senhor Mauro Iasi ameaçando de morte milhões de brasileiros e o ato cair no esquecimento, mesmo ele sendo da UFRJ, bancada com nosso dinheiro. É o presidente da CUT, Vagner Freitas, diante da Dilma, incitando conflito civil armado entre brasileiros, e tantos outros exemplos. A nossa sociedade é repleta de seres humanos "mais iguais do que os outros", assim como no livro.

Os porcos

No livro, os incitadores da Revolução são os porcos, os mais inteligentes da Granja. O porco Napoleão, cujo autoritarismo, distorção da verdade, vaidade extrema e capacidade de manipulação me remetem imediatamente ao nosso Luis Inácio Lula da Silva. Que, assim como o porco de Orwell, joga a culpa no antecessor (FHC), nos vizinhos (CIA e crise externa), nos humanos opressores (imperialismo americano e capitalismo), mas nunca assume a culpa por nada que acontece de errado no pós-revolução. Além de, coincidentemente, ter uma sede voraz por uísque importado. O que era proibido aos demais animais ('...uns mais iguais que outros'). O porco Napoleão, em dado momento e escondido de todos, começa a criar filhotes de cachorros, cachorros estes que no futuro se tornam os inibidores de qualquer oposição ao tirano Napoleão. E aqui, caro leitor, é importante linkar estes cachorros contratados para proteger o ditador com os movimentos sociais de esquerda, as 'ONG's' sem 'N', e os já mencionados CUT, MST, MTST e similares brasileiros, que protegem o PT ao longo destes 13 anos de governo, em especial nos primeiros 8 anos do governo Lula. Os cachorros também são a escolta armada dos líderes da Granja, que não admitiam qualquer proteção aos bichos 'normais', tal como a esquerda e seu estatuto do desarmamento.

As ovelhas

Na trama, cria-se um slogan para os analfabetos entenderem de forma simples a revolução: "duas patas ruim, quatro patas bom", para endeusar o 'animalismo' e criar o ódio aos humanos. E as ovelhas repetem somente isso ao longo de (quase) toda história, sem raciocinarem por si mesmas, sem se auto criticarem e, pior, sem refletirem no seu papel de propagação de uma mentira. E no Brasil, meus caros, as ovelhas tem nome: Jandira Feghalli, Gleisi Hoffmann, Maria do Rosário, Lindbergh Farias, Humberto Costa e, a ovelha máxima, Sibá Machado. Todos, sem exceção, só sabem repetir o que mandam os superiores. Repetem por dinheiro, direto ou indireto (cargos), e por falta de consciência básica. Falta de caráter, em bom português. São uma espécie de mega fone das mentiras contadas por anos e anos sem alguém contradizê-las. Além das ovelhas no campo político, temos centenas ou milhares de ovelhas civis, como: Gregório Duvivier, Tico Santa Cruz, Socialista Morena, Leonardo Sakamoto, Chico Buarque, os blogs sujos do governo, e a lista ocuparia todo o texto, se fosse colocada na íntegra. Estas ovelhas, do livro e do Brasil, apesar de extremamente ignorantes, tem grave responsabilidade na manutenção das mentiras, provando a máxima do propagandista nazista Joseph Goebbels, que nos ensinou que uma 'mentira contada mil vezes torna-se verdade'. As ovelhas brasileiras são porta vozes da mentira. E os slogans são nossos velhos conhecidos: "fascista"; "elite"; "tucano"; "homofóbico"; "racista"; "reacionário", etc.

O marqueteiro

Garganta era o mensageiro de Napoleão, e também espião atento, sempre preparado para ouvir qualquer tipo de comentário 'não amigo da revolução' ou sobre o 'líder'. Mestre na arte da propaganda, tal como João Santana, Garganta conseguia convencer os próprios bichos de que tudo que viram com os próprios olhos tratava-se de ilusão ou falha de memória dos próprios, fazendo-os acreditar nele, como um ilusionista dos mais talentosos. No Brasil, o papel de Garganta oficial é dos marqueteiros profissionais, mas os melhores marqueteiros encontram-se na imprensa, repleta de toda sorte de desinformantes que deixariam Garganta com vergonha. Nossos jornalistas fizeram nos últimos 13 anos o maior e mais traidor trabalho de construção de um mito, Lula, e desconstrução de tudo que pudesse, ainda que remotamente, interferir nos planos de poder do PT. A mídia deu coro às 'ovelhas' nacionais e repetiu: são 'intervencionistas militares!', sobre os que protestavam contra a corrupção; 'são fascistas!'; 'são machistas!'; 'são elite!'. E muita gente acreditou.

Povo analfabeto = governo tirano

Na Granja, assim como no Brasil, a maior parte dos animais não sabia ler quase nada. Foram criados os 7 mandamentos da revolução, e conforme os porcos, elite real da granja, iam quebrando os mandamentos, Garganta ia na calada da noite mudar os mandamentos, por ex: "É proibido qualquer animal beber álcool", virou "É proibido qualquer animal beber álcool em excesso", logo após o tirano Napoleão ter tomado uma caixa de uísque escondido. Essa meia verdade é presente em todos os últimos dias dos nossos últimos 13 anos. O paralelo que pode ser feito é: os nossos companheiros roubaram sim, mas...roubaram só para o partido. Ou: eles roubaram, sim, a Petrobras, mas desde 1990 a Petrobras já era assaltada. Ou: Genoíno roubou, mas continua pobre. Ou: Dilma fingia que era doutora em economia, mas foi pura distração.

O eterno descaso com a educação, na Granja ou no Brasil, é excelente para os populistas, fictícios ou não, pois mantém o povo no cabresto.


O cavalo honesto e trabalhador

Sansão, cavalo de tração, é um trabalhador apaixonado pelo seu ofício, comprometido com as ideias que podiam trazer melhorias para a Granja, como a construção do Moinho, cujas pedras ele levou incontáveis vezes, até sua saúde pedir arrego, o que lhe reservou um fim trágico, mas não surpreendente para o contexto do livro. Todos temos ou já tivemos um pouco de Sansão, porque trabalhamos muito pelo e para o Brasil, enquanto os políticos da elite se esbaldam com nossos impostos, e somos, em nossa maioria, bem intencionados e honestos; com o adendo de que hoje no Brasil, felizmente, grande parte da população pensante acordou para as mentiras, os desmandos, os roubos e as mentiras dos socialistas que nos governam. Mas quantos 'Sansões' não conhecemos, brasileiros trabalhadores que saem todo dia cedo, perdem horas no trânsito, porque a corrupção e o superfaturamento desviam o dinheiro do transporte, e voltam para casa tarde da noite, sem sequer terem tempo de refletirem sobre suas vidas? 'Sansões' bem intencionados e enganados de forma maquiavélica pelos governantes. Sansão não teve tempo de acordar, talvez alguns 'Sansões' brasileiros ainda vão despertar e reagir.

O burro resignado

Somos apresentados ao burro Benjamim, que diz unicamente que "os burros vivem muito tempo", deixando claro que, homem ou bicho, a história sempre tendia a mostrar que o poder enebria a quase todos os que são expostos a ele. Fosse humano ou porco. E Benjamim, o único sensato do início ao fim, não interfere em nenhum milímetro dos acontecimentos, pois sabe que a ignorância das massas não tinha como ser combatida, e que dificilmente haveria uma insurreição contra o tirano Napoleão, porque diariamente a massa percebia mentiras, contradições, alterações dos fatos, piora na vida, e nada faziam, apenas continuavam a seguir seu líder e se convenciam de que Napoleão estava sempre certo.

Mais iguais que os outros

É rotina, na América Latina, principalmente nos países socialistas (uns mais, outros menos), a imprensa e a população mostrarem a contradição do estilo de vida dos supostos líderes populares e suas reais necessidades pessoais. Isso serve para Fidel Castro que deixa seu povo morrer de fome, mas não abre mão do uísque importado. Vale para o filho dele viajando para os locais mais caros do mundo. Valia para os familiares de Chávez. Vale para os de Maduro. Vale para Evo Moralez que tem um funcionário só para amarrar seus sapatos. Vale para a ex-presidente Cristina Kirchner e seus dólares escondidos. Valeu para Rosemary Noronha, 'amiga' de Lula, e todos familiares dos capos petistas. Na Granja dos Bichos, os porcos impunham as regras aos animais 'normais', eram duríssimos na fiscalização e elaboração das mesmas, mas no íntimo, na casa que era do humano Jones, dono da Granja, eles iam à forra. Bebiam, jogavam, apostavam e, no fim do livro, acabam por surpreender todos os leitores, sempre se julgando com mais direitos que os demais, porque se acham, como nossos políticos, acima de qualquer cidadão normal; merecedores de luxos, benesses e vantagens que só eles podem ter acesso. Ainda no livro, a tirania chega, claro, à morte de opositores, ou mesmo velhos aliados, o que me fez lembrar de Celso Daniel.

Caro leitor/leitora, se você chegou até aqui, eu reitero a recomendação deste clássico. É um livro extremamente bem feito, e com lições para todo e qualquer povo e seus governantes.

domingo, 15 de novembro de 2015

Número de mortos no duplo atentado suicida no Líbano passa de 40


Mais de 200 ficaram feridos e vários estão em estado crítico.
Dois homens a pé detonaram explosivos na noite de quinta-feira.

Da France Presse
Explosões em reduto do Hezbollah em Beirute deixam mortos e feridos no Líbano (Foto: Marwan Tahtah/AFP)Explosões em reduto do Hezbollah em Beirute deixam mortos e feridos no Líbano (Foto: Marwan Tahtah/AFP)
Subiu para 43 o número de mortos no duplo atentado suicida contra um reduto do Hezbollah, na periferia sul de Beirute, na noite de quinta-feira (12), segundo novo balanço divulgado pela Cruz Vermelha e a polícia libanesas.
Mais de 200 pessoas ficaram feridas e vários se encontram em estado crítico, segundo as mesmas fontes.
O Líbano observa nesta sexta-feira (13) um dia de luta nacional em respeito às vítimas dos atentados reivindicads pelo grupo jihadista sunita Estado Islâmico (EI).
O ataque é o mais sangrento contra um reduto do movimento xiita libanês Hezbollah, que trava uma guerra contra o EI na vizinha Síria, envolvida num conflito cada vez mais complexo e que já deixou mais de 250 mil mortos desde 2011. O movimento xiita apoia desde 2013 o regime sírio de Bashar al Assad.
Nas últimas horas da tarde de quinta, dois homens a pé detonaram seus cintos explosivos em frente a um centro comercial do bairro Burj al Barajne. O exército informou ter encontrado morto um terceiro terrorista, que não conseguiu detonar o artefato que levava consigo.
Um fotógrafo da AFP viu corpos ensaguentados em meio a lojas e carros destruídos. Vários socorristas e civis levavam os feridos. "Temos dezenas de feridos e continuam chegando mais", disse um médico do hospital Bahman, em Haret Hreil, bairro xiita vizinho.
A Casa Branca e as Nações Unidas condenaram os ataques "terroristas horríveis" em Beirute, afirmando que "tais atos de terror apenas fortalecem nosso compromisso de apoiar as instituições do estado libanês, incluindo os serviços de segurança, para garantir um Líbano estável, soberano e seguro".
"Oferecemos nossas mais profundas condolências às famílias e entes queridos dos mortos e feridos neste ato violento. Os Estados Unidos se manterão firmes ao lado do governo do Líbano enquanto este busca levar à justiça os responsáveis por este ataque", disse o porta-voz do Conselho Nacional de Segurança Ned Price.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, qualificou o ataque de "ato depreciável" e convocou os libaneses a "continuar trabalhando para preservar a segurança e a estabilidade" do Líbano.
Ban também reafirmou "o apoio da ONU às instituições libanesas, entre as quais as forças armadas e os serviços de segurança, em seus esforços para garantir a segurança do Líbano e de sua população".
O secretário-geral manifestou ainda seu desejo de que "os responsáveis por este ato terrorista sejam rapidamente julgados".
Retaliação por apoio ao regime sírioEntre julho de 2013 e fevereiro de 2014, houve nove atentados contra redutos do Hezbollah em regiões fiéis ao movimento, a maioria, reivindicados por grupos jihadistas que agiam em represália à decisão do Hezbollah de enviar milhares de combatentes em apoio a Assad.
A reivindicação dos atentados, transmitida por canais habituais do EI, indicou que a primeira explosão foi provocada por uma moto-bomba e a segunda, por um terrorista suicida.
O premiê libanês, Tamam Salam, decretou a sexta-feira dia de luto nacional após o atentado.
Há menos de um mês, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, voltou a defender o engajamento na Síria, que qualificou de "batalha essencial e decisiva".
"Sem a perseverança no terreno contra o Daesh (acrônimo em árabe do EI) e seus aliados, o que seria hoje da região do Iraque, da Síria e do Líbano", declarou.
O líder do movimento xiita admitiu que o combate na Síria "pode ser longo", mas reforçou que é necessário para "proteger" a região.

sábado, 14 de novembro de 2015

Duplo atentado em Beirute deixa 41 mortos e mais de 180 feridos; EI assume ataques


Ha dois dias.

Do UOL, em São Paulo





Ao menos 41 pessoas morreram em um duplo atentado suicida no sul de Beirute, no Líbano, nesta quinta-feira (12). O número de vítimas foi confirmado pela Cruz Vermelha libanesa. O órgão disse ainda que pelo menos 181 pessoas ficaram feridas. O Estado Islâmico assumiu a autoria dos ataques.
A polícia diz que dois homens a pé acionaram seus explosivos em frente a um centro comercial no bairro de Burj al-Barajneh, um dos maiores campos de refugiados palestinos no país, localizado em um reduto do grupo xiita Hezbollah. Muitos dos refugiados sírios que fugiram para o Líbano vivem neste campo. Mas, segundo a nota do Estado Islâmico, a primeira explosão foi causada por uma bomba colocada em uma motocicleta. Em seguida, segundo o grupo radical, um homem-bomba teria detonado seus explosivos.
"Os soldados do califado conseguiram colocar uma motocicleta com explosivos na rua Huseiniyah, em Burch Barachne, onde é a sede do Hezbollah", assinala o comunicado. "Não nos acalmaremos até que nos vinguemos", acrescenta o comunicado da organização terrorista.
O Exército disse que o corpo de um terceiro terrorista teria sido encontrado no local e que aparentemente ele teria falhado em detonar seus explosivos. Um fotógrafo da AFP viu corpos ensanguentados em lojas destruídas e poças de sangue em meio a vários carros em chamas.
Hospitais da região pediram a população para doar sangue. Emissoras de televisão exibiram imagens de pessoas feridas sendo levadas por serviços de emergência e por civis. Militares montaram postos de controle em todas as entradas do campo, e a própria força de segurança do Hezbollah estava em alerta máximo.
"Eu tinha acabado de chegar à região das lojas quando aconteceu a explosão. Levei quatro cadáveres com as minhas próprias mãos, três mulheres e um homem, um amigo meu", disse Zein al-Abideen Khaddam a uma emissora local.
O conflito na Síria, país que faz fronteira com o Líbano, piorou as condições de segurança e as tensões sectárias em solo libanês. O Hezbollah, grupo de grande poder político no país, é visto por Israel e EUA como uma organização terrorista, conta com o suporte do Irã e apoia o presidente sírio, Bashar al-Assad, que tenta reprimir as forças opositoras e os militantes do Estado Islâmico em território sírio.
Trata-se do primeiro atentado nesta região do sul de Beirute desde junho de 2014. Na ocasião, um agente da segurança foi morto, ao evitar um ataque com carro-bomba. Vários outros ataques atingiram as fortalezas do Hezbollah em todo o Líbano, entre julho de 2013 e fevereiro de 2014, reivindicados por grupos extremistas sunitas.
O premiê libanês, Tamam Salam, decretou a sexta-feira dia de luto nacional após o atentado.
Há menos de um mês, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, voltou a defender o engajamento na Síria, que qualificou de "batalha essencial e decisiva". "Sem a perseverança no terreno contra o Daesh (acrônimo em árabe do EI) e seus aliados, o que seria hoje da região do Iraque, da Síria e do Líbano", declarou.
O líder do movimento xiita admitiu que o combate na Síria "pode ser longo", mas reforçou que é necessário para "proteger" a região. (Com agências internacionais)
ANWAR AMRO/AFP
Homens trabalham na busca pelas vítimas do atentado em Beirute, no Líbano

É oficial: o Rio Doce está completamente morto


Análise laboratorial detectou até mercúrio nas águas do rio mais importante de Minas Gerais – danos ambientais são irreversíveis


 REDAÇÃO GALILEU
     PEIXES MORTOS NO LEITO DO RIO DOCE: MORADORES E PESCADORES RELATAM CENÁRIO DE HORROR
 AO LONGO DO SEU CURSO (FOTO: ASSOCIAÇÃO DOS PESCADORES E AMIGOS DO RIO DOCE)

O rompimento das barragens em Mariana-MG é um desastre social – nove mortos e 18 desaparecidos já foram contabilizados até o momento. Aos poucos, porém, uma outra face da tragédia vem se revelando: o desastre ambiental provocado pelo rompimento. Por enquanto o Rio Doce – o mais importante de Minas Gerais – é a principal vítima. Especialistas já declaram que ele está oficialmente morto.

Uma análise laboratorial encomendada após o desastre encontrou na água do riopartículas de metais pesados como chumbo, alumínio, ferro, bário, cobre, boro e mercúrio. Segundo Luciano Magalhães, diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Baixo Guando, órgão responsável pela análise, “parece que jogaram a tabela periódica inteira” dentro do rio. Segundo ele, a água não tem mais utilidade nenhuma, sendo imprópria para irrigação e consumo animal e humano.

Além desses metais pesados, a própria força da lama prejudicou a biodiversidade do rio para sempre – ambientalistas não descartam a possibilidade de que espécies endêmicas inteiras tenham sido soterradas pela lama. A quantidade de lama é tamanha (cerca de 20 mil piscinas olímpicas) que o rio teve o seu curso natural bloqueado, fazendo com que perdesse força e formasse lagoas que também não devem ter vida longa, já que, além dos minérios de ferro, esgoto, pesticidas e agrotóxicos também estão sendo carregados pelas águas.

Pescadores da região criaram uma força-tarefa para combater o problema. A Operação Arca de Noé quer atuar em regiões da bacia hidrográfica do Rio Doce que ainda não foram atingidos pela enxurrada, transferindo os peixes para lagoas de água limpautilizando caixas, caçambas e lonas plásticas.

Ao visitar os locais atingidos pelo rompimento, a presidente Dilma Roussef declarou que a multa preliminar que a Samarco (mineradora responsável pela barragem) deverá pagar por causa dos danos ambientais gira em torno de R$ 250 milhões.

"Lorsque la Ville de lumières devient sombre , le reste du monde allume pour elle "









Paris amanhece em choque após pior atentado da história da França


Poucas horas após o mais violento ataque da história francesa desde a Segunda Guerra Mundial, imagens da madrugada deste sábado (14) mostravam uma Paris quase deserta – algo bastante sintomático para aquela que é uma das mais boêmias metrópoles do mundo.



Paris está tomada por policiais e soldados; moradores são orientados a ficar em casaFoto: Getty Images

Relatos dão conta de que as poucas pessoas que tentaram sair às ruas foram orientadas pelos mais de 1.500 soldados que tomaram a cidade a se recolherem – mesmo pedido da prefeitura parisiense e da polícia desde o início dos ataques que deixaram mais de 120 mortos e um rastro de feridos na noite desta sexta-feira (13).


A França amanhece em estado nacional de emergência pela primeira vez desde 2005 – o decreto permite às autoridades a fechar espaços públicos, impor toque de recolher e restrições à circulação de veículos e pessoas.

Embora suas fronteiras tenham sido fechadas, serviços de trem, como o prestado pela Eurostar entre Paris e Londres, devem ser mantidos. Pelo Twitter, a empresa confirmou que as viagens continuarão, mas ofereceu aos passageiros a possibilidade de remarcar seus tickets.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, os aeroportos ficarão abertos e operando. Já escolas e universidades da região de Paris amanheceriam fechadas, diziam as agências de notícias.


Pessoas foram retiradas da casa de shows Bataclan em estado de choqueFoto: Getty Images


Em meio a informações ainda desencontradas sobre o número de vítimas e de autores dos ataques mortos, um promotor afirmou a jornalistas que cúmplices dos atentados ainda poderiam estar à solta.

Até a publicação deste texto, nenhum grupo havia reivindicado os ataques. Relatos apontavam que oito dos autores haviam morrido, sete deles após acionarem cintos suicidas.

O clima de insegurança chegou aos Estados Unidos, onde algumas grandes cidades, como Nova York, afirmaram que reforçariam sua vigilância nos próximos dias. A Bélgica anunciou um aumento no controle de suas fronteiras, especialmente a que a liga com a França.

Ao falar com a imprensa do lado de fora da casa de shows Bataclan, cenário de maior parte das mortes, o presidente francês, François Hollande, classificou os atentados como “uma abominação e um ato bárbaro” e disse que o país travará uma luta “sem misericórdia” contra os “terroristas”. Ele cancelou sua viagem à Turquia, onde participaria do encontro do G20.

Líderes mundiais, como presidente norte-americano, Barack Obama, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, prestaram solidariedade e ofereceram ajuda à França.


O presidente François Hollande foi até o Bataclan após mortes registradas no localFoto: Getty Images
Sequência de horror

Confira a sequência dos acontecimentos, no horário local, de acordo com os relatos tornados públicos até a publicação deste texto:

21h20: Primeiros ataques foram reportados em áreas boêmias não distantes da praça da República, uma das principais da cidade e palco frequente de manifestações políticas e populares.

21h30: Enquanto a seleção do país jogava contra a Alemanha no estádio Stade de France, no norte da cidade, a primeira de ao menos duas explosões foi ouvida. O presidente francês, que assistia à partida, foi retirado do local às pressas.

Segundo relatos ainda não confirmados, houve a ação de ao menos um homem-bomba e o ataque a restaurantes nos arredores da arena.

Após a partida, torcedores ficaram no gramado à espera de informações. Nos túneis, os jogadores das duas seleções assistiam aos desdobramentos da tragédia pela cidade – os alemães permaneceram no local pelo menos até as 2h30.


Com medo, torcedores tomaram o gramado do Stade de France após o fim da partidaFoto: Getty Images

21:50: Disparos foram registrados em um café ao sul do local onde ocorreram os primeiros atentados. Segundo uma testemunha, dois homens abriram fogo em um café.

22:00: A casa de shows Bataclan se tornou palco do pior ataque. Com 1.500 lugares, o espaço estava com todos os ingressos vendidos para a apresentação da banda de rock norte-americana Eagles of Death Metal.

Homens com armas automáticas abriram fogo contra a plateia e fizeram reféns. Duas horas depois, a polícia invadiu o local. Cerca de 80 pessoas morreram.

Também houve relatos de ataques em outras áreas, como a avenida da República e o Boulevard de Beaumarchai, próximo à praça da Bastilha.


O que se sabe até agora sobre os atentados em Paris
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