quinta-feira, 19 de abril de 2012

De vestal a vilão


by blog Idade Certa



Na vasta galeria dos vilões que compõem a cena política brasileira, acho que nunca houve um tipo tão desconcertante quanto Demóstenes Torres. Suas duas faces têm intrigado os que acreditavam conhecê-lo. Como é possível ser ao mesmo tempo alguém e seu contrário? Ser o impoluto paladino da ética, a vestal que vergastava sem piedade os corruptos, enquanto secretamente se corrompia, adotando a mentira e a dissimulação como prática? Como pôde enganar seus pares por tanto tempo? Era preciso ver a cara dos que num primeiro momento foram à tribuna do Senado botar a mão no fogo por sua inocência e que, depois das gravações comprometedoras, voltaram constrangidos para expor sua decepção.
Não se conhece um colega parlamentar, um companheiro de partido, um correligionário ou um adversário político que tenha dito “eu sabia, ele nunca me enganou”. Primeiro a surpresa, depois a incredulidade quanto às revelações desse estranho caso de Dr. Jekyll e Mr. Hide, o médico e o monstro.
Atribuir esse comportamento contraditório ao puro cinismo talvez não explique tudo. Demóstenes parece ter vivido com autenticidade suas duas vidas, a que exibia e a que escondia — uma parte dele, a conhecida, combatia o mal, e a outra, clandestina, a da banda podre, estava a serviço do próprio mal.
Sua dupla personalidade permitiu que desempenhasse com competência o papel de líder do DEM no Senado de conduta irrepreensível, símbolo da oposição no Congresso, e por outro lado o subserviente lobista do contraventor Carlinhos Cachoeira, chefe da máfia dos caça-níqueis.

Quando ainda não jorrava a cachoeira de autodenúncias, apenas pingava, ele fez discurso alegando que não havia investigação ou processo na Procuradoria-Geral da República: “Não sou acusado de nada.” De fato não era, porque o procurador Roberto Gurgel levou três anos para pedir ao Supremo abertura de inquérito contra o ex-colega de Ministério Público (Demóstenes também foi procurador em Goiás). Só o fez após muita pressão do Congresso.
Num episódio com tantas interrogações, cabe mais essa: por que a PGR demorou tanto para tomar providência, se desde setembro de 2009 havia lá um relatório da Polícia Federal incriminando o senador do DEM? O atraso permitiu que ele, indignado, como se fosse um ficha-limpa, falasse em “injúrias, calúnias e difamações” e recebesse a solidariedade de 44 dos 81 senadores.
Demóstenes pode ter dupla personalidade, mas na hora de faturar grana ilegal ele foi sempre coerente. Calcula-se que desde 2006 embolsou cerca de R$ 50 milhões só em trabalho sujo. Por dinheiro, Demóstenes foi capaz até de uma boa ação, como afirmar, ainda como vestal: “Os políticos estão perdendo a vergonha na cara.” Ao negar todas as acusações, ele também esqueceu o que disse em 2007: “Todo bandido nega tudo.”
Autor: Zuenir Ventura

HÃÃÃÃÃ????? by Deise


by Estadao


Congresso tem razão em criar CPI,

 afirma Demóstenes Torres





BRASÍLIA - O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) reconheceu nesta quinta-feira, 19, que o
 Congresso tem razão em instalar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investigará a sua
 ligação e a de outros parlamentares e agentes públicos com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o 
Carlinhos Cachoeira. 'Eu respeito o Congresso', afirmou o senador, ao chegar ao Senado. 
Ele reiterou que fará sua defesa no Conselho de Ética, 'no momento oportuno'.
Demóstenes justificou o fato de não ter assinado o requerimento da comissão dizendo que não faz 'falso heroísmo'.
 'A vida toda sempre fui assim, sou uma pessoa coerente, não tinha razão para fazer isso (assinar o requerimento)',
 afirmou. O senador disse que não tem motivos para questionar a iniciativa dos colegas que apoiam a investigação
, uma vez que todos eles agiram como determina o regimento da Casa. 'Todos têm o direito', frisou.
 Ele lembrou que é um 'senador eleito' e que, portanto, tem de trabalhar, ao responder à pergunta sobre a sua
 presença no Senado. 'É a minha casa, tenho de trabalhar', afirmou.

Ha um ano. by Deise


                           Conselho de Ética e Decoro Parlamenta



Ata - 19_04_2011

CÂMARA DOS DEPUTADOS
CONSELHO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR
54ª LEGISLATURA – 1ª SESSÃO LEGISLATIVA
ATA DA TERCEIRA REUNIÃO ORDINÁRIA
REALIZADA EM DEZENOVE DE ABRIL DE 2011.


Aos dezenove dias do mês de abril de dois mil e onze, às catorze horas e cinquenta e sete minutos, reuniu-se o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, no Plenário 11 do Anexo II da Câmara dos Deputados. Registraram presença os Deputados Carlos Sampaio, Jorge Corte Real, José Carlos Araújo, Lúcio Vale, Professora Marcivânia e Ricardo Izar, membros titulares; Mandetta, Padre Ton e Stepan Nercessian, membros suplentes. Não registraram presença os Deputados Antônio Carlos Mendes Thame, Ariosto Holanda, Assis Carvalho, Eduardo da Fonte, Mauro Lopes, Onyx Lonrenzoni, Sérgio Brito, Sibá Machado e Wladimir Costa. ATA: O Deputado Lúcio Vale requereu a dispensa da leitura da Ata da Segunda Reunião, realizada no dia vinte e três de março de dois mil e onze. Não houve discussão. Em votação, a Ata foi aprovada. ORDEM DO DIA: Processo nº 01/11 (Representação nº 01/11), em desfavor da Deputada Jaqueline Roriz. Dando início aos trabalhos, o Presidente convidou o Deputado Carlos Sampaio, Relator do Processo, a tomar assento à mesa e anunciou a presença do Dr. Rodrigo Alencastro, advogado da Representada, também convidado a compor a mesa. Em seguida, comunicou aos presentes que a Deputada Jaqueline Roriz, ainda na vigência do prazo regulamentar, protocolara defesa referente aos fatos constantes da representação inicial e do aditamento apresentados pelo Partido Socialismo e Liberdade. Informou, ainda, que o Ministro Joaquim Barbosa, relator do inquérito instaurado no Supremo Tribunal Federal para apurar denúncia contra a Deputada Jaqueline Roriz, deferira a solicitação do Presidente da Câmara dos Deputados quanto ao compartilhamento dos documentos e do vídeo constantes dos autos. Antes de conceder a palavra ao Relator, cientificou aos Conselheiros e aos representantes da imprensa que o inquérito, já em poder deste órgão técnico, estaria disponível para consulta na Secretaria do Conselho. Na sequência, foi concedida a palavra ao Deputado Carlos Sampaio, que resumiu sua audiência com o Ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal, a qual contara com a presença do advogado da Representada e cuja pauta concentrara-se na importância da celeridade do processo, especialmente no tocante à rapidez quanto ao envio dos documentos necessários a este Conselho. Lembrou que as peças documentais relacionadas ao processo ora colocadas à disposição para consulta, bem como aquelas que ainda serão disponibilizadas para o mesmo fim, não possuem caráter sigiloso, vez que, segundo decisão do citado Ministro do Supremo Tribunal Federal, em momento algum se ofende a privacidade da Representada. Encerrada a explanação do Relator, foram submetidos a votos os seguintes requerimentos, todos de sua autoria: Requerimento nº 04/11, pela oitiva do Sr. Durval Barbosa Rodrigues; Requerimento nº 05/11, para solicitação à Diretoria-Geral da Câmara dos Deputados de cópia das declarações de bens e rendimentos apresentadas pela Deputada Jaqueline Roriz; Requerimento nº 06/11, para solicitação à Câmara Legislativa do Distrito Federal do compartilhamento das provas obtidas durante a investigação realizada no âmbito da Comissão Parlamentar de Inquérito da Codeplan; Requerimento nº 07/11, para solicitação à Câmara Legislativa do Distrito Federal de cópia das declarações de bens e rendimentos apresentados pela Deputada Jaqueline Roriz durante o exercício de seu mandato como deputada distrital; Requerimento nº 08/11, para solicitação ao Tribunal Superior Eleitoral de cópia da prestação de contas dos gastos da Deputada Jaqueline Roriz nas campanhas eleitorais de 2006 e 2010; Requerimento nº 09/11, para que se solicite ao Tribunal de Contas do Distrito Federal cópia dos processos nos quais a então Deputada Distrital Jaqueline Roriz tenha sido referida, de forma direta ou indireta, no que tange às empresas “Patamar Manutenção de Domínios Ltda.” e “Sapiens Tecnologia de Informação Ltda.”; Requerimento nº 10/11, para solicitação à Câmara Legislativa do Distrito Federal cópias dos relatórios apresentados por ocasião da CPI da Codeplan; Requerimento nº 11/11, para solicitação à Câmara Legislativa do Distrito Federal de cópia digitalizada das notas taquigráficas dos pronunciamentos da Deputada Jaqueline Roriz proferidos a partir do dia vinte e sete de novembro de dois mil e nove até o final de seu mandato.  Não houve discussão. Em votação, os requerimentos foram aprovados por unanimidade dos presentes. Ato contínuo, foi oferecida aos Conselheiros a oportunidade de apresentarem requerimentos. Não havendo quem desejasse fazê-lo, o Presidente comunicou ao Plenário sua intenção de estabelecer contato com o Sr. Durval Barbosa ainda nesta data, com a finalidade de agendar a oitiva deste para a ocasião mais próxima possível. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reunião às quinze horas e dezesseis minutos. Os trabalhos foram gravados, e as notas taquigráficas, após decodificadas, serão publicadas, juntamente com esta Ata, no Diário da Câmara dos Deputados. E, para constar, eu, ____________________________ Teresinha de Lisieux Franco Miranda, Secretária, lavrei a presente Ata, que, assinada pelo Presidente, ________________________________ Deputado José Carlos Araújo, será encaminhada à publicação no Diário da Câmara dos Deputados.

Futuro do Presente. by Deise



PICLES



by dodó Macedo



DIGNIDADE SIM, SANTIDADE NÃO - DIZ O DEPUTADO. LERÉIA-SE: CARA DE PAU SEMPRE, CINISMO À PARTE.


CPI a gente sabe como começa, não como acaba. Uau!, quanto mais Hitchcook, melhor.


QUEM NÃO TEM CORPORATIVISMO CASSA O MANDATO.


O senador pode até ser corrupto, mas a empáfia é altamente ilibada.


SE INFLUÊNCIA NÃO PRODUZ SEQUELAS ORGÂNICAS, POR QUE TANTA PRESSÃO CONTRA O TRÁFICO DE INFLUÊNCIA?,  PERGUNTA O IMPOLUTO, INTOXICADO POR CORRUPÇÃO.


VEJA bem: Petrônio Portela cunhou o "Eu não agrido fatos", Carlinhos Cachoeira produziu o "Eu produzo fatos".

Em Alta

O significado de Amor Fati: estoicismo e o amor ao destino

"Aceite as coisas às quais o destino o prende e ame as pessoas com quem o destino o une, mas faça isso de todo o coração." - Marcu...

Mais Lidas