domingo, 15 de abril de 2012


 TRAMA PRINCIPAL
- Ambientada em 1786, num fictício país europeu, Que Rei Sou Eu? aludia à Revolução Francesa para fazer uma paródia do Brasil, além de refletir o momento histórico vivido pelo país, que se preparava para a primeira eleição direta para presidente da República após quase 30 anos.
- No imaginário reino de Avilan, o povo miserável vive às voltas com governantes corruptos, sucessivos planos econômicos, moeda desvalorizada e altos impostos. Com a morte do rei Petrus II (Gianfrancesco Guarnieri) – cujo único herdeiro é o filho bastardo Jean Pierre (Edson Celulari) –, os conselheiros reais, que exercem forte influência nas decisões da rainha Valentine (Tereza Rachel), resolvem entregar a coroa ao mendigo Pichot (Tato Gabus Mendes). A armação é obra de Ravengar (Antônio Abujamra), o bruxo do condado. Revoltado, Jean Pierre lidera um grupo de revolucionários para derrubar os vilões. Em meio aos conflitos, a princesa Juliette (Cláudia Abreu) se apaixona por Pichot.


TRAMA PRINCIPAL
- Ambientada em 1786, num fictício país europeu, Que Rei Sou Eu? aludia à Revolução

 Francesa para fazer uma paródia do Brasil, além de refletir o momento histórico vivido pelo país,
 que se preparava para a primeira eleição direta para presidente da República após quase 30 anos.
- No imaginário reino de Avilan, o povo miserável vive às voltas com governantes corruptos,

sucessivos planos econômicos, moeda desvalorizada e altos impostos. Com a morte do rei Petrus II
(Gianfrancesco Guarnieri) – cujo único herdeiro é o filho bastardo Jean Pierre (Edson Celulari) –,
os conselheiros reais, que exercem forte influência nas decisões da rainha Valentine
(Tereza Rachel), resolvem entregar a coroa ao mendigo Pichot (Tato Gabus Mendes).
A armação é obra de Ravengar (Antônio Abujamra), o bruxo do condado. Revoltado,
 Jean Pierre lidera um grupo de revolucionários para derrubar os vilões.
Em meio aos conflitos, a princesa Juliette (Cláudia Abreu) se apaixona por Pichot.

- O herói Jean Pierre é um jovem corajoso e íntegro, que se divide entre o amor da

revolucionária Aline (Giulia Gam), que trabalha no palácio, e o da nobre Suzanne (
Natália do Vale), mulher do conselheiro Vanoli (Jorge Dória).
- Humor e originalidade marcaram a novela, que tinha como um dos núcleos cômicos os conselheiros

do reino – uma crítica bem-humorada ao Congresso Nacional. Eram eles: Gaston Marny
(Oswaldo Loureiro), o conselheiro das Armas; Bidet Lambert (John Herbert), conselheiro dos Mares
 num país que
não fazia fronteira com mar algum; Bergeron Bouchet (Daniel Filho), conselheiro da Moeda;
Vanoli Berval, conselheiro do Rei; Crespy Aubriet (Carlos Augusto Strazzer), conselheiro do Trabalho;
 Gerard Laugier (Laerte Morrone), conselheiro da Alimentação. Nada funcionava direito em Avilan,
nem mesmo a guilhotina, importada da Alemanha a peso de ouro, e que só não falhara nos testes.
- Apesar de ambientada no século XVIII, a novela fazia referências à contemporaneidade, e explorou

 temas da realidade brasileira à época de sua exibição. Em alusão ao Plano Cruzado, pacote
econômico lançado pelo governo em 1986 e que envolveu congelamento de preços e mudança
da moeda nacional, o autor incluiu na trama uma reforma monetária, trocando o nome da moeda
de Avilan de caduco para duca, e tirando três zeros do seu valor. Além disso, os nobres do palácio
 podiam ser vistos dançando samba, enquanto Juliette surpreendia a corte vestindo minissaia.
Em determinado momento da trama, o conselheiro Crespy sugere que se acabe com os postos de
pedágio nas estradas de Avilan, substituindo-os por selos que seriam comprados mensalmente
 e colocados na testa dos cavalos, numa alusão aos selos-pedágios que existiram no Brasil naquela época.
Segundo o diretor Jorge Fernando, foi a partir dessa cena exibida pela novela que as pessoas
 começaram a perceber a relação direta que existia entre a fictícia Avilan e o Brasil.
- No final da história, o povo consegue invadir o palácio, eliminar os opressores, confiscar os baús da

 nobreza e tomar o poder. Numa das últimas cenas da novela, o líder dos rebeldes, Jean Pierre,
 exclama diante do povo de Avilan: “Ninguém vai mais explorar o trabalho do pobre. Agora quero
 que gritem comigo: viva o Brasil!” Foi a primeira vez que o nome do reino fictício
foi substituído pelo do Brasil.
  

TRAMAS PARALELAS



A corte de Avilan
- Contando com um elenco de primeira, Que Rei Sou Eu? teve grandes interpretações, como a
de Marieta Severo, no papel da feminista Madeleine Bouchet; Stênio Garcia, que se destacou como
 Corcoran, o bobo da corte que fazia jogo duplo, atuando a favor dos revolucionários;
Tereza Rachel, com a inesquecível caracterização da Rainha Valentine, que divertia a todos com  
suas gargalhadas agudas; e Antônio Abujamra como Ravengar, uma mistura de bruxo, médico,
 astrólogo e hipnotizador, com influência sem limites na corte. No final da história, depois do
 levante popular, Ravengar volta com o nome Richelieu Rasputin Golbery e oferece seus préstimos
 ao novo governo. Disfarçado de rebelde, ele coloca sua sabedoria à disposição do rei.

GALERIA DE PERSONAGENS

REI PETRUS II (Gianfrancesco Guarnieri) — Soberano do reino de Avilan, gravemente enfermo.
 Sabe que sua morte não demora e se diverte com a surpresa que sua mulher, a rainha Valentine
 (Tereza Rachel), terá quando descobrir os seus últimos desejos, guardados em um pequeno baú,
além da revelação da existência de um filho bastardo, o verdadeiro herdeiro do trono.
Pai de Juliette (Cláudia Abreu). Participação especial nos primeiros capítulos.
RAINHA VALENTINE (Tereza Raquel) — Mulher de forte personalidade, fria e calculista, mas completamente
dominada por Ravengar (Antônio Abujamra), conselheiro mor do reino. Vê na morte do marido,
 o rei Petrus II (Gianfrancesco Guarnieri), a solução para sua vida, já que é completamente apaixonada
 por Bergeron (Daniel Filho), o conselheiro da Moeda, que não lhe dá a menor esperança – com o
 que ela não se conforma. Tem uma desagradável surpresa ao assumir o poder, após a morte de Petrus II.
 Mãe de Juliette (Cláudia Abreu).
PRINCESA JULIETTE (Cláudia Abreu) — Filha de Petrus II (Gianfrancesco Guarnieri) e Valentine
(Tereza Rachel), doce criatura, nem parece filha dos dois. Bom caráter, meiga, mas firme quando
percebe as jogadas da Corte. Não se conforma com a vida isolada dentro do palácio, e se preocupa com
 as injustiças praticadas contra os mais humildes.

BARONESA LENILDA EKNÉSIA (Dercy Gonçalves) – Mãe da rainha Valentine (Tereza Rachel),

avó de Juliette (Claudia Abreu). Participação em alguns capítulos.
ZMIRÁ (Mila Moreira) — Aia principal da rainha Valentine (Tereza Rachel), seus olhos e ouvidos.

Transita com desenvoltura pela Corte. Vem de família nobre, mas falida. É interesseira, e, se preciso,
trai a própria rainha.
RAVENGAR (Antônio Abujamra) — Conselheiro mor do rei e da rainha.

 Exerce influência sem limites na Corte e persegue o poder a qualquer custo. Mistura de bruxo,
 médico, astrólogo e hipnotizador. Tipo aterrorizante, capaz de conseguir o impossível das pessoas.
 É o rei sem coroa do Reino de Avilan.
FANNY (Vera Holtz) — Criada de Ravengar (Antônio Abujamra), de sua inteira confiança.

Chega a ter confidências com o terrível Mestre — como o chama. Humana, mas absolutamente  
entrosada com o sistema da corte.
PICHOT (Tato Gabus Mendes) — Pobre mendigo. Rapaz esperto, vivo, mas ingênuo. Vive pelas ruas da vila,

 e teve o azar de nascer pobre. Por obra do destino e por decisão de Ravengar (Antônio Abujamra),
ganha papel de destaque na corte.
JEAN PIERRE (Edson Celulari) — Filho bastardo de Petrus II (Gianfrancesco Guarnieri) com a jovem

 camponesa Maria Fromet (Tania Nardini/Aracy Balabanian). Jovem de ideias firmes e claras a
respeito das desigualdades sociais. Agitador, não se conforma com o abismo entre as classes sociais
 e faz tudo, à sua maneira, para diminuí-lo. Ótimo caráter, valente e idealista.
CORCORAN (Stênio Garcia) — Amigo de Jean Pierre (Edson Celulari), o sensato do grupo. Sua sabedoria  

controla os impulsos da maioria dos pobres. É um chefe com poderes limitados.  
Torna-se o bobo da corte, como forma de se infiltrar no palácio e controlar o que tramam lá dentro.
PIMPIM (Marcos Breda) — Jovem revolucionário do grupo de Jean Pierre (Edson Celulari), mais

cauteloso que o líder.
BERTRAN (Paulo César Grande) — Revolucionário do grupo de Jean Pierre (Edson Celulari),

mais um do quarteto inseparável de jovens rebeldes.
ALINE (Giulia Gam) — Revolucionária do grupo de Jean Pierre (Edson Celulari), apaixonada por ele.  

Moça ativa, que ajuda na luta contra as injustiças. Passa a trabalhar na cozinha do palácio para saber
o que acontece lá dentro.
LOULOU LION (Ítala Nandi) — Comanda um grupo de jovens, que trabalham na sua taberna.

Conhece uma parte do segredo do filho bastardo do rei, pois criou Jean Pierre (Edson Celulari) desde os
 4 anos de idade. Tem grande influência sobre os frequentadores do local, sendo respeitada por todos que
lá vão se divertir. Sua estalagem é a união entre os dois mundos sociais do reino, apesar dos dias
 alternados para receber nobres e pobres.
DENISE (Carla Daniel) — Moça da taberna. Garçonete jovem, que faz charme para os homens, mas

não se interessa por nenhum deles. Participa de alguns segredos dos homens da corte.
COZETTE (Desirée Vignolli) — Moça da taberna. Temperamento diferente de Denise (Carla Daniel):

mais revoltada, não se conforma muito com a pobreza, e quer participar das atividades contra
 o reino. Por conveniência, engole muito sapo. Gosta do mendigo Pichot (Tato Gabus) e se
preocupa com o seu desaparecimento.
LILI (Cinira Camargo) — A mais velha das moças da taberna. Quer mandar e está sempre

 em atrito com as companheiras. Tenta conquistar os homens da corte, e esnoba os pobres que  
passam por ali. Tem ligação com Crespy (Carlos Augusto Strazzer), um dos conselheiros do reino.
LENORE GAILLARD (Aracy Balabanian) — A mãe do bastardo Jean Pierre (Edson Celulari).

Quando muito jovem e camponesa pobre — Maria Fromet (Tania Nardini) —, teve um filho com Petrus II (Gianfrancesco Guarnieri). Deixou a criança em Avilan, partiu para o exterior, casou-se com um nobre e
mudou de nome. Nunca mais se teve notícias dela. Aproveita o casamento de Vanoli (Jorge Dória),
um dos conselheiros, para voltar a Avilan. Quer reencontrar o filho, o verdadeiro herdeiro do trono.
FRANÇOIS GAILLARD (Edney Giovennazzi) — Marido de Lenore (Aracy Balabanian), sabe do seu passado

e ajuda-a a procurar o filho. Nobre muito rico, vem da Inglaterra para o casamento de um antigo
companheiro,
Vanoli (Jorge Dória), aproveitando para comprar terras em Avilan, onde ficará por uns tempos.
GASTON MARNY (Oswaldo Loureiro) — Conselheiro das Armas. Figura folclórica do reino.

Vê inimigos por toda a parte, menos onde eles realmente estão. Sofre com a incompetência de seus  
subordinados.
BIDET LAMBERT (John Herbert) — Conselheiro dos Mares, vive às turras com Gaston Marny

(Oswaldo Loureiro), o Conselheiro das Armas, que não o suporta.
Especialmente porque é sabido que o reino de Avilan não faz fronteiras com mares, o que torna o cargo perfeitamente dispensável. Metido a conquistador, mas só leva fora das mulheres da corte.

BERGERON BOUCHET (Daniel Filho) — Conselheiro da Moeda. Sério, idealista, bem diferente dos outros
conselheiros. Elabora um plano financeiro capaz de tirar Avilan da bancarrota, mas o plano não dá
certo pois é boicotado por todos. Sofre o assédio da rainha Valentine (Tereza Rachel), apaixonada por ele,
o que lhe traz problemas sérios, pois ama a esposa Madeleine (Marieta Severo).
MADELEINE BOUCHET (Marieta Severo) — Esposa de Bergeron (Daniel Filho), perseguida pela rainha
Valentine (Tereza Rachel), que ama seu marido. É a única mulher que escreve e tem ideias próprias.
Corajosa, é uma pré-feminista, que não aguenta ver a passividade feminina à sua volta. É envolvida
em tramas sórdidas para terminar seu casamento, mas suporta tudo com dignidade.
VANOLI BERVAL (Jorge Dória) — Conselheiro do Rei. Homem sem escrúpulos, secretário particular do
rei Petrus II (Gianfrancesco Guarnieri) e da rainha Valentine (Tereza Rachel). Rico, agiota, sem
nenhum caráter. De aspecto asqueroso, ganha uma aposta com um fazendeiro falido, Roger Webert
 (Fabio Sabag), e recebe como prêmio a sua filha Suzanne (Natália do Vale) em casamento.
SUZANNE WEBERT (Natália do Vale) — Filha única de Roger Webert (Fabio Sabag). Para salvar
o pai da falência, concorda em se casar com Vanoli (Jorge Dória). Faz sucesso na corte e se
desespera com a proximidade do casamento, principalmente depois que conhece Jean Pierre (Edson Celulari),
 por quem se apaixona.
ROGER WEBERT (Fabio Sabag) — Um bom homem, desesperado com a sua situação financeira.
Joga a filha, Suzanne (Natália do Vale), numa aposta e não tem como voltar atrás. Sofre com isso,
 mas cumpre a sua palavra. Ganha a vida na sua fazenda, criando gado e produzindo queijos especialíssimos
para a corte.
CRESPY AUBRIET (Carlos Augusto Strazzer) — Conselheiro do Trabalho, viúvo. Age de acordo com
as suas conveniências. Protege o reino, e não liga muito para os trabalhadores. É também o chefe
 coletor de impostos. Tem uma ligação com Lili (Cinira Camargo), uma das moças da taberna, para
saber o que os pobres tramam contra o reino.
GERARD LAUGIER (Laerte Morrone) — Conselheiro da Alimentação. Dono de um mau-humor insuportável,
 é temido e gozado por isso mesmo. Não hesita em manipular para atender os amigos, com as piores
falcatruas. Casado com Lucy (Isis de Oliveira), uma das mulheres mais cobiçadas do reino, por quem
 tem verdadeira adoração.
LUCY LAUGIER (Isis de Oliveira) — Esposa de Gerard (Laerte Morrone). Apesar de casada com o conselheiro,
flerta com os homens da corte sem que ele desconfie. Sonsa e insinuante, inventa as mais loucas
histórias para justificar suas escapadas. Torna-se amiga e confidente de Suzanne (Natália do Vale),
 depois do casamento dela com Vanoli (Jorge Dória).
GABY (Zilka Sallaberry) — Chefe da cozinha do Palácio.
BALESTEROS (José Carlos Sanches) — Chefe da guarda.
VADY (Cacá Barrete) — Taberneiro.

E MAIS:

Amaury Tangará – Ajudante de arauto
Ana Borges - Moça da taberna
Anko Valle – Guarda do castelo
Baruque – Guarda do castelo
Betty Gofman - Princesa Ingrid
Carlos Kroeber -
Don Curro de La Grana
Carlos Kurt -
Ferreiro Dupont
Catalina Bonaky -
Baronesa de Rochelle
Cristina Prochaska –
Charlotte
Eva Wilma - Madame D'Anjou
Fernando José - velho amigo de Loulou
Francisco Dantas -
Barão de Rochelle
Guilherme Leme -
Roland Barral
Heloisa Helena –
Cocote
Henriqueta Brieba
Ilka Soares -
Marquesa de Lorredan
Italo Rossi -
Marquês de Castilla
Jaconias Silva -
cocheiro
João Signorelli -
Campot
Jorge Fernando - guarda
José Steinberg
- Frade Angélico
Licia Magna
Luis de Lima -
Barão de La Bosse
Luis Gustavo - Charles Muller
Marcelo Picchi -
Michel
Milton Gonçalves - Herr Whisky
Monique Lafond

Deborah Catalani – Moça da taberna
Guido Correa – Mordomo do castelo
Hilda Rebello – Aia da rainha
José Carlos de Souza – Guarda do castelo
José de Freitas – Mordomo do castelo
Luiz Magnelli - Arauto
Luiz Sergio Lima e Silva – Cocheiro
Marcelo Mattar – Rapaz do grupo de Jean Pierre (Edson Celulari)
Marcia Rego Monteiro - Moça da taberna
Maria Cardoso – Aia da rainha
Melise Maia - Moça da taberna
Nádia Nardini – Moça do grupo de Jean Pierre (Edson Celulari)
Nildo Parente - Richet
Sandro Rilho – Guarda do castelo
Soraya Jarlich – Ajudante da cozinha
Soraya Ravenle
Toni Nardini - Rapaz do grupo de Jean Pierre (Edson Celulari)
Totia Meirelles - falsa Suzanne (Natália do Vale)
Tuca Andrada - Ferreiro Lamont
Yolanda Cardoso – Miruska

Participações especiais:

Emiliano Queiroz – La Roche, velho que conheceu Maria Fromet (Tania Nardini/Aracy Balabanian),
 procurado por Ravengar (Antônio Abujamra).
Older Cazarré – Lorde da corte.
Marcos Alvisi - Bargin, o verdureiro.
Roberto Dinamite
Tania Nardini – Jovem Maria Fromet, aparece em flashback no início da história.
Bailarinos: Ana Jansen, Wanda Garcia, Norma Lannes, Lucia Aratanha, Rosana Bustamante,
Carla Vilela, João Viotti Saldanha, Eros Velloso, Julio Braver, Herbert Gomes, Paulo Velasco,
Rodrigo Sales, Wanda Garcia.
 
PRODUÇÃO

- Grande parte do elenco teve aulas de acrobacia, dança, esgrima e malabarismo,
 além de orientação profissional sobre linguagem, gestos e costumes da época.

FIGURINO E CARACTERIZAÇÃO

- Uma cuidadosa pesquisa das vestimentas usadas no século XVIII norteou a criação dos figurinos
de Que Rei Sou Eu? Mais de 400 peças de roupa foram feitas especialmente para os figurantes.
- Um dos destaques do trabalho de maquiagem foi a caracterização de Corcoran (Stênio Garcia)
como bobo da corte. O figurinista Marco Aurélio se inspirou no musical Os Miseráveis.
A maquiagem, feita por Eric Rzepecki, levava de duas a
- A atriz Aracy Balabanian lembra que as gravações na fictícia Avilan aconteciam sob um calor infernal,
especialmente por conta dos pesados figurinos de época usados pelo elenco.
 Anáguas, espartilhos e perucas faziam parte da indumentária dos atores.
- Segundo o diretor Roberto Talma, Que Rei Sou Eu? teve uma produção esmerada,
com várias peças de figurino, por exemplo, feitas exclusivamente para a novela.
 
CENOGRAFIA E PRODUÇÃO DE ARTE

- A fictícia Avilan foi construída em um terreno na Estrada dos Bandeirantes, em Jacarepaguá,
na zona oeste do Rio de Janeiro, no mesmo local em que, alguns anos depois, surgiria o Projac.
 A equipe de cenografia realizou uma pesquisa cuidadosa sobre as técnicas de arquitetura e
 construção medievais na região francesa da Normandia. A cidade cenográfica tinha 2.200m2
 de área construída e abrangia o palácio de Avilan e a vila, com 14 casas. A maior atração do cenário era
o castelo, com 30m de frente e uma torre de 26m de altura. A equipe inovou no material utilizado, o que
facilitou a construção da cidade: uma estrutura de ferro leve. A parte interna do castelo contava, entre
 outras coisas, com a sala do trono, de 500m², e duas fontes, projeto do arquiteto Luiz Antonio Caligiuri.
- Além do calor que fazia na cidade cenográfica – sensação redobrada devido aos figurinos de época –,
levando o elenco a ter de parar para secar o suor, as gravações muitas vezes também eram interrompidas
 graças a alguns visitantes inesperados: os sapos.

CURIOSIDADES

- Segundo o diretor Daniel Filho, o autor Cassiano Gabus Mendes havia apresentado a ideia de
Que Rei Sou Eu? em 1977, mas a direção da emissora avaliou que a trama não era adequada para a
conjuntura política da época. A novela foi produzida dez anos depois, e fez enorme sucesso.
- Em determinado momento de Que Rei Sou Eu?, o personagem de Edson Celulari é obrigado a usar
uma máscara de ferro, como a usada pelo rei da França em O Homem da Máscara de Ferro, livro
de Alexandre Dumas.
- Dercy Gonçalves fez uma participação especial em seis capítulos da novela, no papel da baronesa

Eknésia, mãe da rainha Valentine (Tereza Raquel). Sua atuação mereceu destaque como um dos
pontos altos da trama.
- Que Rei Sou Eu? foi a primeira novela em que Giulia Gam trabalhou do início ao fim da trama.

 Antes ela tinha feito uma participação na novela Mandala (1987), de Dias Gomes, no papel de
Jocasta jovem; e atuou na minissérie O Primo Basílio (1988), de Gilberto Braga e Leonor Bassères,
 como intérprete de Luísa. Comprometida com o teatro, onde há havia trabalhado com diretores
como Antunes Filho, a atriz contou que entrou em crise ao ser convidada para atuar na novela,
gênero considerado muito comercial para os padrões das companhias de teatro.
Quase não aceitou o papel.
- Chico Anysio chegou a gravar uma participação especial em Que Rei Sou Eu? como o especulador

estrangeiro Taj Nahal, que aplicaria um golpe na bolsa e no mercado de Val Estrite, do Reino de Avilan.
 A situação foi inspirada no caso Naji Nahas, o investidor paulista que, na época, protagonizava um escândalo financeiro no país e respondia a um inquérito por estelionato e formação artificial de preços na Bolsa
de Valores do Rio de Janeiro. Ao saber da criação de Taj Nahal, o advogado de Naji Nahas entrou com
um protesto judicial contra a TV Globo, afirmando que o personagem fazia um pré-julgamento de
 um cidadão que ainda não havia sido sentenciado pela Justiça, e que seu cliente exigiria direito
de resposta no mesmo programa, caso a novela fizesse alguma referência satírica aos últimos  
acontecimentos. Diante disso, a emissora decidiu não exibir a cena.
- Jorge Dória improvisou um caco em uma das cenas de seu personagem, o conselheiro Vanoli,

que deixou o autor Cassiano Gabus Mendes maravilhado: fazia uma correlação entre o arrulhar dos
 pombos e a palavra “corrupto”.
- No papel do bobo da corte Corcoran, o ator Stênio Garcia, então aos 57 anos, deu o seu primeiro

 salto mortal. Resultado de um trabalho corporal de acrobacia de solo que passou a fazer na Escola
Nacional de Circo.
- A novela foi reapresentada em versão compacta de 70 capítulos entre outubro e dezembro de 1989,

na faixa de programação Sessão Aventura, às 17h, um mês após a exibição do último capítulo.
- Em fevereiro de 1986, três anos antes de a novela ir ao ar, o governo de José Sarney anunciou o

Plano Cruzado, que trazia uma nova moeda, o Cruzado, em substituição ao Cruzeiro, e congelava
os salários e os preços de produtos e serviços. Em janeiro de 1989, um mês antes da estreia
 de Que Rei Sou Eu?, uma Medida Provisória mudou novamente a moeda brasileira:
 o Cruzado converteu-se em Cruzado Novo.

    TRILHA SONORA

- O tema da abertura era O Rap do Rei, do grupo Luni, composto por José Bonifácio de Oliveira
Sobrinho (Boni), então vice-presidente de operações da TV Globo. A vocalista do Luni era
 Marisa Orth, ainda desconhecida do grande públiCo.

Agnelo diz que não irá ‘perder um minuto’ para falar da crise Cachoeira


 
Vou fazer o mesmo. by Deise





by G1, com informações do DFTV

 
Congresso deve instalar na terça (17) CPI para investigar grupo de bicheiro.
Quatro funcionários deixaram o GDF após divulgação de gravações da PF.




O Congresso Nacional deve instalar na próxima terça-feira (17) uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as ligações de Carlos Cachoeira, suspeito de comandar um esquema de jogo ilegal em Goiás, com empresas, servidores públicos e autoridades. Entre as pessoas que podem ser ouvidas está o governador Agnelo Queiroz (PT).
Em um evento oficial, realizado neste sábado (14), Agnelo não quis responder quando foi perguntado se irá ao Congresso caso seja chamado para dar esclarecimentos. Disse apenas que está trabalhando pelo Distrito Federal.
“Eu não vou perder um minuto do meu tempo em tratar desse assunto. Estou trabalhando pelo Distrito Federal. A crise não é nossa é do DEM de Goiás que querem botar aqui no nosso colo”, disse.
Desde o início da divulgação das gravações telefônicas feitas pela Polícia Federal, com autorização da Justiça, quatro funcionários do governo do DF já deixaram os cargos: Marcello de Oliveira Lopes, ex-funcionário da Casa Militar; Cláudio Monteiro, ex-chefe de gabinete de Agnelo Queiroz; João Monteiro, ex-diretor geral do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), e João Carlos Feitoza, o Zunga, que deixou a Fundação de Amparo ao Preso. Ele seria, segundo a polícia, o contato entre o governador e o bicheiro Carlos Cachoeira.

Dadá: O Zunga me ligou aqui, está querendo falar com você, que o chefe dele lá, o “01”, o Magrão, tá querendo..não falou o que que é. Disse que tá ligando e você não está atendendo. Mas falei: Qual é o assunto? Aí ele falou que é o Magrão. Magrão que eu entendi deve ser o “01”, né não? Quer falar com você.

Cachoeira:
Vou falar com ele.
Magrão ou “01”, de acordo com a Polícia Federal, seria Agnelo Queiroz. O governador informou ter se encontrado com o bicheiro em “2009 ou 2010”. A informação foi dada pelo porta-voz do governo do Distrito Federal, Ugo Braga, na última quinta-feira (12).
“O governador foi apresentado a Carlinhos Cachoeira em 2009 ou 2010. Ele não lembra com exatidão porque foi durante uma visita que ele fez a uma empresa farmacêutica em Anápolis [GO]. E estavam lá vários empresários desse ramo, inclusive Carlinhos Cachoeira”, disse Braga.
Cachoeira foi preso pela Polícia Federal em 29 de fevereiro. Agnelo nega ligação com o grupo.

Amor e sexo no Império

by Estadão

Livro reúne cartas em que d. Pedro I,

 sua mulher e sua 'favorita' se revelam

 by Roberta Pennafort

Mary del Priore desnuda imperatriz Leopoldina - Reprodução
                                                                      Reprodução
                                      Mary del Priore desnuda imperatriz Leopoldina

Leopoldina amava Pedro, que amava Domitila, que amava ser sua “favorita”. O triângulo mais conhecido da história dos afetos brasileiros se revela ainda mais humano nas recentes descobertas de Mary Del Priore. Autora de mais de 30 livros de história e apaixonada pela intimidade dos personagens que nos são apresentados nos livros didáticos, a historiadora está lançando A Carne e o Sangue (Rocco, 272 págs., R$ 34,50).
Nos arquivos do Museu Imperial, em Petrópolis, ela encontrou cartas até então inéditas que revelam a miséria da piedosa imperatriz, pudica, gorda e humilhada publicamente por conta da infidelidade escandalosa do marido; a volúpia do garboso Demonão, que hoje seria tachado de viciado em sexo; o desejo de poder da graciosa e despudorada Titília, a mulher mais influente do império enquanto durou o romance, entre 1822 e 1829.
Na corte se dizia que só havia dois tipos de pessoas no Rio de Janeiro: os que agradavam a Domitila e os que a desagradavam. Ela vendia favores com anuência do imperador, teve seus filhos bastardos reconhecidos, conseguiu títulos de nobreza e dinheiro para a família, desfilava de nariz em pé pelos teatros, igrejas e festas com as joias e roupas presenteadas pelo amante.
O homem mais forte do reino, proclamador da Independência, chorava de saudades quando não podia vê-la. Criava versinhos infantis, enviava bilhetes acompanhados de chumaços de pelos púbicos ou do bigode, por vezes lhe escrevia duas vezes ao dia. Fez Titília sua vizinha, e mandou abrir uma portinha no palácio para encontrá-la facilmente.
Obrigou Leopoldina, supercatólica, a conviver com os ilegítimos, pôs os príncipes para brincar com eles. Logo ela que já sofria com a diferença de clima e sobriedade entre a corte austríaca e a improvisada da capital tropical do Império português.
A correspondência desvelada pela autora, afeita a fontes primárias – entre a imperatriz e a família austríaca, entre os amantes e entre diplomatas estrangeiros e seus países – estava intacta havia cerca de 180 anos. Mostra como a conduta imprópria do monarca, que teve tantas amantes que ultrapassou, segundo os registros o Arquivo Nacional, a marca de 40 filhos, acabou por torná-lo presença indesejável no Brasil.
“Que podeis esperar de um perjuro, lacaio de estrebaria, borracho cachaceiro, sem educação e sem princípios, sem honra e sem fé?”, escreveu um opositor. “O monarca inviolável e sagrado pode bem ser um miserável cheio de vícios, (...) um devasso e adúltero”, publicou o jornal baiano O Guaicuru.
O Português Brasileiro manchetou: “Para salvar o Brasil da ruína que vejo principiada”. O articulista falava da “mais cega paixão amorosa de Vossa Majestade Imperial com a Visondessa de Santos, mulher indigna de tal sorte por sua má conduta”.
Os estrangeiros se chocavam. “É puro Luís XIV”, apontou um observador de fora, comparando d. Pedro ao imperador francês que um século antes também escancarara seus affairs. “A imperatriz tem dissimulado a dita conexão entre seu augusto esposo e a mencionada senhora, tratando-a com amizade em público”, concluía o cônsul espanhol.
O apetite sexual de d. Pedro – que não se contentava com a vida dupla, e ainda procurava e fazia filhos com outras amantes –, aliado ao mau desempenho do Exército Brasileiro na Guerra da Cisplatina, com a consequente perda do território do Uruguai, e a pressão das revoltas liberais, o afasta do cargo.
“O prestígio político de d. Pedro fica tão baixo que ele passa a ser mais julgado pela sua vida privada do que sua vida pública”, avalia Mary Del Priore, que já se debruça sobre os próximos perfilados: a princesa Isabel, neta mais famosa de d. Pedro I, e seu marido, o conde D’Eu. “A análise da correspondência traz essa gente para perto da gente. Eles pulam para a contemporaneidade. Estão falando de coisas que nos interessam: amor, paixão, sexo, solidão, abandono.”R.P.

O Julgamento do Século


Sete anos depois da denúncia, o mensalão deve ser finalmente julgado este ano pelo STF. O resultado pode representar um marco na luta contra a impunidade no País e mudar o sistema de financiamento das campanhas políticas

                                                                                                                     by Claudio Dantas Sequeira

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O PESO DA TOGA
O ministro Joaquim Barbosa é o relator de um dos
processos mais importantes da história do Supremo
O ano 2012 reserva um capítulo especial na vida política do País. Quase sete anos depois de vir à tona, o caso do mensalão, um dos maiores escândalos políticos da história do Brasil, deve ir a julgamento. Nunca antes tantas autoridades de tão grosso calibre correram risco real de ser condenadas pelo Supremo Tribunal Federal. A depender do resultado, o julgamento do mensalão pode tornar-se um marco na luta contra a corrupção e a impunidade. A sentença a ser proferida pelos ministros do STF também terá o poder de definir como será o sistema de financiamento das campanhas eleitorais daqui para a frente.

Do ponto de vista político, o desfecho do julgamento, qualquer que seja ele, certamente irá influir nas eleições municipais de outubro e nas presidenciais de 2014. “A sociedade clama por justiça e os ministros do Supremo são sensíveis a essa demanda. Há um predomínio do bom-senso e a vontade é de que o processo seja julgado em tempo hábil”, afirma o jurista Maurício Corrêa. Com a experiência de quem foi ministro do Supremo, ele admite que a corte não está isenta de pressões de certos grupos, e, diante disso, deve trabalhar para mostrar ainda mais independência. “As punições não devem se restringir aos pequenos”, diz.

Por tudo o que está em jogo, o clima no STF não anda nada bom desde 2009, quando os ministros Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes trocaram acusações publicamente. Por detrás das togas, o que se vê é um poderoso jogo de pressões, cujos reflexos vieram à tona na segunda semana de dezembro. Especialmente após declarações feitas pelo ministro Ricardo Lewandowski de que teria pouco tempo para revisar o caso e alguns crimes acabariam prescrevendo. A afirmação levou o ministro Joaquim Barbosa a anunciar a conclusão do relatório sobre a denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República contra 36 réus, entre políticos, empresários, funcionários públicos e assessores. Eles são acusados de integrar o que o então procurador-geral, Antonio Fernando Barros, chamou de “sofisticada organização criminosa”, responsável por operar um esquema milionário de pagamento de propinas a parlamentares usando dinheiro público. Ainda em reação a Lewandowski, o presidente do STF, Cezar Peluso, determinou a distribuição imediata do relatório de Barbosa aos demais integrantes do tribunal, o que o ministro relator considerou um “lamentável equívoco”. Segundo ele, os autos teriam sido digitalizados há quatro anos e, desde então, estavam disponíveis a todos os ministros. Como se vê, o Supremo vai precisar de mais paz e menos vaidades para julgar um dos principais processos da sua história.

De toda forma, concluído o relatório, Barbosa continua a elaborar seu voto, no qual deverá apontar as responsabilidades de cada um dos réus no episódio e pedir as devidas punições. A partir da entrega do voto, caberá a Lewandowski, como revisor, avaliar se a tramitação do processo obedeceu a todas as etapas previstas na legislação e se está pronto para ir ao plenário da corte. Enquanto Barbosa acredita ser possível julgar o caso a partir de abril ou maio, Lewandowski considera difícil que isso ocorra no primeiro semestre, por causa do grande volume de informações a serem estudadas por todos os ministros. Ele mesmo só poderá se dedicar ao caso após deixar a Presidência do Tribunal Superior Eleitoral em abril. Ainda assim, a expectativa é de que o julgamento se estenda por várias semanas, invadindo o período eleitoral – tudo o que o PT mais temia. “Se houver uma grande quantidade de condenações de membros do PT, isso pode manchar um pouco a imagem da legenda e interferir no resultado eleitoral de outubro”, avalia o cientista político Antonio Lavareda. Desde que o STF aceitou a denúncia do Ministério Público em 2007, a defesa dos principais réus do esquema tentou adiar ao máximo o julgamento para conseguir a prescrição dos crimes. Contava-se ainda com a possibilidade de que os ministros Cezar Peluso e Ayres Britto, cujos votos devem ser pela condenação, ficassem de fora do julgamento. Os dois se aposentam em 2012 e poderiam ser substituídos por magistrados menos rigorosos, aumentando as chances de absolvição. Na estratégia para adiar o julgamento, a defesa de alguns réus arrolou dezenas de testemunhas – algumas tiveram que ser ouvidas em outros países. Tentou-se também desmembrar o caso, a fim de que alguns réus fossem julgados em primeira instância, o que permitiria o uso de inúmeros recursos e até evitar uma condenação definitiva. Mas nada disso deu certo.

No relatório do ministro Joaquim Barbosa, de 122 páginas, ele detalha como funcionava o esquema de desvio de recursos públicos por meio de licitações fraudulentas e empréstimos fictícios. E aponta José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares como os responsáveis por “organizar a quadrilha voltada à compra de apoio político”. Eles respondem, nos autos, pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa. Conforme a denúncia, o esquema teria sido arquitetado durante as eleições de 2002, a partir da aproximação com personagens obscuros, como o publicitário Marcos Valério e executivos do Banco Rural – o mesmo usado em fraudes no governo do tucano Eduardo Azeredo, em Minas Gerais. O caso só veio a público com a divulgação de um vídeo, em 2005, em que Maurício Marinho, então funcionário dos Correios ligado ao PTB, aparecia recebendo propina. Foi o que levou o presidente da legenda, o ex-deputado Roberto Jefferson, a denunciar a distribuição de dinheiro em troca de votos a favor do governo no Congresso. O dinheiro era sacado na boca do caixa e transportado em malas. Todos os réus negaram em seus interrogatórios ter cometido algum crime. Delúbio foi o único que admitiu a prática de caixa 2 eleitoral, um crime menor que lhe daria no máximo cinco anos de prisão.
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Morre no Rio, aos 66 anos, antropólogo Gilberto Velho



O trabalho do cientista é pioneiro nos estudos de antropologia urbana, tanto no Brasil quanto no exterior. Foto: ABC/DivulgaçãoO trabalho do cientista é pioneiro nos estudos de antropologia urbana, tanto no Brasil quanto no exterior
Foto: ABC/Divulgação 


O cientista social Gilberto Velho morreu na madrugada deste sábado, no Rio de Janeiro. Ele sofreu um AVC enquanto dormia. O corpo será velado no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, das 10 às 17hs deste domingo. Ele fazia parte da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e é autor de estudos pioneiros sobre antropologia urbana

Gilberto Cardoso Alves Velho formou-se em Ciências Sociais no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IFCS-UFRJ) em 1968. Obteve o mestrado em Antropologia Social no Departamento de Antropologia do Museu Nacional da UFRJ, em 1970. Especializou-se em Antropologia Urbana e das Sociedades Complexas na Universidade do Texas, em Austin (EUA) e concluiu o doutorado em Ciências Humanas pela Universidade de São Paulo, em 1975.
Seu trabalho é pioneiro nos estudos de antropologia urbana, tanto no Brasil quanto no exterior. Segundo a ABC, teve grande contribuição ao estudo de camadas médias e elites urbanas. Sua obra percorre áreas diversificadas como a antropologia das sociedades complexas, a teoria da cultura, a antropologia e sociologia da arte, estudos de transe e possessão, desvio, a problemática do uso de drogas, violência e interpretações do Brasil.
Velho publicou mais de 160 artigos em periódicos nacionais e internacionais, além de ter sido organizador e autor de 16 livros. Foi homenageado com a Medalha UERJ-40 Anos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro em 1990 e com a Medalha Capes 50 Anos, do Ministério da Educação (Capes/MEC), em 2001. Também foi eleito membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC) em 2000. Recebeu da Presidência da República do Brasil a Comenda da Ordem Nacional do Mérito Científico em 1995 e a Grã-Cruz em 2000.
O presidente da ABC, Jacob Palis, lamentou profundamente o ocorrido. "É uma grande perda para nós, cientistas, para a ABC e para o Brasil."

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