Kiev
Segundo autoridades ucranianas, sistemas de mísseis foram transportados da Ucrânia para a Rússia horas após o abate da aeronave da Malaysia Airlines
Na imagem, forças do governo ucraniano manobram um lançador de mísseis modelo SA-11, para a região noroeste de Slovyansk, leste do país (Dmitry Lovetsky/AP)
A Ucrânia tem "provas irrefutáveis" de que a Rússia teve papel decisivo na derrubada do avião da Malásia, após o país ter fornecido um sistema de mísseis e equipe aos rebeldes. A informação foi divulgada pelo chefe dos serviços de contraespionagem da Ucrânia, Vitaly Naida. Kiev tem evidências de que três sistemas de mísseis guiados por radar BUK-1 ou SA-11 entraram na Ucrânia vindos da Rússia, junto com uma equipe de três homens. "Temos provas irrefutáveis de que esse ato terrorista foi cometido com a ajuda da Federação Russa. Sabemos claramente que a equipe desse sistema era composta por cidadãos russos", disse ele em entrevista a jornalistas.
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Pedindo para que a Rússia forneça os nomes e sobrenomes dos integrantes da equipe para que Kiev possa interrogá-los, ele disse que os três sistemas já tinham sido recuados de volta para a Rússia, mostrando aos jornalistas fotos dos sistemas de mísseis em vários locais. "Temos informações sobre essas três pessoas que vieram junto com esses sistemas do território russo", disse.
Um grupo de mineiros ucranianos ajuda equipes de resgate na busca dos corpos das vítimas em um campo de trigo no local da queda de um avião transportando 298 pessoas que seguia de Amsterdã para Kuala Lumpur, em Grabovka, na Ucrânia - Dominique Faget/AFP
Segundo Naida, dois dos sistemas de mísseis cruzaram a fronteira da Ucrânia para a Rússia às 2 horas da manhã de sexta, menos de dez horas depois que voo MH17, da Malaysia Airlines, foi abatido na fronteira leste da Ucrânia. O terceiro sistema foi levado à Rússia às 4 da manhã.
As autoridades ucranianas afirmam que o míssil foi disparado da cidade de Snizhne, localizada na área controlada pelos rebeldes, ratificando o que já havia sido informado pela inteligência americana. Os dois países acreditam que os rebeldes separatistas precisariam de ajuda da Rússia para executar os disparos contra a aeronave.
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O Kremlin continua negando ter participado do ataque que matou 298 pessoas, e afirma que as armas ucranianas podem ter sido responsáveis pela catástrofe. Já as autoridades ucranianas pedem uma investigação internacional para apurar a participação russa.
Alexander Borodai, líder dos separatistas na cidade de Donetsk afirmou à CNN acreditar que a causa da queda do avião tenha sido um míssil. Porém, negou que as forças rebeldes disponham de aparado militar para atingir um avião tão alto. Borodai também negou que os milicianos estivessem removendo os corpos das vítimas ou cometendo saques.
(Com Reuters)
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