domingo, 29 de junho de 2014

Aleluia: “Cadê José Sérgio Gabrielli,Rui Costa?

Foto: Valter Pontes

Presidente estadual do Democratas, José Carlos Aleluia
“Cadê o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, senhor Rui Costa?”, pergunta o presidente estadual do Democratas, José Carlos Aleluia, diante da exclusão do ex-principal executivo da estatal do petróleo da campanha do candidato petista à sucessão do governador Jaques Wagner. “Por que o amigo-irmão de Lula e Zé Dirceu foi barrado no palanque da convenção? Será que é por causa do envolvimento dele no maior rombo da história da empresa?”. Aleluia quer saber a razão de aquele que é um dos principais quadros do PT na Bahia, atual secretário estadual do Planejamento, que foi até um dos pré-candidatos petistas ao governo, está sendo renegado. “O marrento Rui Costa, que tanto desprezava os prefeitos e só agora, às vésperas das eleições, quer fazer gracinha, precisa responder esta pergunta que não quer calar”.
by Politica Livre

Oposições selam chapão para a eleição de deputados

Foto: Arquivo/Divulgação
Partidos aliados de Souto fecham chapão para eleições proporcionais
Motivo até bem pouco tempo de desentendimento, o chapão para a disputa proporcional – de deputados federais e estaduais – entre os partidos de oposição foi finalmente selado. A estratégia é lançar duas chapas grandes – uma com os partidos maiores e outra com os menores. No chapão dos partidos maiores, ficam DEM, PSDB, PMDB, PROS, PTN, PRB, Solidariedade e PSC. No dos pequenos, PPS, PV, PRP, PSDC, PTdoB, PTC e PHS. A estimativa é que, com a estratégia, o chapão dos grandes partidos faça 17 deputados federais e 27 estaduais. O chapão integrado pelas siglas menores faria de três a quatro estaduais e no mínimo um deputado federal.
by Politica Livre

"Esse programa - ou "programa" - teria algum valor prático se tivesse ao menos servido para introduzir maior racionalidade no planejamento federal. Nada semelhante ocorreu. Ao contrário: a qualidade gerencial decaiu, como ficou demonstrado com a desastrosa intervenção na política de tarifas de energia, com a manutenção do controle de preços da Petrobrás e com o uso das estatais para remendar as contas públicas. O resto é propaganda ruim, nem sequer enganadora".

28/06/2014 08:35
O Estado de SP| O Estado de SP
No PAC, obras do trem-bala 'estão em dia'
O governo federal anunciou ontem que 95,5% das obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foram concluídas até o fim de abril deste ano, consumindo R$ 871,4 bilhões em investimentos desde o início do governo Dilma Rousseff, em 2011. Apesar dos números de sucesso divulgados ontem por cinco ministros do governo, o País passou os últimos quatro anos com uma média de crescimento inferior a 2% e uma inflação sempre rondando 6%.
De acordo com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, a "grave crise internacional” não pode ser desprezada. "O que estaria acontecendo com o Brasil e nossa economia se esses investimentos não tivessem sido feitos?” Ela disse que as obras que estavam previstas para a Copa e que não foram entregues estão em andamento. "São obras para a população brasileira”, afirmou.
O Banco Central, por outro lado, estimou anteontem, no Relatório Trimestral de Inflação, que os investimentos na economia brasileira terão um recuo de 2,4% neste ano, ante uma previsão anterior, de março, de expansão de 1%.
O relatório do PAC apresentado pelo governo ontem aponta as obras do Trem de Alta Velocidade (TAV) em São Paulo como "em dia”, apesar de o leilão ter sido cancelado três vezes desde 2010. O trem-bala que ligaria Campinas-São Paulo-Rio de Janeiro era inicialmente previsto para estar pronto neste ano, a tempo da Copa do Mundo.
Entre os avanços esperados pelo governo, destacados na cerimônia do programa de obras públicas, estão as concessões ao setor privado.
O ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Moreira Franco, afirmou que investimentos de R$ 9,1 bilhões são esperados nos aeroportos de Galeão (RJ) e Confins (MG), que serão totalmente transferidos para mãos de consórcios de empresas privadas em agosto.
Controle. De saída do cargo, o ainda ministro Antônio Henrique da Silveira, da Secretaria de Portos, afirmou que se o Tribunal de Contas da União (TCU) efetivamente der o sinal verde para o primeiro bloco de concessões nos terminais de Santos (SP) e Pará na semana que vem, contratos com o setor privado da ordem de R$ 5,7 bilhões em 29 terminais poderão ser assinados.
O secretário de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, afirmou que as diversas medidas tributárias e monetárias tomadas pelo governo tornaram o custo do investimento no Brasil mais baixo. "Além do próprio PAC, que melhora a infraestrutura, podemos dizer que está mais barato investir no Brasil hoje.”
Agora, o governo somente voltará em dezembro a apresentar um balanço das obras do PAC 2 - como é chamado o programa atual, lançado em 2010, sucedendo o PAC 1. Isto porque, pela legislação eleitoral, a cerimônia pode ser considerada "palanque” a partir de 4 de julho.
EDITORIAL
O PAC do trem fantasma
Um trem fantasma circula entre Campinas e Rio de Janeiro, correndo nos trilhos imaginários do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Prometido inicialmente para este ano, o trem-bala nunca saiu da promessa, continua como um vago projeto e, assim mesmo, seu status aparece como "adequado” no 10.º balanço do PAC, apresentado na sexta-feira pela ministra do Planejamento, Míriam Belchior. Em agosto do ano passado o leilão do trem de alta velocidade, com percurso de 511 quilômetros e custo estimado de R$ 32 bilhões, foi adiado pela terceira vez. Mas oficialmente o projeto está em dia.
 Bastaria essa classificação para minar a credibilidade de mais um balanço triunfal de realizações federais. Mas outros dados comprovam, mais uma vez, o baixo grau de sucesso de um programa destinado principalmente, como indica seu nome, a ampliar a capacidade de expansão da economia brasileira.
O novo relatório comprova, mais uma vez, a predominância dos gastos com habitação no mais vistoso programa do governo central. A execução orçamentária do PAC 2 até 30 de abril deste ano envolveu aplicações de R$ 871 bilhões, 84,6% do total previsto para o período 2011-2014. Os financiamentos habitacionais, R$ 285,3 bilhões, corresponderam a 32,7% do valor aplicado. Nem sequer se poderia classificar esse montante como investimento, até porque o dinheiro pode ter sido gasto, no todo ou em parte, em imóveis velhos.
Somando-se a isso as aplicações do programa Minha Casa, Minha Vida, R$ 78 bilhões, chega-se a R$ 361,6 bilhões, ou 41,7% dos R$ 871,4 bilhões comprometidos entre 2011 e o fim de abril. O resto é dividido entre os demais setores, com destaque para os de energia e de transportes.
Não há como desmentir: o PAC é essencialmente um conjunto de financiamentos e investimentos habitacionais. Os programas de moradia podem ser importantes socialmente, economicamente úteis e louváveis sob vários aspectos, mas a aceleração do crescimento, finalidade explícita do programa, depende muito mais de investimentos em infraestrutura.
Os dispêndios das estatais, R$ 231,4 bilhões desde o início do PAC 2 até 30 de abril, corresponderam a 26,6% das aplicações totais. Somados os gastos do Orçamento-Geral da União chega-se a R$ 324,2 bilhões, valor bem menor que o dedicado à habitação.
Como explicar o peso desproporcional dos gastos com habitação? A resposta provavelmente envolve a dificuldade muito maior de planejar, projetar e executar obras de estradas, ferrovias, portos, armazéns, aeroportos, centrais elétricas, sistemas de transmissão e de pesquisa, exploração e refino de petróleo.
A escassa competência do governo federal no tratamento dessas questões já foi comprovada muitas vezes, especialmente a partir do primeiro PAC. Muitos projetos emperram antes de sair do papel, ou já nas primeiras fases de execução, por descumprimento, por exemplo, dos padrões financeiros cobrados pelo Tribunal de Contas da União. Outros emperram por má administração ou mesmo por falhas escandalosas de planejamento, como, por exemplo, nos casos de centrais elétricas impedidas de funcionar por falta de linhas de transmissão.
O PAC nunca foi, de fato, mais que uma sigla usada para marketing político. Desde a primeira versão, esse nome serviu basicamente para designar uma colcha formada pela costura apenas formal de várias ações desenvolvidas, em nível federal, pela administração direta e pelas várias estatais.
Já existiam os grandes projetos do setor elétrico. O planejamento da Petrobrás, periodicamente revisto e atualizado, era parte da rotina da empresa. As necessidades do setor de transportes eram conhecidas e obras importantes estavam em execução. O PAC nada acrescentou a esse conjunto, além de um nome de fantasia e de uma bandeira de propaganda.

Esse programa - ou "programa" - teria algum valor prático se tivesse ao menos servido para introduzir maior racionalidade no planejamento federal. Nada semelhante ocorreu. Ao contrário: a qualidade gerencial decaiu, como ficou demonstrado com a desastrosa intervenção na política de tarifas de energia, com a manutenção do controle de preços da Petrobrás e com o uso das estatais para remendar as contas públicas. O resto é propaganda ruim, nem sequer enganadora.

NO PASSADO RECENTE

TREM BALA DO BRASIL: Novidade pode ser, mas só depois do essencial. Justiça suspende certame do Trem Bala.

Trem Bala
Depois de ter o leilão fracassado por três vezes, o Trem bala Brasileiro sofre mais uma derrota na Justiça. A Seção Judiciária do Distrito Federal, a pedido do Ministério Público, determinou que para seguir em frente, o certame do trem bala brasileiro deve ter um projeto básico consistente, a obra ainda é uma incógnita. Além disso, antes da novidade, o Ministério Público e Justiça Federal partem da premissa que deve ser feito o essencial para a modernização dos transportes terrestres, que é a regularização das quase 2 mil linhas de ônibus rodoviários interestaduais, com trajeto acima de 75 quilômetros. Operando sem contrato de concessão por licitação, 95% das linhas de ônibus não obedecem o que determina a Constituição Federal de 1988. A ANTT deve realizar a licitação destas linhas, o que provoca descontentamento dos empresários por divergirem de dados da agência e acharem alguns pontos rigorosos demais do edital. Este foi um dos motivos para o certame não ter dado certo em 2008. Mas ao Blog Ponto de Ônibus, A Superintendente de Serviço de Transporte de Passageiros da ANTT, Sonia Haddad, garantiu que desta vez a maior licitação de transportes por ônibus do país não será adiada.
Licitação do Trem Bala está suspensa de novo

Ministério Público e Justiça querem que seja apresentado de fato um projeto básico para caracterizar as obras que devem custas mais de R$ 33 bilhões. Além disso, preparativos só devem continuar depois que a ANTT regularizar transporte rodoviário
ADAMO BAZANI – CBN

Os preparativos para um novo leilão para a implantação de um TAV – Trem de Alta Velocidade, ou trem bala, entre São Paulo (Capital), Campinas (interior Paulista) e Rio de Janeiro (RJ) foram paralisados por determinação da Justiça, de 13 de setembro de 2011.
Por pedido do Ministério Público Federal, a Seção Judiciária do Distrito Federal determinou que fosse apresentado um projeto básico de fato que caracterizasse a obra, ainda uma incógnita.

O Governo Federal tentou já por 3 vezes fazer o leilão para a implantação do meio de transportes mais caro pensado para o país. As obras vão custar em torno de R$ 33 bilhões, sendo R$ 10 bilhões para a aquisição dos trens e implantação dos sistemas operacionais e R$ 23 bilhões para obras civis. Nesta conta, porém, não estão inclusos gastos como custos de projetos de impactos ambientais e várias obras que devem sair do dinheiro público para a adequação dos lugares possivelmente atendidos pelos TAV – Trem de Alta Velocidade. Entre as intervenções estão mudanças de estradas, rede elétrica e sistemas fluviais.
O mercado calcula que na prática, o trem bala do Brasil não saia por menos de R$ 64 bilhões, quase o dobro do que o estipulado pelo Governo Federal.

Os dois primeiros adiamentos ocorreram por conta de problemas judiciais, alguns ainda não resolvidos, como a falta de projeto básico concreto.
O terceiro leilão, que deveria ter ocorrido em julho, não teve nenhum interessado, apesar de todas as propagandas das possíveis vantagens do trem bala.
Isso porque, pela inconsistência de projeto, sabendo que a obra deve custar mais que os R$ 33 bilhões e pelo modal de licitação, o mercado, temeroso em perder dinheiro, não se arriscou.

PRIMEIRO O ESSENCIAL, DEPOIS A NOVIDADE:

Outro fato que fez com que a Justiça Federal determinasse a suspensão do prosseguimento dos preparativos para a licitação do trem Bala do Brasil foi o pedido do Ministério Público no Distrito Federal de que a ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres – só pense em trem bala caso resolva um problema estrutural dos deslocamentos essenciais dos brasileiros por vias terrestres: a regularização do sistema de ônibus interestadual, com percursos acima de 75 quilômetros.
A licitação das linhas interestaduais, que abrange um universos de 1967 linhas, que correspondem a 95% do segmento, que transportam 50,2 milhões de passageiros anualmente.

O BLOG PONTO DE ÔNIBUS tem acompanhado a licitação, que deveria ter sido concluída em 2008 e representa o maior certame de transportes da história do setor no País.
Todos os serviços delegados de transportes, de acordo com a Constituição Federal de 1988, não podem mais ser feitos por concessões ou permissões precárias, mas sim concedidos por licitação.

Assim, os serviços de ônibus rodoviários operam de maneira inconstitucional.
Em 1993, um decreto determinou o fim do regime de concessões ou permissões precárias em 2008.

Neste ano, a ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres tentou realizar a licitação.
Mas inconsistências dos dados sobre a malha de serviços de ônibus rodoviários, cedidos pelas próprias empresas, e as queixas das viações fizeram com que a licitação não fosse para a frente.

O Ministério Público pede que a ANTT cumpra o prazo para publicar o edital de licitação até outubro deste ano. Depois da publicação, há outras três etapas a serem cumpridas:

1) A realização das sessões públicas do certame licitatório, prevista para janeiro de 2012
2) Divulgação do resultados e assinaturas do contrato, o que deve ocorrer em junho de 2012
3) Fim da transição dos serviços para a nova estrutura dos serviços de ônibus, prevista para setembro de 2012.

Caso estas etapas não sejam cumpridas, a ANTT deve ser multada em R$ 5 mil por dia e o trem bala não deve sair do papel.

A ANTT diz que vai recorrer judicialmente para desvincular a realização da licitação dos ônibus para que seja feita a licitação do trem bala brasileiro, cujo leilão estava determinado para ocorrer em fevereiro de 2012.

Se não houvesse nenhum impedimento, depois dos três adiamentos, o Governo Federal trabalhava com os seguintes prazos para o Trem de Alta Velocidade: leilão em fevereiro de 2012, início das obras em 2013 e conclusão em 2019, caso não houvesse também nenhum atraso nas obras e mudança nas intervenções, que são até previsíveis, de acordo com os especialistas pelo custo e complexidade para a instalação do trem bala e pela falta de consistência no projeto que ignora várias construções e ações de modificação de área onde podem vir a circular os trens.

Em entrevista ao BLOG PONTO DE ÔNIBUS, Sonia Haddad, Superintendente de Serviços de Transportes de Passageiros, garantiu que desta vez não será como em 2008 e que a licitação das linhas interestaduais não será adiada.

Você confere a entrevista em:
Os empresários de ônibus continuam reclamando da licitação e dizem que os termos do edital podem desestruturar o setor.Eles se queixam da frota estipulada como ideal pela ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres, de 6 132 ônibus.

Também em entrevista ao BLOG PONTO DE ÔNIBUS, o presidente da Abrati – Associação das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros, Renan Chieppe, afirmou que a frota atual é de 13 mil ônibus e que o número da ANTT seria insuficiente para atender à demanda, principalmente em temporadas de maior procura por viagens. Confira esta entrevista em :
Sonia Haddad rebateu. Ela disse que a licitação em 2008 não foi para frente por causa de dados não consistentes apresentados pelas empresas de ônibus e que na conta dos 13 mil veículos, as empresas colocam todos os ônibus cadastrados a ANTT, que fazem serviços com características interestaduais acima de 75 quilômetros de percursos ou não, no caso semiurbanos, fretamento e até ônibus que não estão mais no sistema, mas que a baixa não foi comunicada á Agência. O número da frota de ônibus é vinculada ao cálculo do valor das passagens. Renan Chieppe afirmou que a redução das tarifas anunciadas pela ANTT nada mais é que fruto da redução da frota.
Já Sônia Haddad disse que o que vai reduzir as tarifas será uma racionalização dos serviços, modernização das operações e aumento na competitividade de algumas linhas de grande demanda, que devem ter o número de empresas fazendo a mesma ligação ampliado.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.
BY  PONTO DE ÔNIBUS 

Homem morre após sofrer infarto no estádio durante jogo Brasil x Chile

28/06/2014 20h22 - Atualizado em 29/06/2014 12h07

Segundo Secretária de Saúde, ele passou mal no Mineirão.

Hipertenso recebeu atendimento em hospital, mas não resistiu.

Do G1 MG
Um homem de 69 anos morreu após dar entrada no hospital, durante o jogo Brasil x Chile, com quadro de infarto, neste sábado (28), em Belo Horizonte. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, ele passou mal dentro do Estádio Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, e foi encaminhado para uma unidade de saúde particular.
(Correção: ao ser publicada, esta reportagem errou ao informar, no título e no texto, que o torcedor havia morrido em um bar no entorno do Mineirão. A informação, passada pela Secretaria de Estado da Saúde, foi retificada na manhã deste domingo. O erro foi corrigido às 11h42.)

Ainda segundo a secretaria, o caso relacionado ao jogo foi notificado para a secretaria porque o hospital é referência da Federação Internacional de Futebol, a Fifa. O paciente deu entrada às 15h40 e faleceu às 17h45. A vítima carioca tinha histórico de hipertensão e diabetes. O nome não foi informado. A assessoria do hospital não foi localizada na noite de sábado (28).
Dentro do Mineirão, cerca de 60 atendimentos foram feitos no posto médico, mas o detalhamento dos casos ainda não foi informado pela secretaria. No entorno, outras oito pessoas receberam cuidados médicos. Destas, um cidadão de El Salvador e morador da Califórnia precisou ser encaminhado para o Hospital de Pronto-Socorro Risoleta Toletino Neves, pois apresentava falta de ar. Ele já recebeu alta. Já uma mulher foi levada para o Hospital Odilon Behrens. Ainda segundo a secretaria, ela passa bem e foi submetida a exames.
No espaço do Fifa Fan Fest, na Região Oeste da cidade, foram realizados 28 atendimentos, com três encaminhamentos hospitalares. Ao todo, sete casos com alguma relação com o jogo foram encaminhados para o Hospital de Pronto Socorro João XXIII, incluindo dois baleados durante comemoração no pós-jogo e um ferido na cabeça por garrafada durante briga na Savassi, em Belo Horizonte, além de um ferido por um rojão em Vespasiano, na Região Metropolitana. As informações são da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais.

Com obras inacabadas e famílias despejadas, Copa chega ao fim em PE

29/06/2014 

Moradores perderam casas para obras no TI Camaragibe e Ramal da Copa.

Expansão de terminal nem foi licitada; via não ficou completa para Mundial.


Luna MarkmanDo G1 PEImagem de cima, reproduzida do Google Maps, mostra como era trecho do Loteamento São Francisco de Timbi antes dos imóveis serem desapropriados. Foto abaixo mostra que casas do lado direito da rua foram derrubadas para passagem do Ramal da Copa e expansão do TI Camaragibe (Foto: Luna Markman/G1)

Era nessa região que morava há 35 anos a aposentada Aurenir da Costa, 75 anos. Perto da antiga residência tinha a igreja, o frigorífico, o posto de saúde, a barraca de fruta que frequentava, além de um ponto do ônibus. O filho desempregado usou parte do terreno para montar uma sorveteria, que depois virou uma padaria. Ela conta que chegou a participar de uma reunião onde foi avisada sobre o despejo, mas afirma que a data não ficou acertada.

"No fim de 2013, chegaram dizendo para eu fazer o possível e impossível para sair de casa em três dias. Consegui alugar uma casa e, até agora, recebi 80% da indenização. Com esse dinheiro, só consegui comprar um lugarzinho para o meu filho. Passei a tomar remédios contra depressão por causa disso tudo que estou vivendo, e as obras nem terminaram. Meus netos querem nem saber da Copa", lamenta.
A primeiro foto, retirada do Google Maps, mostra outro trecho de Camaragibe onde ocorreram desapropriações para passagem do Ramal da Copa (Foto: Luna Markman/G1)A primeira imagem, do Google Maps, retrata outro trecho do Timbi antes das desapropriações para o Ramal e expansão do TI. Atualmente, quando chove, área vira lamaçal (Foto: Luna Markman/G1)
A Secretaria das Cidades informou que a área passou por uma adequação para possibilitar o tráfego de veículos. "Futuramente, algumas mudanças serão realizadas, como a construção de duas faixas, ligando o acesso do Ramal da Copa ao TI Camaragibe. Até o final do ano, as mudanças acontecerão", explia a Secretaria em nota. O órgão também garantiu que pretende iniciar as obras de expansão do TI Camaragibe ainda este ano.

Próximo ao Loteamento São Francisco do Timbi, outras famílias foram despejadas para obras do Corredor Leste-Oeste e do Ramal da Copa, entregues incompletos dias antes do início da competição. O coordenador de montagem Marcos Santos, 38 anos, perdeu metade do terreno de um hectare (tamanho de um campo de futebol), onde "nasceu e se criou", para abrir caminho ao Ramal da Copa, em Camaragibe, e até a última sexta (27) não tinha recebido nenhuma parcela da indenização.
Marcos e esposa Ana Paula lamentam saída do Timbi sem indenização (Foto: Luna Markman/G1)Marcos e esposa Ana Paula lamentam saída do Timbi
sem indenização (Foto: Luna Markman/G1)
"Depois que tiraram a terra de nós, colocaram um valor baixo por ela. O nosso caso está na Justiça e queremos agilidade, porque não recebi nada. Acho que é descaso, porque já apresentei toda a documentação. Preciso do dinheiro para construir uma casa nova. Estou morando de favor na casa da minha sogra e meus pais estão morando de improviso num cômodo com banheiro, sem água, no que restou do terreno. Não tem o que torcer nessa Copa, ela só trouxe desgraça e tristeza para nós", disse.

Expectativa
Em setembro de 2011, faltando mil dias para a Copa do Mundo, a Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa-PE) apresentou, em coletiva, o Ramal da Copa. Com 6,3km de extensão, a nova via iria da Avenida Belmino Correia (continuação da Avenida Caxangá, no Recife), próximo ao TI de Camaragibe, até a Cidade da Copa (projetada para 2025) e a BR-408, onde fica a Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata.

O ramal seria composto por uma pista exclusiva para BRT (Bus Rapid Transit) e duas para carros, em cada sentido, passando pelo TI Cosme Damião, incluindo a construção de quatro obras de arte especiais (nome técnico dos túneis e viadutos) e uma estação. Depois, foi incluída uma ciclofaixa. A obra, na ocasião, estava em licitação, orçada em R$ 180 milhões, sendo R$ 81 milhões do governo estadual e R$ 99 milhões do governo federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Copa. A data de início do serviço estava prevista para novembro de 2011 e a conclusão, maio de 2013.
Ramal da Copa só com duas faixas, sem acostamento (Foto: Luna Markman/G1)Ramal da Copa passa por Camaragibe só com duas faixas
e não tem acostamento (Foto: Luna Markman/G1)
Realidade
No primeiro jogo em Pernambuco, em 14 de junho, entre Costa do Marfim e Japão, os torcedores só puderam pegar o novo BRT nas duas únicas estações que ficaram prontas das 21 projetadas para o Corredor Leste-Oeste, que parte do Centro do Recife até a Avenida Belmino Correia. A rapidez e o conforto da viagem foram elogiados. No entanto, o tão famoso legado não será entregue à população 100% pronto, após o fim do Mundial.

A pista possui apenas duas faixas, em sentidos contrários, que servem exclusivamente ao BRT em dias de jogos na Arena. O ônibus, inclusive, não faz todo o percurso pelo Ramal. Atualmente, ainda tem que passar pelo Centro de São Lourenço da Mata. Não há acostamento e, segundo Marcos Santos, as luzes dos postes só acendem quando há partidas, gerando um clima de insegurança.

A Secretaria das Cidades informou que as obras terão continuidade após o término da Copa, com previsão de conclusão até o fim deste ano. A pasta não enviou resposta ao G1sobre o motivo do atraso na obra nem o orçamento final do projeto.

Desapropriação criticada
A Secretaria Executiva de Desapropriações (Sedes) contabiliza 459 desapropriações para obras da Copa do Mundo no Recife e Região Metropolitana, totalizando R$ 102.528.738,48 [veja tabela abaixo]. Segundo o órgão, a maior parte dos imóveis residenciais desapropriados estava localizada na área de implantação do Ramal da Copa, especificamente no Loteamento Santos Cosme e Damião (38 imóveis), no bairro da Várzea, Zona Oeste do Recife, e no Loteamento São Francisco do Timbi (55 imóveis), emCamaragibe.
Desapropiações no Grande Recife para obras da Copa 2014
CidadeNúmeroObras
Recife298Ramal  da Copa, TIs Camaragibe e Cosme e Damião e Corredor Leste-Oeste
Camaragibe123Ramal da Copa, TI Camaragibe e Corredor Leste-Oeste
Olinda38Corredor Norte e Sul
Fonte: Secretaria Executiva de Desapropriações de Pernambuco
A mestranda em antropologia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Alice Bezerra de Mello acompanhou as desapropriações em Camaragibe ainda durante a graduação em Ciências Sociais, por conta do projeto de conclusão do curso, que abordava o assunto. Além disso, ela também participa do Comitê Popular da Copa, grupo que acompanhou o desenrolar das obras e suas consequências junto à população.

Mello conta que quando chegou ao loteamento, ainda em 2012, as casas estavam em pé e ficou impressionada com a forma como os moradores foram comunicados sobre os despejos. "O governo contratou uma empresa terceirizada para fazer o serviço, mas eles só colocaram adesivos nas casas que seriam desapropriadas e não passaram informações precisas, como a data para sair e o valor das indenizações. O que preocupa é que a Copa começou a ser planejada em 2007 e não houve planejamento para essas famílias, como habitacionais ou doação de terreno. O que foi dado foi uma indenização insuficiente para as pessoas comprarem imóveis iguais aos que tinham", disse.

Mello também critica a falta de assistência às famílias e ainda denuncia a morte de sete pessoas em decorrência do processo desgastante das desapropriações. "Hoje, há famílias que não receberam o dinheiro porque a ação ainda está na Justiça. O que eu percebi é que a moradia delas piorou, passando para aluguel, casa de parentes. A indenização não suficiente para eles serem capazes de refazer vida, e não foi só a casa que eles perderam, foi o posto de saúde, a escola das crianças, a convivência com os vizinhos", relata.

Em novembro do ano passado, o G1 acompanhou a visita da relatora especial das Nações Unidas para o Direito à Moradia, Raquel Rolnik, ao Loteamento São Francisco de Timbi. A relatora saiu do local com a opinião de que Pernambuco estava "produzindo sem-tetos". Na ocasião, a secretária executiva estadual de Desapropriações, Analúcia Cabral, assegurou que uma série de ações foram realizadas para orientar e esclarecer os afetados sobre as desapropriações, como audiências públicas, com condução de uma equipe multidisciplinar.
Em 2013, durante visita da relatora da ONU a Camaragibe, o G1 entrevistou o mecânico Nelson Gregório, que estava sendo desapropriado e ainda não tinha recebido a indenização (Foto: Luna Markman/G1)Em 2013, durante visita da relatora da ONU a Camaragibe, o G1 entrevistou o mecânico Nelson Gregório, que mostrou adesivo colado na porta da casa de onde teria que sair para as obras da Copa (Foto: Luna Markman/G1)
Pagamento das indenizações
A Sedes informou que o valor ofertado a título de indenização pelo Estado já foi depositado integralmente nos processos judiciais, dependendo tão somente da liberação dos valores pela Justiça. Em relação às famílias desapropriadas no Loteamento São Francisco do Timbi, em Camaragibe, o órgão afirma que 44,18% dos expropriados já receberam 100% dos valores devidos; 28,68% receberam 80% dos valores ofertados; 17,95% receberam outros valores; e 9,17% não receberam nenhum valor indenizatório até o momento, o que representa, em números, nove casos.

Sobre esses casos, a Sedes informa que essa impossibilidade de pagamento decorreu da ausência dos requisitos legais exigidos dos expropriados para a quitação desses valores. A liberação desses recursos cabe ao Poder Judiciário, mediante comprovação de propriedade dos imóveis e a regularização fiscal dos tributos incidentes sobre o bem expropriado. O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e a Defensoria Pública do Estado estão em recesso até a próxima segunda-feira (30).

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