sábado, 5 de janeiro de 2013

Entedem o que está acontecendo? O que torna tudo mais grave e preocupante não são os fatos isolados, que não nos levam a nada. Porém juntemos o que ocorre nos 4 paises citados por Fidel. Impossivel não nos identificarmos : Cristina e o Clarim, O desfecho atual do Mensalão (incluindo, obviamente a posse imoral de Genoino), um Judiciario "estatal" e nada independente, E a nova interpretação da Constitução Venezualana. O que estamos esperando, para por estes desclassificados para correr? Quem sabe faz a hora... já dizia o poeta. by Deise


Chávez fica no cargo mesmo se não tomar posse, diz vice

Em entrevista para a televisão estatal, Nicolás Maduro defende que o juramento na próxima quinta é uma "formalidade" que pode ser cumprida posteriormente

Maduro segura miniatura da Constituição da Venezuela
Maduro segura miniatura da Constituição da Venezuela (AFP)
O vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, apresentou nesta sexta-feira, pela primeira vez, a intepretação do governo para o procedimento no caso de uma ausência de Hugo Chávez no início de seu novo mandato. Maduro afirmou que o coronel fica no cargo mesmo se não puder tomar posse no dia 10. Para o vice, o juramento perante a Assembleia Nacional, agendado para a próxima quinta, é uma “formalidade” que poderá ser resolvida posteriormente diante do Supremo Tribunal de Justiça (TSJ).

Leia também: Oposiçao venezuelana já pensa em candidato para nova eleição

"O período constitucional 2013-2019 começa em 10 de janeiro. No caso do presidente Chávez, que é um presidente reeleito, ele continua em funções e a formalidade de seu juramento poderá ser resolvida perante o TSJ", declarou o vice em entrevista veiculada pela televisão estatal VTV.

Maduro citou o artigo 231 da Constituição, que estabelece que o candidato eleito deve tomar posse do cargo em 10 de janeiro do primeiro ano do mandato. "Se por qualquer motivo o presidente da República não puder tomar posse perante a Assembleia Nacional, isso será feito perante o Tribunal Supremo de Justiça", acrescenta a parte final do artigo, que, segundo o vice, abre uma "flexibilidade dinâmica" para a questão.

Dessa forma, o principal herdeiro do chavismo rejeitou que a ausência do coronel no dia 10 provoque a nomeação do presidente da Assembleia Nacional para a chefia de Estado e aconvocação de novas eleições, como demanda a coalizão opositora.

Internação - Chávez está internado em Cuba há mais de vinte dias, desde que foi submetido a uma delicada operação contra um câncer na região pélvica. Foi a quarta intervenção cirúrgica desde que a doença foi diagnosticada em junho do ano passado. Chávez anunciou avolta do câncer em um pronunciamento no início de dezembro e indicou o vice, Nicolás Maduro, como seu sucessor caso não tenha condições de tomar posse.

Desde a internação, o governo venezuelano tem divulgada poucas e evasivas informações sobre a convalescência do presidente, o que fez os opositores cobrarem transparência da cúpula chavista. Na última atualização sobre o estado de saúde do coronel, o governo venezuelano indicou que Chávez enfrenta uma "severa infecção pulmonar".

(Com agências EFE e France-Presse)

Parte da Carta enviada por Fidel {a Hugo Chávez, com igual teor para Luiz Inácio em 2005. Tentar manter Chávez na Presidencia, quando todos sabem que esta partindo (se já não partiu..) desta para pior., demonstra que a exemplo do Brasil, a Venenzuela está seguindo a risca as instruções de Castro. Afinal, Que Constituição?



(...) TERCEIRA ETAPA. Se tens tudo nesta etapa podes seguir para a 

terceira. Na terceira etapa podes violar a Constituição 

porque ninguém vai te impedir. Ordena invasões. Distribui armas, drogas e dinheiro. Acusa-os de espiões e corruptos.

Desprestigia-os. Prende muitos jornalistas, empresários, líderes trabalhistas . Os demais escaparão do país ou serão punidos.

Reestrutura o Gabinete. Aqui podes desfazer-te de teus colaboradores. A alguns podes premiá-los e outros desprezálos pois já não há oposição. Tens que pôr camaradas. Estabelece o chamado constitucionalmente . Estado de Exceção; Suspende garantias. Lança o toque de recolher. Apura-te, olha se o povo te está achando excelente. Fecha todos os meios de comunicação. Destrói Prefeitos e Governadores da oposição.

Anuncia a reestruturação de todas as áreas do Estado e a elaboração de uma nova Constituição. Forma um Conselho de Governo com 500 membros. No Conselho Assessor do Governo estarei eu. Há que fuzilar os opositores que não aprendem. Isso é a única coisa que os silencia e é mais econômico.

Nunca deixes que se organizem, nem deixes que conheçam tuas intenções. Seremos respeitados novamente com o Marxismo-Leninismo. Brasil, Equador, Venezuela e Cuba a passos indestrutíveis. Se vejo que não tens colhões, recolho todo o meu pessoal; podem me matar os militares, quando se te ergam, se não me fazes caso.

Que estás esperando, Hugo?

Veja a carta completa em:

http://denunciasc.blogspot.com.br/2012/06/caso-alguem-se-identifique-na-fase-em.html
http://denunciasc.blogspot.com.br/2012/09/carta-de-fidel-hugo-chavez.html


Comentário meu: O atual cenário politico brasileiro, a Magistratura corrompida, um Ministério Público inerte, inoperante, omisso e muitas vezes CONIVENTE, nos deixa claro que,  igualmente caminhamos rumo ao desejo destes psicopatas! Quem VIVEU, VIVERÁ.... 
by Deise

É noticia hoje. by Deise



O Globo

Manchete: Ano novo velhos problemas- Nepotismo avança nas prefeituras pelo Brasil
Para especialistas, lei é controversa, mas contratação de parentes é imoral

Mal assumiram seus cargos, prefeitos já nomeiam mães, filhos, sogros e cunhados para compor o primeiro escalão

De norte a sul, a velha prática de povoar a administração pública com parentes se repete neste início de 2013. No Estado do Rio, o prefeito de São Gonçalo empregou o irmão. Em Petrópolis, a escolha foi pela mulher e pelo cunhado. Em Alagoas, um ex-prefeito ajudou a eleger o sucessor e foi presenteado com dois cargos: para ele e a mulher. Em 2008, o STF aprovou súmula vinculante que vedou o nepotismo, mas depois flexibilizou a decisão para cargos de natureza política. Para especialistas, a interpretação é controversa, mas a prática fere o princípio da moralidade. (Págs. 1 e 3)

Chuvas: estado orça, mas não gasta
Região Serrana só teve 35% aplicados em obras após tragédia de dois anos atrás

Levantamento feito pelo GLOBO no Portal da Transparência da Secretaria estadual de Fazenda comprova a lentidão do poder público para executar obras que poderiam evitar tragédias previsíveis. Dos R$ 600 milhões orçados pelo estado em 2012 para o programa de recuperação de áreas atingidas por catástrofes, somente R$ 198 milhões (33%) foram gastos. Embora tenham recebido a fatia maior (R$ 505 milhões), as cidades serranas castigadas pela enxurrada de 2011, que deixou mais de 900 mortos, tiveram apenas R$ 175 milhões (35%) aplicados em obras. Subiu para dois o número de mortos pelas chuvas de anteontem. (Págs. 1 e 8 a 11)

Acordo para transição em Caracas
A ida da cúpula chavista a Cuba teria servido para selar um acordo — o Pacto de Havana — a fim de garantir uma transição suave na Venezuela, dada a gravidade da doença do presidente Chávez. Segundo a imprensa, será formado um politburo tendo como vice-presidente Nicolás Maduro, apontado por Chávez seu sucessor. (Págs. 1 e 28)

Doenças e sucessões

Regimes autoritários ou em transição democrática muitas vezes dão a doenças de líderes pouca transparência por causa da sucessão. (Págs. 1 e 28)

Redações do Enem- MEC recorre de liminar da Justiça
O Ministério da Educação recorreu ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região, em Recife, contra a liminar da Justiça Federal no Ceará que mandou o Inep divulgar a correção das provas de redação do Enem 2012 num prazo de 48 horas. (Págs. 1 e 6)
Dilma terá metas para ministérios
Para tentar marcar a segunda metade do seu governo pela eficiência, Dilma criará metas e cobrará resultados de todos os ministérios. O controle será semelhante ao de empresas privadas, com visão de longo prazo dos planos quinquenais da China. (Págs. 1 e 23)
Fundo cobre rombo fiscal
Pela 1ª vez, o governo resgatou R$ 12,4 bi do Fundo Soberano para fechar a meta fiscal de 2012. (Págs. 1 e 24)
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O Estado de S. Paulo

Manchete: Manobra fiscal faz Caixa virar sócia até de frigorífico
Aumento de R$ 5,4 bi no capital do banco foi feito com ações do BNDESPar em empresas privadas

A Caixa Econômica Federal se tornou sócia de frigorífico, de fabricante de autopeças e de processadores de minérios, entre outras empresas privadas, como parte das manobras do governo federal para cumprir a meta fiscal de 2012. O aumento de capital do banco, no valor de R$ 5,4 bilhões, autorizado no fim do ano, foi bancado em parte com ações que o BNDESPar, braço de investimentos do BNDES, tinha nessas empresas. O “malabarismo” só veio a público porque JBS (frigorífico), Romi (bens de capital), Mangels (autopeças) e Paranapanema (processamento de cobre), que têm ações na Bolsa de Valores, comunicaram ao mercado a mudança na composição acionária. O BNDESPar informou que repassou à União ações em dez companhias diferentes. A elevação de capital compensou o repasse de R$ 4,7 bilhões do banco ao Tesouro com o objetivo de levantar recursos para o governo fechar as contas. (Págs. 1 e Economia, B1)

Ano ‘calmo’

Governo planeja reduzir políticas para enfraquecer a moeda e diminuir as taxas de juros em 2013. “As medidas já foram tomadas", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega. (Págs. 1 e B3)

Apadrinhado de Sarney livrou empresa de licitação
Apadrinhado político de José Sarney (PMDB-AP) e atual secretário do governo Roseana Sarney (PMDB) no MA, o ex-diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) Fernando Fialho favoreceu empresário ligado ao senador com a extensão, por um ano e meio, de contrato de exploração do Porto de Santos. Resolução evitou que grupo disputasse licitação. (Págs. 1 e Nacional, A4)
PF investiga esquema de espionagem em Brasília
A Polícia Federal abriu investigação para apurar suposta rede de espionagem com atuação em Brasília que teria políticos e autoridades entre seus alvos. Suspeita-se que até a presidente Dilma Rousseff tenha sofrido tentativa de espionagem - além de senadores e deputados. As investigações foram abertas com base em informações do deputado Miro Teixeira (PDT-RJ). (Págs. 1 e Nacional, A6)
Piora da saúde de Chávez dá peso a eleição na Venezuela
A cinco dias da data marcada para a posse de Hugo Chávez, a Assembleia da Venezuela deve reeleger hoje o chavista Diosdado Cabello para o comando do Legislativo, informa o enviado especial Roberto Lameirinhas. A eleição, normalmente protocolar e com favoritismo de Cabello, ganhou importância em razão das incertezas sobre o próximo mandato de Chávez. (Págs. 1 e Internacional, A12)
Só 1% da verba federal antidesastres foi usado
O Ministério da Integração Nacional executou menos de 1% dos recursos destinados no Orçamento de 2012 para a prevenção de desastres naturais. De um total de R$ 139 milhões, só R$ 957 mil foram pagos. A pasta diz que os recursos foram empenhados. Em Duque de Caxias, no Estado do Rio, 300 famílias que tiveram suas casas destruídas pelas chuvas devem receber até R$ 5 mil. (Págs. 1 e Cidades, C3)
Aposentadoria privada exigirá mais poupança (Págs. 1 e Economia, B3)

Miguel Reale Júnior: Os incomuns
Lula e Sarney buscam o benefício da impunidade, pois ostentam, no ver deles mesmos, a condição de homens incomuns. (Págs. 1 e Espaço Aberto, A2)
Notas & Informações: Genoino no seu pior papel
No passado, José Genoino conquistou respeito. Hoje, procura se agarrar ao que lhe convém. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense

Manchete: Empresas têm R$ 240 bi, mas temem investir no país
Pesquisa divulgada ontem pelo IBGE indica que a produção industrial no Brasil deve fechar o ano com o pior resultado desde a recessão de 2009. E não é por falta de dinheiro para investir. Segundo estudo da Consultoria Economática, as 221 maiores companhias do país com ações negociadas na bolsa de valores dispõem, juntas, de R$ 240 bilhões. Mas a maioria prefere manter o dinheiro em caixa a tocar novos projetos. Alega incertezas no cenário internacional. Sobre o Brasil, a principal queixa é a suposta falta de regras claras na condução da economia pelo governo. (Págs. 1, 10 e 11)
Peru reforça buscas pelo brasiliense
Equipes de resgate em montanhas procuram Artur Paschoali, desaparecido há duas semanas. Itamaraty envia diplomata para a cidade de Santa Teresa. (Págs. 1 e 26)
Servidores
Reajuste para o STF eleva em 5% o teto de salários no DF. (Págs. 1 e 23)
Chuvas
Até ministro reclama da burocracia para evitar as tragédias. (Págs. 1 e 8)
Seis deputados federais estão na fila da prisão
A futura Mesa Diretora da Câmara terá que acompanhar de perto os processos de parlamentares condenados pelo STF, quatro deles no mensalão. (Págs. 1 e 2 a 4)
Cai o número de multas no trânsito do DF
Em 2012 foram registradas 1.189.928 infrações nas ruas da cidade, 8,6% a menos do que no ano passado (1.303.139). A maior redução (58,1%) foi nos casos de motoristas sob efeito de álcool. (Págs. 1 e 21)
Sua chance
Governo autoriza dois ministérios a realizarem concurso. Serão abertas 347 vagas
na Fazenda e 122 na Integração Nacional. Marinha preencherá 66 postos. (Págs. 1 e 13)

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Estado de Minas

Manchete: Consumidor também pune planos de saúde
Operadoras que tiveram vendas suspensas perderam até um quarto dos clientes

Pelo descumprimento de prazos para exames, consultas e internações, tiveram a venda proibida em julho pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) 268 planos de saúde, administrados por 37 operadoras, quatro delas em Minas. Em outubro, nova lista foi publicada e três operadoras do estado continuaram suspensas. Levantamento do Estado de Minas no portal da própria ANS mostra que, entre julho e novembro, essas três empresas tiveram expressivo êxodo de clientes. Na Admedico Administração de Serviços Médicos, a perda foi de 25,71% (de 11.691 para 8.686 segurados). A Fundação Santa Casa de Misericórdia de BH amargou redução de 8,54% em sua clientela (de 149.942 para 137.138). E a Só Saúde Assistência Médico Hospitalar perdeu 5,83% (de 47.678 para 44.900). (Págs. 1 e 11)

Batalha judicial deixa o Enem sob suspense
Até o início da noite de ontem a Justiça Federal não tinha se pronunciado sobre o recurso do MEC contra decisão que determinou abertura imediata da correção das redações. Em BH, alunos fizeram protesto em frente ao Ministério Público Federal. (Págs. 1 e 19)
Cursos devem ser liberados
Dezesseis cursos superiores em Minas que estão proibidos de abrir novas vagas mas tiveram melhoria de conceito no Enade deverão ser liberados pelo MEC até o meio do ano. (Págs. 1 e 19)
R$ 240 bilhões fora do mercado
Valor é o que as grandes empresas brasileiras têm para investir, mas não o fazem por desconfiança da política econômica. (Págs. 1 e 13)
Venezuela 
Hugo Chávez tem grave infecção pulmonar. (Págs. 1 e 15)
Lei Seca dá ressaca até em taxistas
Punições mais rigorosas a quem bebe e pega o volante aumentaram a procura por táxis. Mas os motoristas da praça reclamam que passageiros embriagados demais dormem, vomitam e até urinam no carro. Por isso, não querem conduzi-los. (Págs. 1 e 17)
Ressarcimento de desvios e má gestão acaba na Justiça
TCE recorre ao Judiciário para que administradores de cidades mineiras devolvam aos cofres públicos R$ 913 mil e paguem multas aplicadas entre julho e setembro. (Págs. 1 e 3)
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Jornal do Commercio

Manchete: Ônibus sobe para R$ 2,25
Valor da tarifa corresponde ao anel A, que tem a passagem mais barata e abriga 80% dos passageiros. Decisão do Conselho de Transporte Metropolitano equivale a reajuste de 5,53%. Estudantes farão passeata na segunda-feira contra o aumento. (Págs. 1 e Cidades, 2)
Previdência privada pode ficar mais cara
Efeito cascata da redução dos juros deixará mensalidades até 37% maiores. (Págs. 1 e Economia, 7)
União derruba acesso imediato às redações
Presidente do TRF-5 desobrigou o MEC da divulgação da correção da prova do Enem. (Págs. 1 e 10)
Inauguração da Fiat fica para 2015
Atraso no início das obras retarda operação em Goiana. Ontem, BNDES liberou recursos para a montadora. (Págs. 1 e Economia, 1 a 3)
Refinaria fará diesel com baixo teor de enxofre
Pelo menos 70% da produção da unidade da Petrobras em Suape será do novo S-10. (Págs. 1 e Economia, 5)
BR-104 ganhará quatro lombadas eletrônicas (Pág. 1 e capa dois)

Chuvas causam segunda morte no Rio de Janeiro (Págs. 1 e 12) 

Foto-legenda: Em obras
Prefeito Geraldo Julio fiscaliza início da limpeza do Canal do Arruda. Hoje, mutirão chega ao Jordão. (Págs. 1, 3, 4 e Cidades, 6)
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Zero Hora

Manchete: Venezuela prepara futuro pós-Chávez
Governo rompe silêncio e informa que presidente sofre de “grave infecção pulmonar”. Aliados admitem que líder pode não assumir novo mandato e fazem pacto para evitar crise. (Págs. 1, 4 e 5)
Prevenção: Polícia em alerta para evitar novo ataque no RS
Devido a pagamentos de empresas, BM e Polícia Civil reforçam vigilância contra quadrilhas no fim de semana. (Págs. 1 e 30)
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E por falar em tempo da onça.... by Deise




Jáder Barbalho...



Crise na Argentina
Traficantes fecham o comércio no Rio

Sequestro de filha do Silvio Santos e seu desenrolar.




A agenda-bomba da Rose do Lula.








Edição de VEJA desta semana mostra que a amiga íntima de Lula participou das negociações que definiram o comando do banco e do fundo de pensão de seus funcionários, defendeu pleitos de caciques do PT e atuou como lobista de luxo.

Não era bem o que parecia. Quando o nome de Rosemary Nóvoa de Noronha veio a público com a deflagração da Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, a amiga íntima do ex-presidente Lula e então chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo não passava de uma “petequeira”. A expressão, cunhada pelo ex-deputado Roberto Jefferson para designar funcionários públicos que se deixam corromper em troca de ninharia, parecia feita para ela. Rose, como é conhecida, foi acusada de integrar uma quadrilha especializada em fraudar pareceres oficiais para beneficiar empresários trambiqueiros. Defendia os interesses dos criminosos no governo e, em contrapartida, tinha despesas pagas por eles - de cirurgia plástica a prestações de carro. A versão da petequeira foi providencialmente adotada pelo PT. Rose, ventilou o partido, agiria apenas na arraia-miúda do governo e sem nenhuma relação com a sigla. Eis uma tese que os fatos vêm insistindo em derrubar.

No mês passado, VEJA revelou que a amiga de Lula usava o cargo para agendar reuniões com ministros de estado: abria as portas, inclusive de gabinetes no Palácio do Planalto, a interesses privados. Agora, descobre-se que sua área de atuação abrangia também setores de orçamentos bilionários, como o Banco do Brasil (BB) e o fundo de pensão de seus funcionários, a Previ. Rose, a petequeira, participou ativamente das negociações de bastidores que definiram a sucessão no comando tanto do BB quanto no da Previ, defendeu pleitos de caciques do PT junto à cúpula do banco e atuou como lobista de luxo de empresários interessados em ter acesso à direção e ao caixa da instituição. Sua agenda de compromissos como chefe do gabinete da Presidência em São Paulo, obtida por VEJA, mostra que, graças à intimidade com o então presidente, a mulher que num passado não muito remoto era uma simples secretária se transformou numa poderosa personagem do governo Lula.
CoroneLeaks (Coturno Noturno)                                                                                               by

Onde está a oposição?



                                     O governo Dilma está, nitidamente, destruindo os fundamentos que garantiram a estabilidade econômica gerada pelo Plano Real. As manobras contábeis do final de ano e, especialmente, o ataque descarado à Lei de Responsabilidade Fiscal, são indícios de um movimento desastroso e exigiriam uma manifestação imediata, dura, organizada e aberta contra tais iniciativas que trarão de volta a inflação e a corrosão do patrimônio dos cidadãos. No entanto, a oposição cala. Some. Desaparece. Onde está Fernando Henrique Cardoso? Onde está Aécio Neves? Onde está José Serra? Onde estão os ex-ministros da Fazenda e os ex-presidentes do Banco Central tucanos, que deveriam defender a sua obra? A oposição, comandada por governadores endividados e tão incompetentes quanto o Governo Federal, no fundo, apóia esta tramóia. Querem fôlego financeiro para a produção de obras maquiadas, apenas com o interesse em 2014. O risco Brasil nunca foi tão grande e nunca tivemos tão poucos brasileiros para defender uma população que nem mesmo sabe o que está acontecendo, pois não tem mais ninguém para falar ao seu ouvido, com credibilidade.

" O HEROI BRAVATEIRO "


Nada mais ridiculo do que o José Dirceu, posando de "heroi" que lutou contra a ditadura. Menos...


O Zé, participou de um congresso estudantil em Ibiúna, foi preso, e um mês depois foi solto, com outros prisioneiros, em troca do embaixador americano que fora sequestrado.
Ficou em Cuba, onde - segundo ele - aprendeu técnicas de guerrilha; técnicas, aliás, que nunca utilizou contra o regime militar.

Anos mais tarde, voltou, clandestinamente ao Brasil e instalou-se no Paraná, com nome falso, e com o rosto modificado por uma providencial operação plástica!

Vindo a anistia, declarou a verdadeira identidade a sua paranaense esposa, e começou a contar lorotas sobre a sua "atuação" de defensor da democrcia...

O final da bravata do "heroi nacional" é de conhecimento público: por ordens do apedeuta, montou um sofisticado esquema de compra de apoio de parlamentares, no que resultou na ação 470, ou mais popularmente conhecida, como Mensalão!

Condenado a apenas 10 anos de cadeia, devia dar-se por satisfeito, pois o Marcos Valerio, que obedecia ordens do nosso "heroi" foi agraciado, injustamente a meu ver, com 40 anos de reclusão!

Não conheço o regulamento do STF, mas me parece, que até antes da conclusão do julgamento, os juizes podem modificar seus votos. Fica a sugestão: que tal dobrar a pena do bravateiro?

by Carlos Vereza.

A ILHA DA FANTASIA! by Carlos Vereza


Gostaria de desejar Feliz Natal e próspero Ano Novo, mas estaria mentindo. 
Vivemos uma mascarada, com um país anestesiado por um dos mais covardes marketings, sem

projeto que dê à população alguma esperança de uma nação realmente de todos os brasileiro, e, 
não, de uma quadrilha travestida de partido politico, que tem como objetivo, a perpetuação no poder!
A recessão, a continuar esta "politica econômica", será inevitável; vide o ridiculo Pib deste ano, 
e a inflação que se acentua, resultado do abandono da herança bendita de FHC, e ações pontuais
para incentivar o consumo, com uma demanda que não tem como suprir o mercado interno!

Os escândalos, mais que comprovados, praticados pelo PT, não conseguem mobilizar o povo 
iludidos por volumosas e milionárias propagandas, "anunciando obras" que não saem do papel!

A transposição do Rio São Francisco abandonada, a Usina de Belo Monte, superfaturada e agredindo 
o meio ambiente, as obras para a Copa e os jogos Olimpicos, espertamente ralentadas, serão


executadas à "toque de caixa", com os previstos "aditamentos..."
Ainda assim, tivemos um STF atuando com dignidade, mesmo com dois ou três juizes petistas, 
sem o minimo pudor, na contramão de um valoroso Joaquim Barbosa que surge como um defensor 
da tão procurada e maltratada cidadania e ética brasileiras!


            

Ferreira Gullar, grande poeta e crítico, ex-militante do Partido Comunista: “Não tenho dúvida nenhuma de que o socialismo acabou, só alguns malucos insistem no contrário”



Ferreira Gullar: "O empresário é um intelectual que, em vez de escrever poesias, monta empresas" (Foto: Ernani D'Almeida)
Ferreira Gullar: "O empresário é um intelectual que, em vez de escrever poesias, monta empresas" (Foto: Ernani D'Almeida)
Publicado originalmente em 27 de setembro de 2012


Entrevista a Pedro Dias Leite, publicado em edição impressa de VEJA que está nas bancas




UMA VISÃO CRÍTICA DAS COISAS

O poeta diz que o socialismo não faz mais sentido, recusa o rótulo de direitista e ataca: “Quando ser de esquerda dava cadeia, ninguém era. Agora que dá prêmio, todo mundo é”
Um dos maiores poetas brasileiros de todos os tempos, Ferreira Gullar, 82 anos, foi militante do Partido Comunista Brasileiro e, exilado pela ditadura militar, viveu na União Soviética, no Chile e na Argentina.
Desiludiu-se do socialismo em todas as suas formas e hoje acha o capitalismo “invencível”.
É autor de versos clássicos — “À vida falta uma parte / — seria o lado de fora — / para que se visse passar / ao mesmo tempo que passa / e no final fosse apenas / um tempo de que se acorda / não um sono sem resposta. / À vida falta uma porta”.
Gullar teve dois filhos afligidos pela esquizofrenia. Um deles morreu. O poeta narra o drama familiar e faz a defesa da internação em hospitais psiquiátricos dos doentes em fase aguda. Sobre seu ofício, diz: “Tem de haver espanto, não se faz poesia a frio”.

O senhor já disse que “se bacharelou em subversão” em Moscou e escreveu um poema em que a moça era “quase tão bonita quanto a revolução cubana”. Como se deu sua desilusão com a utopia comunista?
Não houve nenhum fato determinado. Nenhuma decepção específica. Foi uma questão de reflexão, de experiência de vida, de as coisas irem acontecendo, não só comigo, mas no contexto internacional. É fato que as coisas mudaram. O socialismo fracassou. Quando o Muro de Berlim caiu, minha visão já era bastante crítica.
A derrocada do socialismo não se deu ao cabo de alguma grande guerra. O fracasso do sistema foi interno. Voltei a Moscou há alguns anos. O túmulo do Lenin está ali na Praça Vermelha, mas pelo resto da cidade só se veem anúncios da Coca-Cola. Não tenho dúvida nenhuma de que o socialismo acabou, só alguns malucos insistem no contrário. Se o socialismo entrou em colapso quando ainda tinha a União Soviética como segunda força econômica e militar do mundo, não vai ser agora que esse sistema vai vencer.

Por que o capitalismo venceu?
O capitalismo do século XIX era realmente uma coisa abominável, com um nível de exploração inaceitável. As pessoas com espírito de solidariedade e com sentimento de justiça se revoltaram contra aquilo. O Manifesto Comunista, de Marx, em 1848, e o movimento que se seguiu tiveram um papel importante para mudar a sociedade.
A luta dos trabalhadores, o movimento sindical, a tomada de consciência dos direitos, tudo isso fez melhorar a relação capital-trabalho. O que está errado é achar, como Marx diz, que quem produza riqueza é o trabalhador e o capitalista só o explora. É bobagem. Sem a empresa, não existe riqueza. Um depende do outro. O empresário é um intelectual que, em vez de escrever poesias, monta empresas. É um criador, um indivíduo que faz coisas novas.
A visão de que só um lado produz riqueza e o outro só explora é radical, sectária, primária. A partir dessa miopia, tudo o mais deu errado para o campo socialista. Mas é um equívoco concluir que a derrocada do socialismo seja a prova de que o capitalismo é inteiramente bom. O capitalismo é a expressão do egoísmo, da voracidade humana, da ganância. O ser humano é isso, com raras exceções.
O capitalismo é forte porque é instintivo. O socialismo foi um sonho maravilhoso, uma realidade inventada que tinha como objetivo criar uma sociedade melhor. O capitalismo não é uma teoria. Ele nasceu da necessidade real da sociedade e dos instintos do ser humano. Por isso ele é invencível.
A força que torna o capitalismo invencível vem dessa origem natural indiscutível. Agora mesmo, enquanto falamos, há milhões de pessoas inventando maneiras novas de ganhar dinheiro. É óbvio que um governo central com seis burocratas dirigindo um país não vai ter a capacidade de ditar rumos a esses milhões de pessoas. Não tem cabimento.

O túmulo do Lenin está ali na Praça Vermelha, mas pelo resto da cidade só se veem anúncios da Coca-Cola (Foto: ViagensImagens)
"O túmulo do Lenin está ali na Praça Vermelha, mas pelo resto da cidade só se veem anúncios da Coca-Cola" (Foto: ViagensImagens)

O senhor se considera um direitista?
Eu, de direita? Era só o que faltava. A questão é muito clara. Quando ser de esquerda dava cadeia, ninguém era. Agora que dá prêmio, todo mundo é. Pensar isso a meu respeito não é honesto. Porque o que estou dizendo é que o socialismo acabou, estabeleceu ditaduras, não criou democracia em lugar algum e matou gente em quantidade. Isso tudo é verdade. Não estou inventando.

E Cuba?
Não posso defender um regime sob o qual eu não gostaria de viver. Não posso admirar um país do qual eu não possa sair na hora que quiser. Não dá para defender um regime em que não se possa publicar um livro sem pedir permissão ao governo. Apesar disso, há uma porção de intelectuais brasileiros que defendem Cuba, mas, obviamente, não querem viver lá de jeito nenhum. É difícil para as pessoas reconhecer que estavam erradas, que passaram a vida toda pregando uma coisa que nunca deu certo.

Como o senhor define sua visão política?
Não acho que o capitalismo seja justo.
O capitalismo é uma fatalidade, não tem saída. Ele produz desigualdade e exploração. A natureza é injusta. A justiça é uma invenção humana. Um nasce inteligente e o outro burro. Um nasce inteligente, o outro aleijado. Quem quer corrigir essa injustiça somos nós. A capacidade criativa do capitalismo é fundamental para a sociedade se desenvolver, para a solução da desigualdade, porque é só a produção da riqueza que resolve isso. A função do estado é impedir que o capitalismo leve a exploração ao nível que ele quer levar.

Qual a sua visão do governo Dilma Rousseff?
Dilma é uma mulher honesta, não rouba, não tem a característica da demagogia. Mas ela foi posta no poder pelo Lula. Assim, não tem autoridade moral para dizer não a ele. Nesse aspecto, é prisioneira dele.

Como o senhor avalia a perspectiva de condenação dos réus do mensalão?
O julgamento não vai alterar o curso da história brasileira de uma hora para a outra. Mas o que o Supremo está fazendo é muito importante. É uma coisa altamente positiva para a sociedade. Punir corruptos, pessoas que se aproveitaram de posições dentro do governo, é uma chama de esperança.


Há uma porção de intelectuais brasileiros que defendem Cuba, mas, obviamente, não querem viver lá de jeito nenhum (Foto: AFP)
"Há uma porção de intelectuais brasileiros que defendem Cuba, mas, obviamente, não querem viver lá de jeito nenhum" (Foto: AFP)

O senhor se identifica com algum partido político atual?
Eu fui do Partido Comunista, mas era moderado. Nunca defendi a luta armada. A luta armada só ajudou mesmo a justificar a ação da linha dura militar, que queria aniquilar seus oponentes. Quando fui preso, em 1968, fui classificado como prisioneiro de guerra. O argumento dos militares era, e é, irrespondível: quem pega em armas quer matar, então deve estar preparado para morrer.

O senhor condena quem pegou em armas para lutar contra o regime militar?
Quem aderiu à luta armada foram pessoas generosas, íntegras, tanto que algumas sacrificaram sua vida. Mas por um equívoco. Você tem de ter uma visão critica das coisas, não pode ficar eternamente se deixando levar por revolta, por ressentimentos. A melhor coisa para o inimigo é o outro perder a cabeça. Lutar contra quem está lúcido é mais difícil do que lutar contra um desvairado.

Como se justifica sua defesa da internação o tratamento da esquizofrenia?
As pessoas usam a palavra manicômio para desmoralizar os hospitais psiquiátricos. Internei meu filho em hospitais que têm piscina, salão de jogos, biblioteca. Mesmo os públicos não têm mais a camisa de força ou sala com grades. Tive dois filhos esquizofrênicos. Um morreu, o outro está vivo, mas não tem mais o problema no mesmo grau. Controlou com remédio, e a idade também ajuda. A esquizofrenia surge na adolescência e se junta à impetuosidade. Com o tempo, a pessoa vai amadurecendo. Doença é doença, não é a gente. Se estou gripado, a gripe não sou eu. A esquizofrenia é uma doença, mas eu não sou a esquizofrenia. Posso evoluir, me tornar uma pessoa mais madura, debaixo de toda aquela confusão. O esquizofrênico com 50 anos não é o mesmo de quando tinha 17.

Qual o pior momento na sua convivência com filhos esquizofrênicos?
Quando a pessoa entra em surto, ela pode se jogar pela janela. Meu filho, o Paulo, se jogou. Hoje ele anda mancando porque sofreu uma lesão na coluna. Ele conversava comigo, via televisão, brincava, lia meus poemas. Em surto, não tinha controle. Queria estrangular a empregada. Nessas horas, a única maneira é internar e medicar. Nesse estado, sem nenhum socorro, o esquizofrênico pode fazer qualquer coisa.

A família pobre faz o quê, se não tem mais onde internar?
Se mantiver a pessoa em casa, ela poderá tocar fogo em tudo, pegar uma faca e tentar assassinar o pai. Poderá fugir para a rua, desvairada. Essa política contra os hospitais psiquiátricos tem como resultado prático uma tragédia em que os ricos internam seus filhos em clínicas particulares e os pobres morrem na rua.
Quando ouço alguém dizer que as famílias internam os filhos porque querem se ver livres deles, só posso pensar que essa pessoa gosta dos meus filhos mais do que eu. Nunca viu meu filho, mas ama meu filho mais do que eu. Absurdo. Você não sabe o que é uma família ter um filho esquizofrênico. Além do problema do tratamento, existe o desespero de não saber o que fazer.
Os hospitais psiquiátricos continuam a existir porque os médicos sabem que não há outra saída. Não se interna um doente para que ele fique vinte anos lá dentro, mas sim três dias, três meses. Meus filhos nunca ficaram internados além do tempo necessário. Eles voltavam para casa normais. Era uma alegria. Nenhuma família quer ter seu filho preso.

Como foi a primeira vez que se defrontou com a doença?
O primeiro surto do Paulo foi no exílio, em Buenos Aires. Um dia, no apartamento, a gente estava brincando, a bola desceu pela escada, ele saiu para pegá-la e não voltou. Desci, ele tinha sumido. Em que direção eu ando? Voltei para casa e fiquei chorando, não sabia o que fazer. Paulo ficou meses sumido. Isso foi em 1974, logo que cheguei a Buenos Aires. Terminei encontrando-o preso. No desvario, ele tentou roubar um carro — não sabia nem dirigir — e foi preso. Fez greve de fome. Estava esquelético.
O policial disse que era preciso uma ordem para soltá-lo, porque era menor. Mas deixou que eu levasse meu filho, porque sabia que ele estava doente. Levei o Paulo para casa. Ele entrou e começou a arrebentar a janela. Morávamos no quinto andar. Ele foi internado. Até o dia em que, esperto como é, sumiu do hospital, para sempre. Foi encontrado em São Paulo. Saiu de Buenos Aires sem um tostão, com a roupa do corpo. Esses episódios não têm fim.

"Quando o poeta dentro de mim morrer, não escrevo mais" (Foto: Frâncio de Holanda)
"Quando o poeta dentro de mim morrer, não escrevo mais" (Foto: Frâncio de Holanda)
Como é seu método para fazer poesia?
Já fiquei doze anos sem publicar um livro. Meu último saiu há onze anos. Poesia não nasce pela vontade da gente, ela nasce do espanto, alguma coisa da vida que eu vejo e que não sabia. Só escrevo assim. Estou na praia, lembro do meu filho que morreu. Ele via aquele mar, aquela paisagem. Hoje estou vendo por ele. Aí começo um poema… Os mortos veem o mundo pelos olhos dos vivos. Não dá para escrever um poema sobre qualquer coisa.
O mundo aparentemente está explicado, mas não está. Viver em um mundo sem explicação alguma ia deixar todo mundo louco. Mas nenhuma explicação explica tudo, nem poderia. Então de vez em quando o não explicado se revela, e é isso que faz nascer a poesia. Só aquilo que não se sabe pode ser poesia.

A idade é uma aliada ou uma inimiga do poeta?
Com o avanço da idade, diminuem a vontade e a inspiração. A gente passa a se espantar menos. Tem poeta que não se espanta mais, mas insiste em continuar escrevendo, não quer se dar por vencido. Então ele começa a escrever bobagens ou coisas sem a mesma qualidade das que produzia antes. Saber fazer ele sabe, mas é só técnica, falta alguma coisa. Não se faz poesia a frio. Isso não vai acontecer comigo. Sem o espanto, eu não faço.
Escrever só para fazer de conta, não faço. Eu vou morrer. O poeta que tem dentro de mim também. Tudo acaba um dia. Quando o poeta dentro de mim morrer, não escrevo mais. Não vou forçar a barra. Isso não vai acontecer. Toda vez que publico um livro, a sensação que tenho é de que aquele é o definitivo. Escrever um poema para mim é uma grande felicidade. Se não acontecer, não aconteceu.

by veja.abril.com.br

Os cavalos da internet que relincham e dão coices


A maneira mais estúpida, autoritária e desonesta de responder a alguma crítica é tentar desqualificar quem critica, porque revela a incapacidade de rebatê-la com argumentos e fatos, ideias e inteligência.

A prática dos coices e relinchos verbais serve para esconder sentimentos de inferioridade e mascarar erros e intenções, mas é uma das mais populares e nefastas na atual discussão política no Brasil.

A outra é responder acusando o adversário de já ter feito o mesmo, ou pior, e ter ficado impune. São formas primitivas e grosseiras de expressão na luta pelo poder, nivelando pela baixaria, e vai perder tempo quem tentar impor alguma racionalidade e educação ao debate digital.

Nem nos mais passionais bate-bocas sobre futebol alguém apela para a desqualificação pessoal, por inutilidade. Ser conservador ou liberal, gay ou hetero, honesto ou ladrão, preto ou branco, petista ou tucano, não vai fazer o gol não ser em impedimento, ser ou não ser pênalti.

Numa metáfora de sabor lulístico, a política é que está virando um Fla x Flu movido pelos instintos mais primitivos.

Na semana passada, Ferreira Gullar, considerado quase unanimemente o maior poeta vivo do Brasil, publicou na “Folha de S.Paulo” uma crônica criticando o mito Lula com dureza e argumentos, mas sem ofensas nem mentiras.


Reproduzida em um “site progressista”, com o habitual patrocínio estatal, a crônica foi escoiceada pela militância digital.

Ler os cento e poucos comentários, a maioria das mesmas pessoas, escondidas sob nomes diferentes, exigiria uma máscara contra gases e adicional de insalubridade, mas uma pequena parte basta para revelar o todo.

Acusavam Gullar, ex-comunista, de ter se vendido, porque alguém só pode mudar de ideia se levar dinheiro, relinchavam sobre a sua idade, sua saúde, sua virilidade, sua aparência, sua inteligência, e até a sua poesia. E ninguém respondia a um só de seus argumentos.

Mas quem os lê? Só eles mesmos e seus companheiros de seita. E eu, em missão de pesquisa antropológica.

Coitados, esses pobres diabos vão morrer sem ter lido um só verso de Gullar, sem saber o que perderam.

by Nelson Motta 
 jornalista

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