sexta-feira, 27 de junho de 2014

Onda de suicídios assusta

Em um ano, 11 agentes da PF tiraram a própria vida. Atualmente, policiais morrem mais por suicídio do que durante combate ao crime. Conheça as possíveis causas desse cenário dramático

Josie Jeronimo e Izabelle TorresChamada.jpg
DRAMA 
Em 40 anos, 36 policiais federais perderam a vida no cumprimento da função. 
Um terço desse total morreu por suicídio apenas entre 2012 e 2013
Vista do lado de fora, a Polícia Federal é uma referência no combate à corrupção e ainda representa a elite de uma categoria cada vez mais imprescindível para a sociedade. Vista por dentro, a imagem é antagônica. A PF passa por sua maior crise interna já registrada desde a década de 90, quando começou a ganhar notoriedade. Os efeitos disso não estão apenas na queda abrupta do número de inquéritos realizados nos últimos anos, que caiu 26% desde 2009. Estão especialmente na triste história de quem precisou enterrar familiares policiais que usaram a arma de trabalho para tirar a própria vida. Nos últimos dez anos, 22 agentes da Polícia Federal cometeram suicídio, sendo que 11 deles aconteceram entre março de 2012 e março deste ano: quase um morto por mês. O desespero que leva o ser humano a tirar a própria vida mata mais policiais do que as operações de combate ao crime. Em 40 anos, 36 policiais perderam a vida no cumprimento da função. Para traçar o cenário de pressões e desespero que levou policiais ao suicídio, ISTOÉ conversou com parentes e colegas de trabalho dos mortos. O teor dos depoimentos converge para um ponto comum de pressão excessiva e ambiente de trabalho sem boas perspectivas de melhoria.
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FALTA DE ESTRUTURA
Agentes trabalham amordaçados em protesto contra condições desumanas de trabalho
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Brasília (UnB) no ano passado mostrou que por trás do colete preto, do distintivo, dos óculos escuros e da mística que transformou a PF no ícone de polícia de elite existe um quatro grave. Depressão e síndrome do pânico são doenças que atingem um em cada cinco dos nove mil agentes da Polícia Federal. Em um dos itens da pesquisa, 73 policiais foram questionados sobre os motivos das licenças médicas. Nada menos do que 35% dos entrevistados responderam que os afastamentos foram decorrentes de transtornos mentais como depressão e ansiedade. “O grande problema é que os agentes federais se submetem a um regime de trabalho militarizado, sem que tenham treinamento militar para isso. Acreditamos que o problema está na estrutura da própria polícia”, diz uma das pesquisadoras da UnB, a psicóloga Fernanda Duarte.

O drama dos familiares dos policiais que se suicidaram está distribuído nos quatro cantos do País. A última morte registrada em 2013 ainda causa espanto nas superintendências de Roraima, onde Lúcio Mauro de Oliveira Silva, 38 anos, trabalhou entre dezembro do ano passado e março deste ano. Mauro deixou a noiva no Rio de Janeiro para iniciar sua vida de agente da PF em Pacaraima, cidade a 220 quilômetros de Boa Vista. Nos 60 dias em que trabalhou como agente da PF, usou o salário de R$ 5 mil líquidos para dar entrada em financiamento de uma casa e um carro. O sonho da nova vida acabou com um tiro na boca, na frente da noiva. Cinco meses se passaram desde a morte de Mauro e o coração de sua mãe, Olga Oliveira Silva, permanece confuso e destroçado. “A Federal sabia que ele não tinha condições de trabalhar na fronteira. Meia hora antes de morrer, ele me ligou e disse: Mainha, eu amo a senhora. Perdoa eu ter vindo pra cá sem ter me despedido”.
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Relatos de colegas de Mauro dão conta que ele chegou a sofrer assédio moral pela pouca produtividade, situação mais frequente do que se poderia imaginar. Como ele, cerca de 50% dos agentes federais já chegaram a relatar casos de assédio praticados por superiores hierárquicos. Essas ocorrências, aliadas a fatores genéticos, à formação de cada um e à falta de perspectivas profissionais, são tratadas por especialistas como desencadeadoras dos distúrbios mentais. “A forma como a estrutura da polícia está montada tem causado sofrimento patológico em parte dos agentes. Há dificuldades para enfrentar a organização hierárquica do trabalho. As pessoas, na maioria das vezes, sofrem de sentimentos de desgaste, inutilidade e falta de reconhecimento. Não é difícil fazer uma ligação desse cenário com as doenças mentais”, afirma Dayane Moura, advogada de três famílias de agentes que desenvolveram doenças psíquicas.
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Os distúrbios mentais e a ocorrência de depressão em policiais são geralmente invisíveis para a estrutura da Polícia Federal. De acordo com o Sindicato dos Policiais do Distrito Federal, há apenas cinco psicólogos para uma corporação de mais de dez mil pessoas. Não há vagas para consultas e tampouco acompanhamento dos casos. Foi nessa obscuridade que a doença do agente Fernando Spuri Lima, 34 anos, se desenvolveu. Quando foi encontrado morto com um tiro na cabeça, em julho do ano passado, a Polícia Federal chegou a cogitar um caso de vingança de bicheiros, uma vez que ele tinha participado da Operação Monte Carlo. Dias depois, entretanto, descobriu-se que Spuri enfrentava uma depressão severa há meses. O pai do agente, Fernando Antunes Lima, reclama da falta de estrutura para um atendimento psicológico no departamento de polícia. “Os chefes estão esperando quantas mortes para tomar uma ação? Isso é desumano e criminoso”, diz ele.

O drama de quem perdeu um familiar por suicídio não se limita aos jovens na faixa dos 30 anos. Faltavam dois anos para Ênio Seabra Sobrinho, baseado em Belo Horizonte, se aposentar do cargo de agente da Polícia Federal. Com histórico de transtorno psicológico, o policial já havia comunicado à chefia que não se sentia bem. Solicitou, formalmente, ajuda. Em resposta, a PF mandou dois agentes à sua casa para confiscar sua arma. Seabra foi então transferido para o plantão de 24 horas, quando o policial realiza funções semelhantes às de um vigia predial. A missão é considerada um castigo, pois não exige qualquer treinamento. No dia 14 de outubro de 2012, Seabra se matou, aos 49 anos. Apesar de estar perto da aposentadoria, a família recebe pensão proporcional com valor R$ 2 mil menor do que os vencimentos do agente, na ativa.
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Fruto de uma especial combinação de fatores negativos, internos e externos, o suicídio nunca foi uma tragédia de fácil explicação para a área médica nem para estudiosos da vida social. Lembrando que toda sociedade, em qualquer época, tem como finalidade essencial defender a vida de seus integrantes, o sociólogo Émile Durkheim (1858-1917) demonstrou que o suicídio é a expressão mais grave de fracasso de uma comunidade e que raramente pode ser explicado por uma razão única. Ainda que seja errado apontar para responsabilidades individuais, a tragédia chegou a um nível muito grande, o que cobra uma resposta de cada parcela do Estado brasileiro que convive com esse drama.
fotos: Cesar Greco / Foto arena; Adriano Machado
by Isto É

Delegado se mata no prédio da PF na Capital

GABRIEL MAYMONE, MILENA CRESTANI E VÂNYA SANTOS    26/06/2014 22h43

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Foto: Reprodução
Eduardo Jaworski
O superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul, Edgar Marcon, confirmou o suicídio do delegado Eduardo Jaworski Lima, com um tiro no peito, na noite desta quinta-feira (26), em sua sala, no terceiro andar do prédio da superintendência da PF, em Campo Grande.
Eduardo Jaworski tinha aproximadamente 15 anos de carreira na PF e estava há dois anos em Campo Grande, de onde veio transferido de São Paulo.
Ele estava a frente da delegacia regional de Combate ao Crime Organizado e era o segundo homem na hierarquia da superintendência. Ele deixa uma filha de dois anos.
A perícia esteve no local para fazer os levantamentos.
*Editada às 23h26min para atualização

Funerária em frente à superintendência da Polícia Federal - Foto: Milena Crestani 
by Correio do Estado

Lagarto deixa 'boca do avesso' em mecanismo de defesa bizarro

27/06/2014 06h00 - Atualizado em 27/06/2014 06h00

Animal projeta a pele dos cantos da boca para intimidar predadores.

Fotógrafo Milan Zygmunt registrou criatura bastante incomum.

Do G1, em São Paulo
O fotógrafo Milan Zygmunt, de 35 anos, registrou uma criatura bizarra no deserto, que tem um método de defesa e intimidação bastante incomum, ao deixar sua boca do “avesso” para assustar outros animais.
Phrynocephalus mystaceus, popularmente conhecido como “lagarto-dragão”, projeta a pele dos cantos da boca deixando sua aparência assustadora para possíveis predadores.
Além disso, o lagarto começa a fazer barulho e pular de um lado para o outro para intimidar seus inimigos. Milan chegou a dizer que o animal parecia um cachorro do jeito que estava se comportando.
Lagarto fica com 'boca do avesso' ao se sentir intimidado (Foto: Milan Zygmunt, Solnet/The Grosby Group)Lagarto fica com 'boca do avesso' ao se sentir intimidado (Foto: Milan Zygmunt, Solnet/The Grosby Group)
Phrynocephalus mystaceus, popularmente conhecido como “lagarto-dragão”, usa a pele dos cantos da boca como mecanismo de defesa bizarro (Foto: Milan Zygmunt, Solnet/The Grosby Group)Phrynocephalus mystaceus, popularmen 

Falha em frigorífico causa 'rio de sangue' em Lençóis Paulista

27/06/2014 13h31 - Atualizado em 27/06/2014 16h24

Coloração vermelha na água assustou os moradores da região. 

Cetesb foi informada do problema, mas ainda não fiscalizou o local.

Do G1 Bauru e Marília
Sangue foi despejado no rio Lençóis (Foto: Arquivo pessoal/TEM Você)Sangue foi despejado no rio Lençóis (Foto: Arquivo pessoal/TEM Você)
Uma mancha vermelha no Rio Lençóis assustou moradores da cidade deLençóis Paulista. Um deles registrou a mancha na água e enviou ao TEM Notícias. As imagens, feitas na quinta-feira (26), mostram as águas com uma colaração vermelha, parecida com sangue.
Nesta sexta-feira (27), por meio de nota, a empresa Frigol assumiu que houve uma falha operacional no processo dos efluentes e ocorreu um vazamento de dejetos orgânicos no rio por um período de 5 minutos.
Segundo informações da empresa, a mancha se trata realmente de sangue. O frigorífico informou ainda que a falha foi contida a tempo e para evitar qualquer problema à população e ao meio ambiente.
A Cetesb também foi informada do problema, mas até a publicação desta reportagem não havia dado um parecer sobre o assunto. O órgão também informou ainda não foi ao local para apurar a situação, pois não recebeu nenhuma denúncia
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Alemães são detidos por trocar de roupa no saguão do aeroporto, em PE

27/06/2014 11h31 - Atualizado em 27/06/2014 11h31

Eles prestaram depoimento e foram liberados; inquérito deve durar 30 dias.

Testemunha que trabalha em estande próximo registrou situação em vídeo.

Do G1 PE
A Delegacia do Turista do Aeroporto Internacional dos Guararapes, noRecife, investiga as imagens em vídeo de um grupo de alemães que trocaram de roupa no saguão do local, na noite da quinta-feira (26). Segundo relato de testemunhas, eles abriram as malas e trocaram de roupa no térreo do aeroporto, ficando de roupa íntima em público; o vídeo mostra um deles de cueca, vestindo uma calça. De acordo com o plantão da delegacia, foi aberto um inquérito para investigar a conduta dos turistas.
O caso aconteceu por volta das 18h e o grupo de nove turistas alemães estaria voltando do jogo ocorrido na Arena Pernambuco, contra os Estados Unidos. A estudante Gabriela Borba, que trabalha em um dos estandes do aeroporto durante a Copa, conta que eles pegaram as malas no guarda-volumes  e começaram a trocar de roupa no saguão. “Eles não aparentavam estar bêbados e voltavam da Arena. Foram para o guarda-volumes, pegaram as malas e foram para a parte de trás do nosso estande. Lá eles começaram a tirar os tênis e depois as camisas. Tinha mais três colegas de trabalho comigo e ficamos constrangidas com a situação”, conta a jovem.
Gabriela disse que ela e as outras atendentes avisaram aos alemães, em inglês, que havia um banheiro por perto. “Quando eles começaram a tirar a camisa e a calça, eu cheguei perto para dizer que não podia fazer aquilo ali e eles foram bem grossos. Perguntaram o motivo e eu disse que se fizesse isso lá, seria presa. Ele ficou rindo e continuou. Foi aí que minha colega começou a filmar”, afirma.
As filmagens feitas pelas testemunhas farão parte do inquérito que será conduzido pela Delegacia do Turista. Segundo a delegacia, cinco alemães prestaram depoimento, com auxílio de intérpretes de inglês, foram liberados e já deixaram a cidade. Foi feito um boletim de ocorrência e o inquérito deve ser concluído em 30 dias.

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