sexta-feira, 13 de abril de 2012

Era só o que faltava. Morra de vergonha sozinho governador. O Politico é o Sr.!!!! Mania de colocar nas costas alheias a inoperancia e os privilégios. As personalidades sempre acima dos principios nao é governador petista???? Lhe desejo uma infestação de cupim. by deise

 

by Prosa & Politica



Modo PT de administrar.
Tarso Genro admite que prejudicou RS por políticagem


O jornalista David Coimbra, indignado com a situação dos detentos do presídio gaúcho, perguntou hoje ao governador Tarso Genro, em coluna publicada no jornal Zero Hora, se ele não tinha vergonha da situação do Presídio Central. Baseado no texto, o site RS Urgente encaminhou a Tarso Genro três perguntas sobre o tema. Reparem a cara de pau com que Tarso Genro conta que quando era ministro da Justiça não enviou recursos para o Rio Grande do Sul porque o governo era do PSDB.

Governador, qual a reação do senhor ao ver o estado atual do Presídio Central?

Acho que todos os gaúchos estão envergonhados com a situação do Presídio Central. Mas eu, particularmente, sinto-me, além de envergonhado, contente por estar orientando o governo, desde o início da gestão, para incidir fortemente sobre aquela vergonha nacional. Comecei este trabalho na época em que era ministro da Justiça, quando passei vultosos recursos para a reforma do presídio Anibal Bruno, de Pernambuco, que era tão vergonhoso como o Presídio Central. Não consegui mandar recursos para o Rio Grande do Sul porque, naquela época, as autoridades locais não preencheram os requisitos necessários para receber o dinheiro, por razões técnicas ou políticas que desconheço.


                            Repararam a canalhice?

Eis os requisitos básicos não preenchidos
 pelas autoridades locais:

  

 

Para sentir vergonha

by David Coimbra

13 de abril de 2012233

** Texto publicado na página 2 de Zero Hora desta sexta-feira

Governador Tarso Genro, o senhor não tem vergonha? O Estado que o senhor governa confina seres humanos em masmorras onde fezes e urina escorrem pelas paredes, onde dezenas de pessoas se amontoam em cubículos do tamanho de um banheiro, mal havendo lugar para dormir no chão, onde a sífilis, a hepatite e a aids são disseminadas através do estupro, onde homens convivem com ratazanas maiores do que gatos, onde a comida é preparada em meio à imundície.
Essas pessoas, quando o Estado as mete em tais calabouços, ao mesmo tempo em que as pune por algum ilícito, esse Estado torna-se responsável por elas. Elas estão sob a tutela do Estado. É do Estado, ou seja, do governador e de todos nós, cidadãos, a responsabilidade de alimentar, abrigar e cuidar dessas pessoas. Se o Estado não tem condições de tratá-las com dignidade, não pode assumir esse encargo. Não pode puni-las. Pelo menos, não com a reclusão.
Tempos atrás, surgiu a proposta de privatização dos presídios. Houve todo tipo de argumentos humanitários contra a ideia. Seriam bons argumentos, se os gestores do sistema, entre eles o governador, sentissem vergonha pelo que é perpetrado contra esses homens. Se, movidos por essa vergonha, os gestores do sistema agissem com urgência para impedir que o Estado continuasse a supliciar homens sob sua tutela. Como ninguém sente vergonha, nem age, o Estado tem a obrigação de desistir da tarefa e entregá-la para quem possa cumpri-la a contento.
Sinto vergonha pelo que é cometido contra esses homens no meu lugar, o Rio Grande do Sul, e no meu tempo, o século 21. Mas isso não me absolve. Não absolve a nenhum de nós.
Nesta mesma semana em que o Brasil inteiro ficou ciente do que o Rio Grande do Sul faz com os homens que estão sob sua responsabilidade, um pitbull foi morto a tiro pelo segurança de uma universidade. O caso fez o Rio Grande se levantar como se fosse um só homem. Estudantes organizaram um protesto na universidade contra o segurança, uma passeata está prevista para ocorrer nos próximos dias, ouvintes de rádio, telespectadores de TV e leitores de jornal se manifestaram em espaços interativos, defensores do cão e do homem se bateram munidos de argumentos furiosos. Leio, também, que em Pelotas um cachorro acidentado mobilizou a comunidade, que ele recebe 30 visitas por dia no hospital e que se alimenta com filé.
E os milhares de homens martirizados do Presídio Central? Ninguém se importa com eles? Onde está a solidariedade da espécie? Há manifestações ruidosas a favor até das bicicletas, mas ninguém sai às ruas para protestar contra um Estado que mantém seres humanos vivendo em meio aos excrementos, dormindo na pedra dura, comendo lixo e sendo currados todos os dias. Não sentimos vergonha por isso. Isso ocorre aqui, no Rio Grande do Sul, não no Afeganistão; isso ocorre hoje, em 2012, não na Idade Média. Não se pode aceitar isso, governador. É preciso que se faça algo já. Se não porque é o certo a fazer, pelo menos porque temos vergonha.

 

Tarso convida colunista da RBS a também ter vergonha pela situação do Presídio Central

by Marco Aurélio Weissheimer.


O jornalista David Coimbra perguntou hoje ao governador Tarso Genro, em coluna publicada no jornal Zero Hora, se ele não tinha vergonha da situação do Presídio Central. Para externar sua indignação com a situação dos detentos do presídio gaúcho, o colunista de ZH critica, entre outras coisas, os defensores dos animais e as manifestações a favor das bicicletas. “E os homens martirizados do Presídio Central? Ninguém se importa com eles? Onde está a solidariedade da espécie?” – pergunta Coimbra, que propõe como solução para o problema a privatização dos presídios.
O RS Urgente encaminhou ao governador Tarso Genro três perguntas sobre o tema. Eis as perguntas e a respostas do chefe do Executivo gaúcho:
Governador, qual a reação do senhor ao ver o estado atual do Presídio Central?
Acho que todos os gaúchos estão envergonhados com a situação do Presídio Central. Mas eu, particularmente, sinto-me, além de envergonhado, contente por estar orientando o governo, desde o início da gestão, para incidir fortemente sobre aquela vergonha nacional. Comecei este trabalho na época em que era ministro da Justiça, quando passei vultosos recursos para a reforma do presídio Anibal Bruno, de Pernambuco, que era tão vergonhoso como o Presídio Central. Não consegui mandar recursos para o Rio Grande do Sul porque, naquela época, as autoridades locais não preencheram os requisitos necessários para receber o dinheiro, por razões técnicas ou políticas que desconheço.
Na edição de Zero Hora desta sexta-feira, o colunista David Coimbra pergunta se o senhor “não tem vergonha” da situação. Qual a sua resposta a essa indagação?
Convido o jornalista que escreveu o isento artigo a ter vergonha comigo. Mais vergonha, talvez, porque, afinal, os dois governos que nos precederam foram eleitos com o apoio ostensivo das editorias da rede de comunicação onde ele trabalha. Os últimos oito anos de total descaso com o Presídio Central é que resultaram esta situação dramática que, paulatinamente, vamos corrigir. Ou alguém pensa que drama do presídio é resultado dos últimos 15 meses? Portanto, em oito anos de governos que foram eleitos com o ostensivo apoio dos “formadores de opinião” do jornal ao qual o referido jornalista presta o seu serviço, pouco ou nada foi feito em relação ao Presídio Central.
É bom a gente socializar a vergonha, senão parece que a imprensa é uma estrutura de poder “neutra”, composta só por pessoas puras e dotadas de incrível senso de responsabilidade pública, que não tem nenhuma responsabilidade com o que ocorre na esfera da política e nas decisões de Estado. Eu gostei do artigo. Achei muito bom o texto. Mas como represento uma instituição -o Executivo Estadual- e um projeto político -da Unidade Popular Pelo Rio Grande- convido-o a refletir sobre a herança que recebemos, cuja construção não teve o nosso apoio nem a nossa cumplicidade política, para que todos nos envergonhemos. E para que passemos a trabalhar juntos para construir um novo Rio Grande.
Na sua avaliação, a privatização é uma solução para o problema dos presídios?
Não vamos diminuir ou abdicar das nossas funções, como ocorrido em gestões anteriores. Esta é uma questão constitucional: a custódia dos detentos é responsabilidade do Estado. Qualquer empresa que entra em um negócio visa o lucro e o sistema prisional não serve para isso. Quero deixar claro que não somos contrários às PPPs. Pelo contrário, estamos encaminhando algumas. Mas elas não podem ser feitas no sistema prisional.
Em um passado recente, era de bom tom neoliberal reduzir as funções públicas do Estado, fazer promoções para demissões voluntárias, como ocorreu no governo Britto (referência para alguns como “modelo de gestão”), aplicar brutais arrochos salariais em todos os servidores, principalmente da Susepe, policiais civis e militares, terceirizar serviços e dar isenções fiscais concentradas exclusivamente em grandes empresas, deixando a base produtiva histórica do estado a ver navios. E mais, ainda restam 50 mil ações da Lei Britto para pagar, presente herdado por todos os governos que sucederam o governador Britto, ponto culminante da arrogância neoliberal no nosso estado.


14 Comentários on “Tarso convida colunista da RBS a também ter vergonha pela situação do Presídio Central”

  1. #1mario wallace
    on Apr 13th, 2012 at 1:56 pm
    No blá bla blá, estes políticos são quase nota 10. Mas o que conta são as ações. Vamos cobrar no final da gestão. Não acredito neste governador.
  2. #2Zaitsev
    on Apr 13th, 2012 at 2:24 pm
    Tarso falou “Aplicar brutais arrochos salariais em todos os servidores..” os governos neoliberais promoveram arroxos históricos, isso lá é verdade.
    mas o Sr Governador, que é membro do Partido dos Trabalhadores, deveria prezar pelo total investimento no que o Estado tem de mais valioso: os recursos humanos. o Quadro Geral tem agentes administrativos ganhando menos que o salário mínimo nacional!! antes que digam que foi enviada uma parcela autônoma a Assembléia Legislativa, só serviu para que os agentes atingissem o salário mínimo regional. Isso não demanda tempo e sim vontade politica de tirar os agentes desse terrível situação já que o estado cobra 8horas diarias de segunda a sexta e quer pagar menos que o salário mínimo. Interessante usar a palavra “trabalhadores” do PT. imagino que o comprometimento primário do Governo é PRIMEIRO, resolver a situação dos que ganham muito mal pra depois contemplar outros servidores de ganhos mais altos. é só vontade já que agentes administrativos não passam de 3mil servidores. Interessante citar que os mesmos agentes administrativos na PGE ganham praticamente o triplo do seu equivalente no quadro Geral. só o que as pessoas querem é dignidade Sr Governador!
  3. #3rose
    on Apr 13th, 2012 at 2:30 pm
    E o Sr. acretidava na anterior?
    Acredita na imprensa isenta?
    No compromisso ético e humanista do David Coimbra?

    *suspiros…pelos presos… de toda a ordem de prisão!
  4. #4Jorge Passos
    on Apr 13th, 2012 at 2:35 pm
    Muito boa a resposta do Governador a esse colunista isento da RBS. Durante oito anos o RS vivia num paraíso para eles….agora querem que em 15 meses se conserte tudo….Não acredito na RBS
  5. #5Carla Binsfeld
    on Apr 13th, 2012 at 3:00 pm
    É extremamente incrível como as pessoas que passaram ou apoiaram as gestões anteriores tem memória curta ou sâo muito” caras de pau “mesmo, porque organizar um sistema falido não acontece e nem acontecerá em poucos anos, mas com construção coletiva numa conjunção de práticas com conhecimentos. Eu gosto e acredito sim nesse governo e principalmente nesse governador, que tem sensibilidade e excelente formação!
  6. #6Cristiano
    on Apr 13th, 2012 at 3:38 pm
    Engraçado que os funcionários públicos federais, governados há quase 10 anos pelos colegas do senhor Tarso Genro reclamam exatamente de arrochos salariais. Engraçado que o “modelo neoliberal” de privatização dos aeroportos do nosso país foi proposto exatamente pelo governo da Sra Dilma filiada ao mesmo partido do governador. Ou seja, na prática a teoria é outra. Este é o mesmo senhor que como ministro da educação estipulou um piso salarial ao magistério e que agora, como governador, ele não paga! Vergonha é o baixíssimo nível intelectual dos políticos deste Estado, sejam os atuais, sejam os passados.
  7. #7Maria
    on Apr 13th, 2012 at 3:56 pm
    Marco, é a mesma estratégia usada contra o governo Olívio. Bater na segurança pública de forma constante e sem o menor respeito, só que agora os jornalistas-laranjas estão “preocupados” com a questão social.
    Seria de estranhar se o mesmo texto fosse publicado no governo anterior não é.? Com o respaldo do chefe fica fácil….
  8. #8zé bronquinha
    on Apr 13th, 2012 at 4:42 pm
    - Façam como eu. Para não ler as baboseiras do David Coimbra não compre a a ZH, e para não “comprar gato por lebre” não vote no egocêntrico e elitista Tarso Genro
  9. #9Luis Eduardo Costa
    on Apr 13th, 2012 at 5:16 pm
    É muito fácil Senhor Governador colocar a culpa nos seus antecessores. Mas quem foi eleito para resolver estes problemas foi o senhor. Muito bla bla bla. Como o senhor disse peremptoriamente eu não saio. Assuma a sua não vergonha e veja se faz alguma coisa por esta gente que vive como animais e quando terminam sua pena, não tem perspectiva alguma. Imagina um parente seu lá dentro sendo currado diariamente. Triste de ver o descaso da instituição que o senhor representa e lamento profundamente esta sua resposta ao colunista da Zero Hora.
  10. #10Ester
    on Apr 13th, 2012 at 5:32 pm
    Parabéns, governador, muito boa sua resposta! esse colunista isento da RBS, durante 8 não viu o estado que se encontrava o Presídio Central? ERA TUDO UM MAR DE ROSAS!! agora querem culpar o governo atual das mazelas deixadas pelos protegidos deles qdo governaram esse Estado!
  11. #11maro silva
    on Apr 13th, 2012 at 5:34 pm
    O dia que eu der importância ao que escreve o David Coimbra me internem – pode até ser no presídio central. O meu mantra é: Não leio o David Coimbra!
  12. #12Ary
    on Apr 13th, 2012 at 6:26 pm
    De 1963 até os dias atuais, esses foram os governadores do RS:
    Ildo Meneghetti, Walter Peracchi de Barcelos, Euclides Triches, Sinval Guazelli, Amaral de Souza, Jair Soares, Pedro Simon, Alceu Collares, Antônio Britto, Olívio Dutra, Germano Rigotto, Yeda Crusius e, atualmente, Tarso Genro.
    Boa parte deles eleitos de forma indireta, indicados pela Ditadura Militar (que sequestrou, torturou e assassinou gaúchos e gaúchas). De todos os ex-governadores, advinhem quantos a RBS (que usurpou a Última Hora) apoiou ostensivamente, de forma desonesta e antiética (ao praticar um jornalismo criminoso)? Resposta: Apoiou TODOS, a exceção de dois (DOIS!): Alceu Colares de Olívio Dutra. Ou seja, em quase meio século, a RBS apoiou e esteve ao lado, incondicionalmente, de 10 (DEZ!) dos 12 ex-governadores. O somatório dessas gestões levou o Rio Grande a uma situação de decadência tão grande que só não é maior do que o cinismo daqueles que querem debitar a conta aos governos do campo popular. Por fazer parte dos quadros da RBS, o sentimento de vergonha deveria estar contigo, Coimbra.
  13. #13pampas
    on Apr 13th, 2012 at 6:54 pm
    É meus amiguinhos, a RBS e seus “pau mandados” de plantão para “descascar” o governo.
    Literalmente, HIPÓCRITAS!
  14. #14Misael
    on Apr 13th, 2012 at 8:31 pm
    Ou vocês são desinformados, ou vocês tem pouca lembrança.
    Essa questão dos presídios e da segurança pública vem sendo batida desde o Governo Yeda.
    Mas, como todo bom petista, a culpa é sempre de um setor: imprensa.

 

Jarbas está possesso com Demóstenes Torres

by  DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) está possesso com Demóstenes Torres (sem partido). Eles são vizinhos em Brasília, mas não se encontram. “Repare só, ele mora no andar de baixo, mas não tem aparecido. Eu pelo menos não o encontrei desde esse caso, nem no elevador. Ele está recluso…”, disse Jarbas.
Perguntado sobre possíveis rumores em Brasília sobre o envolvimento de Demóstenes com Carlinhos Cachoeira, Jarbas disse que não ouvia falar do caso: “Nunca. Demóstenes sempre teve uma atuação combativa, pautada na ética, e era respeitado não só por mim, mas por todos da casa. Esse rapaz tem problema de duas caras, de dupla personalidade”.
Jarbas diz que não perdoa o fato de Demóstenes ter deixado 40 senadores subirem à tribuna para defendê-lo ou dar voto de confiança quando estourou o Cachoeiragate. À época, o senador pernambucano afirmou na tribuna: “Vossa excelência conta não só com minha amizade mas com meu respeito pela sua atuação. Longe de ter qualquer tipo de envolvimento, de sem-vergonhice, em relação ao Cachoeira”.
Demóstenes é acusado, entre outras coisas, de usar mandato para beneficiar o bicheiro Carlinhos Cachoeira, acusado de liderar um esquema de jogos ilícitos em Goiás. E foi preso pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federa.

by Prosa & Politica

Demóstenes Torres: “os fatos são devastadores”

demóstenes torres

Depois de ver as imagens em que aparece o governador de Brasília, José Roberto Arruda, recebendo propina, o DEM resolveu endurecer o discurso. A cúpula do partido considerou as imagens “letais” e a explicação de que o dinheiro seria para a compra de panetones para famílias carentes, “conversa pra boi dormir”.
“Eu disse a ele (Arruda) que precisamos de provas, fatos, argumentos. Não queremos versões. O partido é realista. O partido se curva aos fatos. Os fatos são devastadores”, afirmou o senador Demóstenes Torres (GO).
Na avaliação da direção do partido, a manutenção de Arruda no quadro partidário provoca um “desgaste brutal”, o que prejudica os planos de recuperação em 2010 do espaço perdido na política nos últimos anos.
O partido agendou para a tarde de hoje um encontro com Arruda, quando ele vai tentar justificar o injustificável, as imagens gravadas

Uma massagem no ego. una delizia, una sicura speranza e di duro lavoro. by Deise

 
 
Pois é. O Brasil tem mi...lhões de brasileiros que gastam sua energia distribuindo ressentimentos passivos.

Olham o escândalo na televisão e exclamam 'que horror'.

Sabem do roubo do político e falam 'que vergonha'.

Vêem a fila de aposentados ao sol e comentam 'que absurdo'.

Assistem a uma quase pornografia no programa dominical de televisão e dizem 'que baixaria'.

Assustam-se com os ataques dos criminosos e choram 'que medo'. E pronto! Pois acho que precisamos de uma transição 'neste país'.

Do ressentimento passivo à participação ativa'.

Pois recentemente estive em Porto Alegre, onde pude apreciar atitudes com as quais não estou acostumado, paulista/paulistano que sou.

Um regionalismo que simplesmente não existe na São Paulo que, sendo de todos, não é de ninguém. No Rio Grande do Sul, palestrando num evento do Sindirádio, uma surpresa.

Abriram com o Hino Nacional. Todos em pé, cantando.

Em seguida, o apresentador anunciou o Hino do Estado do Rio Grande do Sul.

Fiquei curioso. Como seria o hino?

Começa a tocar e, para minha surpresa, todo mundo cantando a letra!

'Como a aurora precursora / do farol da divindade, / foi o vinte de setembro / o precursor da liberdade '.

Em seguida um casal, sentado do meu lado, prepara um chimarrão. Com garrafa de água quente e tudo. E oferece aos que estão em volta.

Durante o evento, a cuia passa de mão em mão, até para mim eles oferecem.

E eu fico pasmo. Todos colocando a boca na bomba, mesmo pessoas que não se conhecem. Aquilo cria um espírito de comunidade ao qual eu, paulista, não estou acostumado.

Desde que saí de Bauru, nos anos setenta, não sei mais o que é 'comunidade'.

Fiquei imaginando quem é que sabe cantar o hino de São Paulo. Aliás, você sabia que

São Paulo tem hino? Pois é... Foi então que me deu um estalo.

Sabe como é que os 'ressentimentos passivos' se transformarão em participação ativa?

De onde virá o grito de 'basta' contra os escândalos, a corrupção e o deboche que tomaram conta do Brasil? De São Paulo é que não será.

Esse grito exige consciência coletiva, algo que há muito não existe em São Paulo. Os paulistas perderam a capacidade de mobilização. Não têm mais interesse por sair às ruas contra a corrupção.

São Paulo é um grande campo de refugiados, sem personalidade, sem cultura própria, sem 'liga'.

Cada um por si e o todo que se dane. E isso é até compreensível numa cidade com 12 milhões de habitantes.

Penso que o grito - se vier - só poderá partir das comunidades que ainda têm essa 'liga'. A mesma que eu vi em Porto Alegre.

Algo me diz que mais uma vez os gaúchos é que levantarão a bandeira. Que buscarão em suas raízes a indignação que não se encontra mais em São Paulo.

Que venham, pois. Com orgulho me juntarei a eles. De minha parte, eu acrescentaria, ainda:

'...Sirvam nossas façanhas, de modelo a toda terra...'

O Telescópio Espacial Hubble continua capturando imagens de cair o queixo por todo o universo


Novas e impressionantes imagens do Hubble (NASA/ESA)
                          NASA/ESA
Esta é a foto mais detalhada já capturada do aglomerado de estrelas Messier 9. Cientistas acreditam que os aglomerados de estrelas abrigam algumas das mais antigas estrelas de nossa galáxia. Messier 9 fica a cerca de 25.000 anos-luz da Terra, bem perto do centro da Via Láctea.

Novas e impressionantes imagens do Hubble (NASA/ESA)

                                                                         NASA/ESA

Esta imagem recém divulgada mostra a galáxia NGC 2683, apelidada de Galáxia UFO. Usando luz infravermelha, a Câmera Avançada de Pesquisa do Hubble conseguiu esta imagem.

Novas e impressionantes imagens do Hubble (NASA/ESA)


                                                                 NASA/ESA

Esta imagem do Hubble mostra uma nebulosa planetária localizada na constelação de Cygnus. Cientistas acreditam que a forma da nebulosa é causada por uma estrela binária, que fica em seu centro. No centro da imagem vemos a nebulosa interior, com cerca de um quinto de ano-luz de diâmetro, e irradiando deste centro vemos as 'asas', que se espalham por cerca de um ano-luz, de ponta a ponta.

Novas e impressionantes imagens do Hubble (NASA/ESA)

                                                               NASA/ESA

Esta galáxia espiral barrada faz parte do Grupo Dorado de galáxias, localizadas cerca de 62 milhões de anos-luz de distância. Este grupo compreende cerca de 70 galáxias, e muitas outras galáxias distantes podem ser vistas na imagem.

Novas e impressionantes imagens do Hubble (NASA/ESA)

Esta imagem composta mostra a distribuição da matéria escura, as galáxias e gás quente no centro do aglomerado de galáxias em formação Abell 520, formado a partir de uma violenta colisão de aglomerados de galáxias massivas. O Hubble foi um dos muitos telescópios utilizados para compor esta imagem. Segundo a NASA: 'A mistura de azul e verde no centro da imagem revela que um aglomerado de matéria escura reside perto da maior parte do gás quente, onde muito poucas galáxias são encontradas. Este achado confirma observações anteriores de um núclero de matéria escura, no aglomerado. O resultado pode representar um desafio para as teorias básicas da matéria escura, o que prediz que galáxias estão ancoradas à matérias escura, mesmo durante o choque de uma colisão'.

Novas e impressionantes imagens do Hubble (NASA/ESA)

    NASA/ESA

Esta galáxia isolada está localizada a mais de quatro milhões de anos-luz da Terra e só foi descoberta em 1997.

Novas e impressionantes imagens do Hubble (NASA/ESA)
NASA/ESA


Registros mostram que em 1843 a Eta Carinae se tornou uma das estrelhas mais brilhantes no céu, mas eventualmente começou a escurecer e, no século 20, tornou-se invisível a olho nu. O sistema da estrela começou a brilhar de novo e tem sido um alvo regular do Hubble ao longo de seus 22 anos de serviço.


Novas e impressionantes imagens do Hubble (NASA/ESA)
    NASA/ESA

Esta imagem do Hubble mostra a nebulosa planetária Hen 3-1333, mais especificamente uma estrela, com cerca de 60% da massa de nosso sol, agonizando.

Imagino que se eu nao disser OBRIGADA, serei considerada uma INGRATA FDP... by Deise

Caros senhores do DETRAN
Florianopolis
Nao tenho a minima ideia de quem enviou isso. Foi para o lixo eletronico e nao abri. Logo, copiei e estou devolvendo a resposta.
Se isso foi por agentes do Detran, retornar ao primário faria bem. Se for corregedoria, uma vergonha.
Quanto ao procedimento instaurado, caro GRVL, não é problema meu, nem foco de meu objetivo.
Desejo sim, a RESPOSTA AO MEU REQUERIMENTO, o qual assinei, entreguei e PROTOCOLEI junto AO DETRAN, na pessoa do Agente Trajano.
Pedirei a resposta de algo PROTOCOLADO NO ORGÃOCOMPETENTE, agora na pessoa do Dr. Abenur.
ok. Até ontem era a Delegada Alina e Delegada Cristina. Semana passada era o corregedor Alber da SSP.
O assunto caro senhores, fez aniversario em dezembro.
Grata fico de saber que o sr. Wilian Botelho já foi ouvido, e constataram as irregularidades. Imagino que dentro das IRREGULARIDADES ENCONTRARAM A MINHA NAO PROCURAÇÃO, documento unico que ele deveria ter apresentado.
Pois vamos por favor, a parte que me interessa.
QUAIS DOCUMENTOS O SR. BOTELHO APRESENTOU EM MEU NOME, PARA CONSEGUIR A SEGUNDA VIA FALSA DO CELTA REFERIDO?????? Cujo veiculo ESTÁ REGULARIZADO e o ladrao circulando livremente, mesmo com TODA A POLICIA DA CAPITAL SABER DESDE O ENDEREÇO, pois eu forneci.
Tem processo no forum à apurar. E eu nao consigo a simples resposta que todos ja sabemos; EU NAO FORNECI DOCUMENTO ALGUMA A ESTE DESPACHANTE QUE NAO TENHO A MINIMA DE ONDE SAIU.
O procedimento administrativo somente levará a todos a lixo. E nao tenho obrigação alguma de limpar.
Insisto: EXIJO QUE ME ENVIE A RESPOSTA DE MEU REQUERIMENTO, ASSINADO POR MIM E PROTOCOLADO NESTE ORGÃO em 27.01.2012.
O restante, é problema até do Bento XVI, menos meu.
Certos de seu entedimento, e PRONTO ATENDIMENTO,
Att
Deise Mariani

Nao abri, logo nao consigo ver o cabeçario:
Boa tarde,
informamos, a Vossa Senhoria, que o caso foi encaminhado no dia 9 de fevereiro do corrente ano para a Corregedoria do DETRAN. Conforme informado no email abaixo, foi instaurado um procedimento para apurar a situação noticiada. Desta forma, qualquer informação que a senhora necessite a partir de então, deve ser solicitada ao Corregedor do DETRAN, Dr. Abenur, competente para conceder qualquer informação acerca do assunto.
Att,
GRLV.
----- Original Message -----
To:
Sent: Friday, April 13, 2012 2:03 PM
Subject: Re: Solicitaçao para Encaminhamento de Requerimento
Foi instaurado o procedimento 026/12 para apurar o noticiado na CI 23509/12.
Hoje foi feita fiscalização no Despachante Botelho e após a constatação de outras irregularidades o referido procedimento foi distribuido para a assistência jurídica elaborar relatório correicional preliminar.
Atenciosamente,
Osni de Castro Ferreira
Técnico em Atividades Administrativas
Corregedoria do Detran/SC
----- Original Message -----
From: Iam Noone
To:
Sent: Tuesday, April 10, 2012 11:56 AM
Subject: Solicitaçao para Encaminhamento de Requerimento

Detran

Florianopolis

A/C - Jaqueline da Luz

Conforme contato telefonico, obtive a informação, que os procedimentos em relação ao veiculo Celta MHA 8297, devem ser feitos direto com a Dra. Alina Zimmerman Largura.
Venho atraves deste solicitar que seja fornecido o email direto da Dra. Alina, para que possa seguir o requerimento anexo.

No aguardo, atenciosamente

Deise Brandão Mariani

STF nega pedido de anulação dos grampos que pilharam Demóstenes tricotando com Cachoeira

                                                         Blog do Josias

 
O STF indeferiu o pedido de liminar feito pela defesa de Demóstenes Torres para que o inquérito contra ele fosse interrompido. Deve-se a decisão ao ministro ricardo Lewandowski, relator do processo.
Antonio Carlos de Almeida ‘Kakay’Castro, o advogado de Demóstenes, alegara que o senador fora grampeado ilegalmente pela Polícia Federal. Os investigadores não poderiam tê-lo escutado sem autorização do Supremo.
Kakay sustenta que os procuradores da República e os juízes que atuaram nos inquéritos contra Carlinhos Cachoeira deveriam ter remetido o caso a Brasília tão logo a voz do senador começou a soar nos grampos.
Por quê? Os senadores da República integram o rol de autoridades que, pela Constituição, só podem ser investigados e processados mediante autorização do Supremo. É a chamada prerrogativa de foro.
Sob a alegação de que Demóstenes foi investigado ilegalmente, o advogado pediu a anulação das provas e o trancamento do inquérito contra o senador. No despacho em que negou a liminar, Lewandowski requisitou informações.
O ministro pediu explicações aos dois juízes que autorizaram as escutas –um deles da 11ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Goiás, situada em Goiânia, e outro da Vara Única da Subseção Judiciária da cidade de Anápolis (GO).
Lewandowski informa que, recebidas as alegações dos magistrados, vai requerer a a manifestação do procurador-geral da República Roberto Gurgel. A posição de Gurgel, já conhecida, foi reiterada nesta sexta (13).
“Na opinião do Ministério Público não há risco de anulação porque a jurisprudência do STF é firme nessa hipótese que chamamos de achado fortuito. O senador não foi alvo [inicial] das interceptações, que tinham como alvo o Cachoeira”, disse ele.
O problema, prosseguiu Gurgel, é que “o senador Demóstenes, com grande frequência, mantinha contato com o Cachoeira. O MP está absolutamente tranquilo porque há um entendimento pacífico do STF. As provas são perfeitamente válidas.”
Quer dizer: por ora, os grampos continuam em pé e o inquérito contra Demóstenes prossegue até que o STF, à luz das informações prestadas pelos juízes e da palavra da Procuradoria, se manifeste sobre o mérito da reclamação.



Quem entra numa CPI só para atacar os adversários erra o alvo. Quem entra numa CPI só para defender os amigos vira alvo. É mais ou menos o que se passa com o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP).
O escândalo Cachoeira molha os sapatos de dois governadores: o tucano Marconi Perillo (GO) e o petista Agnelo Queiroz (DF). Uma criança de cinco anos diria: que ambos sejam varejados.
O líder Tatto, antes de qualquer averiguação, leva a mão ao fogo por Agnelo: “Eu acredito no comportamento do nosso governador”. E empurra Perillo para a fogueira: “Esse sim tem coisa contra ele.”
Fica-se com a sensação de que o contribuinte desperdiça dinheiro público ao aplicar R$ 200 mil numa CPI. Bastaria consultar o oráculo Tatto e distribuir os veredictos: esses são culpados, aqueles inocentes.
Quem ouve o companheiro Tatto percebe que ele se considera o melhor estrategista do mundo. Bem verdade que o mundo ainda não percebeu seus dotes. Mas não perde por esperar.
 
 
              México: crianças encenam criminosos em vídeo

Todo corrupto, ladrão e traficante já se perguntou um dia: o que é que eu vou ser quando crescer? Em alguma encruzilhada a caminho da maioridade dá-se o clique que faz de meninos e meninas inocentes adultos delinquentes.
No México, uma fundação bancada com verbas privadas e apoiada por movimentos sociais levou à web um vídeo que antecipa o processo involutivo. Tem quatro minutos. Exibe cenas de um país imaginário, 100% habitado por crianças.
Na peça, elas aparecem na pele de empesários desonestos, servidores corruptos, assaltantes, sequestradores, traficantes de armas e de pessoas. Ao final, uma menina diz para a câmera: “Se este é o futuro que me espera, não o quero. Basta de trabalhar para seus partidos e não para nós. Basta de mudanças superficiais…”
Concebido para chocar, o vídeo foi veiculado num instante em que o México, às voltas com o recrudescimento do narcotráfico e da corrupção, se prepara para escolher seu próximo presidente. Alguns poucos enxergaram na iniciativa um quê de manipulação política e sensacionalismo.
A maioria considerou que o vídeo leva a reflexões úteis. Os principais candidatos pegaram carona na polêmica: o vídeo “está bem feito. É forte, mas é a realidade”, disse o esquerdista Andrés Manuel López Obrador.
O conservador Enrique Peña Nieto, do velho PRI, ecoou: “Apoio a mensagem… O mesmo eu escuto em reuniões: ‘acabou o tempo’. É hora de renovar e mudra o México.”
Josefina Vázquez Mota, presidenciável do centrista PAN, legenda do atual president mexicano, viu no vídeo “uma convocatória que não pode passar despercebida.” Quem ouve os contendores tem dificuldade para entender como o futuro do México virou esse presente tão parecido com a Idade da Pedra Lascada.
 

Líder tucano: ‘A CPI vai para lá do fim do mundo’
                                                         


Líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR) está convencido de que o governo e seus apoiadores no Congresso associaram-se ao imponderável ao concordar com a instalação da CPI do Cachoeira. Ele compara a nova comissão parlamentar de inquérito com uma antiga dor de cabeça do governo Lula: a CPI dos Bingos.
“Se aquela era chamada de CPI do fim do mundo, essa será a CPI para lá do fim do mundo”, diz Alvaro. O senador escora seu vaticínio no conteúdo do requerimento de convocação da comissão a ser instalada nos próximos dias. A oposição não obteve tudo o que desejava, mas logrou ampliar o objeto da apuração.
Incluiu-se no texto (disponível aqui) a expressão “agentes públicos e privados”. Significa dizer: partindo dos dois inquéritos que envolvem Carlinhos Cachoeira –Vegas e Monte Carlo— os 30 congressistas que integrarão a CPI poderão levar sua curiosidade aos gabinetes governamentais e aos escritórios de empresas.
Sob a genérica denominação de “agentes públicos” enquadram-se servidores e autoridades dos três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), nas três esferas da federação (municípios, Estados e União). Sob o guardachuva de “agentes privados” cabem todas as empresas privadas –da construtora Delta, alvo da oposição e fonte de preocupação do Planalto, a qualquer outra.
A nova CPI liga-se à anterior por um outro ponto de contato. Hoje, como ontem, a investigação tem origem em trampolinagens que envolvem Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. O personagem tornou-se nacionalmente conhecido em fevereiro de 2004, no alvorecer do segundo ano do primeiro reinado de Lula.
Naquele mês, foi às manchetes um vídeo estrelado por Cachoeira e coadjuvado por Waldomiro Diniz, um obscuro assessor de José Dirceu, o mais importante ministro de Lula, chefe da Casa Civil. Na peça, gravada em julho de 2002, Waldomiro, então presidente da Loterj (autarquia lotérica do Rio) aparece achacando Cachoeira.
Convertido no primeiro grande escândalo da Era Lula, o caso mobilizou o Planalto e seus adversários. O governo segurou as pontas por 16 meses. Sucumbiu depois que estourou um escândalo maior: o mensalão. Nas pegadas da entrevista-bomba de Roberto Jefferson, nasceu, em junho de 2005, a CPI dos Bingos.
Nesse ponto, cessam as semelhanças. O Cachoeira anterior autofilmara-se numa conveniente produção independente. Posava de denunciante. O Cachoeira atual, grampeado pela Polícia Federal, revelou-se delinquente pluripartidário. E virou hóspede do presídio federal de Mossoró (RN).
Em vez de Waldomiro, um petista de segunda linha, foi à correnteza Demóstenes Torres, uma das mais reluzentes estrelas da oposição. Junto com ele, os grampos levam água às salas de dois governos –Marconi Perillo (PSDB), de Goiás, e Agnelo Queiroz (PT), do DF— e encharcam os mandatos de pelo menos cinco deputados federais –do PT ao PSDB, passando por PP, PTB e PPS.
Surgida no instante em que o STF prepara-se para julgar a quadrilha do mensalão, a perspectiva de vingança fez salivar o petismo. Consultado, o Planalto não se opôs à CPI. E o PT, empurrado por sua direção nacional, puxou o coro que levou todo o condomínio governista a mergulhar na onda que ninguém sabe ao certo que ressacas vai produzir e em que praias vai quebrar.
Depois de lavar as mãos, Dilma e seus operadores políticos transbordam em preocupação. Tenta-se cuidar para que o vaticínio de Alvaro Dias não vire realidade. De saída, procuram-se congressistas confiáveis para desempenhar os papéis de presidente e, sobretudo, de relator da nova CPI.
Em 2005, presidiu o ‘fim do mundo’ o ex-senador Efraim Morais (DEM-PB), um oposicionista truculento. O relator do Apocalipse foi o senador licenciado Garibaldi Alves (PMDB-RN), à época um governista flácido, hoje ministro da Previdência. Escaldado, o condomínio pró-Dilma acautela-se.
Para tentar fugir do cenário pós-apocalíptico, decidiu-se que, dessa vez, a oposição não terá assento no comando da comissão. Para a presidência, vai um senador do PMDB. Para a relatoria, um deputado do PT. O Planalto deseja avalizar os nomes. De resto, avalia-se que a oposição terá dificuldades para repetir o passado. Além fazer parte do novo escândalo, a turma do contra vai à CPI em minoria.
Em 2005, com meia dúzia de suspeitas, os rivais do governo levaram José Dirceu à vitrine, arrastaram Gilberto Carvalho para falar do assassinato de Celso Daniel e enfiaram a violação do sigilo bancário de um caseiro na biografia de Antonio Palocci. E ainda sobrou material para azucrinar Lula com reinquirições de Delúbio Soares e Marcos Valério, personagens de outra CPI, a dos Correios.
Agora, a tropa da situação desce ao front em condições de trocar trocar chumbo. Um Agnelo por um Perilo. Um Waldomiro por um Demóstenes. Três deputados governistas por dois oposicionistas. Resta saber até que ponto o Planalto está disposto a deixar o melado escorrer. Planeja-se, por exemplo, evitar que a coisa chegue ao PAC, um programa que tem a Delta como grande tocadora de obras.
Tenta-se também conter o apetite de parte do PT em relação à imprensa, especialmente à revista Veja. Auxiliares de Dilma acham equivocada a estratégia de remoer o passado, apresentando Cachoeira e sua máquina de arapongagem como fontes de reportagens molestas. O diabo é que as CPIs, por imprevisíveis, nem sempre oferecem ambiente seguro.
Ouça-se, a propósito, o que disse ao repórter, na noite passada, um observador do PMDB, membro do grupo do vice-presidente Michel Temer: “O governo brinca com fogo. Quem garante que, amanhã, aliados insatisfeitos com Dilma não vão se juntar à oposição para aprovar na CPI requerimentos indigestos?” Um ex-ministro de FHC recorda frase que diz ter ouvido do ex-presidente tucano: “Não existe CPI a favor.”
 

As manchetes desta sexta
                                            

- Globo: Decisão histórica – Supremo libera aborto de fetos sem cérebro
- Folha: Supremo libera aborto de fetos sem cérebro
- Estadão: Por 8 votos a 2, STF libera aborto de fetos sem cérebro
- Correio: “Essa crise é do DEM e do PSDB”, diz Agnelo
- Valor: Pacote para portos traz concessões e reforma na gestão
- Estado de Minas: Uma câmera na mão e o bafômetro na outra
Leia os destaques de capa de alguns dos principais jornais do país.
 

Em 12 anos, a Delta recebeu do governo R$ 4 bi



Citada nos grampos da investigação da Polícia Federal contra a quadrilha de Carlinhos Cachoeira, a empresa Delta Construções é uma gigante do mercado das obras públicas. Desde 2001, penúltimo ano da gestão FHC, recebeu do governo federal R$ 4 bilhões, em valores não atualizados.
Deve-se o levantamento dos dados aos repórteres Dyelle Menezes, Paulo Victor Chagas e Yuri Freitas. Em notícia veiculada no site da ONG Contas Abertas, a tróica reúne um conjunto de dados que impressiona. Abaixo, alguns deles:
1. Em 2001, os contratos da Delta com órgãos federais renderam à contrutora R$ 41,4 milhões. No ano passado, as arcas do Tesouro repassaram à empresa R$ 884,5 milhões.
2. O grande salto no faturamento federal da Delta ocorreu em 2007, ano em que foi lançado o PAC, programa de obras coordenado pela ex-chefe da Casa Civil de Lula, Dilma Rousseff.
3. Desde então, a Delta só não ocupou o topo do ranking de empreiteiras do PAC em 2008, quando faturou R$ 324,2 milhões. Perdeu a primeira posição para a concorrente Queiroz Galvão, que amealhou R$ 2,3 milhões a mais.
4. Em 2009, de volta ao topo, a Delta recebeu da União R$ 675 milhões. Neste ano de 2012, já embolsou R$ 156,9 milhões. Aqui, uma tabela.
5. Fatiando-se os ganhos da Delta por setor, verifica-se que o principal cliente federal da empresa é o Ministério dos Transportes. No ano passado, dos R$ 884,5 milhões amealhados pela construtora, nada menos que R$ 796,8 milhões vieram dos contratos celebrados com os Transportes.
6. Nem só de cimento é feito o faturamento da Delta. O grupo oferece outros serviços. No momento, cuida, por exemplo, da limpeza pública no Distrito Federal de Agnelo Queiroz (PT) e na cidade goiana de Anápolis, base dos negócios de Cachoeira no ramo dos jogos ilícitos.
7. A Delta tem negócios em 24 das 27 unidades da federação –o Distrito Federal e mais 23 Estados. Em 2011, apenas com a limpeza de Brasília, faturou R$ 88,9 milhões.
8. No Rio, Estado governador por Sérgio Cabral (PMDB), a Delta beliscou no ano passado cerca de R$ 55 milhões só nas obras de urbanização e implantação do Parque Madureira.
9. Também o Estado de São Paulo, gerido por Geraldo Alckmin (PSDB), mantém negócios com a Delta. Repassou à empresa, no ano passado, R$ 12,9 milhões –de conservação de estradas à execução de obras.
10. Como sói acontecer com todas as empreiteiras que se ligam a gestores públicos, a Delta é provedora de verbas eleitorais. Na eleição de 2010, repassou R$ 2,3 milhões aos diretórios nacionais do PT e do PMDB –metade para cada um.
 

Haddad: ‘Vamos trazer o governo Lula para SP’




Instado a falar sobre as “demandas” de São Paulo, Fernando Haddad, o candidato do PT à prefeitura paulistana, disse: “Precisamos trazer todo o governo Lula para a cidade”, sintonizando-a “com o que está acontecendo no Brasil.”
Haddad falou por quase vinte minutos à ‘Revista Linha Direta’, veículo de comunicação do PT paulista. Foi uma entrevista companheira, sem apertos. Mas serviu para revelar nacos do pensamento do candidato. Aqui, há um vídeo com a íntegra.
Para Haddad, deve-se injetar “governo Lula” em São Paulo porque “o Brasil está vivendo um momento de prosperidade”. Nas suas palavras, o país tornou-se um “exemplo” mundial de “boas práticas”.
“O Brasil é citado em relatórios internacionais, em livros sobre desenvolvimento nacional. Mas a nossa cidade de São Paulo deixou de ser citada. Hoje, nós somos só conhecidos pelos nossos problemas.”
“Hoje, não figuramos mais na vitrine das regiões metropolitanas que têm o que mostrar”, prosseguiu Haddad. “São Paulo deixou de ter o que mostrar.” Sem mencionar os nomes do antagonista José Serra (PSDB) e do apoiador Gilberto Kassab (PSD), Haddad comparou-os a Marta Suplicy (PT).
“Com um terço do orçamento atual e um mandato menor, o PT entregou [sob Marta] mais para a cidade do que nos últimos oito anos [de Serra e Kassab]. Com orçamento muito menor e num período mais curto, metade do tempo da atual administração, nós entregamos muito mais benefícios para a cidade.”
Haddad afaga Marta num instante em que a ex-prefeita, hoje senadora, hesita em mergulhar na campanha dele depois de ter sido excluída do tabuleiro eleitoral por Lula. Como que interessado em arrancar da companheira preterida um apelido que causa a ela enorme incômodo –‘Martaxa’—, Haddad levou as comparações para o campo tributário.
“O contribuinte paulistano está pagando mais impostos –ISS, IPTU, taxas— e não está vendo o retorno disso em investimento. A cidade está parando, o trânsito está caótico, as pessoas não têm acesso a educação e saúde de qualidade…”
Levou as analogias também para fora do país: “Hoje, o mundo olha para Bogotá, Cidade do México, Santiago, Xangai… Mas não olha para São Paulo. A cidade, do ponto de vista da inovação em termos de políticas públicas, estagnou.”
Daí, segundo ele, a necessidade de “sintonizar São Paulo com o que está acontecendo no Brasil” inaugurado por Lula em 2003. Ajudado pelas perguntas amigáveis, Haddad usou generosos trechos da entrevista para grudar-se à imagem do seu padrinho político.
Ciente de sua ‘lulodependência’, potencializada pela lanterna nas pesquisas, Haddad realçou sua passagem pela pasta da Educação. “Por seis anos e meio eu servi ao governo Lula e no primeiro ano do governo Dilma.”
Fez soar o bumbo: “Felizmente, esse operário que chegou à Presidência bateu muitos recordes. Foi o que mais investiu em educação básica, profissional e superior, o que mais inagurou campus universitário e escola técnica, o que mais distribuiu bolsas de estudo…” etc, etc e tal.
“E eu fui o companheiro dele na área da Educação. Eu fui o escolhido para levar esse projeto à frente. Então, para mim, é um duplo orgulho: ter podido fazer o que eu fiz e ter servido ao governo de um operário que casou com a educação.”
Perguntou-se a Haddad o que achou da entrada de Serra na disputa. E ele, em timbre irônico: “Essa é a sexta eleição do século 21, a quinta que o Serra participa. Eu tive fazendo uma conta: o Serra participa de uma eleição a cada dois anos e dez meses.” Por isso, disse que não se surpreendeu com a subida do tucano no ringue.
Chamou o rival de “adversário de peso.” Curiosamente, na mesma entrevista em que revelou o desejo de “trazer todo o governo Lula para a cidade”, Haddad repisou a tese segundo a qual Serra interessa-se mais pela cena nacional do que pelo município.
Afirmou que Serra “foi destacado pelo seu partido para se contrapor ao nosso projeto nacional. Ele disse isso, que está menos preocupado com a cidade e mais em fazer oposição à presidenta Dilma usando São Paulo para isso.”
Acrescentou: “Nosso objetivo é contrário ao dele, é trazer os benefícios da prosperidade que o país vive, num pacto federativo, para a cidade.” Acha que o paulistano precisa conhecer melhor as iniciativas federais.
Citou o Minha Casa, Minha Vida, o PAC da mobilidade urbana, o plano de desenvolvimento da educação. Acredita que, bem informado, o eleitor perceberá que São Paulo “vai ganhar” com a vinculação da prefeitura à esfera federal.
Ganhará, segundo ele, “como muitas cidades brasileiras estão ganhando, sintonizando os seus programas locais com as grandes diretrizes nacionais de desenvolvimento sócio-econômico.” Como se vê, Haddad parece mesmo decidido a fazer de Lula o principal adversário de Serra.
 

Sorteio do Conselho de Ética vira jogo de cartas. Cinco disseram ‘passo’. Humberto Costa aceitou
                                                               



Foi divertido o sorteio do relator do processo contra Demóstenes Torres no Conselho de Ética do Senado. Assemelhou-se ao ‘mau-mau’, aquele jogo de cartas no qual o jogador que, por estratégia, decide se abster de participar de uma rodada, grita “passo”.
Na primeira rodada, deu Lobão Filho (PMDB-MA). Passou. Na segunda, Gim Argello (PTB-DF). Passou. Terceira mão de cartas: Ciro Nogueira (PP-PI). Passou. Quarta tentatia. Deu Romero Jucá (PMDB-RR). Passou. Quinta rodada do sorteio. Suprema ironia: Renan Calheiros (PMDB-AL). Passou.
A coisa começava a ficar enfadonha. Sobreveio o sexto sorteio. Deu Humberto Costa (PT-PE). Para alívio generalizado, o ex-líder petista aceitou a incumbência. Ufa, alvíssaras!
Humberto tentou dar ares de normalidade às desistências que o precederam: “Alguns são parlamentares que tiveram, em algum momento, confronto com Demóstenes. Qualquer atitude tomada neste procedimento poderia ser encarada como retaliação ou vingança.”
Curioso, já que o próprio Humberto travou com Demóstenes homéricos embates no plenário do Senado. O relator anunciou para a próxima terça (17) a divulgação de um plano de trabalho. Vai-se marcar, então, a data para a inquirição do acusado.
De resto, ante contestações feitas por Demóstenes à interinidade de Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), os membros do Conselho decidiram confirmá-lo no posto de presidente do colegiado.
Valadares, a propósito, foi à poltrona de presidente depois que o PMDB, dono do trono, abdicou da prerrogativa de indicar um nome. Numa bancada de 18, não foi encontrado um mísero cristão disposto a assumir o papel de chefe da inquisição.
 

STJ nega o pedido de liberdade para Cachoeira
                                                              



O ministro Gilson Dipp, do STJ, indeferiu o pedido habeas corpus formulado pelo advogado Márcio Thomaz Bastos em favor de Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal no dia 29 de fevereiro.
Em seu despacho, Dipp determinou que Cachoeira permaneça na cadeia até que a 5a Turma do STJ delibere sobre o mérito da petição de Thomaz Bastos. Esclareceu que será requerida a manifestação do Ministério Público Federal.
Só depois de receber os argumentos da Procuradoria é que Dipp vai elaborar o voto a ser submetido aos colegas de tribunal. Quer dizer: a cana de Cachoeira ainda vai longe.

Tem alguém descendo a Cachoeira de chalana

by Adriana Vandoni

                                         Imagem enviada pelo twitter @arykara
 

Logradouros públicos

by Gabriel Novis Neves

 



Uma jornalista mostrou-me um convite em que sua excelência o governador do Estado, convida o povo de Mato Grosso para a inauguração de conjuntos habitacionais.
Digna de aplauso a decisão do governo em construir casas populares para os trabalhadores das nossas maiores cidades! É uma medida de cunho social que evita a proliferação de favelas nas nossas metrópoles.
A grande participação do governo estadual nessas obras resume-se à confecção de uma gigante placa que marcará o evento – muitas vezes até a chegada do próximo governo e a escolha do homenageado para o logradouro público.
A nossa Constituição diz que os bens públicos devem ser nomeados com datas históricas ou em homenagem à personalidades que prestaram serviços e se destacaram em atividades de desenvolvimento desta nação, estado ou município.
Alguém que possa servir de exemplo às atuais e futuras gerações.
Acontece que essa lei do mérito nunca foi cumprida em nosso Estado. Milhares de verdadeiros heróis locais estão apodrecendo na memória do povo com o passar dos anos. O especialista nesse assunto foi o nosso grande historiador Estevão de Mendonça.
Os oportunistas de plantão não deixam esquecidos os seus parentes, que no dizer do Millôr Fernandes, representa o detestável “culto à personalidade”.
Os carentes de notoriedade não percebem, pela cegueira da hipocrisia, que estão furando uma fila errada: a fila daqueles que alcançaram a celebridade e, por isso, são dignos de ser lembrados.
A lista dos pertencentes às “árvores genealógicas” merece o nosso respeito privado.
Bons tempos, não muito distantes, em que os construtores de uma cidade não permitiam o uso do nome dos seus construtores nos seus prédios.
Com o bom humor da nossa gente, e diante do nome desconhecido, virá a pergunta inevitável: quem é?
Diante de certas respostas, o diálogo será encerrado.
Tenho absoluta certeza que o conjunto habitacional, ora inaugurado, será batizado pelo povo com o nome de: “Conjunto Habitacional Quem É”.

Fazer o quê?

O Brasil descendo a ladeira de marcha ré

by Adriana Vandoni





by (Giulio Sanmartini)

O Bonsai é a arte japonesa de reduzir a miniaturas, grandes árvores, que por anos são cultivadas em pequenos vasos. A técnica necessária para produzi-los é de uma crueldade atroz, pois estes para que não cresçam recebem de “alimentos” e luz, o mínimo para que não morram.
É essa forma que está sendo usada pelo governo Lula, para manter seus currais eleitorais.. Durante sua campanha, ainda em 2002, disse – no programa eleitoral – que não daria o peixe para o trabalhador; mas o ensinaria a pescar. Ele estava no firme propósito de dar três refeições diárias a quem, como ele (na infância), não pudera ter.
Mas na seqüência ele não está dando o peixe, depois de roubar o programa Bolsa Família, de Ruth Cardos que o havia criado naquele mesmo ano em que ele o combateu, passou a elogiá-lo como se tivesse sido algo de seu governo (vídeo – O Bolsa Família, segundo Lula, em 2009 e em 2000 ).
O governo Lula, com o Bolsa Família, reduzido a um bonsai, trouxe de volta os métodos usados antes de 1930, do coronelismo e do voto de cabresto.
Trata-se do voto comprado com o dinheiro do contribuinte, para manter o eleitor vivo somente para ir às urnas. Podem-se citar como exemplos o município que recebe o sugestivo nome de Currais (PI), de 4,7 mil habitantes, 80% da população é contemplada pelo Bolsa Família. O valor do auxílio pode chegar a R$ 200 por mês para uma família. Isso varia de acordo com a renda mensal e com o número de crianças e adolescentes em cada casa. São atendidas famílias em situação de pobreza e extrema pobreza,como define o programa. As mais carentes têm renda mensal de R$ 70 por pessoa. No caso de cinco pessoas por casa, seria uma renda de R$ 350 por mês. Em Currais, a votação de Dilma chegou a 83% da soma de todos os candidatos.
Em Fartura do Piauí, a concentração é um pouco menor. Cerca de 70% dos moradores recebem o benefício. Mais fartos foram os votos para a candidata do PT: 82% do total. Na média da região (74%), está o município de Itainópolis, de 11 mil habitantes. De cada quatro moradores, três recebem o Bolsa Família. Os votos petistas chegaram a 82,5% dos válidos. O programa é valorizado principalmente pelos moradores do interior desse município, que vive da agricultura de subsistência.
Este é o Brasil descendo a ladeira de marcha ré

O Brasil agoniza. by deise

by Adriana Vandoni


                      Lá vem o STF descendo a ladeira:

 Enteada de Gilmar Mendes é assessora de senador Demóstenes



by Leandro Colon e Fernando Mello,

Sob risco de virar alvo do STF (Supremo Tribunal Federal), o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) emprega em seu gabinete uma enteada de Gilmar Mendes, um dos 11 ministros da corte.
Ketlin Feitosa Ramos, que é tratada na família como filha do ministro, ocupa desde setembro o cargo de assessora parlamentar de Demóstenes, posto de confiança e livre nomeação.
O senador passa hoje por uma crise política por ter seu nome envolvido na Operação Monte Carlo, que desmontou no mês passado um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na exploração de jogos caça-níquel.
Acusado de ser o chefe do esquema, o empresário Carlinhos Cachoeira é amigo de Demóstenes e teve 300 telefonemas com ele gravados pela polícia.
O senador confirmou que recebeu de Cachoeira um telefone antigrampo, um fogão e uma geladeira de presentes de casamento. Investigação mostrou que o senador também pediu ao empresário R$ 3.000 para pagar despesas de táxi-aéreo.
Como senadores possuem foro privilegiado (só podem ser investigados com autorização do STF), todo o material que envolve Demóstenes e outros políticos foi remetido para análise do procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
Ele poderá pedir ao STF autorização para abrir um inquérito específico para investigar o senador. Gurgel não tem prazo para isso.
Se o pedido de inquérito for feito, o caso será distribuído automaticamente a um dos 11 ministros do STF, incluindo Gilmar Mendes, caso ele não se declare impedido.
A defesa do senador nega irregularidades e disse que, se o procurador-geral decidir investigá-lo, pedirá a anulação das provas por considerar que Demóstenes não poderia ter sido monitorado sem aval do Supremo.
A enteada do ministro é servidora de carreira do Ministério Público Federal, nível médio, e foi cedida para ser funcionária comissionada do gabinete do senador.
Segundo especialistas, o caso até poderia ser discutido no âmbito da regra antinepotismo porque súmula do STF impede a nomeação para cargos de confiança de parentes de autoridades dentro da “mesma pessoa jurídica”.
No caso, a União seria a pessoa jurídica que engloba Judiciário e Legislativo. Ketlin, como enteada, é parente por “afinidade”, hipótese contemplada na súmula.
Mas o caso dela é controverso porque há decretos, inclusive do Senado, interpretando que a súmula proíbe o nepotismo só em cada Poder.
No Senado, só parentes de senadores não poderiam ser nomeados. Além disso, Ketlin é servidora de carreira do Ministério Público e o texto do STF não esclarece o que ocorre nesse tipo de situação.

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