sexta-feira, 27 de março de 2020

Número de mortes por complicações relacionadas à Covid-19 passa de 25 mil no mundo, diz universidade. Itália registra mais de 900 nas últimas 24 horas

Por G1
 

Funcionários do cemitério El Salvador usam roupas de proteção em enterro de vítima do novo coronavírus na Espanha — Foto: Vincent West/ReutersFuncionários do cemitério El Salvador usam roupas de proteção em enterro de vítima do novo coronavírus na Espanha — Foto: Vincent West/Reuters
Funcionários do cemitério El Salvador usam roupas de proteção em enterro de vítima do novo coronavírus na Espanha — Foto: Vincent West/Reuters
De acordo com levantamento da universidade Johns Hopkings, passou de 25 mil o número de mortos por complicações relacionadas à Covid-19 nesta sexta-feira (27). São 585.040 infectados ao redor do planeta, com 26.819 mortes registradas até as 15h desta sexta. Já se recuperaram da doença 129.812 pessoas.
E o número de mortes na Itália bateu o recorde desde o começo da pandemia. Foram registradas 919 mortes em 24 horas, chegando a 9.134 mortes no total no país. De acordo com Silvio Brusaferro, chefe do Instituto Superior de Saúde no país, o pico de infecções de coronavírus ainda não foi atingido. São 80.589 infectados em território italiano.
Um homem de 101 anos recebeu alta de um hospital na Itália, tornando-se o mais velho do planeta a se recuperar após ser infectado com o novo coronavírus. Foram registradas 45 mortes de médicos na Itália em decorrência de complicações da doença. Presidente da Associação dos Médicos do país, Fillippo Anelli já havia pedido com urgência mais equipamentos para os médicos e enfermeiros. Desde o começo da pandemia, mais de 6 mil profissionais de saúde foram infectados pelo novo coronavírus.
'Vai ficar tudo bem', diz faixa pendurada nesta sexta-feira (20) em janela de Milão, na Itália, durante política de isolamento para conter o novo coronavíurs — Foto: Daniele Mascolo/Reuters'Vai ficar tudo bem', diz faixa pendurada nesta sexta-feira (20) em janela de Milão, na Itália, durante política de isolamento para conter o novo coronavíurs — Foto: Daniele Mascolo/Reuters
'Vai ficar tudo bem', diz faixa pendurada nesta sexta-feira (20) em janela de Milão, na Itália, durante política de isolamento para conter o novo coronavíurs — Foto: Daniele Mascolo/Reuters
O prefeito de Milão, Giuseppe Sala, admitiu ter errado ao apoiar a campanha “Milão não para”, que pedia que a cidade não paralisasse suas atividades no início da pandemia de coronavírus na Itália.
O mea culpa de Sala, do Partido Democrático, foi feito durante o programa “Che tempo che fa”, que foi ao ar na televisão italiana no último domingo (22). De acordo com o prefeito da cidade de 3,1 milhões de habitantes, foi um erro defender a interrupção da vida normal.
Região mais atingida pela doença, a Lombardia registrou outras 541 mortes, chegando a 5.402. Um aumento significativo no número, já que haviam sido registradas 387 mortes na região na última quinta. O número de casos aumentou em 2.409, um total de 37.298.

As últimas notícias desta sexta-feira:

  • Número de mortes passa de 25 mil, segundo universidade
  • OMS diz que desenvolvimento da vacina deve demorar 18 meses
  • Hospitais de Paris devem atingir capacidade máxima
  • Estados Unidos chegam aos 86 mil contaminados
  • Número de mortes na Espanha volta a subir
  • Singapura prevê pena de seis meses para quem desobedecer ordens
  • Israel vai mandar tropas armadas às ruas para assegurar bloqueio
  • Armênia registra primeira morte por Covid-19
  • Irã tem mais 144 mortes e passa dos 32 mil contaminados
  • Hungria terá bloqueio de duas semanas para retardar disseminação
  • Primeiro-ministro do Reino Unido está com coronavírus
  • Secretário de saúde também testa positivo
  • Funcionário da administração é o primeiro contaminado do Kremlin
  • Itália ainda não atingiu pico da doença, diz chefe de saúde no país
  • País registra a morte de 45 médicos por Covid-19
  • Italiano de 101 anos é o mais velho a se recuperar da doença
  • Suécia proíbe encontros de mais de 50 pessoas
  • Celebração da Semana Santa sofrerá alterações no Vaticano
  • Novak Djokovic doa dinheiro à Sérvia para a compra de respiradores
A África do Sul deu início a um bloqueio de 21 dias aos seus 57 milhões de habitantes em uma tentativa de conter a expansão da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. País registrou suas duas primeiras mortes e mais de 1.000 casos de infecção por Sars-Cov-2.
Sem-teto observam agente de segurança da África do Sul que fazem patrulha nas ruas de Joanesburgo nesta sexta-feira (27), primeiro dia de um bloqueio nacional de 21 dias para tentar conter o surto de Covid-19 — Foto:  Siphiwe Sibeko/ Reuters Sem-teto observam agente de segurança da África do Sul que fazem patrulha nas ruas de Joanesburgo nesta sexta-feira (27), primeiro dia de um bloqueio nacional de 21 dias para tentar conter o surto de Covid-19 — Foto:  Siphiwe Sibeko/ Reuters
Sem-teto observam agente de segurança da África do Sul que fazem patrulha nas ruas de Joanesburgo nesta sexta-feira (27), primeiro dia de um bloqueio nacional de 21 dias para tentar conter o surto de Covid-19 — Foto: Siphiwe Sibeko/ Reuters
Hong Kong já registrou 518 casos de infeção pelo novo coronavírus, sendo que 65 deles apenas nesta sexta-feira. Esse foi o maior aumento em um único dia no território semiautônomo desde o início da epidemia. Maior parte dos novos casos (41 deles) têm histórico recente de viagens para países europeus, como Reino Unido e Portugal. Atualmente, 338 casos estão sendo tratados em hospitais de Hong Kong. Entre eles, quatro estão em estado crítico.
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Coronavírus: quais os sintomas e quando devo procurar um médico?

No Brasil

De acordo com o mais recente balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, tem 3.417 casos confirmados de pessoas com o novo coronavírus no Brasil. Até esta sexta-feira, foram contabilizadas 92 mortes. A taxa de letalidade, até aqui, é de 2,7%.
O governador do estado de São Paulo, João Dória, criticou as últimas ações do presidente Jair Bolsonaro, que se mostrou a favor do fim do isolamento social como está sendo feito atualmente.
"Quase metade da população do planeta está em casa. O mundo inteiro está em casa e o único certo é o presidente Jair Bolsonaro? Será essa é a racionalidade: só um certo e o mundo inteiro errado? Reflitam sobre isso. O Ministério da Saúde defende o isolamento. A campanha que o governo federal está lançando hoje nas emissoras de tv e nas redes sociais prega o contrário. Afinal temos um governo federal ou dois governos?", questionou Doria.

França em alerta

Os hospitais de Paris, na França, devem atingir sua capacidade máxima em até 48 horas, de acordo com o chefe da Federação Francesa de Hospitais. O aumento no número de infectados, atingindo um pico antes de abril, não era aguardado na região. Paris e seus subúrbios têm mais de 29 mil casos de Covid-19. Destes, ao menos 1.300 estão em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Ao todo, são 1.696 mortes na França. As autoridades da área de Paris têm tentado encontrar soluções, como a transferência de pacientes e o reforço da rede de saúde com ventiladores e outros equipamentos.
O primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, disse que haverá uma "onda extremamente importante" de contágios nos próximos dias. A crise, segundo ele, deve durar por mais tempo e a situação "será difícil". Em todo o território francês, são 29.581 contaminados atualmente.

Na Espanha

O número de mortes na Espanha voltou a subir. Nas últimas 24 horas, foram registrados 769 falecimentos (o recorde havia sido entre terça e quarta, com 738 mortes). Na última quinta, o registro era de 655. Ao todo, são 4.858 mortes, deixando o país apenas atrás da Itália nesse quesito.
São 64.059 contaminados, de acordo com o Ministério da Saúde. Destes, 4.165 estão na UTI e outros 9.357 já se recuperaram. O conselho de ministros se reúne ainda nesta sexta-feira para discutir a ampliação do estado de emergência ao menos até o dia 11 de abril.

Primeiro-ministro infectado

Primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson informou em seu Twitter que está infectado com o novo coronavírus. Em vídeo, Boris afirmou que desenvolveu sintomas leves. Ele está trabalhando de casa, isolado dos demais e prometeu que continuará liderando as respostas do governo e participando de reuniões por videoconferência.
O Reino Unido está trabalhando o mais rápido possível para obter ventiladores, disse um porta-voz de Johnson, depois de Londres ser criticada por não participar um esquema da União Europeia para tentar comprar os aparelhos respiratórios para combater o surto. O porta-voz disse que o governo pediu às empresas relatórios sobre o avanço na produção dos equipamentos.
E, assim como Boris, o secretário de saúde e assistência social do Reino Unido, Matt Hancock, também testou positivo para a doença, após apresentar sintomas leves. Ele está em isolamento e publicou um vídeo pedindo para que as pessoas sigam as orientações de cuidado e prevenção.
Embaixador britânico no Brasil, Vijay Rangarajan recomendou que cidadãos britânicos que estejam visitando o Brasil retornem ao Reino Unido o quanto antes, já que as rotas comerciais ainda es~tao funcionando.

Semana Santa

O papa Francisco celebrará as cerimônias da Semana Santa sem a presença de fiéis, de dentro da Basílica de São Pedro, e além disso, a tradicional via crúcis não será no Coliseu, mas sim na principal praça da sede da Igreja Católica, segundo informou nesta sexta-feira o Vaticano. As medidas de adequação devido a pandemia do novo coronavírus já eram esperadas e foram anunciadas a partir de decreto da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.

Pelo mundo

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Mundo registra mais de 530 mil infectados pelo coronavírus
Os Estados Unidos chegaram aos 97 casos de contaminação em seu território. De acordo com a universidade Johns Hopkings, são 97.028 infectados até às 17h desta sexta-feira. É o país mais contaminado no planeta. Em segundo lugar aparece a Itália, com 86.498 casos.
Ao menos a metade dos moradores da cidade de Nova York vai se infectar com o novo coronavírus durante a pandemia. Nesta sexta-feira (27), o prefeito Bill de Blasio estimou que ao menos 20% dos infectados evoluirão para casos mais graves da Covid-19, e que parte deles morrerá.
Singapura anunciou penas de até seis meses para quem permanecer próximo de outra pessoa de forma intencional nas filas ou em locais públicos. A medida pretende garantir o "distanciamento social", enfoque aplicado em todo o mundo para deter a propagação de Covid-19.
Israel enviará tropas armadas às ruas, reforçando o bloqueio contra a epidemia. Cerca de 500 soldados vão se juntar aos esquadrões de polícia a partir de domingo no país. Um batalhão de soldados será destacado para cada um dos oito distritos. Nesta semana, as autoridades já haviam intensificado o bloqueio parcial da região, exigindo que os cidadão fiquem a menos de 100 metros de suas casas. Escolas e muitas empresas estão fechadas. Já foram registradas mais de 500 mil demissões. . São mais de 3 mil contaminados e dez mortes por Covid-19.
A Armênia registrou sua primeira morte relacionada à doença. Uma mulher de 72 anos foi diagnosticada com Covid-19, teve complicações e não resistiu, de acordo com porta-voz do Ministério da Saúde. O país tem pouco mais de três milhões de habitantes e já registrou 290 casos.
Foram registradas mais 144 mortes nas últimas 24 horas no Irã. O número total aumentou para 2.378, de acordo com o Ministério da Saúde. São 32.332 contaminados em território iraniano. Deste total, 2.893 pacientes estão em estado crítico.
Primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban anunciou que o país terá um bloqueio de duas semanas a partir deste sábado para retardar a propagação da doença em seu território. O pico do surto do novo coronavírus é aguardado para junho ou julho, segundo ele. A polícia vai fiscalizar os cidadãos, que poderão trabalhar, fazer compras e exercícios em espaços limitados fora de suas casas. Pessoas com mais de 65 anos, só podem fazer compras entre às 9h e o meio-dia. São mais de 300 casos e dez mortes confirmadas no país.
Foi confirmado o primeiro caso de Covid-19 em um funcionário da administração do Kremlin, de acordo com Dimitry Peskov, porta-voz do presidente Vladimir Putin. Segundo Peskov, Putin não teve contato com o infectado e, por isso, poderá seguir normalmente sua rotina de trabalho. São mais de mil casos confirmados na Rússia e três mortes.
O primeiro-ministro sueco Stefan Lofven proibiu reuniões e encontros públicos de mais de 50 pessoas na Suécia. São quase 3 mil contaminados no país e 77 mortes.
O número de casos na Holanda subiu 16% nas últimas 24 horas, chegando aos 8.603 casos, após novos 1.172 serem detectados. São 546 mortes por Covid-19 no país, 112 registadas de quinta para sexta-feira. Há, porém, a expectativa de que a epidemia desacelere na região, já que as medidas restritivas estão em vigor, de acordo com Instituto Nacional de Saúde holandês.
O sérvio Novak Djokovic anunciou a doação de um milhão de euros ao seu país para ajudar no combate ao novo coronavírus. A doação é destinada à compra de respiradores e outros equipamentos de saúde. Residente de Mônaco, o tenista numero 1 do mundo está em Marbella, na Espanha, com a família.

Coronavírus: saiba as regras aprovadas pela Câmara para acessar o auxílio emergencial de R$ 600

Coronavírus: saiba as regras aprovadas pela Câmara para acessar o auxílio emergencial de R$ 600

Ilustração com gráficos de barra e ícones representando o coronavírusDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionCâmara aprovou texto que busca proteger os segmentos de trabalhadores mais vulneráveis à crise econômica decorrente do coronavírus
A Câmara dos Deputados aprovou na quinta-feira um auxílio emergencial de R$ 600 por mês para trabalhadores autônomos, desempregados e microempreendedores de baixa renda, com objetivo de proteger segmentos mais vulneráveis em meio à crise econômica gerada pela pandemia do coronavírus.
Para que o benefício entre em vigor, no entanto, a proposta ainda precisa ser aprovada pelo Senado e receber sanção do presidente Jair Bolsonaro.
O texto aprovado pelos deputados prevê que o auxílio emergencial terá duração inicial de três meses, podendo ser prorrogado por mais três meses.
A proposta também estabelece que até dois membros da mesma família poderão receber o benefício, somando uma renda domiciliar de R$ 1.200. Já mulheres que sustentam lares sozinhas poderão acumular dois benefícos individualmente.
A proposta inicial do governo Bolsonaro, anunciada na semana passada, era conceder R$ 200 por trabalhador autônomo. No entanto, parlamentares passaram a defender um benefício maior, a partir de R$ 500. Antes da votação, o Palácio do Planalto concordou em elevar o auxílio para R$ 600.
Segundo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o valor maior é necessário para permitir que os brasileiros deixem de trabalhar e fiquem em casa, contribuindo para reduzir a transmissão do coronavírus na população.
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"A proposta (inicial) do governo é pequena para aquilo que a população precisa. Eu entendo o governo, que ainda trabalha com a questão do impacto fiscal, mas, neste momento, não é o mais importante. O importante é que todos nós, em conjunto, possamos gerar as condições mínimas para que os brasileiros possam manter a determinação do Ministério da Saúde, da OMS (Organização Mundial de Saúde), dos Estados e das prefeituras (de ficar em isolamento)", defendeu Maia, antes do governo aceitar o benefício maior.
A previsão do governo é que o auxílio atenda mais de 24 milhões de pessoas, o que representará um gasto de ao menos R$ 14,4 bilhões por mês.
Entenda a seguir as regras aprovadas pela Câmara.

Quais os requisitos para solicitar o auxílio?

Segundo o texto aprovado na Câmara, terá direito ao benefício quem for maior de 18 anos, não tiver emprego formal e não receber benefício previdenciário (aposentadoria) ou assistencial (como o BPC).
Os deputados estabeleceram também limites de renda para solicitação do auxílio. Não poderão receber o benefício pessoas cuja renda mensal total da família for superior a três salários mínimos (R$ 3.135) ou que a renda per capita (por membro da família) for maior que meio salário mínimo (R$ 522,50).
Além disso, não terá direito quem tenha recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2018.

Que categorias de trabalhadores estão incluídas nesses critérios?

Pilhas de moedas com alturas diferentes, em cimas das quais estão bonequinhos representando pessoas com perfis diferentes: uma família, idosa, homem, mulher...Direito de imagemGETTY IMAGES
Image captionAuxílio emergencial valerá para quem for maior de 18 anos, não tiver emprego formal e não receber benefício previdenciário ou assistencial, entre outros critérios
Cumpridos os requisitos acima, o texto aprovado pelos deputados prevê que poderão solicitar o benefício inclusive trabalhadores registrados como microempreendedor individual (MEI) e trabalhadores por conta própria que contribuem de forma individual ou facultativa para o INSS.
Não poderão receber o auxílio trabalhadores com carteira de trabalho assinada e funcionários públicos, inclusive aqueles com contrato temporário.

Quem recebe Bolsa Família pode requisitar?

O novo auxílio aprovado pela Câmara não poderá ser acumulado com o Bolsa Família. No entanto, o beneficiário do programa poderá optar por receber o auxílio emergencial no lugar do Bolsa Família, já que o novo benefício tem valor maior.

Será preciso estar no Cadastrado Único?

A ideia é que o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) seja usado para facilitar a liberação do benefício, mas o texto aprovado na Câmara não estabelece o cadastro como exigência para solicitar o auxílio.
O Cadastro Único é um banco de dados do governo em que brasileiros precisam estar registrados para receber benefícios como o Bolsa Família e o BPC.

Como a renda será verificada?

A renda familiar que será considerada é a soma dos rendimentos brutos dos familiares que residem em um mesmo domicílio, exceto o dinheiro do Bolsa Família.
A renda média da família será verificada por meio do CadÚnico para os inscritos no sistema. Os não inscritos farão autodeclaração por meio de uma plataforma digital.
Segundo o deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), autor do projeto de lei que foi adaptado pelos deputados para criação do auxílio emergencial, o governo federal tem ferramentas para cruzar dados e checar se a renda do solicitante se enquadra nos limites do programa.

Como o benefício poderá ser solicitado?

Sentados e de perfil, Paulo Guedes e Jair Bolsonaro de máscaraDireito de imagemANDRE COELHO/GETTY IMAGES
Image captionO ministro Paulo Guedes e o presidente Jair Bolsonaro; previsão do governo é que auxílio atenda mais de 24 milhões de pessoas
O texto prevê que o governo federal deverá regulamentar como o benefício será concedido. O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse na semana passada que a ideia é usar a Caixa Econômica Federal para operacionalizar a distribuição do auxílio.
"A Caixa Econômica Federal tem 26 mil postos de atendimento. Já estão sendo preparados", afirmou, em entrevista ao portal de notícias Poder 360.
O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, disse nesta sexta-feira (27/3) que o banco ainda aguarda a aprovação do novo auxílio pelo Senado e a publicação do decreto do governo regulamentando como será o pagamento do benefício. Ele explicou que a ideia é escalonar o pagamento, assim como ocorreu quando houve liberação de saque do FGTS em 2019. Quem não tiver conta na Caixa poderá transferir o benefício para outro banco gratuitamente.
"A Caixa, como sempre, realizará pela agências (bancárias), pelas lotéricas, pelos correspondentes (bancários) e pelo celular a grande maioria desses pagamentos", disse ainda Guimarães.

Limite de benefício por família?

O texto aprovado prevê que até duas pessoas por família poderão receber o benefício, limitando o auxílio a R$ 1.200 por núcleo familiar. No entanto, mulheres que sustentam suas famílias sozinhas poderão acumular individualmente dois benefícios.

Duração do benefício?

A proposta aprovada na Câmara estabelece duração inicial de três meses, havendo possibilidade de o governo prorrogar por mais três meses durante o período de enfrentamento emergencial do coronavírus.

E o salário dos trabalhadores formais?

Com a paralisação de diversas atividades econômicas no país devido à quarentena imposta a boa parte da população, empresas terão forte redução de receitas e podem ter dificuldade para pagar salários. Por isso, o governo prepara regras emergenciais que permitirão a redução temporária de salários.
Bolsonaro chegou a editar uma Medida Provisória no domingo que permitia suspender salários de empregados com carteira assinada por até quatro meses, sem qualquer compensação aos trabalhadores. O presidente recuou da medida após fortes críticas e o Ministério da Economia trabalha em outra proposta em que o governo garantirá uma renda mínima às pessoas afetadas.

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