terça-feira, 8 de julho de 2014

Rio de Janeiro confirma dois casos de febre chikungunya


Ministério da Saúde já registrou 17 notificações da doença neste ano. Todas as infecções aconteceram em países onde há circulação do vírus

A doença apresenta sintomas similares aos da dengue e é transmitida pelos mosquitos 'Aedes aegypti' (foto) e 'Aedes albopictus' (
A doença apresenta sintomas similares aos da dengue e é transmitida pelos mosquitos 'Aedes aegypti' (foto) e 'Aedes albopictus' (André Lucas Almeida/Futura Press)
O Rio de Janeiro tem dois casos de infecção pelo vírus chikungunya, informou nesta segunda-feira a secretaria de Saúde do Estado. As vítimas foram infectadas fora do país, e o estado de saúde delas é bom. De acordo com Alexandre Chieppe, superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria, não há evidências de circulação do vírus no Brasil.
O Ministério da Saúde já registrou 17 infecções pelo vírus chikungunya neste ano, sendo 11 deles no Estado de São Paulo. Desse total, 15 contágios aconteceram entre militares e missionários brasileiros que estiveram no Haiti ou na República Dominicana. Os outros dois estão sob investigação, mas trata-se de indivíduos que também viajaram para esses países recentemente. O Ministério informou que todas as pessoas contaminadas tiveram quadro leve da doença e evolução clínica favorável.
Origem da doença — A febre chikungunya é transmitida em países da África, da Ásia e do Caribe, região que atualmente passa por um surto da doença: de acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), de dezembro de 2013 a maio de 2014, foram registrados 61 864 casos, entre suspeitos e confirmados. Casos importados — quando o paciente é infectado em viagem — foram identificados nos Estados Unidos, Canadá e Guiana Francesa. No Brasil, houve três registros em 2010, também de pessoas contaminadas fora do país.
A moléstia apresenta sintomas similares aos da dengue – febre alta, mal estar e dores nos músculos, ossos e articulações – e é transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti, o mesmo da dengue, e Aedes albopictus, também existente no Brasil. A doença começa a se manifestar três a sete dias depois de o paciente ser picado. E se o paciente for novamente picado nos primeiros cinco dias dos sintomas, ele passa o vírus para o mosquito, que pode retransmiti-lo a outras pessoas.

Os vírus mais perigosos do mundo

Alguns são capazes de infectar milhões e provocar epidemias globais. Outros matam mais da metade dos infectados. Conheça alguns dos organismos mais terríveis do planeta:>

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Varíola

Criança etíope, em 1970, com o rosto coberto pelas feridas causadas pela varíola
Quando surgiu: Entre os humanos, provavelmente há 10.000 anos, com o advento da agricultura
Origem: Não se sabe se a doença nasceu na África ou na Ásia. Análises de DNA mostram que o vírus se assemelha à varíola do camelo. Foi o primeiro vírus erradicado na história, em 1977, após uma massiva campanha de vacinação mundial.

Vítimas: Durante séculos, sem tratamento, matava 30% dos infectados. Somente no século 20, foram 300 milhões de mortes.

Por que é perigoso: Erradicado desde a década de 70, ainda existem cópias de seu DNA em laboratórios na Rússia e nos Estados Unidos. A população mundial não possui mais imunização contra o vírus. Pode ser transformada em uma arma biológica caso caia nas mãos de terroristas.












Hoje, 8 de julho, é proibido sorrir na Coreia do Norte

Ásia

Proibição é em respeito ao aniversário da morte de Kim Il-sung, o ditador que iniciou o regime, em 1948. Também é proibido falar alto, beber álcool e dançar

Líder norte-coreano Kim Jong-un visita uma exploração de cogumelos nesta foto sem data divulgada pela Agência de Notícias Central Coreana da Coréia do Norte (KCNA), em Pyongyang
Ditador norte-coreano Kim Jong-un visita um centro de cultivo de cogumelos (KCNA/Reuters)
Embora seja feriado nesta terça-feira na Coreia do Norte, esboçar um sorriso ou falar alto em público são ações vetadas durante o 20º aniversário da morte de Kim Il-sung, o fundador do país e considerado um 'pai' por seus cidadãos. Isso mesmo, por mais surreal que possa soar, no dia 8 de julho, é proibido sorrir na Coreia do Norte. Desde que 1994, quando os norte-coreanos perderam seu primeiro ditador, a cada 8 de julho “está proibido sorrir, levantar a voz na rua, beber álcool ou dançar porque todo o país está de luto”, contou uma refugiada norte-coreana e ativista, Park Yeon-min, de 21 anos. A rede de televisão estatal norte-coreana dedica o dia a transmitir a solene – e chata – cerimônia oficial em homenagem ao 'presidente eterno', assim como filmes sobre sua vida e obra glorificadas com narração entre o mito e a ficção pela incessante máquina de propaganda do regime.
O culto à personalidade de Kim Il-sung chega até um ponto máximo a cada 8 de julho – e também 15 de abril, aniversário de seu nascimento –, quando o regime tenta minimizar os frequentes cortes de luz no país para que todos os norte-coreanos possam assistir à maratona televisiva de eventos e filmes sobre o ditador. Se não bastasse todo esse ritual exaustivo duas vezes por ano, a Coreia do Norte ainda dedica ao falecido ditador mais de 34.000 estátuas em todo o país. Nos dois feriados, os cidadãos depositam flores aos pés das estátuas, enquanto seu corpo é exposto embalsamado dentro do Palácio de Kumsusan, em Pyongyang.

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Herdeiros impopulares – A maioria dos analistas políticos concorda que tanto seu filho, Kim Jong-il, que governou durante 17 anos até falecer, em 2011, como seu neto, o atual ditador Kim Jong-un, fracassaram em tentar herdar a admiração e o profundo respeito que os norte-coreanos professam ainda ao falecido fundador da República Popular Democrática de Coreia (RPDC) – nome oficial da Coreia do Norte. No caso de Kim Jong-il, seu mandato esteve marcado pela fome e a crise econômica, embora a propaganda e a repressão lhe garantissem a fidelidade do povo, enquanto que Kim Jong-un é visto como inexperiente aos olhos dos norte-coreanos, segundo os analistas.
Jang Jin-sung, escritor norte-coreano refugiado em Seul que chegou a ser próximo da elite de Pyongyang, garante que o jovem ditador fracassou ao tentar imitar a imagem de seu avô, e o regime se viu obrigado a mudar sua estratégia propagandística. “Kim Il-sung era como um pai que recebe o povo e o protege em seus braços enquanto seu neto não consegue transmitir essa mesma imagem”, disse o escritor e criador da ONG New Focus International, que investiga os segredos do complicado e opaco Estado comunista. (Continue lendo o texto)
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O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, acena de um barco durante inspeção de exercícios militares
O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, acena de um barco durante inspeção de exercícios militares - Reuters/KCNA
O fervor que Kim Il-sung desperta na Coreia do Norte tem suas raízes na colonização japonesa de Coreia (1910 – 1945), período durante o qual, segundo a amplificação da propaganda, despontou como o herói do movimento de libertação contra o domínio japonês. Após a II Guerra Mundial, Kim aproveitou habilmente o surgimento da Cortina de Ferro para fundar, com o apoio da União Soviética, a RPDC e se tornar mandatário máximo do país, em 1948. Pouco depois, ele ordenou a invasão à Coreia do Sul, o que deu origem à Guerra da Coreia (1950 –1953), um conflito que confirmou a divisão do povo coreano.
O chamado 'grande líder', que nunca renunciou a seu sonho de unir as duas metades da Coreia em um regime comunista sob seu comando, preparou nas décadas seguintes uma nova invasão ao sul que nunca aconteceu e ordenou vários ataques terroristas ao governo de Seul que custaram centenas de vidas. Kim Il-sung também inspirou a ideologia juche, o socialismo ortodoxo baseado na autossuficiência que prolongou o auge econômico nos anos 70, mas acabou arruinando o país nos anos 90 com uma crise de fome que matou um décimo da população e que provocou uma grave crise humanitária que dura até hoje.
(Com agência EFE

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