Por Silvia Malamud
Hoje, mais do que nunca, a violência digital avança em suas mais diversas formas de assédio e, dependendo da amplitude da persuasão, ela tem poder suficiente para persuadir mulheres de todas as idades, podendo levá-las a um triste final quando são ludibriadas por conversas que nada mais são do que meras articulações.
Outros tipos de violência na internet também surgem quando as vítimas passam pelos mais audaciosos tipos de humilhações e exposições. Abusadores ameaçam e chegam a postar fotos íntimas, muitas vezes tiradas sem que a própria vítima saiba, e por vezes ainda manipulam para que tais fotos apareçam em situações que nunca existiram.
A princípio, isso é exposto como manobra de chantagem juntamente com ameaças que literalmente podem ser cumpridas.
No universo virtual, assim como na vida externa a ele, existe muita má-fé e busca de dinheiro a qualquer custo, as linhas de ação pertencem exclusivamente a esse tipo de frequência, inclusive contando com aqueles que funcionam como verdadeiros psicopatas da internet, ocasionando incomensuráveis estragos em suas vítimas.
Muitas chantagens, extorsões, humilhações e agressões acontecem nesses bastidores ainda antes das ações se estenderem tela afora.
Devido aos tempos de confinamento em virtude do isolamento, da carência de afeto e do contato humano de muitos, infelizmente esse tipo de violência tem tido mais expressão e chances de acontecer. Vítimas seduzidas acabam indo a encontros físicos, colocando seriamente a vida em risco.
Todo o cuidado, portanto, é pouco e quanto mais se conhece sobre as possíveis manipulações, os tipos de encantamentos e seduções, mais fácil fica de se proteger.
Alex Green / Pexels
A dica geral é a de não entregar a história da própria vida nos primeiros, nem nos seguidos contatos. Por isso ouça antes, faça reflexões e perceba os sinais que a sua máquina biológica lhe envia, sempre levando a sério os avisos, pois eles podem evitar que danos maiores ocorram.
A era da internet pode ser excelente, mas jamais devemos nos esquecer de que ela também é morada de pessoas de má-fé. O perigo está muito mais próximo do que se pode imaginar e isso é uma situação alarmante que há poucos anos seria impensada.
As ameaças e as ações ainda incluem a propagação de imagens, ataques e exposições de privacidade quando internautas atuam como hackers ao invadir diálogos e demais situações pessoais.
As invasões vêm de pessoas mal-intencionadas, que agem como se pudessem entrar na casa das pessoas, abrindo à força portas íntimas e pessoais e fazendo todo tipo de trapaça.
Como medida de precaução, a mulher atual, antes de qualquer tipo de conversa mais íntima, deve ser cautelosa e buscar conhecer os perigosos caminhos que podem levar uma conversa que, incialmente, parecia ingênua. Além disso, a mulher deveria sempre evitar a exposição de qualquer tipo de intimidade.
Numa conversa online, aprender a ouvir mais, observar o que se ouve de modo mais crítico do que o usual e falar o menos possível sobre si mesma são atitudes valiosas.
Ao perceber que está sendo vítima de violência psicológica, de violência cibernética e por mais difícil que seja organizar provas, busque imediatamente por ajuda, denuncie o que está acontecendo e enfrente os desafios que, inicial e certamente, serão menos prejudiciais do que tentar resolver a situação sozinha.
Quanto mais despertos, melhor!