Segundo ex-assessor do democrata, menores em fotos de 2014 tentaram entrar nos EUA sozinhos e não foram separados dos pais, como acontece agora. 'Agências responsáveis por abrigá-los ficaram sobrecarregadas', diz Jon Favreau, que pediu desculpas por confusão.
Por G1
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Em foto de 18 de junho de 2014, duas jovens dormem em uma cela, enquanto crianças são separadas por idade e gênero, enquanto centenas de imigrantes são registrados e mantidos no Centro de Alfândega e Colocação e Proteção de Fronteiras dos EUA, em Nogales, Arizona (Foto: AP Photo/Ross D. Franklin, Pool)
Imagens de crianças separadas dos pais ao tentarem entrar ilegalmente nos Estados Unidos têm se espalhado pela imprensa e nas redes sociais e provocado indignação nos últimos dias.A medida faz parte de uma política de tolerância zeroadotada pela administração de Donald Trump na fronteira com o México e já retirou quase 2 mil crianças de seus pais.
Algumas das fotos compartilhadas no último final de semana, no entanto, não são tão recentes assim. Embora tenham servido inclusive para ilustrar críticas de ex-funcionários da administração Obama, as imagens de crianças e jovens dentro de celas que parecem jaulas são de 2014, justamente quando o democrata ainda ocupava a presidência.
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Em foto de 18 de junho de 2014, duas meninas assistem a um jogo da Copa do Mundo pela TV no Centro de Alfândega e Colocação e Proteção de Fronteiras dos EUA, em Nogales, Arizona (Foto: AP Photo/Ross D. Franklin, Pool)
Jon Favreau, que escrevia discursos para Obama, foi uma das pessoas a usar uma foto antiga em um post no Twitter para criticar a política de Trump. Ao ser informado que a imagem era de 2014, ele apagou a mensagem e se desculpou pelo engano, admitindo que deveria ter checado a origem antes de publicar.
Mas Favreau explicou também que, embora em 2014 crianças tenham sido mantidas desacompanhadas no Centro de Alfândega e Colocação e Proteção de Fronteiras dos EUA, em Nogales, no Arizona, aqueles eram menores que tinham tentado atravessar a fronteira sem a companhia dos pais, e não que tinham sido separados destes.
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Crianças aguardam em fila para fazer telefonemas enquanto completam processo de registro no Centro de Alfândega e Colocação e Proteção de Fronteiras dos EUA, em Nogales, Arizona (Foto: AP Photo/Ross D. Franklin, Pool)
“Em 2014, quando a administração Obama lidou com um fluxo de menores desacompanhados que apareceu na fronteira, fugindo da violência na América Central, as agências responsáveis por abrigá-los ficaram sobrecarregadas, e as condições muitas vezes eram atrozes. Por isso o governo tentou retirar essas crianças desses abrigos o mais rápido e humanamente possível e reuni-las a seus pais, a maioria dos quais já estava nos Estados Unidos. Isso aconteceu em mais de 80% dos casos”, escreveu Favreau.
O ex-funcionário da Casa Branca manteve suas críticas à política adotada por Trump. “O que a administração Trump está fazendo neste momento é COMPLETAMENTE diferente. Pais e filhos estão aparecendo na fronteira – juntos – para fugir da violência na América Central. E a resposta de Trump é arrancar as crianças de seus pais – algumas com apenas 18 meses de vida”, acrescentou.
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