segunda-feira, 23 de junho de 2014

Surto de na África ocidental ebola está "fora de controle", diz MSF


Segundo diretor do Médicos Sem Fronteiras, "epidemia está longe de acabar e vai continuar a matar um considerável número de pessoas"

AFP
Médico se prepara para atender a pacientes com febre ebola, na Guiné
Médico prestes a atender pacientes com febre ebola, na Guiné: Este seria um dos piores surtos já registrado
Dacar, Senegal - O surto de ebola na África ocidental está "totalmente fora de controle", segundo Bart Janssens, diretor de operações do Médicos Sem Fronteiras (MSF) em Bruxelas. Segundo ele, o grupo de ajuda humanitária chegou ao limite de sua capacidade para responder ao grande número de casos da doença.
Organizações internacionais e governos envolvidos precisam enviar mais especialistas em saúde para aumentar as mensagens de educação pública sobre como interromper a propagação da doença, disse Janssens à Associated Press.
O Ebola já matou mais de 330 pessoas na Guiné, Serra Leoa e Libéria, segundo os números mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS).
"A realidade é clara e a epidemia está agora em sua segunda fase", afirmou Janssens. "E, para mim, está totalmente fora de controle." O surto, que começou na Guiné no final do ano passado ou no começo deste ano, parecia ter diminuído antes de voltar a se acelerar novamente nas últimas semanas, chegando mesmo a se espalhar para a capital da Libéria pela primeira vez.
"Estou absolutamente convencido de que a epidemia está longe de acabar e vai continuar a matar um considerável número de pessoas, então, definitivamente será a maior já registrada", afirmou.
Os vários lugares onde a epidemia apareceu e sua movimentação pelas fronteiras a torna um dos "mais desafiadores surtos de ebola já registrados", disse no início desta semana Fadela Chaib, porta-voz da OMS.
O surto não mostra sinais de diminuição e os governos e organizações internacionais estão "longe de vencer esta batalha", disse nesta sexta-feira Unni Krishnan, chefe de prevenção e resposta a desastres do grupo humanitário Plan International.
Mas a descrição de Janssens para a epidemia é ainda mais alarmante. Ele advertiu que os governos afetados não reconhecem a gravidade da situação e criticou a OMS por não fazer o suficiente para advertir os líderes sobre a questão. Segundo ele, são necessários mais especialistas para realizar o trabalho vital de encontrar todas as pessoas que estiveram em contato com os infectados.
"Existe a necessidade de um verdadeiro compromisso político admitindo que esta é uma emergência muito grande", afirmou Janssens. "Caso contrário, a doença vai continuar a se espalhar e, certamente, se propagar por mais países." 
Fonte: Associated Press.

OMS divulga ter encontrado no Brasil vírus causador da poliomielite

23/06/2014 13h39 - Atualizado em 23/06/2014 15h56

Vírus estava em esgoto colhido no Aeroporto de Viracopos, em Campinas.

Não há casos de contaminação humana, afirma a agência da ONU.

Do G1, em São Paulo
A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou nesta segunda-feira (23) que autoridades de vigilância encontraram no Brasil a circulação do poliovírus selvagem tipo 1, um dos sorotipos que causam a poliomielite (pólio).
De acordo com uma nota divulgada pela agência da ONU, o vírus foi encontrado em amostras coletadas em março no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas. Ainda segundo a organização, essa amostra seria similar a outra recentemente isolada de um caso na Guiné Equatorial.
O comunicado diz também que risco de o vírus da pólio encontrado no Brasil se espalhar internacionalmente é "muito baixo", e da Guiné Equatorial é "alto". Nenhum caso de contaminação humana foi relatado até o momento.
'Achado ocasional'
Segundo o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, a detecção do poliovírus na amostra coletada em março foi um achado ocasional. Uma amostra coletada no mesmo local um mês depois já não apontava a existência do vírus.
Barbosa explica que, desde que foi decretada a erradicação do vírus no país em 1994, não são recomendadas coletas sistemáticas de amostras para a pesquisa do vírus. Mesmo assim, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) continua monitorando dois pontos no Estado de São Paulo. Nessas amostras, pesquisa-se pela presença de vários tipos de vírus, além de componentes químicos.
Um desses pontos é o esgoto do aeroporto de Viracopos. “Foi como achar uma agulha num palheiro gigantesco”, diz o secretário.
A situação da poliomielite no Brasil é monitorada, segundo Barbosa, por meio da garantia da cobertura vacinal e também pela observação dos casos de paralisia flácida aguda. Trata-se de um tipo de paralisia que pode ser provocado por vários tipos de vírus, inclusive o poliovírus. Para cada paciente com a doença, é feita a pesquisa pelo poliovírus nas fezes.
“Não teve aumento além do esperado (de paralisia flácida aguda) nem detecção de poliovírus. Por isso consideramos que o achado não tem nenhum significado sanitário importante”, diz Barbosa.
Mesmo sendo um achado ocasional, segundo Barbosa, foi importante notificar a OMS para comunicar as autoridades de saúde da Guiné Equatorial sobre a necessidade de reforçar a vacinação, principalmente para pessoas que saem do país.
Pólio erradicada no Brasil
Apesar de ser considerada uma doença altamente contagiosa, que afeta principalmente crianças com menos de cinco anos, o último caso de poliomielite registrado no Brasil foi em 1989 e o país mantém uma cobertura vacinal contra pólio acima de 95%.
O número de casos de pólio no mundo caiu mais de 99% desde 1988, passando de 350 mil a 406 casos notificados em 2013. Esta diminuição deve-se ao esforço global para erradicar a doença, segundo a OMS.
No entanto, em maio deste ano a organização decretou estado de emergência de saúde pública após o registro, desde janeiro, de casos no Afeganistão, Iraque e Guiné Equatorial. A doença pode causar paralisia em algumas horas e, em alguns casos, ser fatal.

Holandeses criam 1º cigarro de maconha eletrônico

Por Redação Olhar Digital - em 23/06/2014 

e-joint


A companhia holandesa E-Njoint BV diz ter desenvolvido o primeiro cigarro eletrônico de maconha do mundo. Com versões descartável e recarregável, o produto permite que os usuários preencham o dispositivo com conteúdo de cannabis líquida ou ervas secas.

Com o formato típico de um cigarro de maconha, o dispositivo vem com uma luz verde e o símbolo da folha de cannabis que acende e aparece na ponta cromada toda vez que o usuário o traga. São oferecidos seis sabores diferentes de frutas.

De acordo com os desenvolvedores, a primeira versão do produto é considerada 100% legal por não conter THC (princípio ativo da maconha), tabaco ou nicotina, baseando-se em componentes naturais e vapor de água. Já as outras não se enquadram na classificação.

Cerca de 10 mil unidades do cigarro eletrônico são produzidas diariamente, por uma fabricante chinesa, e comercializadas em vários países da Europa ao equivalente a R$ 14.

Reprodução

"A Holanda é famosa no mundo inteiro por sua atitude tolerante e liberal com relação às drogas leves, sendo que a introdução deste novo produto defende claramente a posição de que, desde que você não perturbe ou prejudique outras pessoas e se mantenha dentro dos limites legais, tudo estará muito bem", explicou o CEO da E-Njoint, Menno Contant.

domingo, 22 de junho de 2014

Milionário da Mega-Sena doa 10% do prêmio para hospitais em leilão de MS

22/06/2014 21h18 - Atualizado em 22/06/2014 21h18

Morador de Figueirão, idoso ganhou R$ 37,6 milhões no dia 16 de abril.

Doações foram promessas feitas ao pai, que morreu com câncer em 1962.

Gabriela PavãoDo G1 MS
Ganhador da Mega-Sena cumpriu promessa feita ao pai (Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS)Ganhador da Mega-Sena cumpriu promessa feita ao pai (Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS)


Dois meses depois de ganhar R$ 37.626.306,90 ao acertar os seis números da Mega-Sena, o produtor rural de Figueirão, a 246 quilômetros de Campo Grande, cumpriu uma promessa feita ao pai, já falecido. Neste domingo (22), o milionário doou, durante um leilão, R$ 3,7 milhões a três hospitais, sendo dois de tratamento para câncer e um do município.
O idoso de 70 anos mora no município com cerca de 3 mil habitantes. Ele acertou sozinho os números do concurso 1.591, realizado no dia 16 de abril. O valor do prêmio é três vezes maior que o orçamento anual da administração municipal.
"Fiz uma promessa para fazer essa doação porque meu pai morreu de câncer. Uma sobrinha minha também morreu por causa dessa doença. Então, uma das primeiras coisas que quis fazer com esse dinheiro foi ajudar essas pessoas a passarem por isso", explicou.
Três cheques de R$ 1 milhão e um de R$ 700 mil foram entregues pelo milionário (Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS)Três cheques de R$ 1 milhão e um de R$ 700
mil foram entregues (Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS)
Ele disse ao G1 que, depois de ficar milionário, foi conhecer o trabalho das unidades de saúde que receberam as doações.
"Meu pensamento é sempre de ajudar os outros, porque é assim que Deus quer que seja", ressaltou.
Foram beneficiados o Hospital de Câncer Alfredo Abrão, de Campo Grande, MS, o Hospital do Câncer de Barretos, em SP, além do Hospital Municipal Mariana Silvéria Furtado, da cidade onde o idoso mora. Representando o Hospital do Câncer Alfredo Abraão, o diretor da unidade Carlos Alberto Moraes Coimbra agradeceu.
"Recebemos essa doação com alegria e muita honra. Esse dinheiro veio em boa hora e vai servir para aquisição de novos equipamentos", explicou. O representante do Hospital do Câncer de Barretos, o gerente de captação Luiz Antônio Zardini, também agradeceu a iniciativa.
"Qualquer tipo de doação ajuda o hospital a manter suas portas abertas. Hoje temos R$ 23 milhões de despesas mensais no hospital e um déficit de R$ 8 milhões, então qualquer doação é bem-vinda", garantiu Zardini. Conforme o gerente, as nove unidades da rede atendem cerca de 4 mil pessoas por dia. Segundo ele, oito estão em funcionamento e uma em fase de implantação.
Leilão arrecadou cerca de R$ 800 mil com venda de cabeças de gado (Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS)Leilão arrecadou cerca de R$ 800 mil com venda
de cabeças de gado (Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS)
Leilão pela Vida
Além da entrega dos cheques simbólicos, o chamado “Leilão pela Vida” também arrecadou dinheiro para os hospitais através da venda de cerca de 600 cabeças de gado, que totalizaram cerca de R$ 800 mil.
Segundo um dos organizadores do evento, Rubens Catenacci, o leilão tem o objetivo de promover ações de solidariedade e incentivar mais doações para estes hospitais.
"Esse gesto do ganhador da Mega-Sena é muito nobre, e deve servir de exemplo para o Brasil inteiro, onde toda semana alguém ganha na loteria", explicou Catenacci.
Conforme o pecuarista, esta foi a nona edição do leilão, mas a primeira vez com valor expressivo de doações. "Cada um ajudou do jeito que pode, teve produtor rural doando ovelha, bezerro, botas e outros produtos que foram leiloados", ressaltou.
Ganhador da Mega-Sena cumpriu promessa feita ao pai (Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS)Milionário é produtor rural aposentado
(Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS)
Vida mansa
Apesar da conta bancária recheada, o milionário confessa que de lá para cá algumas coisas mudaram, mas garantiu aoG1 que continua vivendo sem luxos, porque prefere levar uma vida simples.
"Sou o mesmo homem, simples, do mato, meio caipira e quero morrer assim. Fiz novas amizades, fiz novas preocupações também", explicou.
O idoso diz que reagiu com calma ao saber que tinha ficado milionário. "A gente balança um pouco a estrutura, mas apesar de três pontes de safena consegui manter a calma. A sensação é boa", relembrou.
Emancipação
Localizado na microregião do Alto Taquari, Figueirão foi criado como distrito de Camapuã em 20 de dezembro de 1963, conforme a Lei Estadual nº 2.087. Quatro décadas depois passou a ser município, a partir de 29 de setembro de 2003, por força da lei nº 2.680.
Conforme a prefeitura de Figueirão, a população no município é de 2.927 mil habitantes, segundo o último Censo Demográfico do IBGE (2010). O Produto Interno Bruto (PIB) per capita é de R$ 19.137,41. A base econômica do município é a pecuária de corte e o gado leiteiro. O rebanho no local é superior a 170 mil cabeças.
A cidade possui uma área de 4.914,78 km², o que representa 1,37% da área total de Mato Grosso do Sul, e faz divisas com os municípios de São Gabriel D'Oeste, Costa Rica, Alcinópolis, Coxim e Camapuã.
Município de Figueirão foi criado há dez anos e tem cerca de 3 mil habitantes (Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS)Município de Figueirão foi criado há dez anos e tem cerca de 3 mil habitantes (Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS)

Após sofrer maus tratos, leoa Chiara se recupera e vira xodó em horto

22/06/2014 07h10 - Atualizado em 22/06/2014 19h02

Animal passou por circo e agora é cuidado em parque de São Vicente, SP.

Leoa passou por treinamento para se aproximar dos veterinários.

Anna Gabriela RibeiroDo G1 Santos
Leoa Chiara foi reabilitada em horto de São Vicente (Foto: Anna Gabriela Ribeiro / G1)Leoa Chiara foi reabilitada em horto de São Vicente (Foto: Anna Gabriela Ribeiro / G1)
Uma das principais atrações do Horto de São Vicente, no litoral de São Paulo, a leoa Chiara tem motivos a mais para ser paparicada por funcionários e visitantes do parque. Antes de chegar ao local, a leoa passou por um circo e por cativeiros domiciliares, o que prejudicou seu desenvolvimento e acarretou em problemas de saúde. Recuperada, a leoa agora vive com seu filhote e, em breve, voltará a conviver com seu parceiro de oito anos.
O Horto de São Vicente tem cinco leões e Chiara é a “matriarca da família”. Para as veterinárias que cuidam dela, a fêmea é uma sobrevivente. “Ela já passou por outro zoológico e por cativeiro domiciliar. E há histórias de que tenha passado por circo antes do cativeiro domiciliar. Passou por diversos manejos nutricionais e sanitários. Esse animal pode ter sofrido carências nutricionais que se juntaram com outros problemas à medida que a idade foi chegando”, afirma a veterinária Sandra Peres.
Animal ficou mais dócil com o tempo (Foto: Anna Gabriela Ribeiro / G1)Animal ficou mais dócil com o tempo
(Foto: Anna Gabriela Ribeiro / G1)
Pela idade avançada e o histórico de cativeiros não adequados, a leoa apresentou diversos problemas de saúde. “Ela estava com uma lesão no olho e tinha uma suposta infecção no ouvido. Pedimos auxílio ao Zoológico de São Paulo para que pudessemos anestesiá-la. É um animal idoso, que tem problemas de artrose. Ela recebeu anestesia para que a gente pudesse colher sangue, ver os dentes, ultrassonografia, fazer um check-up geral”, diz a veterinária.
Profissionais estimam que a leoa tenha cerca de 20 anos, que é considerada uma idade avançada para um animal de sua espécie. “Um leão vive de 15 a 30 anos. Os de cativeiro vivem mais, porque não precisam caçar para comer nem lutar pelo território, só tomam chuva e sol se querem. Você oferece tudo que o animal necessita, é vermifugado e vacinado periodicamente e tudo isso faz com que a longevidade se estenda”, explica Sandra.
Por ter chegado com idade avançada ao Horto de São Vicente, Chiara é considerada a mais arredia, porém, após um tratamento, ela tem se tornado mais dócil e amigável. “No ano passado foi feito um trabalho de condicionamento dos leões. E a partir desse condicionamento, ela passou a chegar na grade quando a gente chama. É uma aproximação dos leões com a equipe para facilitar na alimentação, manejo, chegar perto sem a necessidade de uma anestesia. Ela tem atendido pelo nome, desce pela grade quando precisamos dar medicação via oral. Está mais próxima da gente”, explica a veterinária Tatiane Inoyama.
Com a aparência mais sadia, a leoa agora divide a jaula com seu filhote e atrai muitos olhares no parque. “O aspecto dela está melhor. Ela tem se alimentado bem, come cerca de 3,5 quilos de carne por dia, além da suplementação de vitaminas. Em dezembro de 2006, ela teve um casal de filhotes. Agora está separada da 'filha', porque ambas estão no cio. Mas em breve, Chiara deve se juntar ao macho, que é o companheiro dela”, conta Tatiane.
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