by Deise Brandão
Por muito tempo, a glândula pineal foi tratada apenas como uma pequena estrutura no centro do cérebro, associada à regulação do sono e à produção de melatonina. Um ponto minúsculo, quase esquecido nos livros de anatomia.
Mas quem se aprofunda no estudo dessa misteriosa glândula descobre algo fascinante: a pineal é, na verdade, um órgão sensorial extraordinário, capaz de perceber campos magnéticos, captar vibrações sutis e traduzir essas informações em impulsos neuroquímicos que modulam estados de consciência.
Em outras palavras, ela funciona como uma antena natural, uma ponte viva entre o corpo e o cosmos.
Quando está ativa e saudável, a pineal cria uma rede neural sofisticada que conecta mente, corpo e espírito. É ela que nos torna sensíveis — ainda que de forma imperceptível — às influências do Sol, da Lua, das marés, dos ciclos planetários e até dos campos astrofísicos e geofísicos que nos envolvem.
Assim como as estações mudam, também os nossos ritmos internos se transformam.
A pineal é a tradutora dessa dança universal: converte frequências em sensações, luz em percepção, vibração em intuição. Quando está bloqueada, calcificada ou inativa, perdemos parte dessa sintonia — ficamos mais racionais, mas menos perceptivos, mais despertos no relógio e adormecidos no sentir.
Por isso, cuidar da pineal é mais do que uma questão biológica; é um ato de reconexão. Meditação, silêncio, contato com a natureza, sono adequado e alimentação limpa são caminhos que ajudam a desintoxicar e reativar essa glândula, restaurando o equilíbrio entre o físico e o sutil.
A união entre neurociência e espiritualidade não é fantasia — é expansão de fronteiras.
Estudar a pineal é compreender que não somos separados do universo: somos parte dele, pulsando na mesma frequência de tudo o que existe.
