domingo, 29 de junho de 2014

Depois da duríssima batalha com os chilenos no Mineirão, o técnico acredita que o time pode se fortalecer. Mas é preciso acabar com os vacilos, avisa ele

Futebol

Para Felipão, sofrimento também pode ser um bom treino

Giancarlo Lepiani, de Belo Horizonte

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Felipão abraça Thiago Silva após vitória do Brasil sobre o Chile
Felipão abraça Thiago Silva após vitória do Brasil sobre o Chile - Ricardo Corrêa
“Quando se vence dessa forma, também é possível fazer disso tudo uma coisa boa. Dá para valorizar uma classificação assim”, acredita Scolari
Garantida nas quartas de final da Copa do Mundo, a seleção brasileira está de folga neste domingo – uma boa chance para que os atletas se recuperem do desgaste físico e emocional sofrido no dramático duelo com o Chile, decidido só nos pênaltis, no sábado, no Mineirão. Aliviado com a classificação, o técnico Luiz Felipe Scolari tentou encontrar a parte positiva desse sofrimento todo. “Como a seleção tem muita gente nova, situações difíceis como as que vivemos contra o Chile vão acrescentando experiência a eles. O Willian, por exemplo, errou o pênalti, mas isso vai somar algo para ele no futuro”, afirmou Felipão. Ele reconheceu que o time tem tido problemas para lidar com o nervosismo e que se assustou com alguns lances da duríssima partida de sábado. “É claro que preocupa um pouco, pois mesmo os jogadores mais experientes sentem o peso de uma Copa do Mundo. E quem disser que não sente está mentindo, pois esses não são jogos comuns.”
Como de costume, porém, Felipão já pensa em tentar usar as dificuldades como argumentos na hora de motivar e dar confiança ao grupo. “Quando se vence dessa forma, também é possível fazer disso tudo uma coisa boa. Dá para valorizar uma classificação assim.” Questionado sobre como aproveitar as lições das oitavas de final, o treinador da seleção disse que pretende trabalhar muito na redução dos erros e vacilos que um time não pode cometer numa fase eliminatória – como o lance que ocasionou o empate chileno no Mineirão, quando Marcelo e Hulk se atrapalharam na saída de bola e a bobeada complicou o jogo. “Fizemos o gol e aí tomamos o empate depois de um erro na cobrança de lateral, que é algo que não se admite no futebol. Depois, tivemos boas chances de fazer o segundo mas perdemos essas oportunidades por detalhes. Depois de um jogo assim, recupera-se a equipe mostrando como ganhamos, por que ganhamos, e também o que fizemos de errado”, explicou.
Assim como no jogo contra o México, na fase de grupos, Felipão lamentou as falhas de finalização. “Quem não aproveita suas oportunidades pode pagar caro, como aprendemos contra o Chile na hora daquela bola no travessão”, avisou, lembrando do chute perigosíssimo de Pinilla nos últimos momentos da prorrogação. “Vamos ver se cometemos menos erros daqui para frente, porque talvez da próxima vez a gente não tenha a sorte que teve contra o Chile depois de 118 minutos de jogo.” Mesmo esperando minimizar os equívocos evitáveis, como a bobagem que ocasionou o gol chileno, Felipão prevê novos “testes para cardíacos” nesta Copa. “A cada jogo o nível vai subindo, a dificuldade vai aumentando. São jogos emocionantes porque a Copa tem promovido duelos muito equilibrados, muito idênticos.” E mesmo nesse clima de altíssima tensão, Felipão continua se esforçando para manter um discurso otimista. “Não é fácil jogar uma Copa em casa. Existe apreensão, é claro, mas vamos superando tudo com as vitórias.”
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Júlio durante cobrança de pênaltis, em Minas Gerais
Júlio durante cobrança de pênaltis, em Minas Gerais - Ivan Pacheco/VEJA.com
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Torcida no estádio Mineirão, em Belo Horizonte
Torcida no estádio Mineirão, em Belo Horizonte - Ivan Pacheco/VEJA.com
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Movimentação no Mineirão antes da partida entre Brasil e Chile, em Belo Horizonte
- Movimentação no Mineirão antes da partida entre Brasil e Chile, em Belo Horizonte


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