sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Entenderam porque eu desejo ferrenhamente que a ideia dos malucos que queriam separar o Rio Grande do Sul do restante do pais volte a tona? Isso não tem nada de bairrismo e preconceito. Tem de autodefesa. De sobrevivência. De ter pra onde correr. Fala sério meu irmão. Comprar lixo hospitalar???? Quando este lixo é o terror de todos os municípios? É O LIXO QUE POR LEI TEM QUE SER INCINERADO DIARIAMENTE. E o anormal comprou? Importou bactérias e vírus? Para onde iriam estas toalhas e panos? Para nossos hospitais??? Vendidos por milhões as toneladas de LIXO HOSPITALAR ESTRANGEIRO??? Eu realmente estou no Lost, e não estou conseguindo aceitar. Nós estamos mortos. A teoria é perfeita. Por isso não entendemos mais as sandices. Porque não aceitamos o que possivelmente já aconteceu. Talvez o 2012, seja o ano do anúncio das coisas. Da comunicação. Coisas como esta, simplesmente não tem explicação. Não entendo em nome do que a PF se acha no direito de manter em sigilo o nome dos criminosos. Porque o privilégio??? Nenum brasileiro reles mortal tem isso. O nome é escrachado e e avacalhado. Os politicos entram com processos contra jornalistas e blogueiros em defesa de uma honra que os os acontecimentos e suas ações não permitem defesa. Porque onome destes insanos e criminosos está sendo guardado??? REalmente,são parentes de quem??? Não deve ser do Tiririca... que este é o bobo da corte da vez. Lógico que o nome do insuportável está sendo mantido em segredo. E os motivos são amplamente ÓBVIOS: O cara será linchado se vazar. E para estes cabras, evidentemente, a proteção em peso da policia. O nome sendo resguardado. E ai eu pergunto? Porque não tiveram estes cuidados com a Juíza assassinada? Com o blogueiro ameaçado? Por favor, o ultimo que sair nem apague a luz. Deixemos pelo menos isso. Uma doce vingançazinha para estes escrotos todos pagarem. E não fechem a porta. Finjam. E quem sabe alguém mais chifrudo que eles, resolvam se apoderar igualmente daquilo que é nosso e nos foi tomado. Afinal, ladrão que rouba de ladrão.. A coisa está totalmente fora de controle. O país realmente entrou em colapso. E agora irmão.... só de rifle na mão. E que rifle, depois da campanha do desarmamento? Ou seja, tudo foi feito muito bem pensado. A população está finalmente como eles queriam: enfraquecida, desarmada, vulnerável, empobrecida. Não tem saída. Estou como alguns poucos fazendo minha parte e observando os movimentos. Com a grana de minha passagem guardada e meu passaporte em dia. Na hora certa, com certeza optarei por qualquer outro lugar. Qualquer um serve. Porque estrangeiro não dá palpite na casa alheia. Não é de bom tom. by Deise

Exportador de lixo hospitalar é cearense

Empresário que vendeu lençóis usados de hospitais dos EUA tem nome em sigilo

     
by  ÂNGELA LACERDA / RECIFE
 O Estado de S.Paulo
O dono da empresa Texport Inc., responsável pela exportação de lixo hospitalar dos Estados Unidos, é cearense - assim como o importador Altair Teixeira de Moura, dono do Na Intimidade, empresa com sede em Santa Cruz do Capibaribe, no agreste pernambucano. A revelação foi feita ontem, em entrevista coletiva na sede da Polícia Federal, no Recife.
O exportador, que constituiu sua empresa em 2000 e residiu por algum tempo nos Estados Unidos, tinha apenas dois clientes: a Na Intimidade e uma empresa de seu irmão, em Fortaleza. Sem ter sua identidade divulgada, ele está impedido de deixar o Ceará e teve seu passaporte apreendido pela Polícia Federal.
A PF também realizou buscas na residência do exportador e na empresa e na residência do seu irmão, cujo nome também é mantido em sigilo.
A operação foi realizada anteontem por 30 policiais da PF de Pernambuco e do Ceará. Nela, foram apreendidos documentos, cerca de R$ 320 mil em espécie e lençóis com logomarcas de hospitais norte-americanos - alguns com manchas -, semelhantes aos encontrados nos contêineres retidos pela Receita Federal no Porto de Suape e nas três unidades da Na Intimidade, nos municípios pernambucanos de Santa Cruz do Capibaribe, Toritama e Caruaru.
O material apreendido no Ceará, com a anuência da Justiça Federal em Pernambuco, também foi apresentado à imprensa durante a entrevista.
Responsabilidade dos EUA. De acordo com o superintendente da Polícia Federal em Pernambuco, Marlon Jefferson de Almeida, a investigação sobre a forma encontrada pelo dono da Texport Inc. para conseguir que o material hospitalar norte-americano fosse remetido para as duas empresas nordestinas compete às autoridades policiais dos Estados Unidos.
"Não nos cabe", afirmou ele, ao informar que a polícia federal norte-americana (FBI) ajudou a polícia brasileira a conseguir informações sobre a Texport Inc.
Conforme o delegado chefe da Delegacia de Combate a Crimes Fazendários, Humberto Freire de Barros, não há em princípio indício de formação de quadrilha. Os crimes caracterizados contra Altair Teixeira de Moura e o dono da Texport Inc. são os de contrabando, crime ambiental e crime contra a saúde pública - pelos quais, se condenados, podem receber uma pena máxima de 11 anos de prisão. 
Análise. As amostras recolhidas na empresa cearense, que também importava o material ilegal, serão encaminhadas para análise no Instituto Nacional de Criminalística (INC). Os laudos das análises realizadas pelo INC nos lençóis recolhidos dos dois contêineres e dos galpões da Na Intimidade comprovaram a presença de sangue e outros fluidos biológicos.
Os dois contêineres com 46 toneladas de tecidos hospitalares, retidos desde os dias 11 e 13 de outubro no Porto de Suape, serão devolvidos para os Estados Unidos em janeiro. Ao final do inquérito policial, as 25 toneladas de lençóis e toalhas encontradas nas três unidades da Na Intimidade, que estão interditadas, serão destruídos. Segundo a PF em Pernambuco, o inquérito deve ser concluído em fevereiro, quando os nomes dos empresários cearenses serão divulgados.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

by Izidoro Azevedo dos Santos (Herbert)

 

A catedral de Florianópolis e o Turismo

Na ação que propus contra o emprego de dinheiro público no restauro da Catedral católica de Florianópolis, há uma participação nebulosa do Ministério de Turismo, que as autoridades judiciárias (Justiça Federal) não quiseram apurar, possivelmente porque vislumbraram maracutaia por detrás da liberação de recursos.
Insisti e a opção do juiz federal (um que foi afastado do cargo, a posteriori, por advocacia administrativa, etc...) foi o julgamento antecipado da lide, deixando de requisitar a documentação correspondente às minhas denúncias.
Pois é: agora a CGU, que eu, à época, também procurei para obter informações e que não se revelou nada eficiente, diz que as coisas estão feias lá naquele mesmo Ministério. Demoraram e apuraram apenas uma pequena parte, podem apostar:


Prejuízo com irregularidades no Turismo

 pode chegar a R$ 67 mi, diz CGU

by BRENO COSTA
A CGU (Controladoria-Geral da União) divulgou nesta quarta-feira o tamanho potencial do rombo aos cofres públicos gerados pela relação descontrolada entre o Ministério do Turismo e entidades sem fins lucrativos: R$ 1 em cada R$ 4 repassados pela pasta para ONGs pode ter sido desviado.
No entanto, apesar de um detalhamento minucioso das fraudes ao longo de mais de 700 páginas, ninguém foi diretamente responsabilizado pelas irregularidades.
Os convênios analisados foram celebrados nas gestões dos últimos três ministros: Pedro Novais, Luiz Barretto e Marta Suplicy.
A auditoria na pasta começou depois de a Polícia Federal prender sete servidores da pasta em agosto, na Operação Voucher. A ação policial foi motivada por um convênio da pasta com uma única entidade, com prejuízo de cerca de R$ 3 milhões.
O valor é irrisório diante dos R$ 67 milhões de potencial prejuízo anunciado pela controladoria, depois de quatro meses de investigação.
O montante é referente a 54 convênios e cinco contratos analisados, num total de R$ 281,8 milhões em verbas públicas.
Para a CGU, o Ministério do Turismo estava, pelo menos até o início da auditoria, "descoordenado". O órgão, contudo, elogia a nova gestão por ter dado acesso total aos documentos solicitados.
Ainda assim, o órgão recomendou que continuem suspensos os convênios firmados com as ONGs que apresentaram problemas.
O foco da auditoria foi os programas de qualificação voltados para a recepção de turistas na Copa-2014.
Apostila para garçons eram baseadas em textos colados da internet, sem citação de fonte e, muitas vezes, sem relação com o tema do "curso".
Para atendentes de bar, por exemplo, dinheiro do Ministério do Turismo repassado para o Instituto Quero-Quero acabou servindo para uma apostila com dicas sobre como evitar a ressaca, com direito a "uma receita judia: uma boa canja de galinha no dia seguinte".
Num guia sobre "cultura brasileira e futebol", a Fundação Universa imprimiu 24 páginas para uma apostila, com oito linhas de texto em cada uma delas.
Em menor escala, também foi analisado o destino dado a verbas para a realização de festas regionais. Em São Domingos do Prata (MG), a prestação de contas foi apresentada com uma falsificação grosseira de uma foto. Um outdoor que nunca existiu foi inserido numa foto.
A investigação da CGU também confirmou irregularidades, apontadas no fim de 2010, em entidades do Distrito Federal que receberam recursos do Turismo por meio de emendas do senador Gim Argello (PTB-DF).


Fonte: FOLHA DE SP

Eu prefiro as do Zafari. O tema familia senpre foi o foco. E vejo um comercial tranquilo, sem afetação, sem apelo de vendas. by Deise

Um Natal Fraterno. É o meu desejo. by Deise

Dos 18 deputados federais que integraram a comissão especial do Código Florestal, em julho deste ano, 13 receberam juntos aproximadamente R$ 6,5 milhões doados por empresas do setor de agronegócio, pecuária e até do ramo de papel e celulose. Submetido à análise desta comissão, o novo código foi aprovado por 13 votos a 5.


Ela alega stress e possivelmente vai ainda ganhar o tratamento psicologico uma vez que é profissional da área da saúde, o que torna tudo mais cruel. Como explicação para ter matado o cachorro a pancada ela diz "que ficou muito nervosa porque o cão tinha feito xixi e cocô no chao". Bem. lembrarei dissoquando fizer algo que exija explicações. usarei o "eu estava nervosa" e deverei ir serelepe para casa. Bem sra. enfermeira, o seu caozinho fez xixi e cocô pela casa, obviamente porque a sra o deixou preso e de forma irresponsavel, "não lhe ensinou a ir ao sanitário, levantar a tampa, segurar o pintinho para nao molhar a tábua, E se sujar a tábua não esquecer de limpar". Ele morreu com seus maus tratos. Caso contrário lhe deixaria o aviso para não bater nele caso ele latisse. Que é natural em cães este barulho. E ele iria latir sempre. Até que a sra. o ensinasse a FALAR. Tola. by Deise



 

TRISTE JUDICIÁRIO -

UM BREVE RETRATO DO STJ 


(*) by Marco Antonio Villa

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) é formado por 33 ministros. Foi criado pela Constituição de 1988. Poucos conhecem ou acompanham sua atuação, pois as atenções nacionais estão concentradas no Supremo Tribunal Federal. No site oficial está escrito que é o tribunal da cidadania. Será?

Um simples passeio pelo site permite obter algumas informações preocupantes.

O tribunal tem 160 veículos, dos quais 112 são automóveis e os restantes 48 são vans, furgões e ônibus. É difícil entender as razões de tantos veículos para um simples tribunal. Mais estranho é o número de funcionários. São 2.741 efetivos.

Muitos, é inegável. Mas o número total é maior ainda. Os terceirizados representam 1.018. Desta forma, um simples tribunal tem 3.759 funcionários, com a média aproximada de mais de uma centena de trabalhadores por ministro!! Mesmo assim, em um só contrato, sem licitação, foram destinados quase R$2 milhões para serviço de secretariado.

Não é por falta de recursos que os processos demoram tantos anos para serem julgados. Dinheiro sobra. Em 2010, a dotação orçamentária foi de R$940 milhões. O dinheiro foi mal gasto. Só para comunicação e divulgação institucional foram reservados R$11 milhões, para assistência médica a dotação foi de R$47 milhões e mais 45 milhões de auxílio-alimentação. Os funcionários devem viver com muita sede, pois foram destinados para compra de água mineral R$170 mil. E para reformar uma cozinha foram gastos R$114 mil. Em um acesso digno de Oswaldo Cruz, o STJ consumiu R$225 mil em vacinas. À conservação dos jardins — que, presumo, devem estar muito bem conservados — o tribunal reservou para um simples sistema de irrigação a módica quantia de R$286 mil.

Se o passeio pelos gastos do tribunal é aterrador, muito pior é o cenário quando analisamos a folha de pagamento. O STJ fala em transparência, porém não discrimina o nome dos ministros e funcionários e seus salários. Só é possível saber que um ministro ou um funcionário (sem o respectivo nome) recebeu em certo mês um determinado salário bruto. E só. Mesmo assim, vale muito a pena pesquisar as folhas de pagamento, mesmo que nem todas, deste ano, estejam disponibilizadas. A média salarial é muito alta. Entre centenas de funcionários efetivos é muito difícil encontrar algum que ganhe menos de 5 mil reais.

Mas o que chama principalmente a atenção, além dos salários, são os ganhos eventuais, denominação que o tribunal dá para o abono, indenização e antecipação das férias, a antecipação e a gratificação natalinas, pagamentos retroativos e serviço extraordinário e substituição. Ganhos rendosos. Em março deste ano um ministro recebeu, neste item, 169 mil reais. Infelizmente há outros dois que receberam quase que o triplo: um, R$404 mil; e outro, R$435 mil. Este último, somando o salário e as vantagens pessoais, auferiu quase meio milhão de reais em apenas um mês! Os outros dois foram “menos aquinhoados”, um ficou com R$197 mil e o segundo, com 432 mil. A situação foi muito mais grave em setembro. Neste mês, seis ministros receberam salários astronômicos: variando de R$190 mil a R$228 mil.

Os funcionários (assim como os ministros) acrescem ao salário (designado, estranhamente, como “remuneração paradigma”) também as “vantagens eventuais”, além das vantagens pessoais e outros auxílios (sem esquecer as diárias). Assim, não é incomum um funcionário receber R$21 mil, como foi o caso do assessor-chefe CJ-3, do ministro 19, os R$25,8 mil do assessor-chefe CJ-3 do ministro 22, ou, ainda, em setembro, o assessor chefe CJ-3 do do desembargador 1 recebeu R$39 mil (seria cômico se não fosse trágico: até parece identificação do seriado “Agente 86”).

Em meio a estes privilégios, o STJ deu outros péssimos exemplos. Em 2010, um ministro, Paulo Medina, foi acusado de vender sentenças judiciais. Foi condenado pelo CNJ. Imaginou-se que seria preso por ter violado a lei sob a proteção do Estado, o que é ignóbil. Não, nada disso. A pena foi a aposentadoria compulsória. Passou a receber R$25 mil. E que pode ser extensiva à viúva como pensão. Em outubro do mesmo ano, o presidente do STJ, Ari Pargendler, foi denunciado pelo estudante Marco Paulo dos Santos. O estudante, estagiário no STJ, estava numa fila de um caixa eletrônico da agência do Banco do Brasil existente naquele tribunal. Na frente dele estava o presidente do STJ. Pargendler, aos gritos, exigiu que o rapaz ficasse distante dele, quando já estava aguardando, como todos os outros clientes, na fila regulamentar. O presidente daquela Corte avançou em direção ao estudante, arrancou o seu crachá e gritou: “Sou presidente do STJ e você está demitido. Isso aqui acabou para você.” E cumpriu a ameaça. O estudante, que dependia do estágio — recebia R$750 —, foi sumariamente demitido.

Certamente o STJ vai argumentar que todos os gastos e privilégios são legais. E devem ser. Mas são imorais, dignos de uma república bufa. Os ministros deveriam ter vergonha de receber 30, 50 ou até 480 mil reais por mês. Na verdade devem achar que é uma intromissão indevida examinar seus gastos. Muitos, inclusive, podem até usar o seu poder legal para coagir os críticos. Triste Judiciário. Depois de tanta luta para o estabelecimento do estado de direito, acabou confundindo independência com a gastança irresponsável de recursos públicos, e autonomia com prepotência. Deixou de lado a razão da sua existência: fazer justiça.
MARCO ANTONIO VILLA é historiador e professor da Universidade Federal de São Carlos (SP).
O termo "bandido de togas" foi dito em setembro/2010 - pela Ministra Eliana Calmon - corregedor do CNJ -
leia aqui - (*) Acho o autor polêmico, mas julguei que a matéria merece ser lida.

Diferenças. Que faz toda a diferença...by Deise


"O psicótico pensa que 2+2=5.
Já o neurótico sabe que 2+2=4.
...Mas... não se conforma com isso!"
O neurótico muitas vezes acha que é Deus.
O psicótico, tem certeza... 
 
 

(...)"Eh, eh ...Vida de Gado... Povo marcado eh, Povo Feliz...." by Deise

A balada de José e Maria

Maria
José
José Roque dos Santos, 59 anos, e Maria do Socorro Diniz, 58 anos, o casal das fotos ao lado, não têm escolaridade, nem terra, nem futuro algum. São dois lavradores de Doverlândia, um município perdido de Goiás, de pouco mais de 7 mil habitantes. À meia noite de segunda-feira, 23 de maio, o casal foi colocado dentro de um ônibus com outras 30 pessoas e, em troca de lanche e uma camiseta, foram enviados pelo sindicato rural local para Brasília, a seis horas de viagem de lá. José e Maria se juntaram, então, a outras centenas de infelizes enviados à capital federal pela Confederação Nacional de Agricultura (CNA) para, exatamente como gado tocado no pasto, pressionar os deputados federais a votar a favor do projeto de Código Florestal do deputado Aldo Rebelo, do Partido Comunista do Brasil.
Conversei com o casal enquanto ambos, José e Maria, eram obrigados a segurar cartazes pela votação do texto de Rebelo, defendido por figuras humanasdo calibre da senadora Kátia Abreu, do DEM de Tocantins, presidente da CNA, e do deputado Ronaldo Caiado, do DEM de Goiás, ex-presidente da União Democrática Ruralista (UDR), velha agremiação de latifundiários de inspiração fascista.
José e Maria não sabem ler e nem têm a menor idéia do que é o Código Florestal. Quando lhes perguntei a razão do apoio ao projeto, assim me falaram:

José – Acho que vai ser bom pra nós e pros nossos netos, foi o que disseram.
Maria – É pra cuidar das terras, do futuro do Brasil.
Afora isso, não sabem nada. Nem uma pálida idéia do que é o projeto de Aldo Rebelo, muito menos o que é reserva ambiental e mata ciliar. Nada.
Os cartazes, me contaram, foram entregues por um certo “Luís, do sindicato dos fazendeiros” de Doverlândia, também responsável pela distribuição das camisetas da CNA. Eles foram embarcados em direção a Brasília sem chance de contestação. Os dois não têm um único centímetro de terra, mas trabalham na terra de quem manda, no caso, um fazendeiro da região. Enfrentaram um frio de 9 graus na viagem até Brasília, tomaram café com leite e pão em barraquinhas armadas em frente ao Congresso e, quando os encontrei, tomavam conta da fila de doces, frutas e confeitos que a CNA havia preparado na entrada da Câmara dos Deputados para impressionar a mídia. Tinham esperança de conseguir um almoço de graça e se mandar de volta para Doverlândia, às 17 horas de terça-feira, dia 24, a tempo de dormir em casa. Triste ilusão.
As gentes usadas como gado pela CNA para garantir a aprovação do projeto de um comunista ficaram enfurnadas no Congresso até tarde da noite, famintas e exaustas, obrigadas a se espremer nas galerias e a servir de claque contra os opositores do Código Florestal. E, é claro, a aplaudir Ronaldo Caiado.
Que essa perversão social ainda exista no Brasil, não me surpreende. Há anos tenho denunciado, como repórter, esse estado de coisas.
O que me surpreendeu mesmo é que os deputados do PCdoB não tenham se retirado do plenário, senão por respeito a José e Maria e à história do partido, mas ao menos por vergonha de serem cúmplices da miserável escravidão a que o casal de Doverlândia e seus companheiros da terra foram submetidos em troca de lanches e camiseta.

Uma herança maldita. E uma tremenda incongruência causada pelos conchavos e interesses politicos. Para sair só orando. E esperando.... by Deise

uma tragédia brasileira

by Leandro Fortes
Quem vai dar a notícia a elas?
Até aqui, coube a José Sarney o papel explícito de estorvo a ser aturado, crise após crise, pela presidenta Dilma, como o foi, em tempos recentes, pelo ex-presidente Lula. Sarney é, de certa forma, a única herança realmente maldita deixada por Lula para Dilma, e muito embora haja sempre certa disposição seletiva da velha mídia em avacalhar o ex-presidente, o fato é que, na maior parte do tempo, os jornalistas o deixam em paz. Sarney tem uma complexa rede de aliados e apadrinhados em vários setores da vida pública, inclusive dentro das redações. Sarney também domina o bilionário setor elétrico, nomeia e desnomeia ministros, é tratado com enorme deferência pelo Poder Judiciário, tanto no Maranhão, onde ainda se mantém como senhor feudal, como nas altas cortes. No Superior Tribunal de Justiça, foi brindado, recentemente, com a anulação da Operação Boi Barrica, da Polícia Federal, cujo principal alvo era, justamente, Fernando Sarney, o filho mais velho do coronel e seu principal operador nos negócios da família.
Sarney tem sido, para desespero dos que ainda crêem na política como uma ação baseada na ética e na decência, uma espécie de poder moderador entre as necessidades dos governos do PT e os velhos interesses das oligarquias no Senado e, por extensão, no Congresso Nacional. Não obstante estar na origem de todos os mecanismos de produção de miséria, violência e exclusão do Maranhão, Sarney, como de resto, todos os demais do clã, posa ainda de astuto líder político capaz de apaziguar e cooptar alas descontentes do PMDB e mesmo da oposição. Como se os pilares dessa elogiada performance não fossem, no fim das contas, o domínio puro e simples das estruturas partidárias e o controle da máquina fisiológica que é, no fim das contas, o chicote que o velho coronel brande, aqui e acolá, com enorme habilidade.
A presença de José Sarney como protagonista de um governo popular nos envergonha a todos e, imagino, também a boa parte do PT, mas essa questão caminha para se tornar pequena diante do que vem por aí. Aos poucos, com a ajuda de colunistas amigos e interlocutores impregnados de pragmatismo dentro do Palácio do Planalto, a senadora Kátia Abreu, ex-DEM de Tocantins, atualmente, às vésperas de integrar o probo PSD, de Gilberto Kassab, vai se tornando a nova aliada do governo Dilma. O fato é que nos falta a medida certa da indignação, acostumados a que estamos ficando em achar que basta juntar gente cheirosa em marchas contra a corrupção para, enfim, bradar por um país melhor. Mas essa simples perspectiva – a de um indivíduo como Kátia Abreu pertencer a um governo dito de esquerda, ainda que de forma periférica – deveria servir para tocar fogo nas ruas.
Presidente da Confederação Nacional de Agricultura, líder da ultra-reacionária bancada ruralista no Congresso, Kátia Abreu é a face visível e supostamente moderna de uma ideologia que, desde o descobrimento, moldou as principais relações políticas, econômicas e sociais brasileiras. Moldura esta, é preciso que se diga, que ainda nos confere uma realidade cruel e desumana, baseada numa doutrina escravocrata e excludente, cimentada sob os interesses do latifúndio, da monocultura e da devastação ambiental. Kátia Abreu é a representação física e institucional dessa cultura perversa que produz resultados econômicos vibrantes nos campos de soja e miséria humana em tudo o mais.
Ao admiti-la como aliada, Dilma terá apunhalado cada uma das 70 mil bravas camponesas que, na Marcha das Margaridas, foram lhe prestar apoio e solidariedade, no mês passado, em Brasília.


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