quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Xi Jinping propõe Iniciativa de Governança Global

Não entendo de economia mundial, mas entendo de lógica.Hoje, com os Estados Unidos, sabemos com quem lidamos — ainda que seja um poder concentrado. Mas quando a mesa passa a ter vários jogadores fortes, o risco é que cada um queira impor o seu jeito. Trump, por exemplo, pode transformar isso em mais uma guerra de vaidades. Sinceramente, não vejo humildade em nenhum deles para negociar de forma igualitária. Se vai dar certo? Não sei. O tempo vai dizer.


by Deise Brandão

O presidente da China, Xi Jinping, apresentou em 1º de setembro a proposta de criação da Iniciativa de Governança Global (IGG), durante encontro com cerca de 20 líderes de países não ocidentais, entre eles o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.

Segundo Xi, a iniciativa se baseia em cinco princípios centrais:
  1. Igualdade soberana entre os Estados;
  2. Respeito ao direito internacional;
  3. Defesa do multilateralismo;
  4. Colocar as pessoas no centro;
  5. Implementar medidas práticas e concretas.
Em seu discurso, o presidente chinês afirmou que a atual governança global enfrenta desafios relacionados à “mentalidade de Guerra Fria”, ao hegemonismo e ao protecionismo. Ele defendeu maior participação dos países em desenvolvimento nas decisões internacionais e uma ampliação da representatividade no sistema multilateral.

A proposta da IGG se soma a outras iniciativas lançadas pela China nos últimos anos, como a Nova Rota da Seda e a Iniciativa de Desenvolvimento Global, que buscam ampliar a influência chinesa no cenário internacional e propor alternativas às estruturas tradicionais lideradas pelo Ocidente.
O que muda para o Brasil?

Para o Brasil, a iniciativa representa oportunidades e riscos:

Oportunidades
  1. Ganhar mais representatividade internacional junto ao grupo dos BRICS.
  2. Atrair investimentos chineses em infraestrutura e tecnologia.
  3. Diversificar a política externa, sem depender apenas do Ocidente.
Riscos
  1. Ficar pressionado a escolher lados entre China e EUA.
  2. Aumentar a dependência das exportações de commodities (soja, minério, petróleo).
  3. Enfrentar dificuldades caso a rivalidade entre as duas potências se intensifique.

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