domingo, 20 de janeiro de 2013

Cresce o número de acidentes com escorpiões em Ribeirão Preto


A funcionária pública Maria Angélica Milanez Vieira, 49, vive alerta para não ser picada por escorpião. Virou rotina achá-los em sua casa.

Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) registrou 149 casos de acidentes com escorpiões no ano passado, o que representa 10,5% de aumento em relação às 135 vítimas do ano anterior.

Bonfim Paulista, Jardim Piratininga e Parque Ribeirão Preto concentraram os maiores números de casos de picadas de escorpião.
Maria Angélica mora a uma quadra do cemitério de Bonfim Paulista, uma das regiões que mais concentram o número de vítimas. "Ando atenta para não colocar a mão onde possa ser surpreendida com uma picada."

Conforme a Folha revelou, Ribeirão está repleta de terrenos que viraram depósitos de lixo e de entulho --ambientes propícios para a proliferação do aracnídeo.
Em 2011, a Vila Seixas foi um dos bairros mais atingidos pela infestação.

Na época, dez vizinhos relataram à reportagem que foram picados por escorpiões amarelos --única espécie encontrada na área urbana da cidade--, cuja picada é responsável pela maior parte dos incidentes no país.
Márcia Ribeiro/Folhapress
Escorpiões da espécie _Tityus serrulatus_ criados no Centro de Controle de Zoonoses de Ribeirão Preto (SP)
Escorpiões da espécie Tityus serrulatus criados no Centro de Controle de Zoonoses de Ribeirão Preto (SP)

A coordenadora da divisão de Controle de Vetores de Ribeirão Preto, Lúcia Taveira, afirmou que o período atual, com chuva frequente, faz aumentar o aparecimento dos escorpiões dentro das residências, já que eles fogem de locais molhados. Especialistas alertam para as prevenções contra os acidentes.

RISCO

Não é só em casa que mora o perigo. O recepcionista Pedro José da Cunha, 29, que reside no Jardim Heitor Rigon, foi picado por um escorpião quando tentava pegar o brinquedo do seu filho que estava na sarjeta, entre a rua e o bueiro, em dezembro.
Ele recebeu atendimento médico em uma unidade de saúde e deixou o escorpião para análise.
Já o pintor Luís Eduardo Palácio, 39, mora no Jardim Centenário e disse que, no ano passado, encontrou dez escorpiões nas proximidades de casa, saindo de bueiros, ou já dentro dos cômodos. Ele não chegou a ser picado.
De acordo com a coordenadora do Controle de Vetores, Ribeirão Preto não registra mortes por picada de escorpião há pelo menos dez anos. Ela disse que crianças e idosos correm mais riscos por causa da baixa resistência.

Editoria de Arte/Editoria de Arte/Folhapress

A pessoa picada pode ter febre alta, dor intensa no local do ferimento, taquicardia, respiração ofegante, suor intenso e vômito.
O tempo de recuperação do paciente depende do tamanho do escorpião que o picou, da quantidade de veneno injetada, da espécie e da parte do corpo ferida.
O aconselhável é que a pessoa procure um médico com urgência. Ela pode ser liberada no mesmo dia ou ser transferida à Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas. "Tudo depende da resistência de cada um", afirmou a coordenadora.


Espécies amarela e marrom de escorpiões são maioria em São Paulo



Os escorpiões amarelos e marrons são os dominantes no Estado de São Paulo.
Enquanto a espécie amarela é composta só por fêmeas, que se reproduzem sozinhas e dão de 8 a 20 filhotes por ano, a marrom tem macho e fêmea, com reprodução de setembro a março.

"Esta época de chuva coincide com o período em que eles saem para acasalamento, por isso são vistos com maior frequência", disse a bióloga do laboratório de artrópodes do Instituto Butantan Rosana Martins.
Segundo ela, são 1.500 espécies espalhadas no mundo. No Brasil, os aracnídeos que causam acidentes com indicação de tratamento terapêutico são os amarelos, marrons, amarelos do Nordeste e pretos da Amazônia.
A bióloga diz que ele tem importância por servir de alimento a quatis, morcegos e lagartos, entre outros.



by Folha de São Paulo

As classes sociais


Aí você sai para jantar com amigos e vai a um restaurante bem chique. O maître, que de paletó preto e calça listada parece até um noivo, é cheio de gentilezas; faz maneirismos, propõe pratos interessantíssimos e ainda diz que o chef pode fazer qualquer coisa que você invente, só para te dar prazer. Por outro lado, os garçons não deixam seu copo ficar vazio um só instante, e ficam de olho para ver se o pão acabou, se o guardanapo caiu no chão, tudo para seu conforto e felicidade.


Aí, uma noite você volta ao mesmo restaurante e, como o clima está bom, a bebida descendo bem e todos alegres, a noite vai passando, as outras mesas vão indo embora, menos a sua, que vai ficando, ficando, até ser a única que sobrou.
Lá pelas tantas os funcionários começam a ir embora; um dos maîtres, daqueles tão elegantes, sai vestindo uma camisa de algodão feia e de má qualidade, com uma capanga debaixo do braço. Aos poucos vão saindo os garçons; a maioria usa camiseta com uma estampa, algumas do seu time do coração, todos loucos para chegar em casa e poder descansar. Aí então você tem uma súbita percepção da realidade, pensa que passou a noite num teatro, e mais: fazendo parte do espetáculo.
Aqueles funcionários tão educados e de tão boas maneiras são pessoas que passam parte da vida representando, e depois de lidar com as comidas e bebidas mais caras, quando terminam o trabalho vão esperar o ônibus para voltar para casa, uma casa modesta onde alguém está esperando: a mãe, uma namorada, ou mulher e filhos já dormindo, já que não puderam sair mais cedo porque seu grupo ficou dando risada e dizendo bobagem.
É curioso que esses garçons, que te tratam tão bem, não se despedem quando estão indo embora. Na hora da volta à realidade, quando o espetáculo termina --já na vida real, portanto--, garçons não falam com clientes. Já pensou encontrar na praia, que é o lugar mais democrático que existe, aquele que é tão solícito e simpático, vocês dois de calção? Vão sorrir um para o outro da mesma maneira? Provavelmente não vão nem se reconhecer.
Você bebe seu penúltimo drinque pensando nessas loucuras da vida. A conta de uma das mesas resolveria o problema de fim de mês daquele garçom; o que se passa na cabeça dele? Será que fica feliz porque tem gente consumindo, o que é a segurança do seu emprego, ou enquanto serve e é gentil pensa no preço do vinho italiano e tem vontade de quebrar a garrafa --cheia-- na cabeça do cliente que já pediu mais uma? Não necessariamente para matar, só para fazer aquele estrago, e exatamente na cabeça daquele que dá as maiores gorjetas. E alguém tem o direito de dar uma gorjeta, alta ou baixa, só porque quer? Porque pode? É muita humilhação.
Mas não faz nada; dentro de sua relativa ignorância --ou sabedoria--, sabe que pegaria vários anos de cadeia se fizesse o que está com vontade de fazer, e sabe também que ninguém entenderia. Afinal, sempre foi considerado um funcionário exemplar.
Ela vê tudo isso como se fosse um filme; toma mais um drinque, o último, dá várias risadas, as últimas, e vai para casa pensando se não seria mais feliz se não pensasse em tanta bobagem.
Tanta bobagem?
Danuza Leão
Danuza Leão, jornalista e escritora, aborda temas ligados às relações entre pais e filhos, homens e mulheres, crianças, adolescentes, além de outros assuntos do dia-a-dia. Publicou seu primeiro livro em 1992. Escreve aos domingos na versão impressa do caderno "Cotidiano".

Psicoterapeuta responde dúvidas sobre obsessão em 'Amores que Matam'



Apesar de o amor ser um sentimento que se atribui diversos significados --fraternidade, carinho, erotismo--,
 "Amores que Matam" responde dúvidas sobre o que poderia ser considerado um "desamor" --ciúme, dependência, obsessão.
Divulgação
Por que as relações se desgastam a ponto de se tornarem prejudiciais?
Por que as relações se desgastam a ponto de se tornarem prejudiciais?
Segundo a psicoterapeuta Patricia Faur, autora do livro, "trata-se de uma sensação que tem muito a ver com o abandono, o vazio, o medo e com um nível de desamparo que leva muitas pessoas a se apegarem desesperadamente a alguém, sem se importar com quem nem de que modo".
Com o subtítulo "Quando um Relacionamento Inadequado Pode Ser Tão Perigoso Quanto Usar uma Droga", Faur reúne estudos sobre codependência e estresse conjugal e trata dos relacionamentos que se transformam em violência física e psicológica.
"Existem relações tão tóxicas quanto usar uma droga", escreve a autora. "Relações que acarretam dor e sofrimento e das quais não se pode sair, apesar do estrago que causam".
Com exemplos de casos notórios, o texto procura fazer com que o leitor consiga perceber como alguns tipos de amor podem colocar em risco a saúde e como recuperar a autoestima.
Patricia Faur é psicóloga especializada em dependências afetivas. Publicado originalmente em 2007, "Amores que Matam" acaba de chegar ao Brasil em formato de bolso pela editora L&PM.Leia um trecho.
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"Amores que Matam"
Autor: Patrícia Faur
Editora: L&PM Pocket
Páginas: 192
Quanto: R$ 13,90 (preço promocional*)
Onde comprar: pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha

Biógrafo conta a trajetória do papa mais infame da história


8/12/2012


Divulgação
Narra história de assassinatos, subornos, chantagens, orgias e nepotismo
Narra história de assassinatos, chantagens, orgias e nepotismo
O historiador alemão Volker Reinhardt narra a trajetória de Rodrigo Bórgia, homem que se tornaria o pontífice mais infame da história, no livro "Alexandre VI - Bórgia, o Papa Sinistro".
O livro relata como, em 11 anos de pontificado, Alexandre 6º transformou o Vaticano em um lugar de assassinatos, subornos, chantagens, desvios de dinheiro da Igreja, nepotismo e incesto.
Esse período ficou famoso por conspirações, envenenamentos e orgias envolvendo dezenas de mulheres. O nome do clã causava pavor na população e em seus inimigos políticos.
A história da devassidão da família Bórgia também serviu como inspiração a Milo Manara, mestre dos quadrinhos eróticos.
Lucrecia Borgia, filha do papa, se tornou uma das mulheres lendárias da história. Segundo relatos, a mais famosa personalidade da família do século 15, era cruel e perita em manipular uma complexa rede de intrigas em Roma. Sua trajetória é retratada em "Veneno nas Veias".
"Alexandre VI - Bórgia, o Papa Sinistro" já está em pré-venda na
by Livraria da Folha

Guilherme de Pádua mente ao pedir perdão, diz autor de 'Não Minta Pra Mim!'


10/12/2012 


Em entrevista ao "Programa do Ratinho" (SBT), em abril de 2010, Guilherme de Pádua, assassino confesso da atriz Daniella Perez (1970-1992), filha da autora Gloria Perez, pediu desculpas à família pelo crime. Para Paulo Sergio de Camargo, o sentimento não era verdadeiro. "Por várias vezes passou os dedos nos olhos quando disse desejar o perdão da mãe da vítima", afirma no livro "Não Minta Pra Mim!".
Camargo estuda os gestos que podem desmascarar um mentiroso, por mais habilidade que o indivíduo tenha em ocultar a verdade. Algumas alterações fisiológicas, como batimento cardíaco alterado e pupilas dilatadas, podem passar despercebidas. Outras, como gaguejar e falta de sincronismo entre movimentos e palavras, podem ser facilmente notadas.
"Chamo de 'gestos macaquinhos' os sinais de ocultação", escreve o autor. "Passar levemente os dedos nas sobrancelhas, esfregar os olhos como se estivesse limpando-os etc". Além dos olhos, o especialista também defende que cobrir a boca, mexer nas orelhas ou garganta são demonstrações de possíveis embustes.
O conjunto de sinais apresentados por essa linguagem corporal é comum em quase todo o mundo. Em 2002, após uma ação desastrosa das forças especiais russas que provocou a morte de 130 reféns num cinema em Moscou, "Putin, instantes antes de dar declarações oficiais a respeito do ataque, colocou as mãos nos olhos, o que indicou que seu discurso não seria verdadeiro", diz Camargo.
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Autor trata do tema tanto do ponto de vista científico como do prático
Autor trata do tema tanto do ponto de vista científico como do prático
Com o subtítulo "Psicologia da Mentira e Linguagem Corporal", o livro procura ensinar alguns truques para que o leitor possa reconhecer falsidades, lidar com mentirosos e evitar armadilhas cotidianas.
"Não Minta Pra Mim!" reúne as principais situações nas quais o engodo se instala, como falsas informações no currículo e discursos políticos.
Fundamentado em pesquisas científicas e em experiências extraídas da polícia e do serviço secreto, o autor não assume postura moralista, mas não acredita que algo de bom possa ser construído a partir de uma mentira.
Paulo Sergio de Camargo, pós-graduado em gerência e desenvolvimento de recursos humanos, é um dos mais conceituados grafólogos do Brasil, foi instrutor de grafologia no Cepa (Centro de Psicologia Aplicada - Rio) e também assina "A Grafologia no Recrutamento e Seleção de Pessoal" e "O Que É Grafologia?".
by Livraria da Folhaol
ha
Autor: Paulo Sergio de Camargo
Editora: Summus
Páginas: 216
Quanto: R$ 44,90 (preço promocional*)

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