sexta-feira, 23 de abril de 2021

Nota do Exército sobre o General Pujol e General Pazuello


NOTA DE ESCLARECIMENTO



            A cerca do conteúdo da nota publicada e, posteriormente, atualizada no endereço eletrônico https://blogs.oglobo.globo.com/ancelmo/post/ex-comandante-edson-pujol-diz-que-eduardo-pazuello-ferrou-o-exercito.html, sob o título “Ex-comandante, Edson Pujol diz que Eduardo Pazuello ferrou o Exército”, o Centro de Comunicação Social do Exército esclarece que o Gen Ex EDSON LEAL PUJOL não teve nenhum diálogo com o Gen PAZUELLO nem jamais fez qualquer tipo de comentário, juízo de valor, crítica ou sugestão sobre o tema vacinas, nem sobre outros aspectos do trabalho do General PAZUELLO à frente do Ministério da Saúde.

            A conduta do Gen LEAL PUJOL esteve sempre pautada pela ética, discrição e transparência durante os mais de dois anos em que exerceu o cargo de Comandante do Exército Brasileiro. A nota descreve diálogo e comportamento que não existiram, absolutamente inverossímeis e incompatíveis com o perfil e as atitudes do Gen LEAL PUJOL durante seus cinquenta anos de serviço dedicados à Força e ao Brasil.

quinta-feira, 22 de abril de 2021

Eu sei, mas não devia




Marina Colasanti

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma
.

A crônica Eu sei, mas não devia, publicada pela autora 
Marina Colasanti (1937) no Jornal do Brasil, em 1972, 

Lira diz que é contra a CPI da COVID: 'não é hora para isso

 21/04/2021



Além de sabotar impeachment, deixando o sabotador da Pandemia, Bolsonaro, sabotando na boa.

Lira disse que também é contra a CPI da COVID é 'politicagem e palanque, que a hora não é para CPI, que todos sabem quem são os culpados, que está documentado e que não é hora de apontar o dedo pra ninguém'.

Assista o que ele disse à CNN Brasil.



quarta-feira, 21 de abril de 2021

Congresso derruba vetos e crimes contra a honra na internet terão pena triplicada




Ciências Criminais 

Na noite da última segunda-feira (19/04/2021) os Senadores derrubaram alguns vetos de Bolsonaro ao pacote anticrime, que já haviam sido analisados e também derrubados pelos Deputados. Com esta decisão, o aumento de pena que triplica as punições dos crimes de Calúnia, Difamação ou Injúria, quando praticados pela Internet, vai à promulgação e entrará em vigor.

Crimes contra a honra na internet

Com relação a tais mudanças e o maior rigor nas punições destes crimes, o advogado Luiz Augusto D’Urso, que é especialista em Crimes Virtuais e Presidente da Comissão Nacional de Cibercrimes da ABRACRIM (Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas), explica: "Até então, as penas previstas para os crimes contra a honra praticados pela internet, não inibiam esta prática criminosa. Agora, com a pena triplicada, além do efeito pedagógico, se observa uma resposta penal proporcional ao dano provocado, pois no ambiente virtual a ofensa ganha alcance imensurável, principalmente nas redes sociais".

Quanto à internet facilitar a forma de se comunicar, o especialista afirma:

A internet e as redes sociais abriram caminho para todos se manifestarem publicamente, trazendo facilidades para disseminar informações com maior alcance, todavia, o grande problema é que muitos se utilizam dessas facilidades propiciadas pela tecnologia para difundir criminosamente ofensas contra pessoas.

D’Urso que é Professor de Direito Digital no MBA da Faculdade Getúlio Vargas (FGV) adverte, por fim, que a prática de crimes pela internet não significa impunidade: "O uso de perfis falsos para a realização de tais crimes pela internet não garante impunidade, pois é possível, mediante quebra de IP, identificar seus autores, que agora estarão sujeitos à pena triplicada".



É muita coragem fazer um perfil falso do diretor da Polícia Federal


PorAlexandre Garcia
19/04/2021 21:50


Algum espertinho achou legal criar uma perfil fake no Twitter com o nome do diretor-geral da Polícia Federal.| 

Virou moda recorrer à Justiça para acertar questões internas do Legislativo. Eu tenho criticado isso há bastante tempo. E não é que a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) foi pelo mesmo caminho e entrou na Justiça contestando a presença de Renan Calheiros (MDB-AL) na CPI da Covid.

Eu também discordo do fato dele e de Jader Barbalho (MDB-AP), cujos filhos são governadores, serem membros de uma CPI que vai investigar dinheiro federal destinado para os estados. De fato isso não faz sentido. Renan e Jader são moralmente impedidos, como seria se o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) também integrasse a CPI para investigar o governo do pai.

Em seu pedido, Carla alega que Renan Calheiros tem 43 processos e seis inquéritos no Supremo Tribunal Federal. Portanto, ele não teria a moralidade exigida para integrar uma comissão investigativa.

Mas todos os senadores que integram essa comissão — exceto Marcos do Val (Podemos-ES), que se diz decepcionado com a política — têm interesse eleitoral. A verdade é que essa CPI será um grande palanque.

Alguém teve a coragem de fazer um perfil fake no Twitter do diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino. Essa pessoa ainda inventou uma história fantasiosa de que Lula e o STF estavam conspirando para matar o presidente Jair Bolsonaro. A história é fantástica e não crível.

O mais incrível é que uma das minhas colegas, a jornalista Leda Nagle, ficou horrorizada, achou inacreditável o que leu e postou o seu horror nas redes sociais diante dessa informação. Depois de perceber que se tratava de uma fake news, ela se retratou e pediu desculpas.

Agora as pessoas estão criticando minha colega por ela ter acreditado na publicação. Ela foi vítima de uma invenção e os próprios inventores de conteúdos falsos estão criticando ela.

Agora é uma questão de honra para a Polícia Federal achar quem fez esse perfil falso. Tomara que essa publicação no perfil falso não seja levada a sério, porque o STF, por exemplo, levou em conta um trabalho criminoso de hackers contra a Lava Jato. Teve ministro do Supremo que mudou o voto com base em prova criminosa na ação que decidiu pela suspeição do ex-juiz Sergio Moro. Tomara que esse pirata virtual não ganhe a mesma fama que os hacker da Lava Jato.

Isso precisa servir de lição para todos nós. Precisamos ter cuidado com o que recebemos nas redes sociais, porque existem pessoas que são capazes até de criar um perfil fake de um diretor-geral da PF. Imagina a coragem dessas pessoas. É preciso encontrar essa pessoa e puni-la com rigor.



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