quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Se tudo é urgente, nada é prioridade

 


by Deise Brandão

Setembro sempre chega com cara de recomeço, de florescimento, mas tb nosmostra a contagem regressiva: prazos apertados, projetos acumulados e a sensação de que o ano inteiro precisa caber em poucas semanas. É nesse ritmo acelerado que muitas pessoas acabam colocando na agenda a etiqueta “urgente” em tudo, como se isso fosse resolver o problema. Mas será que funciona?

A verdade é simples e incômoda: quando tudo é urgente, nada é urgente de fato. Essa confusão de prioridades não só nos estressa, como compromete a qualidade do que entregamos e até nossa saúde mental.

A armadilha da urgência permanente

Viver em modo “emergência” é viver no automático. A cada nova tarefa marcada como urgente, perdemos um pouco da clareza sobre o que realmente importa. E, sem clareza, qualquer meta parece inalcançável — ou, pior, se transforma em mais uma cobrança.

Planejar é, antes de tudo, reconhecer limites. É escolher, conscientemente, onde colocar energia. Não é sobre fazer tudo, mas sobre fazer o que é essencial com presença e qualidade.

Como sair do ciclo de correria

*    Revisite suas metas. Antes de aceitar uma tarefa como urgente, pergunte: ela me leva mais perto do meu objetivo?

*    Crie categorias. Nem tudo tem o mesmo peso. Diferencie o que é importante do que é apenas imediato.

*    Delegue ou elimine. Se uma tarefa não traz impacto relevante, talvez ela não precise estar na sua lista — ou pode ser delegada.

*    Defina margens de respiro. Em vez de lotar a agenda, planeje intervalos. Pausas são estratégicas, não perda de tempo.

Usar métodos visuais para organizar prioridades

 A Matriz Esforço x Impacto, por exemplo, cruza o tempo exigido com o resultado esperado e mostra onde vale investir. A Matriz de Eisenhower ajuda a separar urgência de importância e delegar o que não é essencial. Há ainda a Matriz BÁSICO, que classifica tarefas em critérios objetivos (benefícios, abrangência, satisfação do cliente, investimento, operacionalidade) e dá uma pontuação para cada uma.

O método é menos importante que a consciência de uso: ferramentas são bússolas, não grilhões. Elas servem para te dar perspectiva, não para engessar seu dia a dia.

Escolha seu ritmo

Fim de ano não precisa ser sinônimo de caos. Ao rever prioridades e recusar o mito de que tudo é urgente, ganhamos foco, qualidade e tranquilidade. Planejar é um ato de autonomia: tu decide onde colocar seu tempo, seu talento e sua energia.

E lembre-se: a produtividade verdadeira não está em fazer mais, mas em fazer melhor — no tempo certo, pela razão certa. 

Em Alta

Há muito mais entre o céu e a terra

       by  Deise Brandão Há acontecimentos que nos fazem parar, respirar fundo e pensar: até onde vai o acaso? Onde termina a coincidência ...

Mais Lidas