O livro "A revolução dos bichos" (para melhor compreensão do texto, recomendo a leitura), de George Orwell, é essencial para o Brasil atual. Trata-se de um livro curto, porém genial. Em menos de 100 páginas, o autor nos apresenta a Granja dos Bichos, onde os animais tomam o poder dos homens, e começam a criar a tal 'sociedade ideal' e 'justa'. Como toda ideologia muito romântica na teoria, o começo da empreitada é bonita e emocionante, mas na prática acaba descambando para o extremo oposto do planejado, fazendo os animais trabalharem mais, e receberem menos. Ou seja, a retirada do 'homem tirano' provou-se um péssimo negócio, porque, como o autor explica genialmente: "todos animais são iguais, mas alguns são mais iguais que os outros". É aí, neste ponto nevrálgico, que podemos ver com clareza a ironia do autor com o totalitarismo do coletivismo, em maior ou menor medida, como o nazismo, fascismo, em especial com o comunismo (os personagens tem seus gêmeos na Revolução Russa de 1917) e, especificamente, com nosso país infestado de socialistas.
Na prática brasileira, alguns grupos e membros da guilda da esquerda são mais iguais que os outros. É o caso do MST, MTST, UJS, UNE, e dos membros do PT, PSOL, PCdoB, etc. Os condenados no mensalão também são mais iguais que outros, e até viraram faixa de torcida da juventude petista, deixando este que vos escreve preocupado, porque não vai haver pano suficiente para tantos criminosos. Ou heróis, dependendo do seu ponto de vista. O filho do Lula é mais igual que os outros, porque enquanto seu pai vociferava contra uma suposta "elite branca de São Paulo", o filho, branco, morava num apartamento de luxo na capital paulista, tendo conquistado um patrimônio digno de um gênio do Vale do Silício. Jean Willys, queridinho da imprensa, é mais igual que seus semelhantes, porque foi racista e preconceituoso em alguns casos e nada aconteceu. Mas ai de quem contestar! Será tachado de homofóbico no ato, mesmo que o acusador seja homossexual também. Maria 'mas o que é isso?' do Rosário é contra as armas para civis, mas recebe doações da fabricante de armas Taurus. E anda com seguranças armados, claro. E não vamos nos esquecer de Eduardo Cunha, Renan Calheiros, Fernando Collor de Melo e seus carros luxuosos. É o senhor Mauro Iasi ameaçando de morte milhões de brasileiros e o ato cair no esquecimento, mesmo ele sendo da UFRJ, bancada com nosso dinheiro. É o presidente da CUT, Vagner Freitas, diante da Dilma, incitando conflito civil armado entre brasileiros, e tantos outros exemplos. A nossa sociedade é repleta de seres humanos "mais iguais do que os outros", assim como no livro.
Os porcos
No livro, os incitadores da Revolução são os porcos, os mais inteligentes da Granja. O porco Napoleão, cujo autoritarismo, distorção da verdade, vaidade extrema e capacidade de manipulação me remetem imediatamente ao nosso Luis Inácio Lula da Silva. Que, assim como o porco de Orwell, joga a culpa no antecessor (FHC), nos vizinhos (CIA e crise externa), nos humanos opressores (imperialismo americano e capitalismo), mas nunca assume a culpa por nada que acontece de errado no pós-revolução. Além de, coincidentemente, ter uma sede voraz por uísque importado. O que era proibido aos demais animais ('...uns mais iguais que outros'). O porco Napoleão, em dado momento e escondido de todos, começa a criar filhotes de cachorros, cachorros estes que no futuro se tornam os inibidores de qualquer oposição ao tirano Napoleão. E aqui, caro leitor, é importante linkar estes cachorros contratados para proteger o ditador com os movimentos sociais de esquerda, as 'ONG's' sem 'N', e os já mencionados CUT, MST, MTST e similares brasileiros, que protegem o PT ao longo destes 13 anos de governo, em especial nos primeiros 8 anos do governo Lula. Os cachorros também são a escolta armada dos líderes da Granja, que não admitiam qualquer proteção aos bichos 'normais', tal como a esquerda e seu estatuto do desarmamento.
As ovelhas
Na trama, cria-se um slogan para os analfabetos entenderem de forma simples a revolução: "duas patas ruim, quatro patas bom", para endeusar o 'animalismo' e criar o ódio aos humanos. E as ovelhas repetem somente isso ao longo de (quase) toda história, sem raciocinarem por si mesmas, sem se auto criticarem e, pior, sem refletirem no seu papel de propagação de uma mentira. E no Brasil, meus caros, as ovelhas tem nome: Jandira Feghalli, Gleisi Hoffmann, Maria do Rosário, Lindbergh Farias, Humberto Costa e, a ovelha máxima, Sibá Machado. Todos, sem exceção, só sabem repetir o que mandam os superiores. Repetem por dinheiro, direto ou indireto (cargos), e por falta de consciência básica. Falta de caráter, em bom português. São uma espécie de mega fone das mentiras contadas por anos e anos sem alguém contradizê-las. Além das ovelhas no campo político, temos centenas ou milhares de ovelhas civis, como: Gregório Duvivier, Tico Santa Cruz, Socialista Morena, Leonardo Sakamoto, Chico Buarque, os blogs sujos do governo, e a lista ocuparia todo o texto, se fosse colocada na íntegra. Estas ovelhas, do livro e do Brasil, apesar de extremamente ignorantes, tem grave responsabilidade na manutenção das mentiras, provando a máxima do propagandista nazista Joseph Goebbels, que nos ensinou que uma 'mentira contada mil vezes torna-se verdade'. As ovelhas brasileiras são porta vozes da mentira. E os slogans são nossos velhos conhecidos: "fascista"; "elite"; "tucano"; "homofóbico"; "racista"; "reacionário", etc.
O marqueteiro
Garganta era o mensageiro de Napoleão, e também espião atento, sempre preparado para ouvir qualquer tipo de comentário 'não amigo da revolução' ou sobre o 'líder'. Mestre na arte da propaganda, tal como João Santana, Garganta conseguia convencer os próprios bichos de que tudo que viram com os próprios olhos tratava-se de ilusão ou falha de memória dos próprios, fazendo-os acreditar nele, como um ilusionista dos mais talentosos. No Brasil, o papel de Garganta oficial é dos marqueteiros profissionais, mas os melhores marqueteiros encontram-se na imprensa, repleta de toda sorte de desinformantes que deixariam Garganta com vergonha. Nossos jornalistas fizeram nos últimos 13 anos o maior e mais traidor trabalho de construção de um mito, Lula, e desconstrução de tudo que pudesse, ainda que remotamente, interferir nos planos de poder do PT. A mídia deu coro às 'ovelhas' nacionais e repetiu: são 'intervencionistas militares!', sobre os que protestavam contra a corrupção; 'são fascistas!'; 'são machistas!'; 'são elite!'. E muita gente acreditou.
Povo analfabeto = governo tirano
Na Granja, assim como no Brasil, a maior parte dos animais não sabia ler quase nada. Foram criados os 7 mandamentos da revolução, e conforme os porcos, elite real da granja, iam quebrando os mandamentos, Garganta ia na calada da noite mudar os mandamentos, por ex: "É proibido qualquer animal beber álcool", virou "É proibido qualquer animal beber álcool em excesso", logo após o tirano Napoleão ter tomado uma caixa de uísque escondido. Essa meia verdade é presente em todos os últimos dias dos nossos últimos 13 anos. O paralelo que pode ser feito é: os nossos companheiros roubaram sim, mas...roubaram só para o partido. Ou: eles roubaram, sim, a Petrobras, mas desde 1990 a Petrobras já era assaltada. Ou: Genoíno roubou, mas continua pobre. Ou: Dilma fingia que era doutora em economia, mas foi pura distração.
O eterno descaso com a educação, na Granja ou no Brasil, é excelente para os populistas, fictícios ou não, pois mantém o povo no cabresto.
O cavalo honesto e trabalhador
Sansão, cavalo de tração, é um trabalhador apaixonado pelo seu ofício, comprometido com as ideias que podiam trazer melhorias para a Granja, como a construção do Moinho, cujas pedras ele levou incontáveis vezes, até sua saúde pedir arrego, o que lhe reservou um fim trágico, mas não surpreendente para o contexto do livro. Todos temos ou já tivemos um pouco de Sansão, porque trabalhamos muito pelo e para o Brasil, enquanto os políticos da elite se esbaldam com nossos impostos, e somos, em nossa maioria, bem intencionados e honestos; com o adendo de que hoje no Brasil, felizmente, grande parte da população pensante acordou para as mentiras, os desmandos, os roubos e as mentiras dos socialistas que nos governam. Mas quantos 'Sansões' não conhecemos, brasileiros trabalhadores que saem todo dia cedo, perdem horas no trânsito, porque a corrupção e o superfaturamento desviam o dinheiro do transporte, e voltam para casa tarde da noite, sem sequer terem tempo de refletirem sobre suas vidas? 'Sansões' bem intencionados e enganados de forma maquiavélica pelos governantes. Sansão não teve tempo de acordar, talvez alguns 'Sansões' brasileiros ainda vão despertar e reagir.
O burro resignado
Somos apresentados ao burro Benjamim, que diz unicamente que "os burros vivem muito tempo", deixando claro que, homem ou bicho, a história sempre tendia a mostrar que o poder enebria a quase todos os que são expostos a ele. Fosse humano ou porco. E Benjamim, o único sensato do início ao fim, não interfere em nenhum milímetro dos acontecimentos, pois sabe que a ignorância das massas não tinha como ser combatida, e que dificilmente haveria uma insurreição contra o tirano Napoleão, porque diariamente a massa percebia mentiras, contradições, alterações dos fatos, piora na vida, e nada faziam, apenas continuavam a seguir seu líder e se convenciam de que Napoleão estava sempre certo.
Mais iguais que os outros
É rotina, na América Latina, principalmente nos países socialistas (uns mais, outros menos), a imprensa e a população mostrarem a contradição do estilo de vida dos supostos líderes populares e suas reais necessidades pessoais. Isso serve para Fidel Castro que deixa seu povo morrer de fome, mas não abre mão do uísque importado. Vale para o filho dele viajando para os locais mais caros do mundo. Valia para os familiares de Chávez. Vale para os de Maduro. Vale para Evo Moralez que tem um funcionário só para amarrar seus sapatos. Vale para a ex-presidente Cristina Kirchner e seus dólares escondidos. Valeu para Rosemary Noronha, 'amiga' de Lula, e todos familiares dos capos petistas. Na Granja dos Bichos, os porcos impunham as regras aos animais 'normais', eram duríssimos na fiscalização e elaboração das mesmas, mas no íntimo, na casa que era do humano Jones, dono da Granja, eles iam à forra. Bebiam, jogavam, apostavam e, no fim do livro, acabam por surpreender todos os leitores, sempre se julgando com mais direitos que os demais, porque se acham, como nossos políticos, acima de qualquer cidadão normal; merecedores de luxos, benesses e vantagens que só eles podem ter acesso. Ainda no livro, a tirania chega, claro, à morte de opositores, ou mesmo velhos aliados, o que me fez lembrar de Celso Daniel.
Caro leitor/leitora, se você chegou até aqui, eu reitero a recomendação deste clássico. É um livro extremamente bem feito, e com lições para todo e qualquer povo e seus governantes.