quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Polícia de Goiás classifica João de Deus como um homem 'perigoso'. Entenda o caso.



Segundo delegado, mulheres que prestaram depoimento à corporação

relataram casos graves de abuso. Médium nega ter cometido os crimes.




João de Deus está preso em Goiás — Foto: Murillo Velasco/G1

Após instaurar nove inquéritos de abusos sexuais contra João de Deus, a Polícia Civil de Goiás o avalia como uma pessoa perigosa. O médium está preso no Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, suspeito de abusar de mulheres que o procuravam para tratamento espiritual em Abadiânia. Ele nega as acusações.


“O homem João de Deus é perigoso. Essa é a conclusão da Polícia Civil do estado de Goiás”, disse o delegado Valdemir Branco.

Como integrante da força-tarefa que apura as denúncias contra o médium, o investigador explicou em entrevista ao Fantástico que a avaliação da corporação foi feita com base nos relatos das mulheres que denunciaram abusos.“Várias vítimas relataram situações de grande gravidade, foram violentadas sexualmente. Nós temos caso aqui que a mãe foi abusada sexualmente, anos depois a filha também foi abusada sexualmente. Então o homem João de Deus, na verdade, é um criminoso”, completou.
O advogado do médium, Alberto Toron, disse que desconhece os depoimentos citados pelo delegado. Ele afirmou ainda que não concorda com as afirmações. “A grande maioria dos casos até agora referidos são antigos e ele [João de Deus] mantinha um comportamento que não corrobora a ideia de periculosidade”, explicou. A defesa tenta a soltura do investigado no STF.
Diário escrito por jovem revela que João de Deus dava presentes para seduzir suas vítimas Investigações
A Polícia Civil indiciou o médium por violação sexual mediante fraudereferente ao depoimento de uma mulher que disse ter sido abusada em outubro deste ano. O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) deve juntar outros três casos a este para oferecer a primeira denúncia contra ele, que deve ser entregue à Justiça no máximo até domingo (30).Promotores de Justiça que integram a força-tarefa que apura as acusações contra o médium “ignoraram” o recesso de Natal para atender às vítimas.

Operações da Polícia Civil encontraram R$ 1,6 milhão em espécie, armas, medicamentos e pedras que parecem ser preciosas em endereços ligados a João de Deus. Após essas apreensões, o investigado teve um segundo mandado de prisão deferido, desta vez por posse ilegal de arma de fogo.
João de Deus tem nova ordem de prisão, agora por posse ilegal de armas — Foto: Reprodução/JN

A defesa de João de Deus, que sempre negou as acusações de crimes sexuais, criticou a decretação das buscas e da prisão por posse ilegal de arma.

O médium já prestou depoimento à Polícia Civil de Goiás, mas deve ser ouvido novamente pela própria corporação e pelo MP-GO. Os promotores pretendem realizar o interrogatório do médium nesta semana e, em seguida, denunciá-lo.

Depoimentos
Várias mulheres acusaram o médium de abusos sexuais. Os depoimentos de algumas delas foram veiculados nos programas Conversa com Bial, Jornal Anhanguera e Fantástico.

Uma das mulheres que relatou ter sido vítima do médium contou que foi abusada cerca de 20 vezes entre 2009 e 2010. A entrevista exclusiva dela foi veiculada pelo Fantástico neste domingo (23). Ela mostrou os registros que fez da época em um diário.

Engenheira Gleice Lima, que contou ter sido abusada por João de Deus — Foto: Reprodução/TV Globo

Outra mulher que contou ter sido abusada por João de Deus foi a engenheira Gleice Lima. Ela disse que chegou a ser ameaçada por ele, que o viu escondendo uma arma certa vez e que acredita que ele lucrava com garimpos ilegais.

O advogado de João disse que essas denúncias devem ser analisadas caso a caso em processos judiciais.
Prisão

João de Deus está preso desde o dia 16 de dezembro, quando se entregou à Polícia Civil. Ele está detido no Núcleo de Custódia do Completo Prisional de Aparecida de Goiânia, onde dorme sozinho, mas passa o dia em uma cela com outros quatro presos.

A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou queele não teve ceia especial de Natal e teria comido “o de sempre” com outros presos.
João de Deus em aparição na Casa de Dom Inácio de Loyola em 12 de dezembro, após a revelação das denúncias de abuso sexual — Foto: Evaristo Sa

Questionado sobre a situação atual de João de Deus na prisão e se ele vem recebendo visitas, o advogado dele, Alberto Toron, disse que “o estabelecimento prisional onde ele se encontra não permite visitas de familiares ou amigos antes de 30 dias”. Não sabendo dizer como ele passou o Natal, ele completou: “Alvitro o óbvio: não foi bom”.

Bens e propriedades
O médium havia declarado em depoimento à Polícia Civil que sua profissão é de “empresário” e que ele administra sete fazendas em Goiás, que rendem a ele R$ 60 mil. Também de acordo com o relato do médium, ele não sabe contabilizar quantos carros tem e disse ter ainda “várias” casas.

Vídeos divulgados com exclusividade pelo Fantástico mostram o interior da casa dele em Anápolis, a 55 km de Goiânia. As imagens revelam um imóvel de dois andares, quatro quartos, uma suíte com hidromassagem e um elevador. No local também foi localizado uma espécie de porão escondido, acessado pelo fundo falso de um armário.
Casa de João de Deus em Anápolis Goiás — Foto: Reprodução/TV Globo
Situação atual

Médium é investigado por estupro, estupro de vulnerável, violação sexual mediante fraude e posse ilegal de arma;
MP recebeu 596 relatos de abusos sexuais e identificou 255 vítimas;
Médium está preso desde o dia 16 de dezembro;
Polícia Civil colheu depoimentos de 16 mulheres. Um inquérito foi concluído e há oito em andamento;
Em operações em endereços ligados a ele foram achadas armas, pedras preciosas e mais de R$ 1,6 milhão;
Justiça também decretou a prisão do médium por posse ilegal de armas de fogo;
Há relatos de supostas vítimas de 15 estados brasileiros e outros seis países;
MP e polícia também querem apurar denúncia de lavagem de dinheiro;
Não há pedido para suspensão do funcionamento da Casa Dom Inácio de Loyola, mas laboratório que fazia medicamentos no local foi interditado;
Mesmo que o ministro Dias Toffoli conceda o habeas corpus, João de Deus segue preso por causa do outro mandado de prisão


Mulher de João de Deus deve ser ouvida pela Polícia Civil sobre denúncias de abuso sexual contra o médium. Depoimento está previsto para esta quarta-feira. Médium nega ter cometido os crimes. 

 

João de Deus está preso em Goiás — Foto: Reprodução/JN

A Polícia Civil deve ouvir nesta quarta-feira (26) a mulher de João de Deus, Ana Keyla Teixeira, sobre as denúncias de abuso sexual contra o marido. Preso em Goiás, o médium nega ter cometido os crimes durante atendimentos espirituais em Abadiânia.

A força-tarefa policial recebeu 16 denúncias, sendo que nove casos se tornaram inquéritos. Um deles que, conforme a investigação, aconteceu em 24 de setembro, foi concluído eJoão de Deus foi denunciado por violação sexual mediante fraude.


Com base nos depoimentos, o delegado Valdemir Branco avalia o médium como uma pessoa "perigosa".

“Várias vítimas relataram situações de grande gravidade, foram violentadas sexualmente. Nós temos caso aqui que a mãe foi abusada sexualmente. Anos depois, a filha também foi abusada. Então o homem João de Deus, na verdade, é um criminoso”, completou.

O advogado do médium, Alberto Toron, disse que desconhece os depoimentos citados pelo delegado. Ele afirmou ainda que não concorda com as afirmações. “A grande maioria dos casos até agora referidos são antigos e ele [João de Deus] mantinha um comportamento que não corrobora a ideia de periculosidade”, explicou. A defesa tenta a soltura do investigado no Supremo Tribunal Federal (STF).

Ana Keyla Teixeira, mulher de João de Deus, deve ser ouvida nesta quarta-feira — Foto: TV Anhanguera/Reprodução 

Assim como a Polícia Civil, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) iniciou uma força-tarefa para apurar as denúncias contra o médium após os casos virem à tona no programa Conversa com Bial, no início de dezembro. Até esta quarta-feira (26), os promotores colheram 77 depoimentos de mulheres. Outro relato está previsto para esta tarde. 

O MP-GO deve juntar o caso que a Polícia Civil concluiu com outras três denúncias que recebeu para oferecer a primeira denúncia contra o médium. O documento deve ser entregue ao Poder Judiciário até domingo (30), que é o prazo legal. 

Operações da Polícia Civil e do MP-GO realizadas, em dois dias, encontraram R$ 1,6 milhão em espécie, armas, medicamentos e pedras que parecem ser preciosas em endereços ligados a João de Deus. Devido às apreensões, o médium teve um 2º mandado de prisão deferido, desta vez por posse ilegal de arma de fogo. 

O médium já prestou depoimento à Polícia Civil de Goiás, mas deve ser ouvido novamente pela própria corporação e pelo MP-GO. Os promotores pretendem realizar o interrogatório do médium nesta semana para, em seguida, denunciá-lo.

Casa Dom Inácio de Loyola, onde João de Deus fazia seus atendimentos, em Abadiânia, Goiás — Foto: Alessandro Vieira/TV Anhanguera

João de Deus está preso desde o dia 16 de dezembro, quando se entregou à Polícia Civil. Ele está detido no Núcleo de Custódia do Completo Prisional de Aparecida de Goiânia, onde dorme sozinho, mas passa o dia em uma cela com outros quatro presos.

O jornal "O Globo", a TV Globo e o G1 têm publicado nos últimos dias relatos de dezenas de mulheres que se sentiram abusadas sexualmente pelo médium. Não se trata de questionar os métodos de cura de João de Deus ou a fé de milhares de pessoas que o procuram.

ENTENDA O CASO:

Dez mulheres dizem ao programa Conversa com Bial que sofreram abuso em visitas à Casa Dom Inácio de Loyola. João de Deus nega as acusações.
Por G1

O Globo apura que outras mulheres denunciaram terem sido abusadas por João de Deus 

Após mulheres acusarem o médium João de Deus de abuso sexual, a promotora de Justiça Silvia Chakian pede que todas as pessoas que se sentirem vítimas o denunciem ao Ministério Público. Em nota, João de Deus afirma que "rechaça veementemente qualquer prática imprópria em seus atendimentos" (leia na nota completa no final desta reportagem). 

"Daqui para frente, todos os casos são processados mediante ação penal pública e o titular dessa ação penal é o Ministério Público. Aí a importância de todos esses casos chegarem ao conhecimento do MP sempre", disse em entrevista ao Jornal Hoje.

A promotora entende a demora de as vítimas denunciarem os abusos e, por isto, considera fundamental o fato de não se ter prazo para registrar estes crimes. "Em casos como esse, fica muito claro como o prazo era insuficiente para mulheres que sofrem e demoram, muito mais de seis meses, para se compreenderem como vítima de violência. É próprio do pós-trauma essa demora em denunciar”, afirmou.

Dez mulheres relatam terem sofrido abusos sexuais do médium durante atendimentos espirituais na Casa Dom Inácio de Loyola, na cidade de Abadiânia, no Entorno do Distrito Federal. As histórias foram reveladas no programa Conversa com Bial desta sexta-feira (7).

João de Deus atende na Casa Dom Inácio, em Abadiânia — Foto: Reprodução/ TV Anhanguera

João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, é famoso pelos atendimentos e cirurgias espirituais que faz desde 1976, em Abadiânia, uma cidade com menos de 19 mil habitantes. A Casa Dom Inácio de Loyola recebe até 10 mil pessoas por mês – a maioria, estrangeiros. Os relatos sobre as curas obtidas pelo médium, incorporando entidades, se espalharam pelo mundo.

"Não se trata de questionar os métodos de cura de João de Deus, muito menos a fé de milhares de pessoas que o procuram. Estamos apenas dando voz a mulheres que se sentiram abusadas sexualmente pelo médium", disse Pedro Bial durante o programa.

Apenas uma das mulheres ouvidas por Bial, Zahira Leeneke Maus, uma coreógrafa holandesa, aceitou se identificar. Outras, todas brasileiras, preferiram não mostrar o rosto, por sentirem medo e vergonha.

Zahira fez recentemente uma denúncia pública no Facebook, quatro anos após ter sofrido a violência sexual. "Eu sei que tenho sido criticada: 'Por que você está vindo com a sua história, se ele está curando milhares de pessoas?' E essa é uma das razões do porquê eu não disse nada. Porque se fosse só eu, eu que engula, porque ele está curando milhares de pessoas, certo? Mas agora eu sei, ele está abusando de centenas de mulheres e meninas", afirmou Zahira.

Mulheres denunciam abusos sexuais do médium João de Deus durante atendimento espiritual

Mulheres denunciam abusos sexuais do médium João de Deus durante atendimento espiritual

Padrão de comportamento
De acordo com os relatos, João de Deus agiu de forma similar em todos os casos. Durante os atendimentos espirituais coletivos, o médium disse para as mulheres que, segundo a entidade, elas deveriam procurá-lo posteriormente em sua sala, porque tinham sido escolhidas para receber a cura. As entrevistadas dizem que, uma vez que elas estavam sozinhas com ele, eram violentadas sexualmente.

"Pegava na minha mão para eu pegar no pênis dele. (...) Ele falava: 'Põe a mão, isso é limpeza. Você precisa dessa limpeza, é o único jeito de fazer isso'", disse uma mulher que procurou João de Deus para cura espiritual.

De acordo com Zahira, ao ouvir os relatos de outras mulheres, ela percebeu que “existe um sistema. A primeira coisa é 'vire de costas, eu vou te curar'. Existe um padrão (...) Você é manipulada a acreditar na cura”.

O jornal "O Globo" ouviu quatro das dez mulheres que falaram ao programa "Conversa com Bial", além de duas outras vítimas. Os relatos, colhidos ao longo de três meses de investigação, foram divulgados na íntegra no site do jornal. Dentre todas as 12 mulheres que denunciaram João de Deus, Zahira foi a única que contou ter sido penetrada por ele.

Segundo uma das mulheres, o médium demonstrou saber que aquilo que estava fazendo com ela poderia ser considerado assédio sexual.

"Calma, eu não estou com tesão, mas preciso fazer isso para te curar", uma delas relatou ter ouvido de João de Deus durante o abuso.

Segundo ela, o religioso a obrigou a masturbá-lo enquanto ela chorava, aos soluços. "Eu sei muito bem o que estou fazendo e que isso seria considerado assédio, eu não sou louco. Dizia que estava me livrando das energias negativas", relatou a segunda mulher, que disse ter sido constrangida a segurar o pênis do médium. Ele também teria tocado partes do corpo dela, como os seios. Em um determinado momento, ele teria dito que não era mais a entidade ali, que era o homem.

Mulheres relatam abusos sexuais do médium João de Deus durante atendimentos espirituais

Mulheres relatam abusos sexuais do médium João de Deus durante atendimentos espirituais

Zahira relata estupro

A holandesa Zahira disse que ouviu falar de João de Deus por intermédio que um amigo. E que esteve mais de uma vez em Abadiânia, em busca de espiritualidade e de cura para um trauma sexual. Ela chegou a ser treinada para ser médium.

Ela conta que, numa das vezes em que esteve em Abadiânia, foi convidada para uma consulta particular com João de Deus. E que o médium a levou até um banheiro, na sala dele, e se posicionou atrás dela.

"Aí ele agarrou minha mão direita e a colocou por trás de mim na calça dele. E eu fiquei, tipo... tem esse momento em que você congela. Por que isso está acontecendo? Por que eu tenho que tocar no seu pênis, para ser curada? Ele tem um sofá grande no banheiro. Ele me levou até lá e me botou de joelhos na frente dele. Ele abriu a calça e colocou minha mão no pênis dele. E ele começou a movimentar a minha mão em cima do pênis dele. E eu estava em choque. Eu ainda não posso acreditar nisso. Mas eu estava congelada. E ele continuava falando, conversando, falando sobre minha família. Você está sendo manipulada a acreditar, enquanto ele estava me analisando ou fazendo alguma coisa. Aí ele disse: 'Você deveria sorrir. Você deveria se sentir feliz'. E eu: 'eu não sinto nenhuma alegria'. Isso não é o motivo de eu estar aqui. Aí ele estava se limpando, fechando as calças de novo, ele me levou pro escritório de novo, ele me botou no sofá, abriu um armário com pedras preciosas e disse que eu poderia escolher uma. É como se fosse um pagamento. Isso é um pagamento? O que está acontecendo aqui?”

Zahira disse que sentia como se estivesse sendo manipulada, arrastada para aquela situação. Dias depois, ela voltou à casa. “Ele me puxou de novo para o banheiro. [...] “Um padrão parecido, mas ele deu um passo adiante. Ele me penetrou por trás e, de novo, esses... Eu nem consigo descrever.”

'Não vai falar para ninguém'

Uma das brasileiras entrevistadas disse que já costumava frequentar a casa em Abadiânia. E que em 2013, depois de se divorciar, voltou a procurar o médium. Ela contou que participava de um atendimento em grupo, quando também foi convidada por João de Deus para encontrá-lo mais tarde na sala dele.

"Então ele me conduziu para um baheiro, que mais parece uma sala, poque é muito grande e fechou a porta. Ali ele pediu para ficar de costas pra ele. Ele perguntou se tinha metal. Falei que sim, o sutiã. Pediu pra eu tirar. Pus o braço por dentro e tirei. Ele falou: 'vou ficar atrás de você e fazer realinhamento energético. Aí ele ficou muito próximo, colocou minha mão pra trás, isso ele já estava com o pênis pra fora, ele falou: "Põe a mão aí, isso é limpeza, você precisa da minha energia, que só vem dessa maneira pra fazer a limpeza em você."

Disse que o médium pediu pra ela voltar outras vezes.

"Às 7h da manhã, ele fez a mesma coisa, só que dessa vez ele sentou numa cadeira e pediu para eu fazer sexo oral nele."

"Eu fiz com muito nojo, e realmente eu não fazia, porque... Eu não chegava perto. E ele dizia: 'Faça isso direito, menina. Você não quer as coisas? Como é que fazendo as coisas desse jeito você vai ter as coisas na sua vida?'”

Essa outra mulher, que deu entrevista ao lado do marido, disse que procurou a casa de Abadiânia depois de passar por um tratamento de câncer de mama. Lá, se submeteu a uma cirurgia espiritual – e foi orientada a voltar para uma revisão.

No encontro, recebeu um pedido de João de Deus: “O que eu fizer aqui dentro, você não vai falar pra ninguém". "E ele falou assim: 'você levante que vou te curar'. E você vai ter que se entregar. Aí pediu pra ficar de costas e nisso ele começou a passar a mão no meu corpo, no meu abdomen, no meu seio, pela minha nádega, que até entao, ele ja tava comprimindo meu corpo. Aí eu comecei a chorar, comecei a ficar desesperada e eu só pensava assim: 'como eu vou sair daqui'. Eu olhava pra uma porta, olhava pra outra, e eu pensava: 'se eu gritar, tem milhares de pessas aí fora que endeusam ele, chamam ele de João de Deus'."

Ela conta que o médium ficou irritado e fez uma espécie de ameaça: “Você está sendo ingrata, você não esta se entregando. Se você não fizer o que eu estou falando, a sua doença vai voltar. Você quer que volte?"

'Eu tava ali sendo abusada'

Outra mulher, de 33 anos, contou que procurou João de Deus porque tinha depressão e síndrome do pânico. Segundo ela, logo que ficou sozinha com o médium na sala, ele trancou a porta.

"'Levanta aqui q vou limpar seus chacras' [ele disse]. Nisso ele ficou em pé, eu fiquei na frente dele, e ele já começou a fazer movimento, passando a mão no meu peito. Nisso ele me virou e pediu pra fazer massagem na barriga dele. Eu fazendo essa massagem, ele pedia pra eu fazer com força, pedia pra eu ficar de olho aberto, e eu não conseguia porque eu já tava incomodada. Aí ele me afastou um pouco e já tirou o pênis pra fora. E pegava na minha mão pra pegar no pênis dele, eu tirava a mão e ele falava: 'Você é forte, você é corajosa. O que você tá fazendo tem um valor enorme'. Eu não tava fazendo nada. Eu tava ali sendo abusada. Eu não tava fazendo nada."

'Homem poderoso'

Amy Biank, coach espiritual e autora americana que levava pessoas em peregrinação para a Casa Dom Inácio de Loyola desde 2002, disse que as pessoas que trabalham com o médium sabem do que acontece e que quem tenta denunciar acaba saindo da Casa por medo, já que ele é um “homem muito poderoso”. Amy diz ter sofrido ameaças de morte.

"Uma delas [pessoa que trabalhava para João de Deus] disse que tinha limpado a boca de uma menina. Disseram que era ectoplasma, e ela estava tão doutrinada que não percebeu que era sêmen", disse Amy Biank.

Uma das mulheres relatou que João de Deus disse que fazia parte do processo de cura não contar para ninguém o que havia acontecido. Outra disse que as entidades que ele recebia falavam que ela deveria ficar em silêncio. “Todas as entidades que vinham, umas três, falavam que não era para eu contar o que tinha acontecido ali.”

Ammy disse que uma vez, quando acompanhava um grupo a Abadiânia, ouviu um grito de socorro, entrou na casa e viu João de Deus forçando uma jovem a fazer sexo oral nele. Ele pediu pra eu fechar os olhos e sentar.

"Eu vi que ele estava com a calça aberta, ela estava ajoelhada e com uma toalha no ombro. Ela não estava querendo fazer sexo oral nele, foi por isso que ela gritou. Mas eu sentei no sofá e fechei meus olhos, porque eu estava tão doutrinada a achar que aquilo tudo era divino e especial."

Ammy disse que cruzou com João de Deus, depois numa pousada da região. "Mais tarde ele veio até a pousada em que estávamos, porque ele sabia que eu tinha visto, e aí ele chegou e disse: 'Quando eu sou o João, eu sou somente um homem. E homens têm necessidade. Um homem é somente um homem'."

O que diz João de Deus

Assessoria de imprensa do médium enviou uma nota ao programa, afirmando: "Há 44 anos, João de Deus atende milhares de pessoas em Abadiânia, praticando o bem por meio de tratamentos espirituais. Apesar de não ter sido informado dos detalhes da reportagem, ele rechaça veementemente qualquer prática imprópria em seus atendimentos".

Trajetória do médium

João Teixeira tem seguidores famosos e já recebeu visita de personalidades como a apresentadora americana Oprah Winfrey. Ele foi apadrinhado por Chico Xavier e, antes de fundar a Casa Dom Inácio, em 1976, peregrinava pelo país fazendo cirurgias espirituais, segundo reportagem do jornal "O Globo".

No início do seu trabalho, João de Deus foi alvo de denúncias de exercício ilegal da medicina. Depois, também foi acusado de sedução de uma menina menor de idade. Foi absolvido por falta de provas.

De acordo com a revista "Época", o religioso já foi acusado também de atentado ao pudor, contrabando de minério e até por assassinato. Em nenhum dos casos foi julgado culpado.

Ele nasceu em Cachoeira da Fumaça (GO), filho de um alfaiate e uma dona de casa. Estudou até o segundo ano do ensino fundamental. Tem 11 filhos – cada um com uma mulher diferente. A revista "Época" diz que alguns deles são evangélicos, e não seguem a espiritualidade atribuída ao pai. João de Deus rejeita o rótulo de santo ou de ser um homem especial.


DENÚNCIAS CONTRA JOÃO DE DEUS

Médium se entrega à polícia

13 mulheres relatam abusos cometidos por João de Deus

'Sou inocente', diz João de Deus na 1ª aparição

Médium é indiciado por violação sexual mediante fraude

Após ter dois habeas corpus negados, defesa recorre ao STF

Holandesa fez a 1ª denúncia: 'Espero ajudar outras mulheres'

Entenda os próximos passos das investigações

Quem é João de Deus?

Saiba mais sobre Abadiânia, a cidade onde teriam ocorrido os abusos

João de Deus nega que movimentou R$ 35 milhões

Mulheres que procuraram MP têm 9 e 67 anos

Entenda por que a lei pode dificultar processar casos ocorridos há mais de seis meses

Investigadores apreenderam mais de R$ 1,6 milhão, armas e esmeraldas

Leia relatos de violência sexual

Juiz dá nova ordem prisão contra João de Deus


sábado, 22 de dezembro de 2018

Fortuna de João de Deus inclui garimpo e fazenda de R$ 2 milhões
























































 


segunda-feira, abril 23, 2012

Venda de remédios
 faz parte do faturamento
 do médium

O apego do médium João de Deus (foto) às coisas materiais fez com que ele formasse uma fortuna cujo montante ninguém sabe ao certo, mas inclui um garimpo de ouro e pelo menos uma fazenda no valor estimado de R$ 2 milhões. Ela tem 597 alqueires, o que equivale a 18 parques do tamanho do Ibirapuera, na zona sul da cidade de São Paulo.

A assessoria de imprensa do médium admite que ele tem outras propriedades rurais, mas não diz onde ficam e qual é o seu valor. Em 2008, a revista Galileu publicou que o médium tinha quatro fazendas. 

João Teixeira de Faria, 69, é o nome de cartório do médium mundialmente famoso. Ele dá atendimento a cerca de 3.000 fiéis por semana na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO), cidade de 15 mil habitantes a 79 km de Goiânia. O médium não cobra nada pelas consultas e operações espirituais, mas vende os remédios prescritos por ele e fabricados por uma farmácia de manipulação, a JTF (iniciais do seu nome), cujos proprietários são Ana Keyka Teixeira, 33, sua mulher, e o seu motorista e caseiro Abadio da Cruz, 41. Abadio nem imagina como é a rotina da farmácia. A Folha de S.Paulo estima que João de Deus obtenha com a venda de um único remédio, um calmante à base de passiflora, cerca de meio milhão de reais por mês. O frasco do medicamento tem 175 cápsulas e custa R$ 50. 

Na casa, João de Deus também lucra com uma livraria, lojas de cristais benzidos e uma lanchonete. Uma garrafa de água é vendida a R$ 1 e a “energizada”, R$ 3. Há também o banho de cristal, que custa R$ 20 por 20 minutos.


O médium ainda tem cinco apartamentos que são alugados a quem o procura para uma consulta. A diária é de R$ 90, com a opção de serem alugados por R$ 1.000 por mês. Ele também é sócio do filho em uma clínica odontológica. 
João de Deus tem o garimpo de ouro há mais de 40 anos. João Américo Franca Vieira, 52, garimpeiro e amigo dele há 29 anos, disse que o médium sempre gostou de garimpo e que essa atividade responde pela maior parte do patrimônio do xará, além de cobrir os gastos com a Casa Dom Inácio de Loyola. 

O médium é semianalfabeto funcional. Ele diz incorporar mais de uma dezena de entidades, algumas delas foram médicos em vida. Há testemunhos de que João cura doenças graves, como câncer. Ele já tratou de pessoas famosas, como ex-presidente Lula, Xuxa e a atriz Shirley MacLaine. Mas o próprio médium é frequentador habitual de um hospital, porque sofre do coração  já recebeu o implante de três stents.

Vieira acredita que os espíritos orientam o médium também nos negócios com o garimpo. “Às vezes ele aciona [a mediunidade]”, disse o amigo, conforme relato dos repórteres Catia Seabra, Alan Marques e Breno Costa. “Ele disse: 'Você vai pra lá, você vai achar um negócio assim, assim, assim'. E aí deu certo. Cheguei lá e achei."
Não é de hoje que o médium tem forte queda para a materialidade. Nos anos 90, ele foi sócio de um bingo em Goiás, em uma época em que esse jogo era permitido. Mas hoje ele não tem do que se queixar de suas finanças porque o curandeirismo pode ser é tão lucrativo quanto o jogo de azar.

João de Deus e os limites entre curandeirismo, charlatanismo, exercício irregular da medicina e a proteção da f



Saiu na Folha de hoje (23/4/12):

“João de Deus S.A.

Em Abadiânia, a fé move montanhas. De dinheiro. Atraídos pelo dom do médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, cerca de 3.000 fiéis visitam, semanalmente, a Casa Dom Inácio de Loyola, em Goiás (…)

Hoje, aos 69 anos, João de Deus é dono de pelo menos uma fazenda de 597 alqueires - o correspondente a 18 parques como o do Ibirapuera (zona sul de São Paulo) - na divisa de Goiás com Mato Grosso. Lá, uma propriedade dessa dimensão não vale menos do que R$ 2 milhões. O médium tem o garimpo como fonte de renda.

Apesar de o atendimento ser gratuito, a casa, fundada em 1976, conta com farmácia de manipulação, livraria, lanchonete e loja de cristais benzidos pelo médium. Até a água fluidificada tem valor agregado. A garrafa custa R$ 1. Energizada, vale R$ 3.
O grosso do dinheiro arrecadado vem da venda de frascos de passiflora, calmante natural fabricado pelo grupo (…) 

O frasco, com 175 cápsulas, custa R$ 50. Como a média de atendimento é calculada em mil pessoas por dia, três vezes por semana, a receita com a venda pode chegar a R$ 500 mil ao mês (…)
O complexo oferece ainda sete cabines de banho de cristal - camas em que pacientes passam por imersão de luz. O preço cobrado é de R$ 20 por 20 minutos de sessão.

Relatos sobre procedimentos do médium, que incluem cirurgias com corte, a depender da escolha do consulente, garantiram-lhe notoriedade internacional (...)

Num pátio de acesso ao salão, vídeos exibem cenas de intervenções com corte, a maior parte no olho e na barriga”.

Para a lei não há milagres. Não é que a lei diz que milagres não existem, ou que existem. Mas aquilo que não pode ser observado e explicado racionalmente, não interessa à lei. É uma questão íntima das pessoas e a lei apenas protege a religiosidade, a fé, as diferenças culturais etc. Ela não diz que religião elas devem seguir ou mesmo se devem crer (ou deixar de crer) em algo.

Mas isso não quer dizer que religião e crença não seja importante para a lei. São. Há, em especial, dois artigos no Código Penal que indiretamente lidam com a exploração da fé das pessoas.

O primeiro chama-se charlatanismo, que é uma espécie de mentira utilizando a crença do outro. Nele, o criminoso inculca ou anuncia cura por meio secreto ou infalível.

Simplesmente dizer que você pode curar alguém não é crime (se fosse, todos os médicos estariam presos). Mas dizer ou propagandear que a cura é infalível ou que você possui um meio secreto de curar as pessoas é crime. É aí que entra o charlatanismo.

Ninguém pode garantir que haverá cura (nem mesmo para um simples resfriado). Garantir que você irá curar alguém – mesmo usando meios convencionais, e ainda que você seja um ótimo médico – é crime. Da mesma forma, se você propagandeia que seu método, ainda que não gere cura garantida, é secreto, você também está cometendo o crime. Em ambos os casos, a ideia é proteger a sociedade contra pessoas que desrespeitam premissas básicas da ciência: que a cura nunca é certa e que todo método de cura precisa ser replicável e validado pela comunidade científica.

A lei não exige que alguém acredite no que foi dito ou propagandeado, e muito menos que alguém seja prejudicado por isso. Basta que a pessoa diga ou propagandeie. O que se exige é que o criminoso saiba que ele não será capaz de curar a pessoa, que seu método não seja eficaz, ou que, ainda que seja eficaz, não gere cura garantida.

Já se a pessoa acredita que seu método irá de fato curar o doente, ele pode estar cometendo um outro crime: exercício ilegal da medicina, que é “exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista ou farmacêutico, sem autorização legal ou excedendo-lhe os limites”, que é, na verdade, um crime mais grave (a pena é maior: até dois anos, enquanto o curandeirismo a pena máxima é de um ano).

Um segundo crime importante é o curandeirismo, que é diagnosticar, receitar, entregar ao consumo ou aplicar qualquer substância (não importa que ela seja um placebo), ou usar gestos, palavras (incluindo ‘rezas’) ou qualquer outro meio de cura para tratar a doença de alguém. É o casa das benzedeiras e das pessoas que vendem chás para curarem doenças graves.

Ainda que a lei não diga que o criminoso precise praticar esse crime de forma habitual para que o crime seja configurado, os juristas tendem a dizer que se a pessoa comete o crime apenas se faz qualquer das ações acima com habitualidade.

Esse crime é muito mais complexo do que parece porque ele esbarra na liberdade religiosa. Usar gestos e palavras é algo que quase todas as religiões fazem. A benção do padre, por exemplo, é uma forma de cura espiritual para os fiéis. O uso das mãos é importante para os espíritas, o sinal da cruz é parte dos rituais de cura espiritual para os católicos, e assim por diante. 

Isso quer dizer que esses religiosos estão exercendo o curandeirismo?

Não, porque a Constituição protege os rituais de fé. O limite – que muitas vezes é confuso – é quando esse ritual de fé passa a colocar a saúde das pessoas em perigo. Se o padre disser ao doente que ele não precisa procurar o médico porque sua benção já basta, aí sim, pode haver crime.

E o caso de quem pratica operações espirituais? Bem, a lei diz que é curandeirismo tratar alguém com “gestos, palavras ou qualquer outro meio”. O problema está na expressão “qualquer outro meio”. Os juristas dizem que não é simplesmente qualquer outra forma, mas qualquer outra forma similar a (na mesma classe de) um gesto ou palavra. E cirurgias mediúnicas não é similar a gesto ou palavra.

Logo, o diagnóstico e as palavras podem configurar curandeirismo, mas o corte em si, não. Ele, na verdade, pode ser outro crime: a lesão corporal. Afinal, a vítima sofreu um corte desnecessário, ainda que ela tenha permitido.

Existem mais alguns detalhes desse crime que são importantes: o curandeiro, por definição, é a pessoa inculta que acredita que possa de fato curar. Se ela sabe o que está fazendo, ela não está praticando curandeirismo: ela é uma charlatã (se sabe que está mentindo) ou pode estar exercendo a medicina irregularmente (se acredita de fato que pode curar a vítima sem estar autorizada a exercer a medicina ou, estando autorizada, vai além de sua autorização).

E se ela está usando a prática para tirar proveito econômico da vítima, aí temos um outro crime: o estelionato, no qual o criminoso mente para a vítima para que ela lhe dê parte de seu patrimônio.


sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

E a VERGONHA DO STF, vai PARAR O BRASIL! Estão firmes e fortes na determinação em DESTRUIÇÃO da Nação! FUX é quem assinou a LIMINAR que concedeu o IMORAL auxilio moradia aos juízes.

Os caminhoneiros estão cogitando realizar uma nova greve após a liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux. 

Por CARLO CAUTI






        Nesta quinta (6) Fux suspendeu a aplicação de multas contra caminhoneiros e empresas que não cumprirem a tabela do frete imposta pelo governo. Por isso, grupos de caminhoneiros voltaram a ficar agitados e a discutir de uma possível nova greve. 
        O diretor do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (Sindicam), Ariovaldo de Almeida Junior, pediu que os caminhoneiros cogitem sobre uma possível paralisação de 24 horas. “Gostaria de conversar com todos vocês para que a categoria dê uma resposta imediata a toda e qualquer ameaça aos nossos direitos, lutas e conquistas. Esse tipo de atitude não só nos prejudica, como coloca em cheque o próprio piso mínimo, como coloca em cheque a nossa dignidade, o nosso orgulho e tudo aquilo que fizemos”, escreveu de Almeida. 
       A liminar de Fux proibiu a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e aplicar multas para as empresas que não pagarem o valor mínimo estabelecido em tabela para o transporte de mercadorias por caminhões. 
      O ministro do STF acatou um pedido da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) que visava suspender a tabela do frete. A CNA alegou que a ANTT editou uma nova resolução em novembro com mais penalidades. Fux é relator de uma série de Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) que contestam no STF o tabelamento.
      Em sua decisão, o magistrado destacou informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento que afirmam que o tabelamento gerou “entraves e prejuízos”. 
      A medida provisória editada pelo governo de Michel Temer em maio que instituiu a tabela do frete para caminhoneiros foi aprovada pelo Congresso em julho e sancionada pelo presidente em agosto.

Fonte: https://www.sunoresearch.com.br/noticias/caminhoneiros-podem-realizar-nova-greve/

Em Alta

"Não permita que o ruído das opiniões alheias matem a sua voz interior" (Steve Jobs)

  Comitê de MundoPsicologos Saber se relacionar para viver bem em sociedade requer flexibilidade. Muitas vezes, temos que ceder porque só as...

Mais Lidas