sábado, 21 de abril de 2012



A HORA DOS RIDÍCULOS - A nova fantasia que está na praça: agora VEJA estaria conspirando com assessores de Dilma!!! Ulalá!!! Daqui a pouco, até eu estarei conspirando com o PT — com a ala direita, claro!

Caros leitores, na guerra contra a informação e a verdade que marca esse período pré-CPI, vocês têm duas alternativas: ou operam com a lógica ou aderem às teorias as mais alopradas. A esgotosfera, o JEG, e outros genéricos de aluguel passaram a defender a tese mentirosa de que Carlinhos Cachoeira passou à VEJA todas as informações que resultaram numa série de reportagens que levaram à demissão da cúpula do Ministério dos Transportes e do Dnit. Primeira falha cretina de raciocínio: será que a presidente Dilma Rousseff teria feito a limpa (ao menos daquela turma) na pasta se não tivesse constatado a existência das irregularidades? Quem decide quem fica no Ministério e quem sai? VEJA ou Dilma? Mais adiante, demonstro com números por que o Ministério dos Transportes e o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) não eram exatamente inimigos da Construtora Delta, que operava em parceria com Cachoeira.
Reportagem do Estadão de hoje dá espaço a Luiz Antônio Pagot, justamente o ex-diretor-Geral do Dnit, que foi defenestrado naquela leva. E dá espaço para quê? Para que ele, olhem que espetáculo!, especule sobre quais teriam sido as fontes da VEJA e lance uma teoria nova. Digo, em tom de ironia, é evidente —  porque se trata de um absurdo em si — que a VEJA também deveria se dedicar, como carinho recíproco, a especular sobre as fontes dos repórteres do Estadão. Seria um momento lindo do estado protototalitário: jornalistas passariam a fazer reportagens sobre a reportagem de outros jornalistas, deixando o governo de lado. Tenham paciência! Isso é perda de parâmetro! Mas sigamos.
Ao repórter Fábio Fabrini, Pagot lançou uma nova teoria. Reproduzo trechos:

“Pagot afirma que o subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais, Olavo Noleto, e o porta-voz da Presidência e do Palácio no Planalto, Thomas Traumann, repassaram dados de reunião sigilosa da presidente Dilma Rousseff com a cúpula dos Transportes, em 5 de junho de 2011, para o grupo de Cachoeira, cujos detalhes e frases, em seguida, foram reproduzidos pela revista Veja.
Segundo Pagot, havia duas pessoas que tinham trânsito com a VEJA:
 “Uma se chamava Thomas Traumann, que tinha trabalhado junto na VEJA e trocava informações. A outra pessoa era Olavo Noleto, que circulava com desenvoltura e participou dessa reunião”. 


Bingo!!! (Ooops!!! Bingo não!!!). Gente como esse tal Pagot acusa a revista de muita coisa… De estar mancomunada com o governo Dilma — ou com parte dele, bem…, acho que é a primeira vez.
Não fica claro qual hipótese Pagot acha a mais provável: os assessores de Dilma passaram as informações a Cachoeira (e este à revista — hipótese em que um dos homens que trabalham diretamente com a presidente seria de tal sorte íntimo do bicheiro que lhe revelaria até detalhes de reunião com ministros) ou, então, transmitiram-nas diretamente à reportagem.  Mas por que assessores palacianos quereriam derrubá-lo? 
“O porquê não sei: se fizeram isso de caso pensado, se fizeram sob o comando do governo, se estavam fazendo como aloprados do PT, não sei”…
Agora atenção!

Vamos aos fatos. Tudo indica que a Delta operava em parceria com Cachoeira, certo? Certo! A construtora — e, subentende-se, o bicheiro — tinha interesses no Dnit, certo? Certo! Ainda que fosse verdade (e não é) que tudo tivesse acontecido conforme dizem o JEG e outros vendidos, foi a roubalheira desmesurada (e sem nem mesmo a prestação mínima de serviços), revelada por VEJA, que derrubou a cúpula dos transportes; a revista só a trouxe à luz, cumprindo a sua função. Se tudo tivesse acontecido como diz Pagot, aí seria ainda mais apimentado: a conspiração teria juntado VEJA, Dilma e Cachoeira! Caramba!!!
Vejam a que ridículo chegam essas especulações! Será que a Delta — e, pois, Cachoeira— tinha motivos para brigar com o Dnit? Ontem, o departamento divulgou todos os contratos mentidos com a construtora. Desde 2002, a empresa recebeu do departamento a bolada de R$ 3,2 bilhões, em 284 contratos, 99 dos quais estão em vigência, somando, só estes, R$ 2,5 bilhões. Tudo somado, a cifra chega a R$ 5 bilhões. Desse valor, R$ 406 milhões decorreram de meros aditivos.
Com toda essa montanha de dinheiro, o fato é que a presidente da República, naquela histórica reunião com a cúpula dos Transportes, deu um murro na mesa! “Ah, quem contou isso pra VEJA, hein???” Ainda que eu soubesse, mandaria o curioso consultar a Constituição para saber o que é sigilo da fonte. Ela queria saber onde estavam as obras. Pagot vem agora dar uma de inimigo da Delta e de seus métodos? Daqui a pouco haverá gente propondo a canonização daqueles santos que cuidavam da área no Brasil…
ConcluindoÉ isso aí… Fiquem especulando sobre as fontes dos repórteres de VEJA… Grande e meritório trabalho esse!  Eu, por aqui, vou pondo um ponto final. Preciso conspirar agora com alguns petistas do Palácio (da ala direita, é lógico) para derrubar mais alguns patriotas como Pagot…

Cachoeira é bicheiro, não alvejante de passado



 by Prosa e Politica


O ex-diretor do Dnit, Luiz Antonio Pagot, afastado por suspeita de corrupção que ainda está sendo investigada pela Polícia Federal, parece ter visto no caso Cachoeira um meio para tentar limpar seu passado recente. Ótimo que tenha resolvido abrir a boca e acusar antigos companheiros de missão, como ele mesmo se refere aos aliados. 
Virou sua metralhadora para correligionários e acabou colocando seu partido, o PR, na CPMI. Pode ter havido um complô para derrubá-lo do Dnit? Pode sim, mas não me venha ele posar de santo e probo. Não são poucas as ações e investigações dos seus atos durante sua passagem pelo governo de Mato Grosso. Esta semana mesmo o Tribunal de Justiça de Mato Grosso acolheu, por unanimidade, uma ação penal contra Pagot pelo crime de fraude à licitação.
É bom sim que ele acuse seus companheiros de missão e estes revidem. Assim derruba-se até a máfia. Mas que ele não pense que Cachoeira será o redentor de seu passado nebuloso e suspeito. Não pense ele que Cachoeira alvejará sua história.

Vale a pena ver de novo. E seguir o exemplo. by Deise


PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES




"Depois de cinco décadas de isolamento, o cantor e compositor Geraldo Vandré, que se transformou em um dos maiores enigmas da MPB, resolve finalmente quebrar o silêncio. Autor de clássicos como “Disparada” e “Pra Não Dizer que Falei das Flores”,  Vandré deu uma entrevista ao repórter Geneton Moraes Neto no dia em que completava 75 anos de idade, 2m 2012. Desde que voltou do exílio, no segundo semestre de 1973, ele não falava para a televisão" ( Globo News)
Este ano aos 82 anos, Vandré apresentou-se em João Pessoa, e o Concerto ocorreu nos dias 22 e 23 de março, na Sala de Concertos Maestro José Siqueira, no Espaço Cultural José Lins do Rêgo





by Wikipedia

Geraldo Vandré, foi um nome artístico utilizado por Geraldo Pedroso de Araújo Dias (João Pessoa12 de setembro de 1935) até 1973[1] e pelo qual continua sendo conhecido até a atualidade. Geraldo é advogado, e um dos maiores cantores e compositores brasileiros. Seu sobrenome é uma abreviatura do sobrenome do seu pai, José Vandregísilo.

Foi o primeiro filho do casal José Vandregísilo e Marta. O nome artístico Vandré é uma abreviatura do segundo nome do pai.

Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1951, tendo ingressado na Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, pela qual se formou em 1961. Militante estudantil, participou ativamente do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Conheceu Carlos Lyra, que se tornou seu parceiro em músicas como "Quem Quiser Encontrar o Amor" e "Aruanda", gravadas por Lyra. Gravou seu primeiro LP, "Geraldo Vandré", em 1964, com as músicas "Fica Mal com Deus" e "Menino das Laranjas", entre outras.
Em 1966, chegou à final do Festival de Música Popular Brasileira da TV Record com o sucesso Disparada, interpretado por Jair Rodrigues. A canção arrebatou o primeiro lugar ao lado de A Banda, de Chico Buarque.[2]
Em 1968, participou do III Festival Internacional da Canção com Pra não Dizer que não Falei de Flores, mais conhecida por Caminhando. A composição se tornou um hino de resistência do movimento civil e estudantil que fazia oposição à ditadura militar durante o governo militar, e foi censurada. O Refrão "Vem, vamos embora / Que esperar não é saber / Quem sabe faz a hora, / Não espera acontecer" foi interpretado como uma chamada à luta armada contra os ditadores. No festival, a música ficou em segundo lugar, perdendo para Sabiá, de Chico Buarque e Tom Jobim. A música Sabiá foi vaiada pelo público presente no festival, que bradava, exigindo que o prêmio viesse a ser da música de Geraldo Vandré.
Simone foi a primeira artista a cantar Pra não dizer que não falei de flores após do fim da censura.
Hoje, Geraldo Vandré reside no centro da cidade de São Paulo, mas sempre viaja para o Rio de Janeiro ou Imbituba, no litoral sul de Santa Catarina. Em 2010 concedeu uma polêmica entrevista a Geneton Moraes Neto, criticando o cenário cultural brasileiro desde os anos 1970 e afirma que seu afastamento da música popular não foi causado pela perseguição sofrida pela ditadura militar, mas sim, pela falta de motivação para compor ao público brasileiro, vítima do processo de massificação cultural.

Carreira artistica
Primeiras canções

Vandré iniciou carreira musical nos anos 60, tornando-se famoso, pelas suas músicas que se tornaram ícones da oposição ao regime militar de 1964, como "Porta Estandarte", "Arueira", "Pra não dizer que não falei de flores", entre outras. Canções legitimamente populares.
O sucesso maior veio com "Disparada", vencedora junto com A Banda de Chico Buarque do Festival da Canção da TV Record em 1966. Ao saber que sua música havia ganhado Chico Buarque, solicitou que "A Banda" dividisse o primeiro lugar com "Disparada", história desconhecida até 2003 quando Zuza Homem de Mello, lançou seu livro "A era dos Festivais - Uma Parábola". Neste livro ele revela que Chico Buarque ao saber que sua música havia ganhado, não concordou com o resultado, pois considerava "Disparada" melhor e não aceitaria o prêmio, a situação foi resolvida quando foi informado que ele e Geraldo Vandré dividiriam o prêmio. Em 1968 ao defender "Pra não dizer que não falei de flores" no "Festival de Música Popular Brasileira" criou um dos hinos da resistência ao regime militar que ficou conhecido pela primeira palavra: "Caminhando". Além de estar em uma nova situação envolvendo ele e Chico Buarque. "Sabiá" de Tom jobim e Chico Buarque foi declarada vencedora, mas o público se revoltou, pois queriam "Pra não dizer que não falei das flores" que acabou ficando em segundo lugar. Enquanto se apresentavam Cynara e Cybele ao lado de Tom Jobim e Chico Buarque foram vaiados durante a apresentação como música campeã. Este se tornou um dos momento mais emblemáticos da história dos festivais.

Canções após o exílio

Após o exílio, Vandré foi vigiado de perto pelos militares, sem poder expressar o retrato do Brasil à época. Logo após o Retorno ao Brasil, Vandré compôs a canção "Fabiana", em homenagem à Força Aérea Brasileira.

Geraldo Vandré abandonou a vida pública e se afastou do mundo artístico, atuando como advogado [3]. Tal afastamento foi alvo de inúmeros boatos que vinculavam sua suposta descrença na esquerda, sua mudança ideológica e seu abandono da vida artistica a supostos atos de tortura que teriam sido infligidos a Vandré pelo governo militar. O próprio Vandré na entrevista de 2000 afirmou ter se exilado por vontade própria, e disse ter abandonado a carreira artistica devido ao fato de que a imagem de "Che Guevara Cantor", pregada nele pela esquerda, abafa sua obra. O que é certo, é que ainda hoje, não há espaço para suas canções. Não há espaço para a cultura popular brasileira.

Senadores que comporão a CPMI do Cachoeira



  Senadores que comporão 

a CPMI do Cachoeira

Alvaro Dias (PSDB-PR)
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP)
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
Pedro Taques (PDT-MT)
Jayme Campos (DEM-MT)
Fernando Collor (PTB-AL)
Vicentinho Alves (PR-TO)
Ciro Nogueira (PP-PI) 
Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) devem entrar como suplentes em vagas cedidas pela minoria. A indefinição maior fica por conta do PT, já que o líder do partido, senador Walter Pinheiro (BA) ainda não apresentou os nomes.
                                                               (Com informações da Agência Senado)

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