Ideia surgiu da expressão 'traficar informação', muito usada no rap.
Pinos serão distribuídos durante Festival Literário de Votuporanga nesta 5ª.
A ideia é polêmica, mas desperta curiosidade. Batizada de “pinos poéticos”, o rapper e professor de geografia Renan Inquérito distribui, em invóluclos farmacêuticos, poesia. O conceito “vício em leitura” será atração desta quinta-feira (7), no Festival Literário de Votuporanga (Fliv) que recebe a “Parada Poética”, projeto conduzido por ele com o intuito de explorar e disseminar a leitura.
A ideia de colocar poesia dentro de cápsulas comumente usadas na bioquímica e também por traficantes para embalar drogas como a cocaína, surgiu da expressão “traficar informação”, sempre muito usada no rap. “Eu sempre começo o sarau anunciando no megafone: Vendo pó, vendo pó…esia! Por isso, a relação com os pinos, que também são usados para vender cocaína, conhecida como “pó”, diz Inquérito.
A "associação" com drogas - usada metaforicamente – funciona inclusive com as crianças. “Muitas infelizmente já tiveram contato com drogas, mas passam a associar o objeto com algo positivo, com poesia dentro, e não necessariamente como invólucro para drogas. Não vejo problemas em dá-los às crianças, muitas vezes distribuímos para bem pequenas e elas não fazem conexão”, comenta o rapper.
Autor do livro de poesias concretas #PoucasPalavras, o uso da hashtag no título do livro e no projeto das cápsulas é também uma forma de aproximar os leitores mais jovens da própria arte. As poesias dos invóculos são do livro, lançado por ele em 2011 de maneira independente e que já está na 5ª edição. “O conteúdo traz fragmentos das minhas composições, porém exploradas de forma diferente do CD. No papel pude abusar dos recursos visuais e do concretismo, fazendo link com a internet e com o twitter, por exemplo”, conta Renan.
A "associação" com drogas - usada metaforicamente – funciona inclusive com as crianças. “Muitas infelizmente já tiveram contato com drogas, mas passam a associar o objeto com algo positivo, com poesia dentro, e não necessariamente como invólucro para drogas. Não vejo problemas em dá-los às crianças, muitas vezes distribuímos para bem pequenas e elas não fazem conexão”, comenta o rapper.
Autor do livro de poesias concretas #PoucasPalavras, o uso da hashtag no título do livro e no projeto das cápsulas é também uma forma de aproximar os leitores mais jovens da própria arte. As poesias dos invóculos são do livro, lançado por ele em 2011 de maneira independente e que já está na 5ª edição. “O conteúdo traz fragmentos das minhas composições, porém exploradas de forma diferente do CD. No papel pude abusar dos recursos visuais e do concretismo, fazendo link com a internet e com o twitter, por exemplo”, conta Renan.
A Parada Poética é um sarau onde se pode declamar poesias e estreitar o relacionamento do público com a leitura. O objetivo é apresentar poesias e estimular a participação contribuição e construir coletivamente o espaço à leitura. “Me sinto honrado em poder disseminar a poesia em um país onde a maioria das pessoas infelizmente não tem o hábito da leitura, creio que o fato de ser cantor de rap ajudou bastante, sobretudo na aproximação do público mais jovem, que já conhecia minhas músicas”. A atividade acontecerá das 10h às 16h no Fliv.
O evento segue até dia 10, na Praça da Matriz. Mais de 100 mil pessoas são esperadas nos 10 dias de festival, que também tem shows na Concha Acústica “Professor Geraldo Alves Machado", que fica ao lado da Praça. A entrada de todas as atividades é gratuita. O evento é realizado em parceria com a TV TEM.
Leia algumas das frases que fazem parte do conteúdo das cápsulas:
"Tempos Modernos: As pessoas só se falam por em@il, a convivência é um anexo que não veio".
"ForteMENTE: Uns usam Glock, outros usam Colt, outros Imbel. Eu? Calibre 0.7 Faber-Castell".
"A gente é que nem concreto sabia? Uns viram muro, outros viram ponte algum dia".
"Oferta e procura: Doença vende remédio, violência segurança, guerra vende arma, paz vende mais roupa branca".
"Videocassete: A vida passa como um filme que não tem pra alugar, só tua memória pode rebobinar".
"Saudade: palavra singular que dói no plural".
"Tempos Modernos: As pessoas só se falam por em@il, a convivência é um anexo que não veio".
"ForteMENTE: Uns usam Glock, outros usam Colt, outros Imbel. Eu? Calibre 0.7 Faber-Castell".
"A gente é que nem concreto sabia? Uns viram muro, outros viram ponte algum dia".
"Oferta e procura: Doença vende remédio, violência segurança, guerra vende arma, paz vende mais roupa branca".
"Videocassete: A vida passa como um filme que não tem pra alugar, só tua memória pode rebobinar".
"Saudade: palavra singular que dói no plural".