sexta-feira, 20 de março de 2020

Itália tem pior dia em pandemia e já soma 4 mil mortos


País registra 627 mortos e 4.670 novos casos apenas nas últimas 24 horas e sistema de saúde se aproxima do colapso; já são quase 38 mil infectados

Do R7, com EFE

Soldados montam tenda para receber pacientes com coronavírus em Milão

Stefano Cavicchi / EPA - EFE - 20.3.2020
A Itália teve seu pior dia desde que começou a pandemia de coronavírus e registrou 627 mortes por conta da covid-19 somente nas últimas 24 horas. Com isso, nesta sexta-feira (20), o total de falecimentos no país chegou a 4.032.
Nesse período, foram registrados 4.670 novos casos confirmados de infecção por coronavírus e o total já chega a 37.860. Segundo o governo italiano, somando as 5.129 pessoas que já tiveram alta desde o primeiro caso, há um mês, 47 mil pessoas foram diagnosticadas.
A maior parte das mortes, 381, aconteceu na região da Lombardia, no norte da Itália, a mais afetada pela pandemia, que atende no momento 2,549 infectados pela doença.
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Israel confirma primeira morte por causa de novo coronavírus

  • País do Oriente Médio tem mais de 700 casos confirmados da doença
    País do Oriente Médio tem mais de 700 casos confirmados da doençaRonen Zvulun / Reuters - 18.3.2020
    O Ministério da Saúde de Israel confirmou, nesta sexta-feira (20), a primeira morte provocada pelo novo coronavírus. A vítima fatal era um homem, de 88 anos, que estava internado no Hospital Shaarei Tzedek, em Jerusalém. O país registra 705 pessoas infectadas até o momento. 
    Um porta-voz do ministério acrescentou que dez outras pessoas contaminadas, incluindo um homem de 45 anos, estão em "estado crítico".
    Por outro lado, uma medida que impõe isolamento obrigatório à população está em vigor a partir de hoje em Israel, aprovada por unanimidade na quinta-feira (19) pelo Gabinete de Ministros em uma reunião por telefone.
    Israel começou a tomar medidas rigorosas semanas atrás para impedir a propagação do coronavírus. As autoridades locais também informaram hoje que quase meio milhão de pessoas (de uma população total de cerca de nove milhões) pediram ajuda do Serviço Israelense de Emprego desde o início do mês. 
    Nos últimos dias, o Exército e os serviços de inteligência Shin Bet e Mosad aumentaram sua participação na luta contra a pandemia, por meio de tarefas como apoio logístico à saúde, fabricação de máscaras, uso de tecnologia avançada para rastrear pacientes e localização de kits de teste no exterior.
    A pandemia de coronavírus, que começou na China em dezembro do ano passado e atingiu a Itália, Espanha e Irã, entre outros países, com grande força, está se expandindo rapidamente e já registrou mais de 270.000 infecções e mais de 11.000 mortes, com casos registrado em mais de 180 países.
    Guia básico com informações sobre o novo coronavírus
    Arte R7

Covid-19: Compra de remédio contra malária exige receita, decide Anvisa

  • Decisão busca também garantir segurança de outros tratamentos médicos
    Decisão busca também garantir segurança de outros tratamentos médicosFreepik
    A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decidiu nesta sexta-feira (20) passar a exigir apresentação de receita médica em farmácias para liberação de medicamentos com hidroxicloroquina, substância estudada como possível remédio para o novo coronavírus. O órgão afirma que a medida vai permitir que pacientes que já utilizam o medicamento não fiquem sem tratamento.
    "A falta do produto pode deixar os pacientes com malária, lúpus e artrite reumatoide sem os tratamentos adequados", diz a agência, que afirma ter recebido relatos de aumento da procura pelo produto após pesquisas indicarem que ele pode ajudar a tratar a nova doença.
    "Apesar de alguns resultados promissores, não há nenhuma conclusão sobre o benefício do medicamento no tratamento do novo coronavírus", diz a Anvisa, que não recomenda uso do produto no momento.
    O Conselho Federal de Medicina havia solicitado que a Anvisa colocasse a apresentação de receita médica como exigência para liberar o produto.
    "Os pacientes que já fazem uso do medicamento poderão continuar utilizando sua receita simples para comprar o produto durante o prazo de 30 dias. A receita será registrada pelo farmacêutico que já está obrigado a fazer o controle do medicamento no momento da venda", diz a agência.
    Na nova categoria o medicamento só poderá ser entregue mediante receita branca especial em duas vias. "Médicos que fazem a prescrição de hidroxicloquina ou cloroquina já devem começar a utilizar este formato", decidiu a Anvisa.
    Segundo a agência, a hidroxicloroquina já estava enquadrada como medicamento sujeito à prescrição médica. Com a nova categoria a venda irregular pelas farmácias é considerada infração grave. "O uso sem supervisão médica também pode representar um alto risco à saúde das pessoas", alerta a Anvisa.
    Estudos sobre uso do remédio contra o coronavírus
    Estudos científicos apontam que remédio é eficaz contra a covid-19
    Estudos científicos apontam que remédio é eficaz contra a covid-19Freepik
    A hidroxicloroquina, usada no tratamento da malária desde os anos 1930, tem apresentado os resultados mais promissores contra o SARS-CoV-2. A substância, de acordo com informações do Ministério da Saúde, também é adotada em protocolos de doenças como artrite reumatóide, lúpus e porfiria cutânea tarda.
    Estudos anteriores a pandemia do SARS-CoV-2 já indicavam que o medicamento era eficaz contra a Sars (síndrome respiratória aguda grave), doença que atingiu a China em 2002 e que pertence ao grupo de coronavírus. A substância chegou a ser substituída de alguns protocolos médicos porque o protozoário parasita plasmodium falciparum, causador da malária, tornou-se resistente à sua ação.
    A hidroxicloroquina é uma droga que regula a resposta do sistema imunológico do corpo diante de uma infecção ou inflamação, sendo usada especialmente para o tratamento de malária, mas também de outras doenças autoimunes como lúpus e artrite severa.
    Pesquisadores chineses publicaram um estudo na revista Nature, na quarta-feira (18), que mostrou que a droga foi capaz de “inibir a infecção” provocada pelo novo coronavírus. O procedimento foi realizado por meio de simulação in vitro.
    Na França, o Instituto Mediterrâneo de Infecção de Merselha divulgou um estudo com o medicamento, que foi administrado de forma associada a um antibiótico conhecido como azitromicina, e que apresentou “desempenho positivo” em pacientes com infecções pulmonares.
    Uma terceira pesquisa, citada por Donald Trump, nesta quinta, que tem entre os responsáveis o orientador Gregory Rigano, do centro de estudos da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, vem tentando entender os efeitos da substância no organismo de seres humanos. Para o experimento, eles observaram dois grupos, um que recebeu a hidroxicloroquina e outro que não. O primeiro apresentou resultado eficaz contra as complicações provocadas pelo vírus.
    Guia básico com informações sobre o novo coronavírus
    Arte R7

Coronavírus: quais medicamentos são esperança no combate

  • Coronavírus: quais medicamentos são esperança no combate
    Coronavírus: quais medicamentos são esperança no combateYuan Zheng / EFE-EPA - 4.2.2020
    A comunidade científica mundial tem corrido contra o tempo para barrar os avanços do coronavírus, que até esta sexta-feira (20) já ultrapassou 245 mil casos e 10 mil vítimas fatais em todo o mundo. Uma vez que a vacina contra a doença levará pelo menos um ano para ser desenvolvida e comercializada — segundo estimativa do vice-presidente da Sanofi Pasteur, David Loew —, os esforços imediatos estão concentrados no desenvolvimento de medicamentos para combater o SARS-covid-2, que causa a covid-19. 
    Acompanhe, a seguir, quais medicamentos já foram testados e quais os efeitos sobre o coronavírus: 
    Cloroquina e Hidroxicloroquina
    Geralmente usados para o tratamento para combater a malária e doenças autoimunes, a cloroquina e hiroxicloroquina ganharam atenção mundial após o presidente dos Estados Unidos Donald Trump anunciar a aprovação da droga em pacientes com covid-19.
    Um estudo publicado por pesquisadores chineses na revista Nature mostrou que a os testes com a cloriquina têm se mostrado promissores no combate ao coronavírus. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fez ressalvas à aplicação do medicamento. Na quinta (19), o Ministério da Saúde desaconselhou que a população comprasse as substâncias para automedicação. 
    Kaletra
    Nesta semana, a Organização Mundial da Saúde incluiu o Kaletra em um teste multinacional de busca de tratamentos contra a Covid-19. A combinação dos medicamentos antivirais lopinavir e ritonavir é geralmente usada para tratar HIV e tem efeitos no sistema imunológico do paciente. 
    Apesar das pesquisas, um estudo publicado na quarta (18) pelo New England Jornal of Medicine sugeriu que a combinação de drogas não se mostrou eficiente no tratamento da doença. 
    Favipiravir
    Produzido com o nome de Avigan, o medicamento japonês contra gripe foi testado em 340 pacientes na China. Na última terça (17), o membro do ministério da Ciência e Tecnologia Zhang Xinmin, a substância seria "claramente eficiente no tratamento". 
    Em entrevista ao The Guardian, Xinmin explicou que o uso do medicamento teria melhorado a capacidade pulmonar de 91% dos pacientes em teste.
    Remdesivir
    Desenvolvido originalmente para o tratamento de ebola, a droga passa por testes clínicos na China. Um estudo publicado pelo JP Morgan mostrou testes promissores na inibição do covid-19 com baixos níveis de toxicidade para a própria célula. 
    Interferon beta
    A empresa britânica de biotecnologia Synairgen recebeu aprovação para testar um medicamento à base de Interferon beta, uma molécula que faz parte do mecanismo de defesa do pulmão para combater o vírus.
    Em entrevista ao Science Media Center, Ian Hall, professor de medicina molecular da Universidade de Nottigham explicou que a ideia do tratamento é "fornecer mais dessa molécula ao pulmão, o que poderia ajudar a reduzir a gravidade da infecção pelo covid-19, especialmente naquelas pessoas que reduziram as respostas imunes ao vírus." 

Sobe para 109 o número de casos do novo coronavírus no RJ

  • São 109 casos confirmados no Estado
    São 109 casos confirmados no EstadoReprodução/Record TV Rio
    A SES-RJ (Secretaria de Estado de Saúde) informou, nesta sexta-feira (20), que já são 109 casos confirmados, 1.701 suspeitos do novo coronavírus no Rio de Janeiro. Ao menos duas mortes também foram registradas em decorrência da Covid-19.
    As autoridades confirmaram  89 pacientes na capital, 10 em Niterói, dois em Petrópolis, um em Barra Mansa, um em Guapimirim e um em Miguel Pereira.
    Há também a confirmação de três estrangeiros que testaram positivo para novo coronavírus, além de dois casos com local de residência em investigação.

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Referência em infectologia, Emílio Ribas tem andares fechados

  • Instituto Emílio Ribas
    Instituto Emílio RibasDivulgação
    Principal centro de referência no combate a infecções de São Paulo, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, da capital paulista, complexo que está no centro das ações de combate ao novo coronavírus no Estado, chega combalido ao momento de enfrentamento da doença. Dois de seus nove andares estão fechados, incapacitados de receber pacientes, e o pronto-socorro antigo, que também estava fechado, teve de ser reaberto às pressas para receber os pacientes com covid-19.

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  • Até esta quinta-feira, 19, dos 16 pacientes do Estado suspeitos de estarem com o novo coronavírus internados em estado grave, com risco de morte, só dois estão na rede pública - ambos no Emílio Ribas. A direção do hospital argumenta que, com uma série de medidas adotadas nos últimos dias, a unidade está apta a atender a demanda que se aproxima.
    O complexo, fundado em 1880 e que já teve como diretor o infectologista David Uip, atual coordenador do Centro de Contingenciamento do Coronavírus do governo do Estado, está em uma reforma que se arrasta há seis anos. Se essa intervenção já tivesse sido concluída, o instituto poderia ter 242 leitos de internação - a unidade abriga cerca de 150, mas hoje 78 estão funcionando. Desse total, 20 foram adaptados para se transformarem em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) para pacientes infectados.
    A unidade, onde em situações normais há demanda alta de pacientes soropositivos, tinha o aparelho de tomografia quebrado desde dezembro - os pacientes eram encaminhados para o Hospital de Heliópolis, na zona sul, também referência para essa enfermidade. O aparelho foi consertado na segunda-feira, 16.
    Três médicos do hospital ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo sob condição de anonimato relatam falta de profissionais para atendimento das novas demandas, considerando que é esperado que uma parte deles fique infectada, como tem ocorrido nos demais países e que houve avanço da doença. Já há um médico em quarentena, suspeito de ter contraído o novo vírus, segundo esses três profissionais.
    O 4º e o 8º andares do prédio estão inteiramente vazios por causa da reforma. É uma obra que se iniciou em 2014 para ampliar o espaço, que faria o número de UTIs pular de 17 para 47, além de outras adaptações. O serviço estava estimado em R$ 160 milhões.
    Na prática, porém, as reformas reduziram a capacidade de atendimento do centro médico. Segundo os médicos entrevistados, antes da epidemia atual só 12 dos leitos de UTI estavam funcionando. "A gente poderia estar com capacidade muito melhor" disse um desses profissionais.
    O pronto-socorro do Emílio Ribas funciona no 3º andar. A cada turno, são seis médicos trabalhando no setor, com auxílio dos enfermeiros. Desde que a crise estourou, a sala onde funcionava o antigo pronto-socorro, no térreo, foi reativada, de forma improvisada. Mas, segundo os profissionais, o número de médicos e enfermeiros ainda não foi incrementado para dar conta da nova demanda.
    "As pessoas estão sendo atendidas. Não tem paciente sem atendimento. A questão é que havia capacidade de se fazer muito mais, atender muito mais gente", afirmou um dos médicos.
    Havia expectativa entre o corpo clínico de que as obras fossem priorizadas já no enfrentamento de outro surto, o da febre amarela, em 2017. Naquele ano, o governo do Estado, chegou a inaugurar uma primeira etapa da reforma. Mas os serviços vêm sendo feito aos poucos.
    Diretor do Instituto Emílio Ribas, Luiz Carlos Pereira Júnior destaca que as obras foram sendo executadas em meio a um cenário de ajuste fiscal e a ideia era fazer os trabalhos sem reduzir a capacidade de atendimento, o que demandou tempo. "Assim que essa gestão assumiu, o doutor (José Henrique) Germann (secretário estadual de Saúde) determinou a retomada das obras." Ele diz que com arranjos feitos nos últimos dias, o número de leitos de UTI foi ampliado e pode haver mais adaptações.
    "Hoje temos disponíveis 30 leitos (de UTI). E estamos discutindo várias iniciativas. Estou há 30 anos no hospital e nunca vi tantas decisões sendo tomadas com tanta rapidez", argumenta.
    "Os pacientes que temos hoje, que têm demandado atenção, são pacientes que têm fundamentalmente problemas neurológicos e pulmonares. Uma UTI geral pode manejar esses pacientes. A programação é que pacientes que precisam de leitos sejam transferidos para outros serviços, para que a gente concentre os leitos que precisam de isolamento nos quartos que temos para que esses pacientes de coronavírus fiquem concentrados lá", diz, ao alegar que a estrutura do hospital dará conta da demanda. "Nos preparando para o pior, torcendo para o melhor. Se necessário, podemos chegar a 96 leitos de terapia intensiva", finaliza.

Brasil tem 11 mortes por covid-19 e 904 casos confirmados

  • SP concentra maioria dos casos
    SP concentra maioria dos casosFEPESIL/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO
    O Ministério da Saúde contabiliza 11 mortes por covid-19 (doença causada pelo novo coronavírus SARS-CoV2). O número de casos confirmados da doença chegou a 904, de acordo com o levantamento atualizado até as 16h desta sexta-feira (20). 
    Em relação ao número de ontem (621 casos), houve um aumento de 45%, mesmo percentual observado de quarta para quinta. 
    Dos óbitos, nove ocorreram em São Paulo e dois no Rio de Janeiro. Apenas no Hospital Sancta Maggiore, na capital paulista, foram cinco casos.
    Apesar do aumento do número de diagnósticos de covid-19 no país, a taxa de letalidade da doença entre os brasileiros infectados é de 1,21%, menor do que a média mundial, que está em 4,18%, puxada principalmente pela alta de óbitos na Itália

Empresa cede fábrica para fornecer solução de álcool a hospitais

  • Empresa vai distribuir 20 toneladas de solução de álcool em hospitais da França
    Empresa vai distribuir 20 toneladas de solução de álcool em hospitais da FrançaPixabay
    O grupo francês Arkema anunciou, nesta sexta-feira (20), que vai distribuir 20 toneladas de solução à base de álcool por semana em hospitais da França.

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Conselho de Medicina pede que cloroquina seja vendida sob receita

  • Pessoas estão comprando cloroquina sem necessidade
    Pessoas estão comprando cloroquina sem necessidadeFreepik
    O Conselho Federal de Medicina (CFM) quer que a venda de medicamentos que contém cloroquina e hidroxicloroquina seja autorizada apenas com receita médica. A entidade argumenta que a compra e o uso indiscriminado deste medicamento não é recomendada, além de apontar desabastecimento destes produtos pela compra desnecessária.
    Na falta de uma vacina e de antivirais específicos para tratar o novo coronavírus, pesquisadores em todo o mundo têm investigado desde o início do ano se drogas já existentes podem também atuar contra a covid-19. Uma das candidatas é a cloroquina, usada há 70 anos contra a malária, e a hidroxicloroquina, um derivado menos tóxico da droga.
    No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disse que os estudos sobre uso de medicamentos com essas substâncias ainda não são conclusivos.
    "A automedicação pode representar grave risco à saúde e o consumo desnecessário pode acarretar desabastecimento dessas fórmulas, prejudicando pacientes que delas fazem uso contínuo para tratamento de doenças reumáticas e dermatológicas, além de malária", afirma o CFM em nota enviada nesta sexta-feira, 20, à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
    Abaixo, íntegra da nota do CFM:
    "COMBATE À COVID-19
    CFM faz esclarecimento sobre uso de cloroquina e hidroxicloroquina
    Diante de notícias veiculadas sobre uso de medicamentos que contém cloroquina e hidroxicloroquina para o tratamento da COVID-19, o Conselho Federal de Medicina (CFM) esclarece que:
    1. Até o momento, nenhum tratamento antiviral específico para tratamento de COVID-19 é recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) ou pelo governo brasileiro;
    2. Embora novos tratamentos e vacinas estejam em fase de estudo, até o momento não há estudos conclusivos que comprovem a eficácia e segurança do uso de medicamentos que contém cloroquina e hidroxicloroquina para o tratamento da COVID-19;
    3. Portanto, a compra e uso indiscriminado desses medicamentos não é recomendada: a automedicação pode representar grave risco à saúde e o consumo desnecessário pode acarretar desabastecimento dessas fórmulas, prejudicando pacientes que delas fazem uso contínuo para tratamento de doenças reumáticas e dermatológicas, além de malária;
    Nesse sentido, de proteger a saúde dos brasileiros e garantir o uso racional dos insumos existentes, o Conselho Federal de Medicina solicitou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que, por meio de ato normativo próprio, a comercialização e a dispensação de medicamentos com esses princípios em sua composição sejam restritas aos pacientes que apresentarem prescrição médica.

Casal com coronavírus manteve empregados em condomínio de luxo

  • Todos empregados utilizam o mesmo ônibus
    Todos empregados utilizam o mesmo ônibusReprodução/Google Street View
    Moradores de um condomínio de luxo na Grande São Paulo estão preocupados com relatos de que um casal manteve três funcionários na casa mesmo após os dois e o filho pequeno testarem positivo para covid-19 (doença causada pelo novo coronavírus).
    Uma vizinha relatou ao R7 que, na quinta-feira (19), uma das funcionárias da família fora vista em frente à residência. 
    "A babá é idosa, está se acabando de tossir e não sabe o que tem, não foi no médico ainda", contou ao R7.
    O condomínio é o Tamboré 1, na cidade de Barueri, que concentra mansões milionárias.
    Todos as pessoas que trabalham nas casas utilizam um ônibus circular, motivo de preocupação entre empregados e vizinhos da família.
    A reportagem entrou em contato nesta sexta-feira (20) com a esposa, uma empresária, cujo nome não será divulgado.
    Ela garantiu que já dispensou os funcionários e disse que não tinha a informação de que a babá apresentava tosse, um dos sintomas da covid-19.
    "Estamos dando a ela toda a assistência necessária. Por precaução, vamos levá-la ao médico", afirmou, acrescentando que a mulher não é idosa — tem 50 anos. 
    A empresária também disse que a família segue todas as recomendações médicas de isolamento. 
    A administração do condomínio foi procurada e confirmou ter recebido relatos como os que foram feitos à reportagem, mas adicionou que ainda apura a informação. 
    Rio de Janeiro
    A primeira morte confirmada por coronavírus no Rio de Janeiro foi de uma empregada doméstica de 63 anos que teve contato com a patroa infectada pelo coronavírus e que havia retornado de uma viagem à Itália. 

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