terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Paulinho da Força já recolheu 300 mil assinaturas para novo partido

                                                                       PAULINHO DA FORÇA



Já foram recolhidas aproximadamente 300 mil assinaturas para a criação do Solidariedade, partido idealizado pelo pedetista Paulinho da Força e promessa de enfraquecimento da base aliada da presidenta Dilma Rousseff. Segundo informações da coluna Radar On-line, os deputados federais Silvio Costa (PTB-PE), Ademir Camilo (PSD-MG) – presidente da União Geral dos Trabalhadores – e Fernando Francischini (PEN-PR) estão entre os 37 parlamentares que se comprometeram com Paulinho da Força a migrar para a nova sigla, caso o projeto se concretize.
by Claudio Humeberto

" ‘Fechado’, ex-escritório de Rose ganha reforma Fechado pela presidenta Dilma logo após o escândalo de corrupção e tráfico de influência revelado pela Operação Porto Seguro, que demitiu a ex-chefe Rosemary Noronha, a “Rose”, o escritório de representação em São Paulo será mantido nos trinques, com interiores, fachada e piscina tratada. A licitação para a manutenção da casa na capital paulista será no próximo dia 21, e poderá custar até R$ 45,4 mil anuais". by Claudio Humberto


Racionamento de energia pode vir logo


23/12/2012


Estiagem prolongada faz os reservatórios do Sudeste cair ao nível mais baixo desde 2001, quando o Brasil sofreu com os apagões, como mostra reportagem de VEJA desta semana

Ana Luiz Daltro
RECIFE NO BREU - Desde setembro, seis grandes blecautes ocorreram no país, atingindo principalmente o Nordeste
RECIFE NO BREU - Desde setembro, seis grandes blecautes ocorreram no país, atingindo principalmente o Nordeste(Alexandre Gondim/JC Imagem/Estadão Conteúdo)
A falta de chuvas deixou o reservatório de água da usina hidrelétrica de Furnas, uma das principais fontes de eletricidade da Região Sudeste, em seu nível mais baixo desde 2001. A represa, que banha 34 municípios no sul de Minas Gerais, está com apenas 12% de sua capacidade. O nível da água se encontra a 753,4 metros acima do nível do mar, 14,6 metros abaixo de seu máximo e apenas 3,4 metros acima do mínimo necessário para que a usina opere normalmente. Todas as nove réguas verticais usadas para medir a capacidade da represa estão expostas, fora d’água. A situação já é tão dramática quanto a de outubro de 2000. Se agora, com o início do verão, as chuvas não se intensificarem na bacia do Rio Grande, ficará comprometida a geração de energia de um total de doze usinas.
A estiagem não afetou apenas Furnas. No seu conjunto, os reservatórios das regiões Centro-Oeste e Sudeste estão com 30% de sua capacidade, o nível mais baixo em mais de uma década. A estação mais úmida do ano, nessa região, começa em dezembro e termina em abril, mas as chuvas costumam chegar já nos meses de setembro e outubro. Foi o que ocorreu em 2011, mas não se repetiu neste ano. Modelos estatísticos utilizados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a entidade responsável pelo controle da operação de geração e transmissão de energia, estimam que, se as chuvas vierem na intensidade prevista para os próximos meses, os reservatórios do Centro-Oeste e do Sudeste voltarão a se encher e chegarão ao período de seca com 68% de sua capacidade. Mas como ter certeza? O país, mais uma vez, dependerá do imponderável da meteorologia. Em 2000, por exemplo, não choveu o suficiente. Veio o racionamento.
by Veja

Brasil caminha para o racionamento de energia


19/12/2012 -



Apagões

Petrobras recorre às federações das indústrias de São Paulo e do Rio para elaborar plano de controle do consumo de gás e energia elétrica

Malu Gaspar
Apagão em São Paulo
Apagão em São Paulo (Mauricio Lima/AFP)
“Estamos na antessala do racionamento. Por isso o pedido de providências ao governo. A última coisa que queremos é que a atividade industrial seja prejudicada, afetando o crescimento da economia”, diz Cristiano Prado, gerente de competitividade industrial da Firjan
A falta de chuvas e a má gestão do setor energéticonacional fizeram o país chegar a uma situação limite: o Brasil está às portas de um racionamento ou mesmo de desabastecimento de energia elétrica e de gás. O alerta foi dado na última segunda-feira pela Petrobras às federações das indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e São Paulo (Fiesp). Interlocutores da presidente da estatal, Graça Foster, procuraram as duas entidades para pedir ajuda na elaboração de um plano de racionamento tanto para a energia elétrica quanto para o gás.  Em reação, a Firjan está pedindo ao Ministério das Minas e Energia que esclareça quais providências está tomando para evitar o pior.
As hidrelétricas brasileiras estão gerando menos energia do que são capazes, porque há pouca água disponível. Os reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste estão no nível mais baixo dos últimos dez anos -- apenas 29,8% do total. Essa é a região que produz 70% da energia do país. A previsão para os próximos meses é de uma quantidade de chuvas menor do que nos anos anteriores. Para evitar apagões, todas as termelétricas do país foram ligadas e estão operando a plena capacidade. Atualmente, 20% da energia gerada no Brasil vem das térmicas. Essas usinas podem ser movidas a gás, carvão ou óleo. Dos três, o gás é o insumo mais barato e mais limpo. Além do produto que vem do gasoduto Brasil-Bolívia, o país ainda importa gás liquefeito, mas a Petrobras está encontrando dificuldades em importar gás para os meses de janeiro e fevereiro, o que obrigaria a estatal a tirar gás dos consumidores industriais para continuar abastecendo as térmicas.
O gás é a fonte de energia empregada em 11,3% do parque industrial brasileiro. Os setores que mais dependem do gás para funcionar são o químico e petroquímico, o de cerâmica e vidros e o de metalurgia.Qualquer aumento de demanda, portanto, pode levar a um racionamento ou desabastecimento. Para a Firjan, a situação é “muito crítica”.
“Estamos na antessala do racionamento. Por isso o pedido de providencias ao governo. A última coisa que queremos é que a atividade industrial seja prejudicada, afetando o crescimento da economia”, diz Cristiano Prado, gerente de competitividade industrial da Firjan. Para o consultor Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (Cbie), o mau planejamento da demanda energética agravou as consequências da conjunção climática desfavorável. “Se não tivéssemos esperado tanto para ligar as usinas térmicas a gás, possivelmente não teríamos hoje reservatórios tão baixos. O governo ficou esperando um milagre da chuva que não aconteceu”, explica Pires. Para ele, o governo deixou para acionar as térmicas mais tarde porque o custo da energia gerada nessas usinas é maior que o da fornecida por hidrelétricas. Seria, portanto, politicamente inconveniente aumentar o preço da energia em um momento em que o governo protagoniza um embate com as distribuidoras de energia elétrica por uma queda no preço das tarifas.
Petrobras - A Petrobras informou, em nota, que está cumprindo "rigorosamente seus compromissos de suprimento de gás natural aos mercados por ela atendidos e não há qualquer risco de desabastecimento aos seus clientes". A empresa oficialmente nega ter feito contato as federações para tratar de planos de racionamento. "Adicionalmente, a Petrobras ressalta que vem atendendo integralmente ao despacho termelétrico solicitado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS)", diz a nota.
 
Dilma - A presidente Dilma Rousseff usou o tema do racionamento em várias oportunidades para atingir o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ela, que foi ministra de Minas e Energia na primeira gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, atacou o tucanato durante a campanha presidencial de 2010 argumentando ter sido a responsável por reestruturar o setor elétrico do país e impedir a volta do apagão. Em setembro deste ano, o assunto voltou à baila. No anúncio da redução das tarifas de energia elétrica, Dilma voltou a lembrar dos apagões de 2001. naquele ano, foi necessário o racionamento para evitar a falta de luz. "O novo momento exige que o País faça redução de custos e a redução das tarifas decorre do modelo hidrelétrico que implementamos em 2003. Lembro quando o mercado de energia não funcionava, mas esse País mudou, hoje respeitamos os contratos. Contratos venceram, não se pode tergiversar quanto a isso", afirmou a presidente, referindo-se ao ano em que ela assumiu a pasta da Energia.
Na mesma ocasião, Dilma fez a seguinte declaração: “Tínhamos um país com sérios problemas de abastecimento e distribuição de energia, que amargaram oito meses de racionamento, que resultaram em grandes prejuízos para as empresas e impuseram restrições à qualidade de vida da população. Tivemos que reconstruir esse setor”, declarou.
Dois dias depois, o atual ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o Brasil não passaria por novos apagões. O que houve no período anterior ao governo Lula foi um racionamento de energia que durou oito meses e que não voltará a acontecer no Brasil. Hoje temos um sistema interligado de Norte a Sul, de Leste a Oeste no País", afirmou.
Fiesp - Procurada pela reportagem do site de VEJA, a Fiesp negou que tenha sido comunicada formalmente sobre o alerta da Petrobras. “Para o presidente Paulo Skaf ou para mim, ninguém ligou para falar de escassez de energia elétrica. Formalmente a Fiesp não recebeu nenhum comunicado da Petrobras”, afirmou Carlos Cavalcanti, diretor de infraestrutura da Fiesp responsável pela área de energia. O diretor comentou ainda que falar em racionamento é “alarmismo”.
Na tarde desta quarta-feira, a diretoria do Sistema Firjan emitiu um comunicado às empresas associadas sobre o “agravamento das condições de oferta de energia elétrica e gás no país”. Diz a nota: “A água retida nos reservatórios das usinas hidrelétricas do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, onde se concentra a maior parte dos reservatórios do país, representa atualmente apenas 29% da capacidade total de armazenamento. Para evitar que a redução dos reservatórios atinja níveis críticos de risco praticamente todas as termelétricas disponíveis já estão em operação, não havendo mais, portanto, margem para aumento significativo da geração térmica. Além disso, a logística de abastecimento dessas usinas, em especial as operadas a óleo combustível e a diesel, também não é trivial e tem enfrentado dificuldades. Soma-se a isso a previsão de chuvas para o futuro próximo estar abaixo da média histórica, o que poderá levar à continuidade de redução da capacidade dos reservatórios. Diante desse quadro, a possibilidade de ocorrência de eventos de desabastecimento temporário de energia para o fim do ano e início de 2013 aumentou substancialmente, alcançando níveis preocupantes. Concomitantemente, a elevada demanda de gás natural para suprimento das térmicas poderá levar as distribuidoras estaduais a exercer junto aos seus clientes industriais as cláusulas de flexibilidade e de interruptibilidade dos contratos. Qualquer um dos eventos terá impactos negativos inequívocos sobre a atividade industrial.”

A Firjan informa que solicitou ao Ministério de Minas e Energia e à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do estado do Rio de Janeiro esclarecimentos sobre medidas que possam garantir o “fornecimento adequado desses insumos energéticos, essenciais para a atividade industrial e para todo o país”.
by Veja

Governo tenta acobertar risco de racionamento


Declarações oficiais não são suficientes para esconder o cenário crítico nos reservatórios - o que também deve elevar o custo da tarifa

Benedito Sverberi, Gabriel Castro e Naiara Infante Bertão
usina hidrelétrica de Ilha Solteira
Reservatórios de usinas hidrelétricas estão em níveis menores do que em 2001 (CESP/Divulgação/EXAME)
Enquanto o sistema elétrico nacional caminha para uma situação de incerteza que pode levar a um racionamento, o governo se apresenta dividido sobre o cenário real. De um lado, declarações oficiais tentam mostrar que o risco não existe - como garantiram o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e o secretário-executivo da pasta, Márcio Zimmermann, nestas segunda e terça-feiras. De outro, as avaliações técnicas apontam para um cenário de insegurança, que agora depende mais das chuvas do que da ação do governo. O tema desencadeou preocupação no Executivo, especialmente no Planalto - fazendo, inclusive, com que a presidente Dilma Rousseff antecipasse o fim de suas férias e voltasse a Brasília para uma reunião de emergência na quarta-feira.
A presidente, que também foi ministra de Minas e Energia no governo Lula, costuma demonstrar irritação quando questionada sobre o risco de apagão. Na sua avaliação, 'apagão' é um racionamento generalizado, como o adotado em 2001 pelo governo Fernando Henrique Cardoso. Ela não admite que o termo seja aplicado a sua gestão - da mesma forma que não pronuncia a palavra privatização para nomear os inúmeros pacotes que divulgou ao longo do ano, concedendo à iniciativa privada a operação de diversos projetos de infraestrutura. Adriano Pires, sócio e diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), acredita que o jogo de palavras não passa de uma forma de maquiar o problema. "Estamos pendurados em variáveis imponderáveis, graças à falta de planejamento do governo", diz o consultor. Segundo Pires, a situação de dependência das chuvas, pleno funcionamento das usinas térmicas, abastecimento constante das usinas e controle do consumo é insustentável. “Estamos na antessala do racionamento”, resume.

Níveis críticos - No Sudeste, que responde por 70% da capacidade de armazenamento do país, os reservatórios estão em 29% da capacidade - isso equivale a 72% da média histórica para janeiro. No Nordeste, os reservatórios estão com 33% da capacidade preenchida, o que significa apenas 31% da média histórica, de acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
O nível dos reservatórios das hidrelétricas está abaixo do patamar de segurança estabelecido pelo governo para evitar o racionamento, todas as térmicas estão acionadas - e, mesmo assim, os níveis dos reservatórios continuam caindo. Com isso, os olhos se voltam agora para duas soluções: as chuvas ou a diminuição do consumo.
Do lado das chuvas, as estimativas tampouco são otimistas, conforme mostram dados do próprio ONS no índice ENA (Energia Natural Afluente), que mede a expectativa de chuvas a caírem nas cabeceiras dos reservatórios, com base na média histórica. No relatório desta semana, o ENA esperado para o Sudeste em janeiro está em 72% da média (ou seja, abaixo da média histórica, que seria 100%); para o Nordeste, está em 31%; para o Norte, 57%; e para o Sul (127%). “A previsão no Sul é a melhor, mas ele só contribui com 7% da capacidade de armazenamento do sistema hidrelétrico nacional. Chegamos a isso mesmo tendo um crescimento da economia muito pequeno comparado às previsões oficiais”, comentou Claudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil. 
Férias frustradas - A situação alarmante fez a presidente Dilma, que está no litoral da Bahia, planejar sua volta a Brasília para esta terça-feira, quando o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) se reunirá para tratar do assunto. Nos últimos meses, os encontros do CMSE já apontavam para o nível alarmante dos reservatórios das hidrelétricas. Como o cenário não se alterou, a expectativa é de que o encontro desta quarta resulte em medidas mais concretas.
O governo agora depende do imponderável, na avaliação de Adriano Pires: "A situação é preocupante, com certeza. O nível dos reservatórios hoje está muito baixo e, se não chover suficientemente em janeiro e em fevereiro, e no lugar certo (as cabeceiras dos rios), pode piorar ainda mais", diz ele.
Governo evita comparações - Nesta terça-feira, Márcio Zimmermann disse que há um "equilíbrio natural" nos reservatórios e descartou comparações com a situação de 2001, quando o governo Fernando Henrique Cardoso recorreu ao racionamento de energia. Para Zimmermann, os problemas da época eram "conjunturais", o que não ocorreria hoje.
Um dia antes, em entrevista ao Jornal Nacional, da Rede Globo, o ministro Edison Lobão também afirmou que o racionamento não é necessário - mas reconheceu que o custo de acionamento das termelétricas será repassado ao consumidor: "Há um acréscimo de algo em torno de 400 milhões de reais durante os meses em que as térmicas a diesel e a óleo estão sendo despachadas. Essa pequena diferença será repassada ao consumidor. Não chega a ser 1%", afirmou ele.
Preço - Ainda que o governo afirme incansavelmente que os problemas no setor elétrico não afetarão o preço da energia, o discurso não é compartilhado pelo setor privado. "Enquanto a energia das hidrelétricas custa cerca de 100 reais por MWh (MegaWatt-hora), o custo da energia gerada por usinas térmicas que queimam óleo diesel pode chegar a 800 reais por MWh", afirma Nelson Leite, da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee). Segundo ele, o aumento do preço será inevitável.
A discussão sobre o impacto da falta de chuvas sobre o custo da energia se dá em meio a um cenário de atrito entre o governo e as companhias do setor elétrico. A comunicação entre as elétricas e o governo enfrenta dificuldades desde que o pacote do setor elétrico foi anunciado, prevendo reduções importantes no preço da energia para as concessionárias que renovarem seus contratos com o governo, cujo vencimento está previsto para 2015. “As elétricas estão pressionando o governo por meio desse alerta de apagão. E a presidente quer resolver principalmente essa crise de comunicação com as elétricas - mais até do que qualquer risco de racionamento”, afirma uma fonte do setor elétrico próxima do governo. 
Politização – A advogada e economista Elena Landau, especialista no setor elétrico, disse ainda ao site de VEJA que a negação do governo sobre o risco de racionamento se fundamenta em medo político. Para ela, a “confiança” apenas nas térmicas e na meteorologia está indo além do necessário. “Estamos vivendo um dos piores cenários, com alta do consumo, ligamento das térmicas que geram muitos poluentes, falta de chuvas e falta de uma política ampla e direta de diminuição do consumo. Isso tudo para evitar o uso da palavra racionamento, que o próprio governo petista politizou para usar nas campanhas de 2002”, disse. Elena comandou as privatizações do governo de Fernando Henrique Cardoso durante o período em que foi diretora do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), entre 1994 e 1996.
A economista acredita que o racionamento é uma questão puramente técnica - e que, se for necessário para preservar nosso sistema energético, o governo precisa fazer. “O governo anunciou a diminuição da conta de energia, a custo da sobrevivência do sistema Eletrobras, não pediu que não aumentássemos o consumo e ainda nos passa a impressão que não estamos com problemas”, afirma. 

Este povo usa tóxico???? by Deise


Genoino agora se diz vítima de golpe

Myrcia Hessen
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O deputado José Genoino (PT-SP), condenado por fazer parte da quadrilha do mensalão no governo Lula, diz ter sido vítima de um golpe, no qual usaram seu nome para montar uma empresa em Jaguariúna (SP). A empresa José Genoino Neto foi aberta na categoria "microempresário individual" pelo Portal da Transparência, um serviço do Ministério do Desenvolvimento, em setembro de 2010. Ela tem endereço falso e número de registro na Receita Federal, o CNPJ. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, os autores da fraude usaram até mesmo o CPF de Genoino. A documentação diz que a empresa faria serviços de manutenção de computadores, mas jamais teria exercido nenhuma atividade. Desde 2011 Genoino tenta anular a constituição da empresa. Conseguiu a suspensão do registro na Jucesp (Junta Comercial do Estado de São Paulo), mas não a anulação definitiva. Agora, briga na Justiça com a Jucesp, alegando que o órgão teria cometido falhas na segurança ao aceitar o processo.
by Claudio Humberto

Segundo Marco Aurélio Garcia, o incorrigível, Dilma apoia solução golpista na Venezuela






Garcia esteve em Cuba, informa o Estadão Online, para se inteirar sobre o estado de saúde do ditador da Venezuela, Hugo Chávez: “A informação que eu tive é que o estado dele é grave e que, portanto, qualquer previsão é impossível de ser feita, neste momento”. Sei. O brasileiro não esteve com Chávez, que estaria lúcido. Falou apenas com os dois carniceiros que tiranizam a ilha: Raúl e Fidel Castro.
Na reportagem do Estadão, leio o que segue:
“Em suas declarações, Garcia deixou claro que o governo brasileiro apoia a ideia de prorrogar por até 180 dias o prazo para a posse de Hugo Chávez. Garcia citou o artigo 234 da Constituição da Venezuela para explicar que, se Chávez não assumir no dia 10 de janeiro, novas eleições serão convocadas daí a 30 dias se o impedimento do atual presidente for definitivo. Mas, caso o impedimento seja temporário, essa situação poderá se estender por seis meses, 90 dias, prorrogáveis por mais 90 dias. Ele lembra que há uma lacuna na interpretação na lei, mas a avaliação é de que, neste caso, quem assume é o vice-presidente Maduro.”
Por que estamos diante de uma escandalosa mentira? Vamos ver o que diz o Artigo 234 da Constituição da Venezuela:

“A ausência temporária do presidente ou da presidenta da República será preenchida pelo vice-presidente ou pela vice-presidenta por 90 dias, prorrogáveis por mais 90, por decisão da Assembleia Nacional.
Se uma ausência temporária se prolonga por mais de 90 dias consecutivos, a Assembleia Nacional decidirá por maioria de seus integrantes se há ausência permanente.”
Por que a situação não se aplica? Pela simples e óbvia razão de que, para se chegar ao conteúdo do Artigo 234, é preciso passar pelo crivo do Artigo 231. Relembro:
“O candidato eleito ou candidata eleita tomará posse do cargo de presidente ou presidente da República no dia dez de janeiro do primeiro ano de seu período constitucional, mediante juramento diante da Assembleia Nacional. Se, por qualquer motivo, o presidente ou presidente da República não puder tomar posse diante da Assembleia Nacional, ele o fará diante do Tribunal Supremo de Justiça”.
Não haverá como declarar a ausência temporária de um presidente que nem tomou posse, ora bolas! Sem que Chávez faça, na quinta-feira, o juramento diante da Assembleia ou do Tribunal Supremo de Justiça (caso houvesse algum impedimento do Legislativo), chega ao fim o mandato velho, e o novo não terá começado.
Nessa situação, aplica-se o Artigo 233: “(…) se procederá uma nova eleição universal, direta e secreta, dentro dos trinta dias consecutivos seguintes”. Enquanto não se tem o novo presidente, “se encarregará da Presidência da República o presidente ou presidente da Assembleia Nacional”.
Se o que disse Garcia corresponder à posição de Dilma, então o governo brasileiro está apoiando um… golpe na Constituição!
Garcia, o incorrigível

Tanto Chávez como Rafael Correa, presidente do Equador, abrigavam — abrigam ainda? — narcoterroristas das Farc.
 Em 2008, o Exército da Colômbia atacou um acampamento que ficava no lado equatoriano. Na operação, morreu Raúl Reyes, um dos chefões do grupo. O governo Lula, claro!, não censurou Correa por acoitar narcoterroristas. Ao contrário: mobilizou-se para tentar condenar o governo democrático da Colômbia!
As Farc, numa ofensiva de propaganda, anunciaram, naquele ano, a disposição de libertar alguns dos reféns que mantêm em campos de concentração na floresta amazônica. Quem se apresentou para ser o “interlocutor” da bandidagem? Hugo Chávez! Faz sentido. E quem resolveu ajudá-lo nessa tarefa? Marco Aurélio Garcia, que meteu na cabeça um chapéu panamá e partiu para o coração das trevas. Também faz sentido.
Quando Reyes morreu, Garcia concedeu uma entrevista ao jornal francês Le Figaro. Traduzi e puliquei aqui. Relembro um trecho. Volto depois.

Le Figaro – Que impacto terá a morte de Raúl Reyes para a libertação dos reféns ?
Garcia - De imediato, fiquei bastante apreensivo, mas as Farc disseram que sua morte não criará obstáculos à busca de um acordo humanitário. Tecnicamente, ela [a morte] pode criar alguns problemas: eu mesmo estava no terreno [de batalha], no fim de dezembro, quando as Farc retardaram a primeira libertação de reféns por causa da operação militar das Forças Armadas colombianas. Eu lhes lembro que o Brasil tem uma posição neutra sobre as Farc: nós não as qualificamos nem de grupo terrorista nem de força beligerante. Acusá-las de terrorismo não serve pra nada quando a gente quer negociar. A Colômbia expressa o desejo de não querer internacionalizar seu conflito com as Farc, mas, de fato, ele já tem repercussão internacional.
(…)
Retomo

É isso aí. Como se vê, o governo brasileiro se dizia “neutro” sobre o caráter narcoterrorista das Farc… Agora, apoia uma solução na Venezuela que viola, de maneira insofismável, a Constituição. Não obstante, em passado recente, puniu dois países — Honduras e Paraguai — por terem cumprido suas respectivas disposições constitucionais.
É com essa política externa que o governo brasileiro reivindica um assento permanente no Conselho de Segurança de ONU. Não há causa ruim na América Latina a que os petistas não tenham dado o seu apoio nos últimos dez anos.
O país colecionou vários atrasos nesse período, mas é na política externa que a estupidez chegou mais longe. O estupefaciente é que cedo ou cedo a Venezuela terá de realizar novas eleições (ver post de ontem). Os trogloditas que disputam o espólio chavista tentam retardá-las ao máximo porque ainda não chegaram a um entendimento sobre a divisão do butim.
Ao governo brasileiro, com suas aspirações de liderança regional, só caberia uma posição: a fiel observância do que vai na Constituição do país. Dilma, como se nota pelas palavras de Garcia, decidiu fazer o contrário e dar apoio à solução discricionária.
É um vexame sem fim.
by Reinaldo Azevedo

"(...) TERCEIRA ETAPA. Se tens tudo nesta etapa podes seguir para a terceira. Na terceira etapa podes violar a Constituição porque ninguém vai te impedir. Ordena invasões. Distribui armas, drogas e dinheiro. Acusa-os de espiões e corruptos. Desprestigia-os. Prende muitos jornalistas, empresários, líderes trabalhistas . Os demais escaparão do país ou serão punidos. Reestrutura o Gabinete. Aqui podes desfazer-te de teus colaboradores. A alguns podes premiá-los e outros desprezálos pois já não há oposição. Tens que pôr camaradas. Estabelece o chamado constitucionalmente . Estado de Exceção; Suspende garantias. Lança o toque de recolher. Apura-te, olha se o povo te está achando excelente. Fecha todos os meios de comunicação. Destrói Prefeitos e Governadores da oposição. Anuncia a reestruturação de todas as áreas do Estado e a elaboração de uma nova Constituição. Forma um Conselho de Governo com 500 membros. No Conselho Assessor do Governo estarei eu. Há que fuzilar os opositores que não aprendem. Isso é a única coisa que os silencia e é mais econômico. Nunca deixes que se organizem, nem deixes que conheçam tuas intenções. Seremos respeitados novamente com o Marxismo-Leninismo. Brasil, Equador, Venezuela e Cuba a passos indestrutíveis. Se vejo que não tens colhões, recolho todo o meu pessoal; podem me matar os militares, quando se te ergam, se não me fazes caso. Que estás esperando, Hugo?" Parte de uma suposta carta enviada por Fidel à Hugo e Luiz Inácio em 2005. Eu me acalmei quando me situei em que tempo estamos e que espaço nos pertence.Cristina com o Clarim, Hugo e a presidencia, Dilma agindo como se o Brasil fosse sua propria sala de estar. Equador está agindo. Paranoia? Teoria da conspiração? Pode ser. No entanto aprendi em minha profissão que: uma vez é acaso, duas coincidencias. A partir de três é padrão. Misticamente falando, eu igualmente "no creo em las brujas... mas que las hay, las hay...". by Deise





VEJA A CARTA COMPLETA EM:
http://denunciasc.blogspot.com.br/2012/06/caso-alguem-se-identifique-na-fase-em.html
http://denunciasc.blogspot.com.br/2012/09/carta-de-fidel-hugo-chavez.html
http://denunciasc.blogspot.com.br/2013/01/entedem-o-que-esta-acontecendo-o-que.html

Venezuela vive problema de abastecimento de alimentos


Produtos como frango, açúcar, azeite, farinha de milho pré-cozido e café sumiram dos supermercados

  • Ministro da Indústria, Ricardo Menéndez, reuniu-se com representantes das principais redes


Mulher cozinha em cafeteria em Caracas
Foto: AFP/YAMIL LAGE
Mulher cozinha em cafeteria em Caracas AFP/YAMIL LAGE
CARACAS — Enquanto o país passa por uma semana de incertezas políticas, com a ausência do presidente Hugo Chávez - em Cuba desde o dia 11 de dezembro -, produtos como frango, açúcar, azeite, farinha de milho pré-cozido e café sumiram das prateleiras dos supermercados na Venezuela. Nesta terça-feira, em entrevista a Globovisión, o presidente da Datanálisis, Luis Vicente León, destacou que a política econômica do governo, baseada no controle extremo e na hostilidade com empresários, gerou a falta de produtos. O problema fez com com as autoridades anunciassem novas ações de fiscalização em supermercados e em áreas de distribuição na segunda-feira.
Na segunda-feira, o ministro da Indústria, Ricardo Menéndez, reuniu-se com representantes das principais redes de supermercados da Venezuela, um setor que é liderado por empresários portugueses, e analisou aspectos relacionados com a distribuição de alimentos. A escassez fez com que alguns produtos fossem comercializados com ágio por vendedores informais.- Existe um problema de abastecimento e preços. As empresas que garantem o abastecimento na Venezuela são multinacionais, então é preciso explicar porque são especuladoras aqui e não em outros países da América Latina - disse.
- A iniciativa surgiu porque nas últimas semanas alguns supermercados e mercados municipais registaram problemas pontuais no abastecimento de produtos, o que levou o executivo a inspecionar a distribuição de alimentos - explicou à agência portuguesa Lusa uma fonte próxima de um dos participantes no encontro.
Durante a reunião, o vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez um apelo para “garantir o abastecimento e o respeito pelos preços de bens e produtos fundamentais para o consumo venezuelano”. Para o presidente da Datanálisis, no entanto, a especulação está associada a ameaças e expropriações, que “diminuem os investimentos e a capacidade produtiva”.
Luis Vicente León sugere que, em vez de se reunir com empresários, o governo deveria resolver o problema cambiário. O controle de câmbio está em vigência desde 2003, e fixa o preço do dólar a 4,3 Bs (R$ 0,50). No mercado paralelo a cotação terminou a semana passada em 17,7 Bs (R$ 2,02).
- O dólar a esse preço é ridículo. O dólar não vale 4,3 Bs. O governo deveria ter depreciado esse valor e tratar com a verdadeira situação no país - defendeu Vicente León. - O resultado é que hoje não há vários produtos.
Hugo Chávez está internado em Havana desde o dia 11 de dezembro, quando passou pela quarta cirurgia desde o anúncio do diagnóstico de um câncer, em junho de 2011. De acordo com o último comunicado oficial, lido no fim da noite desta segunda-feira , sua situação é “estável”. Segundo o ministro para a Comunicação e a Informação do país, Ernesto Villegas, o presidente ainda sofre com a insuficiência respiratória derivada de uma infecção pulmonar.
by O Globo


  

Supremo da Venezuela manobra para estender mandato de Hugo Chávez


                    

 

  • Segundo jornal “El Pais”, ganha força entre os magistrados a tese que permite ao presidente reeleito seguir no comando do país sem jurar o cargo

CARACAS - Após admitir que o presidente Hugo Chávez enfrenta um grave estado de saúde em Cuba, o governo venezuelano prepara o terreno para que o comandante possa retornar em um momento posterior e, por enquanto, indefinido.
Os governistas esperam que o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) emita em breve sua decisão sobre recursos de interpretação apresentados em dezembro aos artigos da Constituição que estabelecem os casos em que se considera a falta do primeiro mandatário nacional e os modos para suprir sua ausência.Segundo informações do jornal espanhol “El País”, ganha força entre os magistrados a tese que permite ao presidente reeleito seguir no comando do país sem jurar o cargo.
O advogado constitucionalista, Hermán Escarrá, que também é integrante da bancada bolivariana da Assembleia Constituinte que em 1999 redigiu a atual Carta Magna, disse recentemente à emissora TeleSUR que antes de 10 de janeiro o Tribunal se pronunciará a respeito.
A constituição prevê que o presidente deve tomar posse em 10 de janeiro, mas os governistas consideram que essa data é uma mera “formalidade”, enquanto setores da oposição reivindicam a realização de uma nova eleição caso Chávez não tenha condições de governar nessa data.
De acordo com o “El País”, após rupturas e reconciliações, Escarrá se tornou o principal defensor da tese da “continuidade”, que sustenta que Chávez foi reeleito e, se continuar doente e com uma permissão da Assembleia Nacional, pode recuperar sua saúde para assumir o cargo. Se trataria, assim, de uma circunstância não prevista pela Constituição e, conceder o poder a outra autoridade, representaria um desrespeito à vontade dos cidadãos nas eleições de 7 de outubro.
O mesmo argumento é defendido pelo presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, e do vice-presidente, Nicolás Maduro, designado por Chávez como seu sucessor.
Mais cedo, em resposta à oposição venezuelana, que convocou uma greve geral nesta segunda-feira, Cabello chamou o povo venezuelano a se reunir, na próxima quinta-feira, dia da posse de Chávez, em frente ao Palácio de Miraflores, em Caracas. Cabello negou que haja um vazio de poder por causa da prolongada ausência do presidente, que luta pela vida em Cuba depois da sua quarta cirurgia por causa de um câncer.
Ainda segundo o “El País”, a decisão de adiamento do mandato deve ser tomada pela Sala Constitucional, que desde 2002 nunca deu um veredito contrário às posturas do governo.
A palavra final será da presidente do TSJ, Luisa Estella Morales, uma partidária de Chávez, que já adiantou em dezembro seu critério:
- Não é novo, é o mesmo presidente, certo? E aqui há um fato muito importante que é a continuidade pela reeleição do presidente - disse.
Adiando a posse, Chávez ganharia tempo para sua eventual recuperação e fazer o juramento posteriormente. O chavismo também teria mais tempo para diminuir os conflitos internos e preparar uma transição ordenada caso seja inevitável.

by O Globo


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