segunda-feira, 30 de junho de 2014

Processado por agressão, Aloysio Ferreira é candidato a vice de Aécio

30/6/2014 14:38
Por Redação - de São Paulo
O senador Aloysio Nunes é um dos principais líderes do PSDB nacional, cotado para ser vice na chapa do presidenciável Aécio Neves
O senador Aloysio Nunes é um dos principais líderes do PSDB nacional, cotado para ser vice na chapa do presidenciável Aécio Neves
O senador paulista tucano Aloysio Nunes Ferreira foi escolhido pelo candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, para ser seu companheiro de chapa como candidato a vice-presidente. O anúncio foi feito nesta segunda-feira pelo próprio Aécio em entrevista coletiva após reunião da Executiva Nacional do PSDB em Brasília. A definição do mineiro Aécio por Aloysio Nunes ocorreu para garantir um peso maior para São Paulo, maior colégio eleitoral do país, na campanha do PSDB. Esta é a primeira vez que o presidenciável tucano não é paulista – caso de Mario Covas (1989), José Serra (2002 e 2010) e Geraldo Alckmin (2006) – ou não tem sua base política no Estado – como Fernando Henrique Cardoso (eleito em 1994 e reeleito em 1998).
Um dos nomes mais cotados para ser vice na chapa tucana há vários meses, o senador paulista acabou sendo escolhido depois de muitas dúvidas de Aécio entre ele e a ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ellen Gracie, que era a favorita na semana passada. Ferreira, no entanto, ainda terá que responder a um processo por agressão, movido contra ele por Rodrigo Grassi, que assina Rodrigo Pilha em seu blog, e foi agredido verbalmente durante uma entrevista ao parlamentar, em um dos corredores do Senado. Grassi adiantou à reportagem do Correio do Brasil que está em contato com seus advogados, para prosseguir na ação penal contra Nunes, após ter seu celular “autoritariamente apreendido sem ser lacrado pela polícia”, no Parlamento.
Ex-membro do Partido Comunista Brasileiro, nos tempos da ilegalidade do PCB, Aloysio participou da Aliança Libertadora Nacional (ALN), organização guerrilheira contra a ditatura militar, e acabou se exilando no exterior quando soube que haveria um pedido de prisão preventiva contra ele. Na França, graduou-se em Economia Política e fez mestrado em Ciência Política pela Universidade de Paris. De volta do Brasil, pelo PMDB foi deputado estadual e vice-governador de São Paulo, eleito na chapa de Luiz Antônio Fleury Filho. Cooptado pela direita e já filiado ao PSDB, foi deputado federal e ocupou dois ministérios no governo Fernando Henrique Cardoso: Secretaria Geral da Presidência e Justiça. Em 2010 foi eleito senador.
Aécio é no momento o principal adversário da presidente Dilma Rousseff, do PT, que busca a reeleição, reprisando a polarização entre tucanos e petistas existente desde a eleição de 1994.
Sombra de Serra
O último passo para a decisão foi dado por Aécio na noite de domingo, quando ele consultou, pelo telefone, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A interlocutores, disse que “só depois de ouvi-los” bateria o martelo.
Desde a formalização de sua pré-candidatura, pessoas próximas a Aécio apresentaram à imprensa diversos nomes como possíveis candidatos a vice do mineiro. Já estiveram na lista o ex-senador e ex-governador do Ceará, Tasso Jereissati, o ex-governador José Serra e até FHC, que se apressou em dizer que, aos 83 anos, não seria mais candidato.
A deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP) também foi cotada para a vaga, mas as negociações não prosperaram. Até domingo, ela não havia sido contatada por Aécio para tratar do assunto. Nos últimos dias, o presidenciável tucano deu pistas de que poderia trazer “uma surpresa”. A aliados, chegou a dizer que tinha um terceiro nome “em sua cabeça”, além de Aloysio e Ellen Gracie, e depois, em agenda no Nordeste, afirmou que sua vice poderia ser uma mulher.
No fim de domingo, no entanto, sinalizou ter feito a opção mais segura e com maior amparo dentro do PSDB e entre os partidos aliados.

Aécio deve anunciar hoje Aloysio Nunes como vice em sua chapa

30/06/2014
 às 6:59


Aloysio Nunes
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, deve anunciar nesta segunda o nome do vice em sua chapa: é o também senador tucano Aloysio Nunes Ferreira (foto), de São Paulo. No sábado, publiquei aqui um post que punha em dúvida os boatos de que a escolha poderia surpreender:
Aloysio blog
A natureza do processo estava a indicar, pareceu-me, que não havia espaço para a tal solução surpreendente. Uma das cotadas era Ellen Gracie, ex-ministra do Supremo. Não debato aqui os seus méritos, mas é sabido que não se trata de pessoa com vida partidária, não ainda, ou que tenha trânsito nos meandros da política. A solução pareceria um tanto forçadas e recairia sobre ela certa suspeita de que se pensava mais no marketing: “Ah, vamos ter também uma mulher…”. Não era uma resposta natural. Com Aloysio Nunes, dá-se exatamente o contrário. Não há nada de surpreendente ou de exótico na escolha. Ao contrário.
Senador por São Paulo — que é o maior colégio eleitoral do país e onde Aécio precisa de uma expressiva votação se quer chegar à Presidência —, Aloysio tem largo trânsito no partido e no Congresso. É também uma pessoa reconhecidamente hábil nas costuras políticas e não tem dificuldades para dialogar com os vários setores do partido. Já foi vice-governador de São Paulo, ministro de FHC e secretário de José Serra na Prefeitura e no governo do Estado.
Ainda que se tivesse, de fato, pensando em algum outro nome desde que Serra anunciou há quase um mês que concorreria a uma vaga ao Parlamento — deve se candidatar a deputado federal —, os eventos no Estado nos últimos quatro dias certamente fortaleceram Aloysio. A que me refiro? O PT se organiza para fazer de Paulo Skaf o seu ponto de resistência em São Paulo. O PSD de Gilberto Kassab, que vinha negociando com os tucanos, migrou para a candidatura do peemedebista. Lula cuida pessoalmente para que o PP abandone mesmo o petista Alexandre Padilha e também se junte a Skaf, que passará a ter o maior tempo no horário eleitoral gratuito. Ainda que o ex-presidente da Fiesp já tenha demonstrado a disposição de não ser uma alavanca da luta de Dilma pela reeleição, uma coisa é certa: o robustecimento de sua candidatura não colabora com a campanha de Aécio.
Ter, assim, um candidato a vice de São Paulo fortalece a imagem de um PSDB unido. Exceto em 2002, o PT perdeu todas as disputas presidenciais no Estado para os tucanos. Em 2010, Dilma obteve no 10.462 447 votos, contra 12.308.483 de José Serra. O objetivo, agora, é ampliar essa diferença de 1.846.036.
Só para arrematar, cumpre ter uma outra conta em mente, como já escrevi aqui. Dilma concorria em nome de um governo que tinha quase 90% de aprovação em 2010. Mesmo assim, a diferença de votos em seu favor, na disputa com Serra, foi de apenas 12.041.141 (56,05% contra 43,95%). Prestem atenção a estes dados. Somadas as diferenças a favor do PT na Bahia, Pernambuco, Ceará, Minas, Rio e Maranhão, temos 12.654.768 votos — superior ao que a petista teve de votos a mais do que Serra no total. Uma coisa é certa: os petistas não contam mais com as facilidades que tinham nesses estados. Em Pernambuco, Eduardo Campos tende a ter uma avalanche de votos; Minas penderá para Aécio; na Bahia, os adversários do PT se juntaram; há um clima anti-Sarney no Maranhão que pode arranhar o petismo; no Rio, o palanque do partido na disputa presidencial está desestruturado por excesso de ambição.
quadro eleitoral
A sorte está lançada. De 2002 a esta data, este é o cenário mais promissor para os adversários do PT.
Texto publicado originalmente às 5h26
Por Reinaldo Azevedo

Lula por ele mesmo. Entrevista na Playboy de 1979. Ou A Alma Deformada.

03/12/2009 às 4:49

TRINTA ANOS DE LULA: OS HOMENS ADMIRÁVEIS

Publiquei ontem alguns trechos da entrevista de Lula à revista Playboy em julho de 1979 e fiz uma pequena provocação intelectual: “O sindicalista é o pai do homem”. Acho que há mais trechos que os eleitores têm o direito de ler. Sacrifico-me por vocês. Como não está na Internet, tenho de digitá-los. Mas não me importo. Tudo pelo esclarecimento.

Os trechos que vocês lerão em vermelho são fortes, sim. Não fosse o Brasil, hoje, amigo de todas as ditaduras que há no planeta; não tivesse o governo Lula estendido o tapete vermelho para o um delinqüente como Mahamoud Ahmadinejad, censurado na ONU uma semana depois, com os votos de Rússia e China, mas sem o voto do Brasil; não tivesse flertado o Itaramaty, por vias oblíquas, até com o terrorismo das Farc, e a fala de Lula de 30 anos atrás não teria relevância. Mas, infelizmente, tem. Vamos lá.

(…)
Playboy – Há alguma figura de renome que tenha inspirado você? Alguém de agora ou do passado?


Lula [pensa um pouco]- Há algumas figuras que eu admiro muito, sem contar o nosso Tiradentes e outros que fizeram muito pela independência do Brasil (…). Um cara que me emociona muito é o Gandhi (…). Outro que eu admiro muito é o Che Guevara, que se dedicou inteiramente à sua causa. Essa dedicação é que me faz admirar um homem.

Playboy – A ação e a ideologia?

Lula – Não está em jogo a ideologia, o que ele pensava, mas a atitude, a dedicação. Se todo mundo desse um pouco de si como eles, as coisas não andariam como andam no mundo. (…)


Playboy – Alguém mais que você admira?

Lula [pausa, olhando as paredes] - O Mao Tse-Tung também lutou por aquilo que achava certo, lutou para transformar alguma coisa.

Playboy – Diga mais…

Lula – Por exemplo… O Hitler, mesmo errado, tinha aquilo que eu admiro num homem, o fogo de se propor a fazer alguma coisa e tentar fazer.


Playboy – Quer dizer que você admira o Adolfo?

Lula – [enfático] Não, não. O que eu admiro é a disposição, a força, a dedicação. É diferente de admirar as idéias dele, a ideologia dele.

Playboy – E entre os vivos?

Lula [pensando] – O Fidel Castro, que também se dedicou a uma causa e lutou contra tudo.
Playboy – Mais.


Lula – Khomeini. Eu não conheço muito a coisa sobre o Irã, mas a força que o Khomeini mostrou, a determinação de acabar com aquele regime do Xá foi um negócio sério.

Playboy – As pessoas que você disse que admira derrubaram ou ajudaram a derrubar governos. Mera coincidência?
Lula [rápido] – Não, não é mera coincidência, não. É que todos eles estavam ao lado dos menos favorecidos.
(…)
Playboy – No novo Irã, já foram mortas centenas de pessoas. Isso não abala a sua admiração pelo Khomeini?

Lula – É um grande erro… (…) Ninguém pode ter a pretensão de governar sem oposição. E ninguém tem o direito de matar ninguém. Nós precisamos aprender a conviver com quem é contra a gene, com quem quer derrubar a gente. (…) É preciso fazer alguma coisa para ganhar mais adeptos, não se preocupar com a minoria descontente, mas se importar com a maioria dos contentes.

Voltei

Que coisa, não? O único do grupo que não é um facínora, um assassino contumaz, um homicida frio, é Gandhi. Mas Gandhi, convenham, é a Portuguesa de Desportos das figuras ilustres da humanidade. Se a Portuguesa está em campo, e o adversário não é o nosso time, a gente torce pra quem?
Os outros… A referência a Hitler se presta a uma ironia sinistra: “O Hitler, mesmo errado, tinha aquilo que eu admiro num homem, o fogo de se propor a fazer alguma coisa e tentar fazer”. Sem dúvida, o homem era o senhor do fogo…

Lula mudou? Digamos que alguns facínoras foram acrescentados à sua galeria: Ahmadinejad, Khadafi, Omar Hassan Ahmad al-Bashir (o genocida do Sudão)… Fidel, bem…, a múmia, rejeitada até pelo diabo, continua objeto de culto…

De todas as admirações, esta que diz pouco se importar com ideologia é, sem dúvida, a mais perigosa. Afinal, 30 anos depois daquela entrevista, indagado se não se incomodava em receber Ahmadinejad, que nega o holocausto dos judeus, promovido por Hitler – aquele que “tinha o fogo de se propor a fazer alguma coisa”, Lula respondeu:

“Muito pelo contrário. Não estou preocupado com judeus nem com árabes. Estou preocupado com a relação do estado brasileiro com o estado iraniano. Temos uma relação comercial, queremos ter uma relação política”.
O sindicalista, como se vê, era mesmo o pai do presidente.
Se você ainda não leu, leia também:


02/12/2009 

LULA, O SEXO, OS ANIMAIS E AS VIÚVAS
Vocês sabem: fim de ano é hora de jogar fora papel velho, livros de auto-ajuda que lhe mandam na suposição de que você precise deles, jornais e revistas que vão ficando pelo caminho. Regra geral: “Conteúdo que já estiver na Internet vai pro lixo, excetuando-se algumas edições históricas de momentos históricos”. Há algumas coisas aqui: o fim do AI-5, os grandes comícios das diretas, afastamento de Fernando Collor, atentados de 2001, mensalão… Não jogo essas coisas, não, ainda que uma ou outra possam estar na rede. E eis que me deparo com algo tornado também histórico: a entrevista de Lula à revista Playboy em 1979. TRINTA ANOS ESTA TARDE!

Pena não ser possível digitar tudo. Sabem aquela máxima de Wordsworth que vivo citando aqui, “o menino é o pai do homem” (depois “popularizada” por Machado de Assis)? Pois é… O sindicalista era o pai do presidente. Vou brindá-los com alguns trechos que revelam o, digamos, espírito do homem por dentro daquela figura pública mítica que começava a se plasmar ali.

Lula tinha, então, 34 anos e era visto por parte da esquerda como a grande novidade da política — uma liderança genuinamente operária. Outra parte torcia o nariz e rejeitava o que lhe parecia individualismo excessivo, falta de “consciência de classe” (risos), despolitização, flerte com o populismo etc. Eu tinha 18 anos à época, militava numa organização trotskista e o considerava um verdadeiro violador dos princípios da classe operária… Bem, já contei para vocês como eu e o mito Lula nunca nos demos: antes, eu era esquerdista demais para suportá-lo; depois, acho que virei democrata demais…

Na entrevista, como não poderia deixar de ser, Lula fala sobre sexo também. Destaco um trecho:
Playboy - Com que idade você teve sua primeira experiência sexual?

Lula - Com 16 anos.

Playboy - Foi com mulher ou com homem?

Lula (surpreso) - Com mulher, claro! Mas, naquele tempo, a sacanagem era muito maior do que hoje. Um moleque, naquele tempo, com 10, 12 anos, já tinha experiência sexual com animais… A gente fazia muito mais sacanagem do que a molecada faz hoje. O mundo era mais livre…

Comento

Evito comentar. Não considero o trecho propriamente político. Apenas relevo que, dada a pergunta, a resposta-síntese é esta: “Nem com mulher nem com homem”. Vamos a outro trecho. Este, com efeito, apela a algumas instâncias um tanto mais graves da vida pública.

Referindo-se a seu passado, Lula conta que já era viúvo e costumava sair da casa de uma namorada no começo da madrugada. Andava de táxi (!!!). Sempre o mesmo. O motorista lhe contara que o filho fora assassinado ainda muito jovem e que sua nora prometera jamais se casar. Pressuroso e solidário, Lula pensava —segundo ele próprio confessa: “Qualquer dia eu vou papar a nora desse velho…”. Agora sigo com Lula, entre aspas:

“Nessa época, a Mariza apareceu no sindicato. Ela foi procurar um atestado de dependência econômica para internar o irmão. Eu tinha dito ao Luisinho, que trabalhava comigo no sindicato, que me avisasse sempre que aparecesse uma viúva bonitinha. Quando a Marisa apareceu, ele foi me chamar”.

Comento

Entendeu, leitor amigo? Era morrer um representante da “craçe trabaiadora”, Lula estava ali, preparado, para “papar” a carente mulher do defunto. Se eu fosse esquerdista, construiria aqui um raciocínio demonstrando que Lula cresceu sobre os cadáveres da classe operária. Mas eu não sou. A abordagem que me interessa é a do caráter dos indivíduos. Então afirmo que Lula abusava de sua posição institucional, política, para obter uma vantagem que era, convenham, absolutamente individual. E isso expõe a diferença entre individualismo e oportunismo.

Que outro brasileiro teria sobrevivido politicamente à confissão de que usava o sindicato para “papar” a mulher de companheiros mortos? Lula sobreviveu. E se tornou um mito. Não sei se o filme mostra todo o seu empenho em conquistar as viúvas. A turma da hagiografia vai dizer que ele fizera aquele pedido porque estava em busca de uma “esposa”. O seu pensamento enquanto o taxista contava as suas agruras diz tudo: “Qualquer dia eu vou papar a nora desse velho…”

Na vida de Lula, tudo termina em filme. A “nora do velho” que ele prometera “papar” era, o que ele só soube depois, justamente… Marisa! Não é demais? Sua antevisão se consumou. Só que, consta, ele casou primeiro e “papou” depois. Mirian Cordeiro, tornada a bruxa nacional pelos adoradores de Lula, é desse período. Ele próprio já confessou que a abandonou grávida. Papou e largou. Nem todas as filhas e mulheres da classe operária que cruzaram com Lula tiveram a mesma sorte…

Ainda comentarei por estes dias outros aspectos da entrevista. Uma coisa é certa: o mito estava em construção — e a excelente entrevista feita pela Playboy — 13 páginas — não deixa de ser parte dessa construção. Mas que se releve: embora seja simpática a Lula e o trate sempre com admiração (e alguma benevolência), revela de modo indubitável que o sindicalista era o pai do presidente. Tudo estava devidamente anunciado ali.
PS - Por favor, façam apenas comentários elevados! Por Reinaldo Azevedo
_______________________________________________________________________________

02/12/2009 

Os petralhas estão injuriados com a transcrição de trechos da entrevista que Lula concedeu em 1979 à Playboy. Dizem que isso é “golpe baixo”. Desde quando usar as palavras do líder supremo deles, do aiatolula, é “golpe baixo”?

Nem transcrevi ainda tudo o que há lá de interessante. Lula expressou, por exemplo, um juízo sobre as mulheres e sua, como direi?, resistência. Marisa está contando que estava entre dois pretendentes - um deles era Lula:

MARISA - Um tinha boa intenção, outro, intenção ruim. E acabei conquistada pelo que tinha intenção ruim. Mas ele era gamado, viu? Vivia dependurado no telefone [gargalhada de Lula]. Eu só fugia, dizia que estava ocupada, que tinha de trabalhar, mas, no fim, acabava atendendo.

LULA - Charminho dela… O problema de mulher é você conseguir pegar na mão. Pegou na mão…
Comento

Precisa?

Por Reinaldo Azevedo

Celebridades que amavam charutos




Tradução: Silvana Siqueira

Esta é a lista de fumantes notáveis da revista Cigar Magazine, conheça um pouco mais suas peculiaridades.

Independentemente de seu status, todos na lista da Cigars Magazine dividem uma peculiaridade: o amor por um bom charuto.
Todos temos em nossas mentes a imagem de um apreciador de charutos. Uma dessas imagens é a de alguém que parece relaxado, contente com seu refinamento enquanto o charuto está pendente na boca, como um pirulito na boca de uma criança feliz.
Talvez a imagem mental seja a sua própria, ou a de algum membro da família – o tio rico baforando entre gargalhadas, a tia cujo charuto cobre porções de pelos faciais indesejados. Independente da imagem que seu cérebro traga, há grandes chances de que haja uma comparação com a figura de alguém famoso.

WINSTON CHURCHILL
Durante toda a vida Churchill sustentou a Inglaterra com sua bravura, coragem política e discurso engenhoso, e sustentou a si mesmo com as melhores comidas, bebidas e charutos que pudesse encontrar. O homem que deu nome ao modelo de charuto Churchill fumava de 8 a 10 charutos por dia, de preferência cubanos. Nem mesmo a necessidade de usar máscara de oxigênio para vôos de grandes altitudes em uma cabine não pressurizada poderia impedir Churchill de fumar. Segundo relatos, o primeiro ministro solicitou a invenção de uma máscara especial que permitia que ele fumasse enquanto voava. Obviamente a solicitação foi atendida. Certa vez, Churchill recebeu para o lanche o rei Ibn Sa’ud da Arábia Saudita, este não permitia que fumassem ou bebessem em sua presença. Ao invés de se submeter à vontade do rei, Churchill afirmou: “A regra da minha vida determina um ritual sagrado e absoluto que inclui fumar charutos e também beber álcool antes, após e, se necessário, durante todas as refeições e também nos intervalos entre elas.” O rei se convenceu.
Charuto favorito: Romeo y Julieta.
FIDEL CASTRO
Até abandonar o hábito de fumar em 1985, o homem que governou Cuba com mão de ferro por 40 anos era sinônimo de charutos. Apenas a crescente preocupação nacional com relação aos riscos do fumo para a saúde levaria Fidel a parar de fumar, mesmo quando sozinho, para dar exemplo ao povo. Mas só porque abandonou um hábito que cultivava há 44 anos não significa que ele deixou de pensar em charutos. Ocasionalmente ele sonhava que estava fumando, entretanto sempre se censurava por fazer isso: “Até em meus sonhos eu costumava pensar que estava fazendo uma coisa errada”, disse ele em uma entrevista para aficionados por charutos em 1994, “Eu tinha consciência de que não me permitia mais fumar, mas em meus sonhos eu continuava gostando.” Anos antes, quando Castro e seus companheiros tentavam derrubar o regime Batista, os únicos momentos em que ficava sem charutos era quando eles acabavam. Antecipando estas raras ocasiões Fidel costumava esconder o último charuto, acendendo apenas para comemorar uma vitória ou para se consolar diante de um recuo.
Charuto favorito: Cohiba (Lancero e Corona)
REI EDUARDO VII
“Cavalheiros, vocês podem fumar”. Com estas simples palavras, proferidas pouco depois de sua coroação em 1901, o rei da Grã-Bretanha, Eduardo VII, acabou com a intolerância ao tabaco que havia marcado o reinado da rainha Vitória. A postura pró-charutos de Eduardo não era nenhuma novidade. Em 1866, ainda Príncipe de Gales, ele abandonou seu clube de cavalheiros em Londres devido à política de não fumar (a gota d’água foi quando um funcionário o advertiu por ter acendido um charuto). Eduardo VII levou 20 por cento dos membros consigo, e em pouco tempo eles criaram um clube onde fumar era encorajado.
MARK TWAIN
O autor de “As venturas de Tom Sawyer” e “As aventuras de Huckleberry Finn” fumava pelo menos 22 charutos por dia, chegando talvez a 40. Samuel Langhorne Clemens, mais conhecido como Mark Twain, teria declarado certa vez: “Se fumar não for permitido no Paraíso, eu não irei para lá”. O interesse de Twain por charutos não significa necessariamente que ele fumava os melhores. Ele sabia que mesmo seus conhecidos mais próximos sentiam-se ultrajados por sua seleção de charutos de baixa qualidade. Uma vez, como relataria mais tarde em seu artigo  “Sobre o Tabaco”, ele furtou diversos charutos caros e finos da casa de um amigo, removeu as etiquetas, e colocou-os em uma caixa identificada por sua marca favorita. Ele então convidou o homem e outros onze amigos para o jantar e ofereceu depois um charuto a cada um. Pouco depois cada um deu uma desculpa e foi embora, na manhã seguinte Twain encontrou os charutos esparramados no quintal, com exceção de um que fora deixado no prato do homem de quem os charutos haviam sido roubados. “Ele me disse mais tarde que um dia eu levaria um tiro por oferecer às pessoas esse tipo de charuto”.
Charuto favorito: qualquer um, exceto Havanas.
JOHN F. KENNEDY
Quando o sujeito é presidente dos Estados Unidos pode conseguir praticamente tudo o que deseja. O 35º presidente americano queria no início de 1962 muitos charutos cubanos, 1000 Petit Upmanns, para ser exato. Ele deu ao secretário de imprensa, Pierre Salinger, menos de 24 horas para consegui-los. Pouco tempo para um pedido deste porte, mas JFK tinha uma razão urgente: estava prestes a assinar o embargo que proibia a entrada de qualquer produto cubano no país, incluindo seus amados charutos. O embargo derivou da disputa que os Estados Unidos estavam tendo com Cuba e do medo de que Fidel Castro representasse uma ameaça crescente à segurança americana. Mas antes que Kennedy pudesse agir, ele precisava que Salinger completasse a missão. O secretário de imprensa não o desapontou, conseguindo mais de 1200 charutos. Kennedy então assinou o embargo e o tabaco cubano ficou fora dos limites americanos.
Charuto favorito: Petit Upmann.
SIGMUND FREUD
O pai da psicanálise via símbolos fálicos em todos os lugares, mas ainda assim admitia que “às vezes um charuto é só um charuto”. Ele começou a fumar aos 24 anos, consumia em média vinte charutos por dia, e raramente era fotografado sem a companhia de seu tabaco. Freud declarou diversas vezes que não conseguiria trabalhar sem charutos e que “fumar era um de seus maiores prazeres na vida”. Eterno fumante, preferia Don Pedros, Reina Cubanas e Dutch Liliputanos.



MILTON BERLE
Muitos homens ficariam aterrorizados se suas esposas gostassem do cheiro de seus charutos. Berle deve ter ficado estático, já que todas as três esposas que teve apoiavam seu desejo por Havanas. Até Marilyn Monroe, com quem o artista teve um curto relacionamento antes dela se tornar famosa, apreciava o aroma de seus charutos, e Uncle Miltie, que sempre tentava fazer seus amigos largarem o cigarro e aderirem ao charuto, certa vez comprou uma caixa de charutos pequenos para a estonteante loira, na esperança de que ela fizesse a troca. A segunda esposa de Berle, Ruth, não apenas apoiava seu hábito, ela demonstrava certo engenho ao fazê-lo. Durante a lua-de-mel em Paris, Ruth saiu para comprar uma bolsa, experimentou modelos cada vez maiores até que encontrou uma na qual coubessem quatro dos enormes cubanos de Miltie.  Antes de voarem para Roma, Berle empacotou algo em torno de 500 Havanas, mas a alfândega informou que os visitantes poderiam levar no máximo 100 charutos. Sem pestanejar, Ruth tirou um charuto de sua bolsa e pediu para Berle acendê-lo. “Ela quase teve um ataque ao fumá-lo”, disse Berle, “Mas isso nos permitiu levar outros 100 charutos conosco”. Charuto favorito: H. Upmann.

CHE GUEVARA
Apesar de ser asmático, o argentino Che assumiu os charutos como um de seus primeiros hábitos cubanos. Enquanto era o braço direito de Fidel Castro durante a revolução cubana ele se permitia dois prazeres: livros e charutos. Mas bons tabacos eram raros nas montanhas de Cuba, portanto qualquer charuto que conseguissem era altamente apreciado. Depois de pegar sua parte, Guevara usava os charutos como incentivo aos seus soldados porque, segundo ele escreveu, “o fumo nos momentos de descanso é uma grande companhia para o soldado solitário”.

GROUCHO MARX
Os charutos às vezes metiam o comediante em encrencas. Uma vez, sua terceira esposa, Eden, reclamou de seu “velho charuto fedorento” e ordenou que ele desse um fim nisso ou arranjasse uma nova esposa. Antes disso, Marx viu um comercial de charutos que prometia “trinta minutos em Havana”, porém seu charuto durou apenas 20 minutos e ele exigiu outro. Cada charuto subsequente durava o mesmo tempo, até que depois do quinto charuto o comerciante ficou esperto e recusou o pedido de Groucho.

Fonte: http://www.cigarsmag.com

Homem morre de frio no bairro Santa Cruz, em Guarapuava

SEGURANÇA/JUSTIÇA

30/06/2014 - 16:00:00


Foto: Marcos Kasnocha
Um homem foi encontrado morto na manhã desta segunda feira (30) no Bairro Santa Cruz, em Guarapuava. A causa da morte foi constatada como hipotermia.

De acordo com informações do Instituo Médico Legal de Guarapuava (IML), o homem ainda não foi identificado. Informações de moradores da região em que o homem foi encontrado apontam que ele era andarilho.

by RedeSul

Em Alta

O significado de Amor Fati: estoicismo e o amor ao destino

"Aceite as coisas às quais o destino o prende e ame as pessoas com quem o destino o une, mas faça isso de todo o coração." - Marcu...

Mais Lidas