by Deise Brandão
O presidente da China, Xi Jinping, apresentou em 1º de setembro a proposta de criação da Iniciativa de Governança Global (IGG), durante encontro com cerca de 20 líderes de países não ocidentais, entre eles o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.
Segundo Xi, a iniciativa se baseia em cinco princípios centrais:
- Igualdade soberana entre os Estados;
- Respeito ao direito internacional;
- Defesa do multilateralismo;
- Colocar as pessoas no centro;
- Implementar medidas práticas e concretas.
Em seu discurso, o presidente chinês afirmou que a atual governança global enfrenta desafios relacionados à “mentalidade de Guerra Fria”, ao hegemonismo e ao protecionismo. Ele defendeu maior participação dos países em desenvolvimento nas decisões internacionais e uma ampliação da representatividade no sistema multilateral.
A proposta da IGG se soma a outras iniciativas lançadas pela China nos últimos anos, como a Nova Rota da Seda e a Iniciativa de Desenvolvimento Global, que buscam ampliar a influência chinesa no cenário internacional e propor alternativas às estruturas tradicionais lideradas pelo Ocidente.
O que muda para o Brasil?
Para o Brasil, a iniciativa representa oportunidades e riscos:
Oportunidades
- Ganhar mais representatividade internacional junto ao grupo dos BRICS.
- Atrair investimentos chineses em infraestrutura e tecnologia.
- Diversificar a política externa, sem depender apenas do Ocidente.
Riscos
- Ficar pressionado a escolher lados entre China e EUA.
- Aumentar a dependência das exportações de commodities (soja, minério, petróleo).
- Enfrentar dificuldades caso a rivalidade entre as duas potências se intensifique.
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