terça-feira, 1 de julho de 2014

“Esses ataques têm consequências de mais longo prazo para as centenas de milhares de pessoas que estão sem acesso a serviços médicos”, diz coordenador-geral de MSF


MSF lança relatório sobre violência contra instalações médicas no Sudão do Sul
© Anna Surinyach/MSF 
1 de julho de 2014 - A violência nos hospitais e a destruição das instalações médicas estão impedindo a oferta de serviços de saúde a muitas das mais vulneráveis pessoas no Sudão do Sul, declarou, hoje, a organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) no relatório Conflito no Sudão do Sul: violência contra cuidados de saúde  (South Sudan Conflict: Violence Against Healthcare, em inglês).

Desde que confrontos armados eclodiram no Sudão do Sul, em dezembro, ao menos 58 pessoas foram mortas em complexos hospitalares, e hospitais foram saqueados ou incendiados ao menos em seis ocasiões, de acordo com MSF. Esses dados não são abrangentes e refletem apenas o conhecimento da organização em regiões onde conduz atividades ou avaliações médicas.

“Por vezes, pudemos observar níveis terríveis de violência em meio ao conflito, tendo as instalações de saúde sido, inclusive, alvo”, afirma Raphael Gorgeu, coordenador-geral de MSF. “Pacientes foram baleados em seus leitos e instalações médicas essenciais foram incendiadas e efetivamente destruídas. Esses ataques têm consequências de mais longo prazo para as centenas de milhares de pessoas que estão sem acesso a serviços médicos.”

O objetivo do relatório é encorajar o diálogo e sensibilizar para o impacto da crise no que diz respeito à provisão de cuidados médicos, além de estimular uma mudança positiva acerca da garantia de acesso a cuidados de saúde por parte da população do Sudão do Sul.

Hospitais foram saqueados nas cidades de Bor, Malakal, Bentiu, Nasir e Leer, frequentemente durante os períodos de confrontos intensos. Os prejuízos vão além dos próprios atos de violência na medida em que pessoas vulneráveis têm o acesso a cuidados de saúde cortado quando precisam dele desesperadamente. 

Por exemplo, o hospital de MSF em Leer, no sul do estado de Unity, foi destruído juntamente com a maior parte da cidade entre o final de janeiro e o início de fevereiro. Era a única instalação que oferecia cuidados de saúde secundária, incluindo cirurgia e tratamento para HIV e tuberculose, em uma área onde vivem aproximadamente 270 mil pessoas. Prédios inteiros foram reduzidos a cinzas e equipamentos necessários para cirurgia, o armazém das vacinas, as transfusões de sangue e o trabalho em laboratório foram destruídos.

Em maio, MSF retomou algumas das atividades, na medida em que as pessoas começaram a retornar a Leer. Membros da equipe trataram mais de 1.600 crianças desnutridas somente nas primeiras três semanas. No entanto, a organização está impossibilitada de oferecer os mesmos serviços, como as campanhas de vacinação de rotina e as cirurgias de emergência.

“Infelizmente, por causa desta crise, perdemos contato com muitos de nossos pacientes, alguns dos quais podem ter morrido se não tiverem conseguido continuar seus tratamentos”, conta o Dr. Muhammed Shoaib, coordenador médico de MSF. “Agora, voltamos a tratar alguns pacientes, mas podemos oferecer apenas uma fração dos serviços que oferecíamos anteriormente. Não há alternativa para cirurgia em todo o sul do estado de Unity, por exemplo.”

Os hospitais estaduais do Sudão do Sul foram cenário de alguns dos piores atos de violência. No hospital de Bor, 14 pacientes e um membro da equipe do Ministério da Saúde foram baleados durante um ataque em dezembro. Quatorze pessoas, incluindo 11 pacientes que foram alvejados em seus leitos, foram mortas no hospital-escola de Malakal em fevereiro. No hospital de Bentiu, ao menos 28 pessoas foram mortas em abril, incluindo, ao menos, um membro do Ministério da Saúde.

MSF condenou repetidas vezes incidentes como esses, que afetaram enormemente sua capacidade de oferecer assistência humanitária no momento em que as pessoas mais precisam. A organização pede que todas as partes envolvidas no conflito garantam que todas as pessoas no Sudão do Sul possam buscar cuidados médicos sem medo de serem vítimas de violência.

O relatório é parte do projeto de MSF “Cuidados Médicos Sob Fogo”, que foi lançado no Sudão do Sul em novembro de 2013. A iniciativa integra um projeto global que busca entender melhor a natureza da violência que provedores de cuidados de saúde enfrentam em zonas de conflito, para melhorar a segurança de pacientes, pessoal e instalações. No Sudão do Sul, MSF trabalha com comunidades, atores médicos e humanitários e autoridades locais, nacionais e internacionais para criar um ambiente mais seguro para a provisão de cuidados médicos.

by msf.org.br

MC Guimê revela: ‘Fumo meu baseadinho, não falho com meus compromissos’


MC GUIMÉEm recente entrevista à Folha, o MC Guimê falou de diversos assuntos. Comentou a amizade com Neymar, falou sobre o funk ostentação e a carreira artística. Sem receio da repercussão negativa que as afirmações poderiam trazer, Guimê falou sobre sua relação com as drogas, mais especificamente a maconha: “Maconha, pra mim, é como café. O cara vai lá, pega a planta e toma. É a mesma coisa pra mim”, diz Guimê sobre os baseados, que fuma todo dia. “Quando quero relaxar, é uma parada que me agrega, me deixa no bem-estar”, completa. O garoto explica que o hábito não lhe causa transtornos e que cumpre sua agenda de compromissos normalmente: “Fumo meu baseadinho, não falho com meus compromissos e não atraso o lado de ninguém. Acho que não tem nada de errado nisso”.

Fidel tinha ilha particular e aquário de golfinhos, diz ex-guarda-costas

Atualizado em  30 de junho, 2014 

Juan Reinaldo Sánchez, ex-guarda-costas de Fidel Castro | Crédito: Arquivo pessoal/Juan Reinaldo Sánchez
Juan Reinaldo Sanchéz resolveu contar em livro bastidores da vida de ex-líder cubano, quem acompanhou de perto durante 17 anos
Um livro recém-lançado traz novas e bombásticas revelações sobre o estilo de vida do ex-líder de Cuba Fidel Castro. Entre elas, a de que o ex-mandatário possuía uma ilha particular com restaurante flutuante e um aquário de golfinhos.
A Vida Secreta de Fidel, lançado no Brasil pela Editora Paralela, foi escrito pelo jornalista francês Axel Gyldén e por um ex-guarda-costas do ex-líder cubano, Juan Reinaldo Sánchez.
Durante 17 anos, Sánchez diz ter feito parte do círculo mais íntimo destinado a proteger Fidel. Desempenhou tarefas das mais variadas, como "provar cada prato ou vinho que traziam a Fidel" durante uma viagem à Espanha, em 1992, para "assegurar que não estavam envenenados".
Ou acompanhar o comandante durante uma pesca submarina em que "minha tarefa era espantar tubarões e barracudas que se aproximavam dele".

Desgraça

Sánchez aparece em fotos ao lado de Fidel Castro e histórias de bastidores reforçam a sua identidade. Em um vídeo gravado pela BBC na ilha em 1993, o ex-guarda-costas aparece ao lado do comandante.
Duas décadas atrás, porém, Sánchez caiu em desgraça aos olhos do regime.
Após seu irmão desertar, o ex-guarda-costas pediu aposentadoria e foi preso, mas conseguiu escapar e fugiu da ilha em direção a um destino comum a perseguidos políticos de Cuba: Miami, nos Estados Unidos.
Hoje, ele conta à BBC detalhes do que diz ser uma vida de luxo e ostentação gozada pelo líder comunista.
Juan Reinaldo Sánchez com Fidel Castro | Crédito: Arquivo pessoal/Juan Reinaldo Sánchez
"Ao contrário do que dizem, Fidel nunca renunciou as comodidades capitalistas ou escolheu viver na austeridade", diz Sánchez
"No livro, ofereço provas de que Fidel levava uma vida de luxos", conta o ex-guarda-costas. "Nem todas as pessoas no mundo podem dizer que têm uma marina privada com quatro iates, um barco de pesca e mais de cem homens que cuidam de seus imóveis."
"Ninguém em Cuba sonha em ter uma reserva de caça pessoal, mais de 20 residências que eu pessoalmente conheci e uma ilha privada, Cayo Piedra (ao sul da Baía dos Porcos), que conta com um restaurante flutuante e um aquário de golfinhos, aonde Fidel levava sua família e seus amigos mais próximos".
"Ao contrário do que dizem, Fidel nunca renunciou às comodidades capitalistas ou escolheu viver na austeridade. Seu estilo de vida é de um capitalista sem nenhum tipo de limite", diz Sánchez.

Patrimônio

Fidel Castro com Gabriel García Márquez | Arquivo Pessoal/Juan Reinaldo Sánchez
Segundo Sánchez, apenas amigos íntimos de Fidel eram convidados a visitar ilha particular
A suposta fortuna de Fidel Castro é até hoje alvo de muita controvérsia.
Em 2006, a revista Forbes incluiu o ex-líder cubano em sua lista dos 10 "reis, rainhas e ditadores" mais ricos do mundo. A publicação estimou a fortuna de Castro em US$ 900 milhões (R$ 2 bilhões, em valores atuais).
A reportagem citava fontes não identificadas que afirmavam que Fidel possuía uma fortuna amealhada a partir dos lucros das estatais cubanas.
Na ocasião, o ex-líder cubano negou veementemente o conteúdo da publicação.
O governo de Cuba, por sua vez, sempre desmentiu informações sobre um suposto patrimônio milionário do seu líder, alegando que Fidel vivia de seu salário oficial de US$ 36 (R$ 72) por mês.
Fidel deixou oficialmente o poder em 2008, dois anos após adoecer. Desde então, aparece pouco em público.

Dupla personalidade

Sánchez descreve Fidel como um homem carismático e inteligente, mas manipulador, egocêntrico e de sangue frio.
Para Cuba e para os cubanos, sua vida privada sempre foi tratada como um legítimo segredo de Estado.
"Eu diria que Fidel tinha uma vida dupla. Ele tinha uma imagem pública de uma pessoa sensível e modesta, até afável, mas no âmbito privado era muito diferente", acrescenta.
"Eu nunca o vi com uma expressão de carinho com sua família, nunca o vi dar um beijo em seus filhos pela manhã. Suas relações com seus parentes também eram frias e distantes", conta.
"A julgar pelo que pude ver em sua residência de Punto Cero, a relação com sua esposa Dalia Soto del Valle não era muito diferente. Ela era como sua ajudante pessoal, lhe trazia documentos para ler, o que ele necessitava. Mas nunca vi qualquer afeto entre eles, algo que se imagina em qualquer casamento".
"Já com suas amantes, a atitude era outra. Ele era mais cortês e até lhes levava flores em seus aniversários".

Drogas

No livro, Sánchez também acusa Fidel de ter dado proteção a um conhecido traficante de drogas colombiano.
Ele diz, no entanto, que nunca escutou nada que vinculasse o ex-líder cubano ao suposto tráfico de drogas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Sánchez também diz não saber se houve qualquer tipo de contrapartida econômica em ter dado asilo ao traficante.
"Esse foi o momento em que Fidel deixou de ser meu ídolo. Para mim, ele era o maior, o homem pelo qual eu estava disposto a morrer", relembra.
"Mas a partir desse momento, decidi encontrar uma maneira de deixar aquela vida, porque não conseguia entender como podia estar protegendo um homem que havia negado publicamente qualquer relação com o tráfico de drogas."

Protegendo Castro

Sánchez diz que em Cuba não havia trabalho de maior prestígio do que dedicar a vida a proteger o "comandante".
"Não era um trabalho fácil. Fidel sempre estava sob ameaça e seu sistema de segurança é um dos mais efetivos, sem ter os mesmos recursos de países desenvolvidos", afirma o ex-guarda-costas.
"Não sou quem estou dizendo isso. O aparato de segurança pessoal de Fidel é conhecido por agências de inteligência como a CIA (americana) e o Mossad (israelense)."
O ex-segurança diz que Fidel foi alvo de centenas de atentados, mas considera exagerada a estimativa de 600 do governo cubano.
Segundo Sánchez, muitas desses atentados eram realizados pelo próprio sistema de segurança pessoal do ex-líder cubano. O objetivo era provar a sua efetividade e ajustar possíveis falhas. "Eu estimaria entre cem e 200 as tentativas reais de assassinar Fidel".
by .bbc.co.uk

Câmera de um soldado morto em 1944 foi achada. Veja só o que tinha nela


O capitão Mark D. Anderson, da Marinha dos Estados Unidos, e o historiador Jean Muller estavam à procura de artefatos de "A Batalha das Ardenas" nas montanhas de Luxemburgo quando o detector de metais os alertou para algo sob seus pés.

Abaixo de Anderson e Muller estava uma trincheira que foi escavada durante a fundamental batalha da Segunda Guerra Mundial, e nele encontraram os pertences do soldado americano Louis J. Archambeau. Entre as coisas que Archambeau, que morreu na batalha, deixou para trás estava uma câmera com um filme não revelado. Anderson Muller revelou o filme e, depois de passar 70 anos em uma trincheira, as fotografias de um soldado morto finalmente foram trazidas à vida.
















A Batalha das Ardenas resultou em mais vítimas americanas do que em qualquer outra batalha na Segunda Guerra Mundial. Ocorreu entre 16 de dezembro de 1944 a 25 de janeiro de 1945. Cerca de 19 mil soldados norte-americanos perderam a vida. No entanto, a batalha foi um golpe ainda maior para os alemães, que perderam grande parte de seus recursos de guerra.

Anvisa suspende lote do antidepressivo Imipra

Medicamento


De acordo com a agência, foram obtidos resultados insatisfatórios no teste de teor de princípio ativo do medicamento

Cartela com remédios comprimidos
Imipra: suspensão da distribuição, comercialização e uso é válida para o lote 12096555 (Medioimages/Thinkstock)
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu nesta segunda-feira a distribuição, comercialização e uso em todo o território nacional do lote 12096555 do medicamento Imipra 25 mg (cloridrato de imipramina), com apresentação de 200 comprimidos. Fabricado pela empresa Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda., localizada em São Paulo, o Imipra é utilizado para tratar depressão e distúrbios de humor. 
A decisão foi anunciada por meio de resolução publicada no Diário Oficial da União. A Anvisa explica que foram obtidos resultados insatisfatórios no teste de teor de princípio ativo e a empresa terá de recolher do mercado o estoque existente, que tem validade até setembro de 2015.
Em comunicado, a empresa declarou que, em 9 de junho, informou à Anvisa que iria recolher do mercado, de forma voluntária e preventiva, o lote 12096555 porque ele apresentou resultados acima do especificado para o teste de teor de princípio ativo. O fabricante ressalta ainda que a apresentação com 200 comprimidos está disponível apenas para uso hospitalar, não sendo distribuída para farmácias e drogarias, e que o medicamento foi distribuído a um número limitado de instituições de saúde.
A equipe do laboratório informou que tem trabalhado na troca de qualquer possível estoque remanescente e o eventual consumo do medicamento não ocasiona efeitos colaterais indesejáveis além dos previstos em bula, bem como não causa risco à saúde dos pacientes.
(Com Estadão Conteúdo)

As cinco principais dúvidas sobre o fim do Orkut

Redes sociais

Descubra como fazer download do perfil, migrar para o Google+ e deixar os games da rede social sem perder os créditos

Orkut chega ao fim
Página do Orkut em 2009. Para muitos brasileiros, foi a primeira porta de entrada para a internet (Reprodução)
O Google anunciou nesta segunda-feira que vai desativar o Orkut no final de setembro. Os usuários da rede social, que entrou em declínio após a chegada do Facebook, foram pegos de surpresa, mesmo aqueles que abandonaram seus perfis há anos. Com tantas lembranças publicadas no serviço, como mensagens, depoimentos de amigos, fotos e interações com outros usuários em comunidades, muita gente está com receio do destino que todo este conteúdo terá após o fim da rede social.
O Google já informou que os usuários poderão fazer download de todas as suas informações do Orkut até setembro de 2016. Contudo, ainda há muitas dúvidas sobre o que vai acontecer com as comunidades, aplicativos e jogos baseados na plataforma. Confira, na lista abaixo, as respostas às principais questões sobre o fim da rede social:

As cinco principais dúvidas sobre o fim do Orkut

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O que vai acontecer com as comunidades?

Após 30 de setembro, data do fim do Orkut, os usuários não poderão mais acessar seus perfis e, portanto, também estarão impedidos de interagir com outras pessoas por meio das comunidades. No entanto, elas continuarão visíveis na web e formarão uma espécie de “museu on-line” do Orkut, que ainda não tem endereço definido. Os visitantes poderão navegar nas mensagens de todos os usuários do Orkut: se não quiser que leiam suas mensagens, é possível excluir o Orkut de sua conta no Google.

Biólogos pesam tartaruga de 166 kg em parque nacional da Austrália

01/07/2014


Do G1,



A tartaruga Hugo, de 63 anos, saiu nesta terça-feira (1º) do seu habitat no Parque Australian Reptile em Somersby perto de Sydney, na Austrália, para fazer a pesagem anual.

Hugo precisou ser carregado por quatro homens e foi usada uma balança industrial para medir o seu peso. O animal está com 166 kg, um a mais do que pesava no ano passado.

Hugo é proveniente do arquipélago de Galápagos. A expectativa de vida de uma tartaruga de lá é de até 180 anos.
A tartaruga-de-galápagos Hugo, de 63 anos de idade, é atraída para fora de seu abrigo com uma cenoura para sua pesagem anual no Parque de Répteis da Austrália em Somersby, perto de Sydney. Hugo está com 166 kg. A espécie pode viver até mais de 180 anos (Foto: Jason Reed/Reuters)A tartaruga-de-galápagos Hugo, de 63 anos de idade, é atraída para fora de seu abrigo com uma cenoura para sua pesagem anual no Parque de Répteis da Austrália em Somersby, perto de Sydney. Hugo está com 166 kg. A espécie pode viver até mais de 180 anos (Foto: Jason Reed/Reuters)
Hugo precisou ser carregado por quatro homens (Foto: Jason Reed/Reuters)Hugo precisou ser carregado por quatro homens (Foto: Jason Reed/Reuters)

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Processado por agressão, Aloysio Ferreira é candidato a vice de Aécio

30/6/2014 14:38
Por Redação - de São Paulo
O senador Aloysio Nunes é um dos principais líderes do PSDB nacional, cotado para ser vice na chapa do presidenciável Aécio Neves
O senador Aloysio Nunes é um dos principais líderes do PSDB nacional, cotado para ser vice na chapa do presidenciável Aécio Neves
O senador paulista tucano Aloysio Nunes Ferreira foi escolhido pelo candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, para ser seu companheiro de chapa como candidato a vice-presidente. O anúncio foi feito nesta segunda-feira pelo próprio Aécio em entrevista coletiva após reunião da Executiva Nacional do PSDB em Brasília. A definição do mineiro Aécio por Aloysio Nunes ocorreu para garantir um peso maior para São Paulo, maior colégio eleitoral do país, na campanha do PSDB. Esta é a primeira vez que o presidenciável tucano não é paulista – caso de Mario Covas (1989), José Serra (2002 e 2010) e Geraldo Alckmin (2006) – ou não tem sua base política no Estado – como Fernando Henrique Cardoso (eleito em 1994 e reeleito em 1998).
Um dos nomes mais cotados para ser vice na chapa tucana há vários meses, o senador paulista acabou sendo escolhido depois de muitas dúvidas de Aécio entre ele e a ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ellen Gracie, que era a favorita na semana passada. Ferreira, no entanto, ainda terá que responder a um processo por agressão, movido contra ele por Rodrigo Grassi, que assina Rodrigo Pilha em seu blog, e foi agredido verbalmente durante uma entrevista ao parlamentar, em um dos corredores do Senado. Grassi adiantou à reportagem do Correio do Brasil que está em contato com seus advogados, para prosseguir na ação penal contra Nunes, após ter seu celular “autoritariamente apreendido sem ser lacrado pela polícia”, no Parlamento.
Ex-membro do Partido Comunista Brasileiro, nos tempos da ilegalidade do PCB, Aloysio participou da Aliança Libertadora Nacional (ALN), organização guerrilheira contra a ditatura militar, e acabou se exilando no exterior quando soube que haveria um pedido de prisão preventiva contra ele. Na França, graduou-se em Economia Política e fez mestrado em Ciência Política pela Universidade de Paris. De volta do Brasil, pelo PMDB foi deputado estadual e vice-governador de São Paulo, eleito na chapa de Luiz Antônio Fleury Filho. Cooptado pela direita e já filiado ao PSDB, foi deputado federal e ocupou dois ministérios no governo Fernando Henrique Cardoso: Secretaria Geral da Presidência e Justiça. Em 2010 foi eleito senador.
Aécio é no momento o principal adversário da presidente Dilma Rousseff, do PT, que busca a reeleição, reprisando a polarização entre tucanos e petistas existente desde a eleição de 1994.
Sombra de Serra
O último passo para a decisão foi dado por Aécio na noite de domingo, quando ele consultou, pelo telefone, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A interlocutores, disse que “só depois de ouvi-los” bateria o martelo.
Desde a formalização de sua pré-candidatura, pessoas próximas a Aécio apresentaram à imprensa diversos nomes como possíveis candidatos a vice do mineiro. Já estiveram na lista o ex-senador e ex-governador do Ceará, Tasso Jereissati, o ex-governador José Serra e até FHC, que se apressou em dizer que, aos 83 anos, não seria mais candidato.
A deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP) também foi cotada para a vaga, mas as negociações não prosperaram. Até domingo, ela não havia sido contatada por Aécio para tratar do assunto. Nos últimos dias, o presidenciável tucano deu pistas de que poderia trazer “uma surpresa”. A aliados, chegou a dizer que tinha um terceiro nome “em sua cabeça”, além de Aloysio e Ellen Gracie, e depois, em agenda no Nordeste, afirmou que sua vice poderia ser uma mulher.
No fim de domingo, no entanto, sinalizou ter feito a opção mais segura e com maior amparo dentro do PSDB e entre os partidos aliados.

Aécio deve anunciar hoje Aloysio Nunes como vice em sua chapa

30/06/2014
 às 6:59


Aloysio Nunes
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, deve anunciar nesta segunda o nome do vice em sua chapa: é o também senador tucano Aloysio Nunes Ferreira (foto), de São Paulo. No sábado, publiquei aqui um post que punha em dúvida os boatos de que a escolha poderia surpreender:
Aloysio blog
A natureza do processo estava a indicar, pareceu-me, que não havia espaço para a tal solução surpreendente. Uma das cotadas era Ellen Gracie, ex-ministra do Supremo. Não debato aqui os seus méritos, mas é sabido que não se trata de pessoa com vida partidária, não ainda, ou que tenha trânsito nos meandros da política. A solução pareceria um tanto forçadas e recairia sobre ela certa suspeita de que se pensava mais no marketing: “Ah, vamos ter também uma mulher…”. Não era uma resposta natural. Com Aloysio Nunes, dá-se exatamente o contrário. Não há nada de surpreendente ou de exótico na escolha. Ao contrário.
Senador por São Paulo — que é o maior colégio eleitoral do país e onde Aécio precisa de uma expressiva votação se quer chegar à Presidência —, Aloysio tem largo trânsito no partido e no Congresso. É também uma pessoa reconhecidamente hábil nas costuras políticas e não tem dificuldades para dialogar com os vários setores do partido. Já foi vice-governador de São Paulo, ministro de FHC e secretário de José Serra na Prefeitura e no governo do Estado.
Ainda que se tivesse, de fato, pensando em algum outro nome desde que Serra anunciou há quase um mês que concorreria a uma vaga ao Parlamento — deve se candidatar a deputado federal —, os eventos no Estado nos últimos quatro dias certamente fortaleceram Aloysio. A que me refiro? O PT se organiza para fazer de Paulo Skaf o seu ponto de resistência em São Paulo. O PSD de Gilberto Kassab, que vinha negociando com os tucanos, migrou para a candidatura do peemedebista. Lula cuida pessoalmente para que o PP abandone mesmo o petista Alexandre Padilha e também se junte a Skaf, que passará a ter o maior tempo no horário eleitoral gratuito. Ainda que o ex-presidente da Fiesp já tenha demonstrado a disposição de não ser uma alavanca da luta de Dilma pela reeleição, uma coisa é certa: o robustecimento de sua candidatura não colabora com a campanha de Aécio.
Ter, assim, um candidato a vice de São Paulo fortalece a imagem de um PSDB unido. Exceto em 2002, o PT perdeu todas as disputas presidenciais no Estado para os tucanos. Em 2010, Dilma obteve no 10.462 447 votos, contra 12.308.483 de José Serra. O objetivo, agora, é ampliar essa diferença de 1.846.036.
Só para arrematar, cumpre ter uma outra conta em mente, como já escrevi aqui. Dilma concorria em nome de um governo que tinha quase 90% de aprovação em 2010. Mesmo assim, a diferença de votos em seu favor, na disputa com Serra, foi de apenas 12.041.141 (56,05% contra 43,95%). Prestem atenção a estes dados. Somadas as diferenças a favor do PT na Bahia, Pernambuco, Ceará, Minas, Rio e Maranhão, temos 12.654.768 votos — superior ao que a petista teve de votos a mais do que Serra no total. Uma coisa é certa: os petistas não contam mais com as facilidades que tinham nesses estados. Em Pernambuco, Eduardo Campos tende a ter uma avalanche de votos; Minas penderá para Aécio; na Bahia, os adversários do PT se juntaram; há um clima anti-Sarney no Maranhão que pode arranhar o petismo; no Rio, o palanque do partido na disputa presidencial está desestruturado por excesso de ambição.
quadro eleitoral
A sorte está lançada. De 2002 a esta data, este é o cenário mais promissor para os adversários do PT.
Texto publicado originalmente às 5h26
Por Reinaldo Azevedo

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