Um estudo da cientista política Maria Tereza Sadek mostrou, no ano passado, a ascensão da mulher no Judiciário brasileiro. O trabalho mostra, com dados, que as juízas são mais críticas e mais determinadas do que os juízes.
Este 2016 vai ser o ano de uma mulher, Cármen Lúcia, vice-presidente do STF, que assumirá a presidência da Corte em setembro.
Ela faz parte de um grupo de juristas de alta qualificação técnica, independente politicamente e sintonizada com as questões da cidadania, do povo. Em novembro passado, ao votar confirmando a prisão do senador Delcídio Amaral (PT-MT), ela disse frases que podem ser reveladoras do que vai fazer, na presidência do Supremo:
"Houve um momento que a maioria de nós, brasileiros, acreditou, num mote segundo o qual uma esperança tinha vencido o medo. Depois deparamos com a Ação Penal nº 470 e descobrimos que o cinismo tinha vencido aquela esperança. Agora parece se constatar que o escárnio venceu o cinismo. O crime não vencerá a justiça. Aviso aos navegantes dessas águas turvas de corrupção e das iniquidades: criminosos não passarão a navalha da desfaçatez e da confusão entre imunidade, impunidade e corrupção. Não passarão sobre os juízes e as juízas do Brasil. Não passarão sobre novas esperanças do povo brasileiro, porque a decepção não pode estancar a vontade de acertar no espaço público. Não passarão sobre a Constituição do Brasil”.
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