quarta-feira, 6 de abril de 2022

Câmara aprova projeto que cria a Lei Aldir Blanc 2, de apoio permanente ao setor cultural

24/02/2022 -

Paulo Sérgio/Câmara dos DeputadosJandira Feghali é uma das autoras do projeto


A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (24) o projeto de lei que institui a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura, com repasses anuais de R$ 3 bilhões da União a estados e municípios para ações no setor. De autoria da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e outros cinco deputados, a proposta (PL 1518/21) será enviada ao Senado.

O texto aprovado em Plenário é um substitutivo do relator, deputado Celso Sabino (UNIÃO-PA). Segundo o texto, essa política nacional beneficia trabalhadores da cultura, entidades e pessoas físicas e jurídicas que atuem na produção, difusão, promoção, preservação e aquisição de bens, produtos ou serviços artísticos e culturais, incluindo o patrimônio cultural material e imaterial.

O texto lista 17 grupos de atividades culturais que poderão ser contempladas por meio de editais, chamadas públicas, prêmios, compra de bens e serviços, cursos e outros procedimentos.

Entre eles, incluem-se estudos e pesquisas, concessão de bolsas de estudo no Brasil ou no exterior, aquisição de imóveis tombados, manutenção de grupos, companhias e orquestras e construção e manutenção de museus, centros culturais e bibliotecas.

A política terá vigência de cinco anos, e o valor global previsto de R$ 3 bilhões deverá ser entregue no ano seguinte ao da publicação da futura lei.

Jandira Feghali comparou o projeto ao Fundeb permanente, que direciona recursos de forma contínua à educação. “A lei irrigará o Sistema Nacional de Cultura para levar a diversidade e a descentralização com muito mais consistência”, disse.

Para Celso Sabino, “este projeto é muito importante para a economia e a cultura brasileira, que sustenta mais de 830 mil empregos diretos ou indiretos”.

Paulo Sergio/Câmara dos DeputadosCelso Sabino, relator do projeto

Recursos próprios
Do valor que receber, o ente federado deverá aplicar 80% em ações de apoio ao setor cultural por meio de editais, chamadas públicas, prêmios e compras de bens e serviços culturais, entre outros, além de subsídio para a manutenção de espaços artísticos e ambientes culturais que desenvolvam atividades regulares e de forma permanente em seus territórios e comunidades.

Os demais 20% devem ir para ações de incentivo direto a programas, projetos e ações de democratização do acesso à produção artística e cultural em áreas periféricas urbanas e rurais, bem como povos e comunidades tradicionais.

Para poder receber o dinheiro, o ente federado deverá comprovar a destinação de orçamento próprio ao setor em valor equivalente, no mínimo, à média dos valores desse orçamento aplicado nos últimos três exercícios.

Eventuais recursos da União que não forem repassados por perda de prazo para entrega do plano de ação deverão ser redistribuídos aos demais entes.

Rateio
Os R$ 3 bilhões serão divididos metade a metade entre estados e Distrito Federal e municípios. O rateio entre os entes federados seguirá dois critérios: 20% de acordo com os índices do Fundo de Participação dos Estados (FPE) ou dos municípios (FPM), conforme o caso; e 80% proporcionalmente à população.

Os municípios que receberem os recursos deverão incluí-los em sua programação orçamentária em 180 dias, sob pena de devolução aos respectivos estados.

Subsídios
No caso dos subsídios a espaços culturais, o valor de manutenção deverá variar de R$ 3 mil a R$ 10 mil, podendo ser usados tanto em atividades meio quanto em atividades fim, devendo ser corrigidos anualmente por índice de inflação definido em regulamento.

Para se candidatar ao subsídio, o interessado deverá estar inscrito em cadastros estaduais, municipais ou nacionais ou em sistemas de informações como o Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais (Sniic) e o Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro (Sicab).

Como contrapartida, os beneficiários deverão realizar atividades para alunos de escolas públicas ou atividades em espaços públicos de sua comunidade, todas de forma gratuita, podendo ser utilizados meios digitais.

Tipos de espaços
O texto considera como espaços culturais todos aqueles organizados e mantidos por pessoas, organizações da sociedade civil, microempresas culturais, organizações culturais comunitárias, cooperativas com finalidade cultural e instituições culturais sem fins lucrativos.

Entre eles, incluem-se pontos e pontões de cultura; teatros independentes; escolas de música, de capoeira e de artes e estúdios, companhias e escolas de dança; circos; bibliotecas comunitárias; livrarias, editoras e sebos; estúdios de fotografia; e espaços e centros de cultura alimentar de base comunitária, agroecológica e de culturas originárias, tradicionais e populares.

Fontes de recursos
Para reunir os R$ 3 bilhões a cada ano, poderão ser usadas várias fontes de recursos:

– dotações orçamentárias;

- o superávit do Fundo Nacional da Cultura (FNC);

- doações;

- subvenções e auxílios de entidades de qualquer natureza, inclusive de organismos internacionais;

- 3% da arrecadação bruta dos concursos de prognósticos e loterias federais e similares cuja realização estiver sujeita a autorização federal, deduzindo-se este valor dos montantes destinados aos prêmios;

- recursos da Loteria Federal da Cultura, a ser criada por lei específica;

- reembolso das operações de empréstimo realizadas por meio do FNC a título de financiamento reembolsável;

- retorno dos investimentos feitos em empresas e projetos culturais com recursos do FNC;

- resultado das aplicações em títulos públicos federais, obedecida a legislação vigente sobre a matéria; e

- recursos da Cide-Jogos prevista no PL 442/91.

Prestação de contas
O beneficiário do subsídio deverá apresentar prestação de contas referente ao respectivo estado, município ou ao Distrito Federal em 180 dias após o final do exercício financeiro em que se encerrou a aplicação dos recursos recebidos.

Destaque rejeitado
No Plenário da Câmara, o único destaque votado e rejeitado, do Novo, pretendia derrubar dispositivo que proíbe o uso dos recursos em iniciativas culturais mantidas por empresas e por entidades do Sistema S.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Fonte: Agência Câmara de Notícias

terça-feira, 5 de abril de 2022

Uma pausa para rir....Tirado da rede.



Comecei a sair com uma mina e nosso relacionamento era perfeito
Tipo Batman e Robin, Jay e Beyoncé,
Velho barreiro e engov.
Eu sempre levava álcool e cigarro, ela, as comidas(sem trocadilho). Estava tudo indo perfeitamente lindo até a hora que decidimos transar.
Depois de falar várias safadagens no whats, marcamos.
A noite era perfeita.
Naquele clima transante, jazz ao fundo, janela aberta, lua cheia, um vinho de canto e meio maço ao lado
E aquela beldade de um metro e meio (minha coluna até chora quando lembra dela, cada envergada pra beija-la era um bico de papagaio no espinhaço).
A gente lá se beijando e foi esquentando, fomos nos despindo e vrau!!! Ela estilo mulher maravilha, de bota calcinha e sutiã. Eu tipo Sonic, só de meia e tênis.
Por incrível que pareça sou um cara tímido pessoalmente, e também sou bem de boas no bate virilha.
E ela era linda, rosto angelical, black imenso, piercing, tatuagem, cara de aluna cdf.
Mas é aquele ditado né: Quem vê cara não vê tesão acumulado.
E durante o beijo num lance de 3 segundos ela incorporou José Aldo e me jogou na cama numa pegada mais agressiva e eu não entendi o que tava acontecendo
Ali começou a baixaria...
Ela me deu um tapa na cara e eu estranhei. Deu outro!
Questionei: Que porra é essa, lazarenta!?
Ela começou a gritar umas sacanagens em tons de ameaça.
Eu já tava na duvida se iria transar ou ser interrogado, era uma mistura de Bruna surfistinha com Capitão Nascimento. Eu tão assustado que nem sabia onde tava o baiano.
E mano, eu comecei a sair do clima e o Juca querendo arriar a bateria.
Fiquei em choque se ereto já tava apanhado desse jeito imagina se amolecesse?
Ela vai me asfixiar no travesseiro e reanimar com desfibrilador no meu brioco.
Tentei manter a calma mas era inevitável, já tava apanhando mais que talarico em cela de traficante. Sofrendo mais que corno ouvindo Amado Batista na jukebox do boteco tomando bavária.
De repente num ato de tesão e desespero eu virei ela com as costas pra cama foi, meio Ippon.
Ai vara vai, soco vem.
Parecia que eu tava atuando em Brasileirinhas, dirigido por Tarantino!
Pedia tapa na cara. Não curto muito essas brisas, mas se não batesse, era eu que apanhava.
Comecei a tomar uns tapa mais violentos, e a mão da desalmada era leve feito um saco de cimento.
Pra evitar os hematomas e eu não sair de lá mais roxo que o Barney, tive a brilhante ideia de abraça-la
Doido, a bicha cravou as unhas nas minhas costas e foi descendo as costelas tirando uns meio kg de coro.
Parecia que eu fui atacado por uma harpia
Não bastando os vergão e retaliação, a abençoada mordeu meu peito numa voracidade que ficou a marca umas três semanas, parecia um terceiro mamilo.
Dei um berro tão grande,meio grave desafinando pro agudo, parecia o Tarzan gripado.
Eu não sabia o que fazer!!!
A mina tava possuída pelo Satanás do cama Sutra
Meu corpo falava: Reaja!
Minha cabeça gritava: METE O PÉ!
O Juca pedindo substituição.
A gente no segundo andar eu não sabia se escalava pro terceiro ou se pulava dali mesmo.
Minha pressão subindo o Juca dando pane, suor pingando, a asma atacando, tava pior que jogador de várzea, já tinha atuado em todas as posições e nada de gol!
Não sou muito religioso, mas nessa hora foquei num pai nosso(perdoe me a blasfêmia),e depois de jogar os dois tempos mais a prorrogação quase indo pros pênaltis, cabeciei na área e teile...
Igual aquela série O.C, Um Estranho no Paraíso.
A sensação de segurança e dever cumprido.
Fui ao banheiro.
Tranquei a porta.
Lavei o rosto pra disfarçar a cara de choro.
Deu dois minutos...
Escuto de fundo...
Mozão volta pro segundo Round
😳  Estou tentando escapar pela janela do Banheiro 

O padre do balão e seu fim, no mar de Santa Catarina

28 de abril de 2020



Este site já destacou assuntos inusitados que têm o mar como cenário, como cães mergulhadores com equipamento Scuba. Ou a Travessia do Atlântico em tonel, maluquice realizada com sucesso. Hoje falamos do padre do balão e seu triste fim no mar. Pode ser uma história triste, e é. Mas entrou, pelo ato tresloucado, para nossa obscura história marítima.E também evoca o tempo em que uma só morte provocava comoção.

Em abril de 2008, o País foi sacudido por um notícia inusitada. Um padre voador morria afogado depois que seu balão de ar quente despencou no litoral. Seria possível?

Sim, seria. Adelir de Carli, era seu nome. E ele tinha 41 anos de idade.
“Pela primeira vez na história, um aparelho construído pelo homem venceu a gravidade”

O Brasil é pródigo em padres voadores. Um deles entrou para a história. Seu nome era Bartolomeu Lourenço de Gusmão. Em 1709, aos 24 anos, o sacerdote convocou a corte lusa para mostrar uma novidade: um balão de ar quente.

A demonstração diante do rei – Wikimedia Commons.

‘A coisa voou’

Araguaryno Cabrero dos Reis, brigadeiro reformado da Força Aérea Brasileira (FAB), disse ao aventuras da história que “Pela primeira vez na história, um aparelho construído pelo homem venceu a gravidade”.

As tentativas de Bartolomeu Lourenço de Gusmão

O aventuras da história explica que não foi fácil. Foram três tentativas, duas sem o sucesso que só veio na terceira. “Dessa vez, no pátio do Palácio, perante o rei de Portugal, Dom João V, e a rainha, dona Maria Anad, o aeróstato ganhou os ares. Ergueu-se lentamente, indo cair, quando esgotada sua chama, no terreiro da casa real.”

Bartolomeu de Gusmão nasce em Santos

Segundo o aventuras da história, “Bartolomeu Gusmão nascido na vila paulista de Santos, em 1685, foi batizado com o nome de Bartolomeu Lourenço Santos, mas sempre preferiu ser chamado de Gusmão.”



Tresloucado?

“Ainda criança, mudou-se para a Capitania da Bahia para continuar seus estudos no Seminário de Belém.”
Tresloucado e genial, foi o primeiro a conseguir uma patente no Brasil

“Construiu uma bomba elevatória para transportar água do rio Paraguaçu até o colégio dos padres, que ficava a 100 metros do nível do mar. O abastecimento, até então, exigia muito esforço e tempo dos seminaristas. Esse foi seu primeiro invento, que fez de Gusmão o primeiro brasileiro a conseguir uma patente.”

E quis outra, com o balão, mas não conseguiu. Acabou em desgraça. “O escritor Affonso d’Escragnolle Taunay, pesquisador da vida do padre, informa que Gusmão perdeu apoio real ao se apaixonar por uma freira, conhecida como Trigueirinha, com quem o rei Dom João V possivelmente mantinha relações amorosas.”

Eita… não podia ser outra, seu padre?

“A Corte portuguesa era uma bandalheira geral. As intrigas da amante do padre o fizeram ir para a Holanda”, diz o brigadeiro Araguaryno. A partir daí, pouco se sabe sobre o paradeiro de Gusmão. Fugiu da Inquisição durante alguns anos e morreu, com 39 anos, de tuberculose, em 19 de novembro de 1724, em Toledo, Espanha.”

Adelir de Carli, o padre do balão no Paraná

Segundo a revista Piauí,”Pároco desde 2004, quando chegou à cidade recém-ordenado, Adelir de Carli voava para chamar a atenção de patrocinadores em potencial, talvez dispostos a bancar sua obra pastoral de apoio aos motoristas.”

Com suas ações inusitadas, não se sabe se inspiradas por Bartolomeu de Gusmão, Adelir havia conseguido notoriedade, como informa a Piauí: “E conseguira alguma celebridade nacional em 13 de janeiro, viajando em cerca de cinco horas do Paraná à Argentina, a bordo de 500 balões. Como a fama instantânea não lhe trouxe o dinheiro esperado para a Pastoral Rodoviária, ele dobrou a dose da aventura em abril. Acabou conhecido no mundo inteiro. Mas não como pretendia.”
O último voo do padre voador

O padre tentava realizar um voo inusitado com uma cadeira de parapente amarrada a cerca de mil balões de festa enchidos com gás hélio. Ele viajava com roupa térmica e levava dois celulares e um aparelho GPS (localizador por satélite).

Adelir de Carli pouco antes de alçar voo. Imagem, revista Época.

Como se vê, eram balões de festa! Amarrados uns aos outros, e inflados com gás hélio. Uma loucura digna de festas de crianças, ou nem delas… Carli, que era padre em Paranaguá (litoral do Paraná), pretendia fazer um voo de 20 horas, informa o Bem Paraná.
Plano de voo do padre do balão

Segundo o jornal “A ideia era voar acima das correntes de vento, rumo a Oeste. Mas o plano não deu certo e ele acabou levado em direção ao oceano. Adelir de Carli foi dado como desaparecido no dia seguinte à decolagem. Segundo a Polícia Civil, ele caiu no mar e morreu por hipotermia.

O corpo só foi encontrado mais de três meses depois, em julho de 2008, na costa de Maricá (cidade do litoral do Rio de Janeiro).”
A rota fatal.

Adelir de Carli não concluiu curso de parapente

Segundo a Folha de S. Paulo, à época, “o padre Adelir de Carli não conseguiu terminar um curso de voo iniciado em 2005. Segundo o instrutor de voo Márcio Lichtnow, que foi seu professor em um curso de parapente, por falta de disciplina e assiduidade.

“O padre foi ‘convidado a se retirar’ da escola”.

Tresloucado?

Mas sua morte trágica no mar provocou comoção no Paraná.
Assista ao vídeo do padre voador e relembre como foi


sábado, 2 de abril de 2022

Ebola: o que é, sintomas, transmissão, vacina


Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia  

Ebola, também chamada anteriormente de febre hemorrágica ebola, é uma doença com alta letalidade que se destaca por provocar sangramentos em várias partes do corpo. O vírus Ebola apresenta a capacidade de infectar tanto seres humanos quanto outros primatas, como macacos, gorilas e chimpanzés. A doença é transmitida pelo contato com fluidos, tecidos e secreções eliminadas pelo doente. A manipulação de animais e o contato com objetos contaminados também podem causar a transmissão da doença. Até o momento não há registros de casos da doença no Brasil.
O que é ebola?

Ebola, febre hemorrágica ebola ou doença por vírus ebola é uma doença viral grave que apresenta letalidade em torno de 90%. Trata-se de uma doença hemorrágica altamente contagiosa.

Agente causador da ebola

A ebola é uma doença causada por um vírus da família Filoviridae, chamado vírus Ebola. Esse vírus foi identificado pela primeira vez em 1976, em dois surtos simultâneos que ocorreram em duas regiões da África: Sudão e República Democrática do Congo. O vírus recebeu esse nome, pois os surtos ocorreram nas proximidades do Rio Ebola. A origem do vírus é desconhecida, mas acredita-se que os hospedeiros prováveis do vírus sejam morcegos frugívoros (que se alimentam de frutos).
O vírus Ebola é responsável por provocar uma doença grave e altamente letal.

Atualmente são conhecidos cinco tipos de vírus Ebola. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os cinco tipos são:
Zaire ebolavirus;
Sudao ebolavirus;
Bundibugyo ebolavirus;
Reston ebolavirus;
Tai Forest ebolavirus.

Dentre eles, destaca-se o Zaire ebolavirus, por apresentar a maior letalidade.

Transmissão da ebola

A ebola é transmitida por meio do contato direto com sangue e outros fluidos e secreções corporais do doente, tais como sêmen, urina, saliva e fezes. A transmissão só ocorre após o início do surgimento de sintomas. A doença pode ser transmitida também pelos fluidos corporais de animais infectados. Ao manipular, por exemplo, carne crua de chimpanzés, antílopes e outros animais contaminados, a doença pode ser introduzida na população humana.

Fotografia de uma placa no Congo, África, sinalizando que a região apresenta casos de ebola.

Vale salientar que objetos e superfícies contaminadas com fluidos corporais também podem transmitir a doença, bem como roupas de cama e roupas do paciente. Outro ponto que merece destaque é a alta carga viral dos corpos das vítimas de ebola. Os enterros dessas pessoas devem ser feitos mediante medidas rígidas de segurança, a fim de interromper o ciclo de transmissão da doença.

Em várias regiões da África, é comum que, em cerimônias fúnebres, os parentes e amigos tenham contato direto com o corpo da pessoa falecida, o que pode representar um risco grave de contaminação.

Por ser uma doença de alta capacidade de transmissão, os profissionais de saúde envolvidos nos cuidados com os doentes devem seguir todas as regras de segurança rigorosamente. Isso inclui o uso de equipamentos de proteção individual, tais como luvas, máscaras, óculos e aventais.

Sintomas da ebola

Os sintomas da doença iniciam-se entre 2 a 21 dias após a infecção. São sintomas da ebola:
febre;
dor de cabeça;
dor muscular;
náusea;
vômitos;
diarreia;
cansaço intenso;
conjuntivite;
erupções cutâneas;
disfunções hepáticas;
insuficiência renal.

As hemorragias são um sintoma marcante da ebola, e elas podem ser internas ou externas. O paciente pode apresentar sangramentos nas mucosas, intestino e útero, por exemplo. Vômitos, urina e fezes podem também apresentar sangue. A doença provoca falência múltipla dos órgãos.
Diagnóstico da ebola

A ebola é uma doença que inicialmente apresenta sintomas pouco específicos, como febre e dores no corpo. Esses sintomas podem dificultar o diagnóstico por serem observados em várias doenças virais. Em caso de suspeita, o paciente deve ser isolado e exames laboratoriais são realizados. De acordo com o Ministério da Saúde, o exame para diagnóstico confirmatório de ebola é o PCR. São realizadas duas coletas de material, sendo a segunda feita após 48 horas da primeira.
Tratamento da ebola

A ebola é uma doença que não apresenta tratamento específico, o que a torna um grave problema de saúde pública. O tratamento visa garantir o funcionamento adequado do corpo do paciente e aliviar os sintomas. Como normalmente os pacientes ficam desidratados, uma das medidas realizadas é a administração de fluidos intravenosos ou reidratação oral com soluções que apresentam eletrólitos. Também é realizada a manutenção dos níveis de oxigênio e da tensão arterial, bem como o tratamento de outras infecções que possam acometer o paciente. Devido à alta taxa de transmissão, os pacientes com ebola são tratados isoladamente, sem que tenham contato com outros pacientes. Após curada, a pessoa se torna imune ao vírus Ebola.

Vacina contra o vírus ebola

A primeira vacina contra o vírus ebola foi aprovada em 2019. De acordo com a organização humanitária Médicos Sem Fronteiras, a vacina foi usada, entre 2018 e 2020, em resposta a três epidemias de ebola distintas na República Democrática do Congo (RDC), incluindo a maior da história do país. Ainda de acordo com essa organização, dados clínicos comprovaram a eficácia da vacina em proteger pessoas em risco e reduzir a transmissão do vírus.


Laboratório que armazena amostras de varíola e ebola explode na Rússia

Governo russo afirma que a sala onde aconteceu o acidente não tinha nenhum material contaminante; um funcionário ficou gravemente ferido

INTERNACIONAL | Fábio Fleury, do R7
17/09/2019 - 19H26 (ATUALIZADO EM 17/09/2019 - 19H26)




Um andar de um laboratório dos tempos da Guerra Fria, com um grande e variado estoque de vírus mortais, explodiu na cidade de Novosibirsk, na Sibéria. Mas segundo os diretores do laboratório "não há riscos" de contaminação.

O Centro Estatal Russo de Pesquisas em Virologia e Biotecnologia, conhecido como Vector, confirmou em um comunicado que o acidente aconteceu no quinto andar, durante um procedimento de manutenção após uma inspeção sanitária.

Um funcionário do laboratório sofreu queimaduras de terceiro grau na explosão, que estilhaçou várias janelas do prédio. Segundo relatos, o fogo se espalhou pelo sistema de ventilação do prédio antes de ser controlado pelos bombeiros.

Autoridades russas afirmaram que, por causa do serviço de manutenção, a sala onde aconteceu a explosão não continha nenhum agente contaminante no momento do acidente, e que não aconteceu nenhum dano estrutural ao edifício.

Amostras perigosas

O Vector é um dos dois locais na Terra que ainda possuem amostras do vírus da varíola. O outro é um laboratório no Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês), em Atlanta.

Em 2004, uma cientista que trabalhava no laboratório russo morreu após se ferir acidentalmente com uma agulha carregando o vírus Ebola. Também existem rumores de que surtos de anthrax e varíola teriam se originado no Vector e, em seguida, acobertados pelo governo da antiga União Soviética nos anos 1970.

Sequência de problemas

O incêndio no laboratório de Novosibirsk é mais um acidente em uma sequência que vem incomodando a infraestrutura de pesquisas militares e estratégicas da Rússia nos últimos meses. Um mini-submarino nuclear de reconhecimento sofreu um incêndio em julho, matando 14 tripulantes a bordo.
Em agosto, uma explosão nuclear em uma plataforma de pesquisas causou níveis de radiação 20 vezes acima do normal na região da cidade de Severodinsk, cerca de 1200km ao norte de Moscou. Pelo menos cinco pessoas morreram.Uma explosão foi registrada nesta segunda-feira (17) no Centro Estatal de Virologia e Biotecnologia Russo (conhecido como Vector), organização que durante a Guerra Fria conduzia pesquisas em guerra química e biológica, incluindo meios de “potencializar” doenças comuns para que pudessem ser usadas como armas eficazes.


O que é Antraz, principais sintomas e tratamento


Revisão médica: Drª Sylvia Hinrichsen
Infectologista
Dezembro 2021

O Antraz é uma doença grave causada pela bactéria Bacillus anthracis, que pode causar infecção quando as pessoas entram em contato direto com objetos ou animais contaminados pela bactéria, quando ingerem carnes de animais contaminadas ou quando inalam esporos dessa bactéria presentes no ambiente.

A infeção por essa bactéria é bastante grave e pode comprometer o funcionamento do intestino e pulmões, podendo levar ao coma e ao óbito em poucos dias após a infecção. Devido a sua ação tóxica, o antraz pode ser utilizada como arma biológica, já tendo sido espalhada através de pó em cartas e objetos como forma de terrorismo.




Principais sintomas

Os sintomas do antraz variam de acordo com a forma de transmissão, com o sistema imunológico da pessoa e com a quantidade de esporos que a pessoa entrou em contato. Os sinais e sintomas da infecção podem começar a aparecer cerca de 12 horas a 5 dias após à exposição à bactéria, podendo causar manifestações clínicas de acordo com a forma de contágio:
Antraz cutâneo: é a forma menos grave da doença, acontece quando a pessoa entra em contato direto com os esporos da bactéria e pode ser caracterizada pelo aparecimento de caroços e bolhas vermelho-acastanhadas na pele que podem se romper e formar úlceras escuras e dolorosas na pele, podendo ser acompanhadas de inchaço, dores musculares, dor de cabeça, febre, enjoo e vômito.
Antraz gastrointestinal: que acontece através da ingestão de carnes de animais contaminados, em que as toxinas produzidas e liberadas pela bactéria causam inflamação aguda deste órgão, o que provoca sangramento, diarréia, vômitos, dor abdominal e febre;
Antraz pulmonar: é considerada a forma mais grave da doença, pois os esporos alojam-se nos pulmões, comprometem a respiração e podem chegar facilmente à corrente sanguínea, podendo levar ao coma ou óbito em até 6 dias após a infecção. Os sintomas iniciais são normalmente semelhantes ao de uma gripe, mas evoluem rapidamente.

Se a bactéria chegar ao cérebro, após atingir a circulação sanguínea, pode causar infecção cerebral e meningite muito graves, que quase sempre é fatal. Além disso, todas estas manifestações são muito graves e se não forem rapidamente identificadas e tratadas, podem levar à morte.

Como acontece a transmissão

A infecção pelo Bacillus anthracis pode acontecer através do contato com objetos ou animais contaminados com esporos da bactéria, que na maioria das vezes são vacas, cabras e ovelhas. Quando a infecção acontece por meio do contato com esporos e leva ao aparecimento de sintomas cutâneos, a infecção pode ser facilmente transmitida de pessoa para pessoa.

Outras formas de transmissão da doença é por meio da ingestão de carnes ou derivados de animais contaminados e por meio da inalação dos esporos, que é a forma mais frequente de transmissão no caso de bioterrorismo, por exemplo. Essas duas formas de transmissão não são transmitidas de pessoa para pessoas, no entanto são consideradas mais graves, uma vez que a bactéria pode alcançar mais facilmente a corrente sanguínea, espalhar-se para outros locais do corpo e causar sintomas mais graves.
Como é feito o tratamento

A infecção pelo antraz é tratada com uso de antibióticos que devem ser utilizados de acordo com a orientação do infectologista e/ ou clínico geral. Além disso, podem ser recomendados medicamentos para neutralizar a ação da toxina produzida e liberada pela bactéria, evitando assim o desenvolvimento da doença e aliviando os sintomas.

A vacina para o antraz não é disponível para toda a população, apenas para as pessoas que possuem maior chance de exposição à bactéria, como é o caso dos militares e cientistas, por exemplo.

Prevenção do Antraz

Como os esporos dessa bactéria não estão presentes no ambiente, apenas em laboratórios de referência para fins de guerra caso haja necessidade, a vacina contra o antraz encontra-se disponível apenas para as pessoas consideradas pertencentes ao grupo de risco, como militares, cientistas, técnicos de laboratórios, funcionários de empresas têxteis e veterinários.

Como a bactéria também pode ser encontrada no sistema digestivo ou no pelo de animais, uma forma de prevenir a infecção é através do controle da saúde dos animais, diminuindo, assim, a presença da bactéria no ambiente.

No caso da utilização do Bacillus anthracis como forma de bioterrorismo, a melhor estratégia para evitar a infecção e desenvolvimento da doença é a vacinação e o uso de antibióticos indicados por cerca de 60 dias.

Desistência de Doria é xeque mate em tucanos pró-Leite


Ao deixar também o PSDB, governador abre crise moral no ninho tucano. Ala adversária comemora e espera lançar Leite
31/03/2022 |
Christina Lemos / R7
Desistência de Doria é cheque mate em tucanos pró-Leite | Foto: Governo de SP / Divulgação / CP

Descrença e comemoração – a decisão do governador de São Paulo, João Doria, de desistir de concorrer à eleição espalhou reações contraditórias no meio tucano. Mas o efeito moral o governador obteve com o gesto mais duro: pretende deixar o partido, conforme declarou a auxiliares e a aliados. Com a atitude, Doria expõe o PSDB à contradição interna: o partido o escolheu em convenção e indica apoio a outro: Eduardo Leite.

Desde a tarde desta quarta-feira, é intenso o movimento de avaliação da decisão do governador e também do “deixa-disso”, como os políticos batizam o esforço para demovê-lo. No entanto, até mesmo os auxiliares mais próximos estão perplexos com a convicção de Doria, que pretende anunciar a guinada política na tarde de hoje.

Entre os apoiadores de Eduardo Leite estão os integrantes das alas comandadas pelo senador Tasso Jereissati (PSDB/CE) e pelo deputado Aécio Neves (PSDB/MG). O gaúcho reúne a maior parte dos tucanos históricos e estaria disposto a abrir a divergência, mesmo tendo perdido a convenção que escolheu o candidato. O gesto de Doria, no entanto, coloca a todos diante do desgaste moral de romper com as regras.

“A construção (da candidatura) vai entrar em campo agora”, declara apoiador de Leite. “Ele vai assumir o natural protagonismo dentro do partido e construir com o centro uma candidatura”, festeja. Para o grupo, a iniciativa de Doria equivale a uma ruptura, já que o governador declara a saída do partido, “após chamar de golpe” o apoio informal a Leite - que vai se licenciar do governo do Rio Grande do Sul. O prazo estabelecido pela legislação eleitoral para a desincompatibilização é 2 de abril.

A reviravolta também afeta diretamente Rodrigo Garcia, vice de Doria e candidato a sua sucessão. Garcia migrou do DEM para o PSDB e esperava assumir a cadeira de governador como forma de turbinar a própria campanha. A frustração deste plano instaura um complicador adicional à cena política paulista e pode ter reflexos favoráveis para os demais concorrentes ao Palácio dos Bandeirantes. Fernando Haddad, do PT, está na dianteira nas pesquisas, e Tarcísio Freitas, candidato de Bolsonaro, aparece com desempenho surpreendente.

sexta-feira, 1 de abril de 2022

Para sempre, Bebel: reclusa, Djenane Machado, atriz, morreu aos 70 anos


Atriz que deu vida a Bebel de A grande família, Djenane Machado criou carreira forte nos anos de 1970

Ricardo Daehn
postado em 30/03/2022 

(crédito: Reproducao)

Dividida entre o mundo das vedetes e explosões de sucesso na televisão dos anos de 1970, a atriz Djenane Machado teve a notícia da morte, aos 70 anos, divulgada ontem (29/03). Ela não teve filhos e tinha por companhia uma cuidadora, numa rotina pacata no Bairro Peixoto (Rio de Janeiro). No currículo, a atriz teve por destaque a participação no seriado A grande família, no qual viveu Bebel, na primeira temporada da atração da Rede Globo. Desde a morte do famoso pai, o produtor de teatro de revista Carlos Machado, em 1992, Djenane estava afastada dos palcos. Ela não teve a causa da morte confirmada.

Filha da figurinista Gisela Machado, a atriz colheu grandes parcerias cômicas, como em O primeiro amor (1972), novela na qual foi afirmada a parceria entre Paulo José e Flávio Migliaccio, que, respectivamente, viveram Shazam e Xerife. Outro ponto alto de Djenane foi ao lado do personagem de Lima Duarte, em Espelho mágico (1977). Um dos marcos nos palco veio em 1974, com Hip hip Rio. O pai, Carlos Machado, por vezes, intercedeu na carreira da filha que, pela vida, teve muitos episódios de altos e baixos gerados por dependência química. Quem tentou ajudá-la foi a amiga e estrela de cinema Odete Lara. O cinema trouxe relativa estabilidade, quando ela despontou em A penúltima donzela (1969), comédia feita ao lado de Adriana Prieto. Outros momentos de brilho vieram com Já não se faz amor como antigamente (1976) e dois títulos sob direção dos artistas renomados Paulo Thiago (Águia na cabeça, 1984) e Ruy Guerra (Ópera do malandro, adaptada em 1985). No filme ela viveu a prostituta Shirley Paquete.

Até o último sucesso na Rede Globo, com Ciranda de pedra (1981), baseada em texto de Lygia Fagundes Telles, e estrelada por Eva Wilma, Djenane seguia lembrada pela personagem, criada em 1973, Bebel, que, futuramente, seria encarnada por Guta Stresser. Curiosamente, para justificar a troca de atriz do papel (foi substituída por Maria Cristina Nunes), o seriado em torno do subúrbio nacional colocou o personagem de Agostinho (o marido) acreditando, firmemente, na versão de que a mulher teria feito uma plástica.

No terreno das novelas, Djenane coletou sucessos com Véu de noiva (1969), sob direção de Daniel Filho, ao lado da estrela do folhetim de Janete Clair, Regina Duarte. Djenane esteve presente na novela de estreia de Dias Gomes, A ponte dos suspiros, em que viveu a personagem Branca, na trama estrelada por Carlos Alberto. Com o mesmo ator, que dividiu o sucesso em Passo dos ventos (1968), obra de Janete Clair, Djenane estaria, ao lado de Renée de Vielmond, na novela Novo amor (1986), da extinta Rede Manchete. Na mesma emissora, a atriz deu fim à carreira na novela Tudo ou nada (1986), junto com Eizângela e Othon Bastos.

Antes de participar de Assim na Terra como no céu, atração da Rede Globo assinada por Dias Gomes, em 1970, Djenane acompanhou a relação de amor dos personagens de Glória Menezes e Tarcísio Meira, na dramática Rosa rebelde (1969), em que deu vida à Conchita. Entre os pontos altos de Djenane Machado estão a novela das dez O cafona (1971) e ainda o estrondo de Mário Prata, com a novela das sete Estúpido cupido (1976). Na primeira, de Bráulio Pedroso, Djenane eternizou a hippie Lucinha Esparadrapo, em núcleo que trazia Marco Nanini e Ary Fontoura. Ela dava vida a uma escritora escalada por escrever um roteiro radical para uma atração de cinema nacional. Já na novela estrelada por Françoise Forton, e que ficou marcada pela transição do mundo preto e branco para as produções coloridas da Globo, Djenane era a paixão do tímido Caniço (João Carlos Barroso). A personagem Glorinha era filha do delegado (Mauro Mendonça), e escrevia um diário, mantido em segredo.

quinta-feira, 31 de março de 2022

A cruel história da menina que não pôde ser resgatada


Por: Thobias Furtado
Postado em: março 17, 2022


Em 1985, na Colômbia, a erupção do vulcão Nevado del Ruiz causou uma grande tragédia, enterrando na lama uma pequena localidade de Armero, de 50 mil habitantes, localizada aproximadamente quatro horas da capital do país Bogotá.

As consequências desse grande desastre foram enormes e estima-se que mais de 25 mil pessoas morreram na tragédia. No entanto, a nível mundial, uma história marcou aquele acontecimento: uma menina de 13 anos foi, quase, completamente soterrada pelos rejeitos da erupção, deixando de fora apenas a cabeça e os braços. O fotógrafo francês, Frank Fournier foi responsável pela fotografia da menina que correu o mundo.
A cruel história da menina que não pôde ser resgatada, veja suas últimas palavras 9

A mais marcante vítima desta tragédia foi a menina Omayra Sánchez, que vivia naquela localidade junto com seus pais e uma tia. No meio da madrugada, a família foi surpreendida por toda aquela lama e os dejetos invadiram sua casa, o pai e a tia não resistiram e faleceram na hora. A menina acabou encontrando uma fenda onde ela pode respirar, sendo encontrada horas depois por uma equipe voluntária de resgate. Quando eles chegaram ela estava apenas com o nariz de fora, mas os voluntários conseguiram libertar a pequena da cintura para cima.

Porém a agonia de Omayra estava apenas começando e a equipe constatou que não era possível resgatar ela dali, pois uma quantidade grande de concreto havia esmagado suas duas pernas. A equipe de salvamento também descartou a possibilidade de uma amputação já que ela estava muito debilitada e não iria resistir ao procedimento.A cruel história da menina que não pôde ser resgatada, veja suas últimas palavras 10

As equipes de jornalismo ficaram sabendo do que estava acontecendo e rapidamente foram até o local, onde registraram as quase 60 horas de agonia da menina Omayra, que aparentemente estava calma e esperançosa em ser resgatada. Depois de 3 dias de sofrimento, a menina começou a pedir doces e refrigerante, parecendo que estava se despedindo de sua vida.

As últimas palavras de menina foram: uma despedida da mãe e um sussurro de adeus. A morte de Omayra comoveu o mundo todo e até hoje é recordada em vários eventos, como a tragédia recente em Petrópolis. As causas da morte dela foram em decorrência de gangrena, hipotermia e um colapso pulmonar. A menina morreu 3 horas após ter sido fotografada.

Após críticas de gigantes digitais, entidades defendem PL das Fake News



Redação Portal Imprensa | 29/03/2022 17:59

Após Facebook e Google posicionarem-se contra o projeto de lei 2630/2020, conhecido como PL das Fake News, alegando que o texto ameaça a internet livre, nesta segunda-feira (28) mais de 40 entidades representativas de veículos de comunicação brasileiros, incluindo a Associação Nacional dos Editores de Revistas (Aner), divulgaram uma carta apoiando a proposta legislativa.

As entidades signatárias integram a Coalizão Liberdade com Responsabilidade. Além de criticarem a resistência de gigantes da tecnologia à proposta, elas solicitam à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal celeridade na deliberação do projeto que visa combater a desinformação.

Recentemente o presidente do Google no Brasil, Fabio Coelho, criticou o PL das Fake News por exigir abertura de informações sobre os sistemas das plataformas de internet, por prever o pagamento de uso de conteúdo jornalístico e pelas regras sobre o uso de dados dos usuários para publicidade online.
Crédito: Reprodução

Entidades que integram a Coalizão Liberdade com Responsabilidade: apoio ao PL das Fake News
Sobre a remuneração do conteúdo jornalístico, Coelho sustenta que o projeto pode obrigar as plataformas a pagar qualquer site que alegue que sua produção se enquadra nesse conceito. Outro problema apontado é beneficiar grandes grupos de mídia em detrimento de veículos jornalísticos menores. Ademais, Coelho afirma que "as ferramentas de busca acabarão conectando os usuários a menos notícias locais e a um número menor e menos variado de fontes."

Publicidade digital

Por sua vez, a carta da Coalizão Liberdade com Responsabilidade afirma que, diferentemente do propagado por gigantes digitais, o projeto não acabará com a publicidade digital. "Pelo contrário, aumentará a transparência sobre anúncios e impulsionamentos, que muitas vezes financiam a desinformação e discursos de ódio.”

Sobre as críticas de que o projeto vai dificultar que pequenos comerciantes façam anúncios em plataformas digitais, a carta alega que o PL "garante que serviços e pequenos negócios prestados em associação com as plataformas não sejam alvejados pela concorrência desleal ou pelo abuso do poder econômico no tratamento de dados”.

No que diz respeito ao pagamento de conteúdo jornalístico, a carta admite que é necessário aprofundar as discussões.

“O projeto não esgota o tema, mas abre a necessidade da sua regulamentação após nova e específica discussão. A coalizão entende desde já que devem ser alcançados pela remuneração todos os que produzem de forma regular e profissional conteúdo de imprensa original e que mantenham endereço físico e editor responsável no país”.

Relator do projeto, o deputado federal Orlando Silva denunciou recentemente uma ação do Facebook e do Google para interferir no debate público sobre o PL das Fake News. “Estão chantageando pequenos comerciantes e até a mídia alternativa”, escreveu ele.

Veja abaixo íntegra da Carta da Coalizão

PL 2630/20, a vez da verdade

A COALIZÃO LIBERDADE COM RESPONSABILIDADE, aliança que congrega 43 entidades nacionais e estaduais de comunicação do país, vem manifestar apoio à aprovação do PL 2630/2020, solicitando à Câmara dos Deputados, na pessoa do seu presidente, deputado Arthur Lira, e ao Senado Federal, na pessoa do presidente Rodrigo Pacheco, prioridade na deliberação do chamado “PL das Fake News”.

Recentemente, veio a público uma versão de texto que avança em pontos relevantes sobre a proposta legislativa do grupo de trabalho criado exclusivamente para tratar do tema. A nova versão reflete a maturidade do PL 2630/2020, que está pronto para apreciação no plenário da Câmara dos Deputados.

É de esperar que as gigantes de tecnologia resistam a qualquer tipo de regulação, um comportamento que se repete em todos os países que discutem regramentos para essa indústria. A Europa, por exemplo, está bastante avançada com o seu Digital Markets Act, assim como o Canadá quanto à remuneração de conteúdo jornalístico, que já é uma realidade na França e Austrália.

As grandes plataformas são empresas responsáveis por moldar novas formas de as pessoas trabalharem, se comunicarem, comprarem, venderem e consumirem produtos e serviços. É justamente diante da essencialidade desses serviços e do poder de mercado digital que a regulação se impõe. E o PL 2630/2020 é a resposta, por intermédio de um texto amplamente debatido no Congresso brasileiro.

Observe-se que a lei determina importantes obrigações de transparência, fundamentais tanto para os usuários se protegerem de abusos das grandes plataformas quanto para as autoridades fiscalizadoras.

Assim, diferentemente do propagado por gigantes digitais, o projeto não acabará com a publicidade digital. Pelo contrário, aumentará a transparência sobre anúncios e impulsionamentos, que muitas vezes financiam a desinformação e discursos de ódio.

É uma clara desinformação, aliás, afirmar que o projeto vedaria a publicidade ou serviços digitais. O texto, na realidade, garante que serviços e pequenos negócios prestados em associação com as plataformas não sejam alvejados pela concorrência desleal ou pelo abuso do poder econômico no tratamento de dados.

O PL 2630 também cria mecanismos de maior transparência na moderação de conteúdos e busca atacar condutas hoje ocultas que atuam de forma coordenada em rede para intoxicar o debate público e distorcer a realidade. A lei também não impõe regras ou códigos de condutas, que, de forma acertada, permanecem sendo de autoria das big techs.

Por fim, outro tema que merece ser tratado com transparência é a justa remuneração do conteúdo jornalístico profissional, que vem a ser a mais legítima e natural barreira contra a desinformação. Conteúdos de veículos de imprensa são insumo primordial para serviços digitais essenciais. Sem jornalismo, inexiste democracia e, no seu vácuo, florescem as fake news.

O projeto não esgota o tema, mas abre a necessidade da sua regulamentação após nova e específica discussão. A coalizão entende desde já que devem ser alcançados pela remuneração todos os que produzem de forma regular e profissional conteúdo de imprensa original e que mantenham endereço físico e editor responsável no país.

Há muito se fala em sociedade da informação e do conhecimento e dos caminhos para persegui-la. Certamente, não há caminho fora da Estado de Direito e do respeito às leis. É dever da democracia lutar pela sua preservação. E todo e qualquer Estado soberano, como é a finalidade do PL 2630, tem por objetivo garantir que o respeito às regras e à civilidade sejam aplicados a todos, indistintamente de sua natureza.

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