domingo, 22 de março de 2020

Quem tem covid-19? Números oficiais estão longe de indicar quem está infectado pelo coronavírus no Brasil


FIQUEM DENTRO DE CASA!
SE MANTENHAM VIVOS E 
AOS OUTROS TAMBÉM! 
#QuemAmaCuida

      Em meio à crise mundial provocada pelo novo coronavírus, o Brasil não sabe quantas pessoas estão com a covid-19. Pior, não temos nem um número aproximado.Os dados divulgados diariamente pelas autoridades e centralizados pelo Ministério da Saúde estão longe de representar a realidade. Isso acontece basicamente por três motivos: Em alguns locais, como São Paulo e Rio de Janeiro, só faz o teste quem está internado com quadro mais grave e sintomas da doença; 
- Mesmo quem consegue fazer o teste precisa esperar dias, às vezes mais de uma semana, para saber se está com covid-19;
- A maioria das pessoas infectadas não apresenta nenhum sintoma, ou seja, não faz ideia se está contaminada.
     O problema não é exclusividade do Brasil, nem de países mais pobres. Os europeus mais afetados pela pandemia, como Itália e Espanha, enfrentam a mesma situação. Até a pequena e rica Suíça passa por isso.
    Já a Coreia do Sul conseguiu fazer testes em massa e colheu bons frutos no combate ao coronavírus.
    Diante de um cenário incerto com números pouco confiáveis, médicos, fisioterapeutas, enfermeiros e auxiliares estão apreensivos e preparando-se para uma verdadeira guerra que está por vir.
   Ao que tudo indica, as próximas semanas serão de apreensão, com ruas cada vez mais desertas, UTIs lotadas e o número de mortos subindo.

É possível saber o número real? 
     Foi o caso do estudante da USP Fernando Benicchio, retratado em reportagem do UOL, que continuava à espera do resultado uma semana após fazer o teste na rede pública.
     "Não existe nenhum país do mundo com um sistema de saúde 100% preparado para ser acionado         em massa para testes", disse o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante entrevista a          jornalistas na terça-feira (17).
     A pasta informou que planeja adquirir mais testes para diagnóstico. Ao todo, serão 2,3 milhões de kits, mas eles só têm capacidade para atender cerca de 1,1% da população brasileira.

O BRASIL EM 20.03.2020

18:01 – Casos do novo coronavírus no Brasil passam de mil

     De acordo com Ministério da Saúde, 1.128 casos do novo coronavírus foram registrados no Brasil. O número de mortes chegou a 18. O governo parou de divulgar o número de suspeitas devido à transmissão comunitária da doença, o que significa que qualquer pessoa com sintomas passa a ser considerado caso suspeito.
     O estado de São Paulo concentra a maioria dos casos, 459, e também de óbitos, 15, seguido pelo Rio de Janeiro, com 119 infecções e 3 mortes. Roraima é o único estado do país que não registrou casos do novo coronavírus.
     O ministério anunciou ainda que passará a fazer teste em pacientes suspeitos que apresentam sintomas leves da covid-19. Até agora, os exames para detectar o novo coronavírus eram realizados apenas naqueles que tinham sintomas graves.
     Para tentar conter a propagação da epidemia, o governador de São Paulo, João Doria, anunciou neste sábado uma quarentena de 15 dias a partir de terça-feira. A medida determina o fechamento do comércio e serviços não essenciais.
     Apenas serviços de saúde, de entrega em casa, segurança e limpeza, além de supermercados, pet shops, bancos e lotéricas, podem continuar funcionando. A ordem exclui também indústrias da quarentena.
17:32 – Bolsonaro assina decreto contra medidas de governadores

    Em resposta a restrições impostas por governadores, o presidente Jair Bolsonaro assinou uma medida provisória que determina que cabe ao governo federal decisões sobre serviços essenciais, entre eles, a circulação interestadual e intermunicipal e aeroportos. A MP vai contra a decretos estaduais que fecharam aeroportos e rodovias.
     De acordo com a medida, os estados e municípios só podem ordenar o fechamento de aeroportos ou rodovias com a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A MP garante ainda o funcionamento normal dos serviços públicos e atividade essenciais, bem como a circulação de alimentos e produtos básicos para a população, incluindo material médico e equipes de saúde necessárias para combater a pandemia de covid-19.
by Uol
by dw.com

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